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Publicado em 29/01/2025

Revista Poli: primeira edição de 2025 fala sobre condições de Saúde e Educação nas favelas brasileiras

Autor(a): 
EPSJV/Fiocruz

Quais são as condições e prioridades de políticas de Saúde e Educação a serem consideradas nas favelas brasileiras? O ‘Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas: Resultados do universo’ mostrou a pluralidade nas condições de ocupação dos territórios de “favelas”, ao apurar a quantidade de estabelecimentos de Saúde e Educação nesses territórios.

Além dos domicílios, o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coletou informações sobre os estabelecimentos existentes no Brasil, classificados em cinco espécies: ensino, saúde, religioso, agropecuário e outras finalidades, como os estabelecimentos comerciais. O mapeamento identificou 7,8 mil estabelecimentos de ensino (2,98% do total nacional de 264,4 mil) e 2,7 mil estabelecimentos de saúde (1,12% do total nacional de 247,5 mil) nas favelas e comunidades urbanas. São percentuais substancialmente inferiores aos dos moradores destas localidades, que somam 16% dos brasileiros.

Para entender melhor o panorama e as perspectivas, a edição nº 98 da Revista Poli traz uma reportagem especial sobre “Saúde e educação: desafios semelhantes, territórios nem tanto”, do jornalista Paulo Schueler.

Além desta reportagem, o primeiro número de 2025 da Poli trata das novas mudanças do Ensino Médio e um especial sobre os cinco anos do início da pandemia de Covid-19.

+Acesse aqui a Edição 98 da Revista Poli!

Publicado em 17/12/2024

Podcast Radar Saúde Favela debate o papel da comunicação comunitária na promoção da saúde nas favelas

Autor(a): 
Mariana Moebus (Cooperação Social/Fiocruz)

O podcast Radar Saúde Favela lançou o primeiro episódio da série “Comunicação comunitária é saúde”, que apresenta os resultados da pesquisa “Geração Cidadã de Dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para a promoção da saúde”. A série reúne comunicadores dos territórios da Maré, Manguinhos, Jacarezinho e Complexo do Alemão para discutir a importância da comunicação comunitária na promoção de saúde nas favelas e periferias. A estreia conta com a participação de Gizele Martins, comunicadora popular do Complexo da Maré, que compartilha suas experiências no campo da comunicação comunitária.

Jornalista e pesquisadora, Gizele é mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e doutoranda na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Na entrevista, ela fala sobre sua trajetória como comunicadora, desde o jornal comunitário O Cidadão, passando pela iniciativa Maré Vive - que denunciou as violações de direitos durante a ocupação militar em 2014 - até a criação do Frente Maré, coletivo que começou a atuar na pandemia de Covid-19 promovendo informações sobre saúde e ações solidárias para os moradores do território. Ouça o aqui o primeiro episódio.

“Estou transcrevendo a Maré da forma que eu enxergo a partir desses mais de 20 anos de comunicação comunitária. O que é a favela para a gente? O que é para o Estado e o que é para mim? A favela sempre foi transcrita como aglomerado suburbano. O Estado nos caracteriza dessa forma para nos diminuir, mas a favela é tão potente”, destacou Gizele.   

No segundo episódio da série, o podcast recebe David Amen, jornalista e cofundador do Instituto Raízes em Movimento, para falar sobre a história do instituto e o panorama da comunicação comunitária no Complexo do Alemão. Já no terceiro episódio, Vinícius Morais, co-fundador do Instituto Decodifica e integrante da Coalizão 'O Clima é de Mudança" e da Rede "Confluência das Favelas", relata sua experiência no território do Jacarezinho. Por fim, o editor chefe do jornal Fala Manguinhos!, Fábio Monteiro, analisa as práticas de comunicação no Complexo de Manguinhos. 

Os resultados da pesquisa “Geração Cidadã de Dados: cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para a promoção da saúde”, iniciativa da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), da Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) - por meio do Dicionário de Favelas Marielle Franco (Wikifavelas) - e de comunicadores da Frente de Mobilização da Maré, do Jornal Fala Manguinhos, do Instituto Decodifica (antigo LabJACA) e do Instituto Raízes em Movimento, foram apresentados no fim de novembro, na Escola Quilombista Dandara de Palmares, no complexo do Alemão. Nesse dia, também foi entregue aos presentes o mapa - digital e impresso, com dados georreferenciados de coletivos de comunicação do Rio de Janeiro.  

A distribuição do material conta com o apoio da equipe do projeto Radar Saúde Favela, informativo editorado pela Coordenação de Cooperação Social de Presidência da Fiocruz e será feita em parceria com as organizações populares participantes da pesquisa.  

Cartografia da comunicação comunitária  

O projeto de pesquisa pretende estabelecer, a partir da narrativa de comunicadores populares, a importância da comunicação comunitária para a promoção da saúde nos territórios de favela. Entre os produtos da pesquisa, estão: o mapeamento dos coletivos de comunicação comunitária localizados em bairros da Área de Planejamento 3.1 do município do Rio de Janeiro; podcasts sobre comunicação e saúde com lideranças da comunicação comunitária da cidade do Rio de Janeiro; verbetes relacionados ao tema no Dicionário Carioca de Favelas Marielle Franco; mapas impressos com os nomes dos coletivos georreferenciados. A partir desses processos, a pesquisa tem o objetivo de contribuir para a construção conjunta de mecanismos que promovam os coletivos e as pautas de cultura, arte e lazer por eles produzidas, fortalecendo o conceito ampliado de saúde bem como ampliar oportunidades para eventual captação de recursos por meio de leis de incentivo a partir das informações geradas pelo estudo. O projeto é coordenado pela Casa de Oswaldo Cruz e Coordenação de Cooperação Social da Presidência, conta com apoio do Dicionário Carioca de Favelas Marielle Franco (WikiFavelas), ligado ao Instituto de Comunicação, Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e é financiado com recursos do edital FioPromos da Fiocruz. 

Radar Saúde Favela 

Radar Saúde Favela, projeto da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, tem foco em produzir e difundir informa­ções sobre a situação de saúde e da sua de­terminação social em favelas e periferias de centros urbanos, lançando luz sobre as diversas dimensões de precariedade que afetam de forma diferenciada as popula­ções que habitam em territórios socioambientalmente vulnerabilizados. 

Artigos de opinião, podcast, vídeos e a própria edição da revista (desde agosto de 2020) são alguns dos formatos publicados pelo projeto. Lideranças e comunicadores populares podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a saúde em seus territórios a qualquer momento para o e-mail: radarsaudefavela@fiocruz.br

Publicado em 12/09/2024

Fiocruz cria banco de candidatos ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica para jovens moradores de favelas

Autor(a): 
Informe Ensp

Você é aluno(a) de graduação? Morador(a) de favelas situadas em Manguinhos, Curicica ou áreas adjacentes? Tem interesse em ser bolsista de iniciação científica da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz)? A Ensp convida você a preencher o formulário para conformação do nosso banco de candidatos(as) ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - IC Manguinhos, Curicica e áreas adjacentes.

Inscreva-se

Este Programa pretende proporcionar aos estudantes de graduação, moradores de Manguinhos, Curicica e áreas adjacentes, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensamento científico e da criatividade. As informações contidas no formulário serão utilizadas, exclusivamente, para fins de cadastro, de modo a auxiliar os(as) pesquisadores(as) da Ensp na identificação de possíveis candidatos(as).

Publicado em 14/09/2023

Geração de dados nas favelas é tema de Centro de Estudos em 15/9

Autor(a): 
Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz

A pandemia de Covid-19 deixou transparecer um grave problema nas favelas do Rio de Janeiro: a falta de dados sobre quem vive nelas. As subnotificações encobriram a gravidade da situação e o enfrentamento da doença durante o período mais crítico. A próxima edição do Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), dia 15 de setembro, às 14h, joga luz na questão e debate soluções. Com o tema Pesquisar nas Favelas é ‘Nós Por Nós’, a sessão tratará da importância da geração e compreensão de dados pelos próprios moradores das favelas e de como esse trabalho pode se expandir e resultar em maior inclusão social. Participam da conversa a pesquisadora Renata Gracie (Icict/Fiocruz) e o analista de dados Kayo Moura (LabJaca). O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora.

Ementa

As favelas do Rio de Janeiro são vetores de desigualdades sociais e de dados e a pandemia de Covid-19 revelou de maneira mais clara esta ausência de informações adequadas. As subnotificações obscureceram a gravidade da situação, impedindo o enfrentamento adequado dessa emergência sanitária. Embora os dados disponíveis publicamente possam ser colhidos para identificar o impacto da pandemia nos assentamentos informais do Rio de Janeiro, nenhum governo o fez. Por meio de uma mistura de dados de origem cidadã e da contagem de casos por "zonas de influência" de CEP nas favelas, 20 coletivos e organizações sem fins lucrativos da sociedade civil e juntaram à Fiocruz e, organizados pela Comunidades Catalisadoras (ComCat), trabalharam em conjunto desde junho de 2020 para desenvolver o Painel Unificador de Covid-19 nas Favelas (PUF) (www.favela.info). Após o período mais intenso de casos e óbitos na pandemia, e durante discussões realizadas pelo PUF e pela Rede Favela Sustentável, nasceu o curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’. Ele foi elaborado a partir da percepção da importância existencial de as próprias favelas coletarem dados de incidência da doença. O curso foi construído com o objetivo de desmistificar o processo de coleta e compreensão de dados e garantir o controle na geração de informações pelos próprios territórios, mirando a incidência política. O tema definido para o curso inaugural foi justiça hídrica e energética, pela natureza fundamental de ambos para o pleno desenvolvimento e inclusão das favelas.

Sobre os participantes:

Kayo Moura
(LabJaca)

É mestrando em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ). Possui graduação em Relações Internacionais pela PUC-Rio (2016), com domínio adicional em Estudos Latino-Americanos. Integra o Grupo de Estudos Atores e Agendas de Política Externa (NEAAPE) e o Grupo de Estudos de Economia e Política (GEEP). Tem interesse nas áreas de política externa, política pública, economia política, métodos quantitativos. É analista de dados e coordenador de pesquisas no LabJaca, laboratório de pesquisas e narrativas sobre favelas e periferias.

Renata Gracie
(LIS/Icict/Fiocruz)

Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) (2019), possui mestrado em Saúde Pública subárea Endemias Ambiente e Sociedade pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (2008), graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2004) e graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2001). Tecnologista em Geoprocessamento e vice coordenadora do Laboratório de Informações em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (LIS/Icict/Fiocruz). Professora permanente do PPGICS/Icict/Fiocruz. Coordenadora do curso de Especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública (SIMASP/Icict/Fiocruz). Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde com ênfase em vigilância em saúde, desigualdades socioespaciais, territórios periféricos, saneamento e saúde, mudanças climáticas, indicadores de saúde e de interesse a saúde a partir do uso de técnicas de geoprocessamento, análise espacial. É mãe de dois filhos.

Assista ao Centro de Estudos do Icict:

 

Publicado em 10/04/2020

Se liga no Corona! Fundação abre chamada de apoio a favelas e periferias e promove campanha de comunicação

Autor(a): 
Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

Bora frear o contágio do coronavírus?! Até o dia 17 de abril estão abertas as inscrições para Covid-19: Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a Populações Vulneráveis. A iniciativa é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e visa conter a contaminação de quem está mais exposto ao novo vírus. Além do apoio financeiro, a Fiocruz promove também a campanha de informação e comunicação Se Liga no Corona!voltada a favelas e periferias.

Serão concedidos R$ 600 mil para apoiar projetos em todo o país

A chamada pública irá financiar projetos em todo território nacional que contribuam para prevenir o contágio entre esses grupos sociais ou garantir condições mínimas de sobrevivência a famílias impactadas economicamente pelas medidas de isolamento social em vigência. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no Portal Fiocruz até o dia 17 de abril e o resultado final será divulgado no dia 1º de maio.

As propostas poderão se encaixar em três faixas de orçamento: até R$ 10 mil; até R$ 25 mil ou até R$ 50 mil. E serem vinculados a uma (ou mais) das cinco áreas de interesse: segurança alimentar; comunicação; saúde mental; assistência específica a grupos de risco; e ações que facilitem o cumprimento das medidas de afastamento social e higiene pessoal e coletiva anunciadas pelas autoridades públicas. Ao todo, estão disponíveis R$ 600 mil, recebidos de doadores e destinados à Fiocruz para que invista em ações emergenciais de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Podem se candidatar organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com histórico comprovado de atuação junto a populações vulneráveis, assim como coletivos sem personalidade jurídica atuantes em territórios socialmente vulneráveis — desde que os projetos sejam apresentados por instituição parceira legalmente constituída.

“Em um país com enormes desigualdades como o Brasil, precisamos olhar para as realidades sociais de cada território. A epidemia não chega da mesma forma para todos e as estratégias de contenção precisam ser diferentes. A chamada pública vai destinar os recursos recebidos por doações para organizar uma resposta emergencial para populações mais vulneráveis. Com isto, a Fiocruz espera cumprir o papel que vem desempenhando há 120 anos de promover saúde pública para toda população”, afirmou Nísia Trindade Lima, presidente da instituição.

Campanha 'Se liga no Corona!'

Junto com a chamada, a Fiocruz, Redes da Maré e as organizações de Manguinhos lançaram, no dia 9 de abril, a campanha multimídia de prevenção ao Covid-19 nas favelas. A iniciativa vai difundir informações confiáveis adaptadas ao contexto das periferias em diversos formatos, como radionovelas, spots para carros de som, peças e vídeos para mídias sociais e cartazes. O conteúdo produzido pela campanha ficará disponível para download no Portal Fiocruz e no Maré Online para uso e livre distribuição por parte de coletivos, organizações e indivíduos. Nas comunidades de Maré e Manguinhos, os materiais serão difundidos em rádios comunitárias, estabelecimentos comerciais, pontos de ônibus e moto-táxi, nas associações de moradores e em outras áreas de grande circulação.

"Até o momento as orientações de prevenção têm se dirigido ao público de classe média: medidas de isolamento em quartos individuais, evitar aglomerações, álcool em gel e outros exemplos. Mas nós sabemos que não é essa realidade da maioria da população. A campanha surge como um dos esforços da instituição, conjugado aos de nossos parceiros nas comunidades, para enfrentarmos juntos esse desafio”, pontuou Nísia. Entre os materiais, constam protocolos de higiene para entrega e recepção de cestas básicas; cartazes com orientações sobre distância mínima entre pessoas em locais públicos; vídeos de perguntas e respostas com especialistas; além de tema para foto de perfil no Facebook, peças adaptadas para stories e feed do Instagram, capa para Facebook e Twitter, entre outros. 

Selo 'Fiocruz Tá Junto'

A campanha Se Liga no Corona! lança também um selo de validação de materiais de comunicação produzidos por organizações comunitárias parceiras. As peças enviadas pelas organizações à equipe da campanha terão seu conteúdo submetido a especialistas da Fundação Oswaldo Cruz e, se procedentes, receberão o selo Fiocruz Tá Junto, oferecendo ao material uma chancela científica. A campanha é fruto da articulação entre a Fiocruz, a Redes da Maré, o Conselho Comunitário de Manguinhos, o Conselho Gestor Intersetorial (CGI-Teias Manguinhos), a Comissão de Agentes Comunitários de Saúde de Manguinhos (Comacs), o Coletivo Favelas Contra o Coronavírus, o Jornal Fala Manguinhos! e o sindicato dos trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN).

Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a Populações Vulneráveis
Inscrições: de 9 a 17 de abril. Mais informações aqui.

Campanha Se liga no Corona!
Mais informações aqui.

Publicado em 16/07/2019

3ª edição do curso de estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas inscreve até 19/7

Autor(a): 
Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

A Fiocruz, por meio da parceria entre a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e a Coordenação de Cooperação Social da Presidência, promove este ano a terceira edição do curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas. As inscrições ficam abertas até o dia 19 de julho.

Elaborado a partir do acúmulo de experiências da Cooperação Social no assessoramento e apoio às organizações comunitárias de Manguinhos (RJ), o programa ganhou um novo caráter com a parceria com a EPSJV, configurando-se como curso de desenvolvimento profissional. O curso possui carga horária de 130 horas/aula divididas em duas unidades (Governança Territorial Democrática e Elaboração de Projetos).

O curso tem como objetivo contribuir para a formação de pessoas vinculadas a organizações sócio comunitárias, visando a territorialização das políticas públicas; a governança, de base territorial, fundamentada na equidade, sustentabilidade, cidadania e valores democráticos; e a elaboração de projetos sócio comunitários estruturantes. 

Podem participar da seleção de pessoas que morem em territórios de favelas ou sejam atuantes em organizações da sociedade civil (associação de moradores, organizações não governamentais de base comunitária, redes, coletivos e fóruns populares, movimentos sociais, etc) com foco nos territórios do Complexo do Alemão, Maré, Manguinhos e Jacarezinho. Ter o ensino fundamental completo é um dos pré-requisitos.

As aulas têm início no dia 25 de julho. Inscreva-se já por aqui!

Publicado em 08/04/2019

Fiocruz lança Dicionário de Favelas Marielle Franco

Autor(a): 
Graça Portela (Icict/Fiocruz)

No dia 16 de abril*, a Fiocruz lançará o WikiFavelas - Dicionário de Favelas Marielle Franco. A iniciativa teve o apoio e a participação da vereadora assassinada que escreveu uma ementa e uma proposta de verbete sobre a sua monografia UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da Política de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que consta no dicionário.

“Marielle estava realmente muito envolvida e entusiasmada com o projeto. Com o seu assassinato, decidimos colocar o seu nome no dicionário, que passou de Dicionário Carioca de Favelas para Dicionário de Favelas Marielle Franco”, informou a pesquisadora da Fiocruz Sônia Fleury, que coordenou o projeto.  

O dicionário já conta com 258 verbetes e 67 colaboradores, entre pesquisadores acadêmicos e intelectuais da favela e população em geral. Além de contribuir para o resgate da memória das favelas e da cidade do Rio, a iniciativa é um espaço virtual para congregar o conhecimento sobre as favelas de forma interdisciplinar e interinstitucional. A sua plataforma é baseada em wiki - o que deu origem ao nome WikiFavelas -  e pode ser acessada aqui.

Os verbetes são os mais variados. Por exemplo, é possível saber um pouco da história dos bailes funk, no verbete ‘baile funk’, ou saber o significado das Aeis (‘Área Especial de Interesse Social’), ‘Carnaval de rua na Maré’, ‘Guerra ao crime organizado? Favelas e intervenção militar’, ‘Projeto Vamos Desenrolar: Produção de Conhecimento e Memórias’, exemplificou a pesquisadora.

No lançamento do Dicionário de Favelas Marielle Franco haverá apresentações culturais, mesa de abertura e  roda de conversa. O evento será realizado a partir das 13h30, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. A entrada é franca, mas é necessária a inscrição aqui.

Confira a programação aqui no Campus Virtual Fiocruz.

*O evento, que estava agendado para 10/4/2019, foi adiado para 16/4/2019, em virtude dos transtornos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro.

Publicado em 15/02/2019

Últimos dias* para se inscrever no curso de gestão participativa em saúde da Escola Politécnica

Autor(a): 
Portal Fiocruz

Até dia 28 de fevereiro* é possível se inscrever no curso de atualização profissional em Gestão Participativa em Saúde, promovido em parceria pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz.

O curso propõe o debate e reflexão sobre os limites e possibilidades da gestão participativa em saúde, em uma leitura contextualizada da recente história política brasileira e das disputas na esfera pública em torno das políticas sociais, com foco nas políticas e ações em saúde. Terá duração de 49 horas/aula e serão oferecidas 30 vagas.

A formação é destinada a lideranças sociais, residentes ou atuantes em territórios vulnerabilizados, como favelas e periferias, e profissionais de saúde, com centralidade sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), o curso também inclui a perspectiva da territorialização de políticas públicas – quando essas políticas são pensadas a partir da realidade local – como estratégica para a saúde pública. 

Caso o número de interessados aptos ultrapasse o número de vagas, será realizada uma avaliação de informações contidas nas fichas e currículos dos candidatos, seguida de entrevistas com caráter eliminatório. A certificação será emitida pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. O resultado será divulgado no dia 11 de março no Portal Fiocruz e no site da EPSJV.

As aulas se iniciam 14 de março a 09 de maio de 2019, e ocorrerão sempre às terças e quintas-feiras, das 18 às 21 horas, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no campus Manguinhos da Fiocruz. O curso é gratuito.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (21) 3865-9865/9801 ou pelo e-mail secesc.epsjv@fiocruz.br. Inscreva-se já, aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!

 

*Inscrições prorrogadas! Atualizado em 25/2/2019.

Publicado em 28/05/2018

Inscrições abertas para a 2ª edição do curso de territorialização de políticas públicas em favelas

Ficam abertas até 6 de junho as inscrições para a 2ª edição do curso livre Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas. O programa é uma iniciativa da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, e foi elaborado a partir do acúmulo de experiências do órgão no assessoramento e apoio às organizações comunitárias de Manguinhos. Com apoio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), essa iniciativa visa contribuir na formação de moradores de bairros periféricos e favelas, atuantes ou interessados em atuar junto a organizações sociais, de bairro, ONG’s, projetos sociais, coletivos e movimentos sociais para intervirem em seus contextos sociais com vistas à promoção de territórios saudáveis.

O curso apresentará bases conceituais, categorias analíticas e metodologias para construção de diagnósticos sociais, além de propostas de intervenção e mobilização que reforcem uma governança democrática nos territórios de favelas. Um dos principais fundamentos da proposta político-pedagógica deste curso é a articulação de atores sociais residentes ou atuantes nessas localidades para construção, monitoramento e controle social de iniciativas originadas a partir das demandas reais identificadas nas favelas.  

Reforçando o processo de desenvolvimento do curso, serão abordadas ferramentas para elaboração de projetos sócio-comunitários. Também serão apresentadas diferentes estratégias de captação de recursos – convencionais (como por meio de editais) e alternativas (como a formação de redes de economia solidária, entre outras).
 
Critérios para inscrição e seleção

Os candidatos devem ser preferencialmente moradores (ou atuantes em organizações/movimentos) das favelas do Complexo do Alemão e da Penha, Maré, Manguinhos, Jacarezinho; ter concluído o ensino fundamental e ter disponibilidade para comparecer às aulas às terças e quintas-feiras, de 18h às 21h, na EPSJV (campus Manguinhos da Fiocruz). Há 30 vagas para o curso, que é gratuito. As aulas começam no dia 14 de junho.
 
A seleção será feita a partir da análise do perfil dos candidatos, especialmente de suas experiências em organizações da sociedade civil e movimentos sociais (no sentido amplo), descritas no formulário no ato da inscrição, e se necessário for, complementada por entrevistas individuais.

Para se inscrever, acesse o sistema de cursos livres do Campus Virtual Fiocruz.
 
Sobre a Cooperação Social

A Coordenação de Cooperação Social apoia e reforça as iniciativas existentes no território de Manguinhos pela Presidência da Fiocruz, desde 2009. Foi um dos atores sociais que se articularam para criação do Fórum Social de Manguinhos – para controle social das obras do PAC Manguinhos –, do Conselho Gestor Intersetorial (Teias-Escola/ENSP) – monitoramento e controle da execução da política de saúde no âmbito do território, do Conselho Comunitário de Manguinhos, do EJA Manguinhos, além de fomentar por meio de convênios as atividades de organizações comunitárias do bairro.  

Fonte: Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

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