Pesquisadores do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) divulgam manifesto no qual expressam preocupação com o enfrentamento da febre maculosa no Brasil, caracterizada por alta letalidade quando não diagnosticada e tratada precocemente com antimicrobianos específicos. O documento alerta que a febre maculosa atinge principalmente populações vulneráveis e apresenta sintomas semelhantes aos de outras enfermidades prevalentes, como dengue e leptospirose — fator que aumenta o risco de atrasos no diagnóstico e de óbitos. A iniciativa convida gestores, profissionais de saúde e a sociedade a apoiar o movimento por mais acesso e agilidade no diagnóstico e tratamento da febre maculosa. Os interessados podem aderir ao manifesto por meio do preenchimento de formulário online.
Referência regional junto ao Ministério da Saúde para febre maculosa e outras rickettsioses, o laboratório atua há mais de 25 anos no desenvolvimento de métodos diagnósticos, em pesquisas e no apoio à vigilância epidemiológica e à formação de profissionais de saúde.
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Pesquisadora da Fiocruz participa do XXIV Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2025)
A pesquisadora do IOC, Elba Lemos, que coordena o curso Febre Maculosa: diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção, está no XXIV Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto 2025), que acontece de 16 a 19 de setembro em Florianópolis (SC), e participará da atividade 'Pinga-fogo com o especialista' e debaterá a temática da febre maculosa. Durante o Congresso, ela irá apresentar o curso.
Campus Virtual oferta curso sobre Febre Maculosa: inscrições seguem abertas
De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o Brasil registrou mais de 2 mil casos confirmados e mais de 750 mortes, com predominância no estado de São Paulo, que concentra 62% dos óbitos, totalizando 467. Somente a cidade de Campinas (SP) registrou 100% de letalidade nos casos deste ano, com quatro pessoas que perderam suas vidas devido à doença desde janeiro. A Febre Maculosa é uma doença que apresenta um quadro clínico marcado por febre alta, cefaleia, náuseas e vômitos, e tem o seu período de prevalência entre julho e novembro. O diagnóstico correto depende do conhecimento dos profissionais de saúde sobre este agravo, que compartilha as mesmas manifestações clínicas com diversas doenças.
Elaborado pelo Campus Virtual Fiocruz em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o curso “Febre Maculosa: diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção”, apresenta conceitos, marcos e informações científicas fundamentais para a compreensão da febre maculosa, com foco no diagnóstico rápido, no tratamento eficiente e na prevenção da doença. Seu objetivo é potencializar o conhecimento sobre a doença e, assim, minimizar o número de óbitos.
A oferta é voltada prioritariamente aos trabalhadores(as) do SUS de nível médio e superior que atuem nas ações de saúde com atendimento e diagnóstico à população exposta às áreas endêmicas. Entretanto, tendo em vista o compromisso da Fiocruz com a democratização do conhecimento e do acesso aberto à informação, ele é aberto a todos os interessados. O curso está acessível de forma gratuita a qualquer pessoa que tenha interesse em informação cietífica de qualidade sobre o tema.
*Com informações do IOC.
#ParaTodosVerem Banner com fundo marrom e uma foto de um carrapato, no centro o nome do curso - Febre Maculosa: Diagnóstico, tratamento e prevenção, inscrições abertas.