Sextas de Poesia faz homenagem ao poeta Murilo Mendes, aniversariante de 13 de maio, com um poema do livro "Convergência", publicado em 1970, "Texto de Consulta". Em cinco versos curtíssimos, Murilo Mendes resume, inventivamente, sua relação com a poesia, e com a palavra.
Murilo Mendes, nascido em Minas Gerais em 1901, carrega em si a marca do poeta do século XX. Sua sensibilidade às divergências fizeram dele um autor ímpar no século dos extremos: o século das vanguardas, das guerras, das ciências, da busca pela compreensão do lugar do homem na vida e no Universo.
Na esteira do Modernismo brasileiro, Murilo Mendes publicou seu livro inaugural, de título simples, "Poemas", em 1930, com influências do movimento surrealista francês, bem como a crítica ao ufanismo.
Em 1934, Murilo Mendes converte-se ao Catolicismo, então sua veia surrealista, nutrida pela leitura dos franceses, ganha novos motivos. Assim, o poeta dos extremos recebe nova missão: comungar fé, o encanto científico e a crítica modernista em sua poesia.
#ParaTodosVerem Banner com fundo preto, no topo há letras brancas soltas, na parte inferior do banner há uma foto de um dicionário, com o foco na definição da palavra “PALAVRA”. No centro do banner, o poema de Murilo Mendes:
A palavra nasce-me
fere-me
mata-me
coisa-me
ressucita-me