Acompanhando um movimento que já acontece em outros países, a partir deste ano o Brasil também passou a comemorar o Dia da Saúde Única. O tema, que ganhou destaque na recente Reunião de Ministros da Saúde do G20, que aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro, foi pauta da reportagem de capa da edição atual da Poli. A proposta da matéria é mostrar que, embora ninguém discorde do princípio básico dessa abordagem – de que a saúde humana, animal e ambiental são indissociáveis –, existem ainda muitas dúvidas sobre as respostas que essa perspectiva pode fornecer e seus limites de intervenção, principalmente no campo da Saúde Coletiva. No Brasil, o Dia da Saúde Única passa a ser celebrado em 3 de novembro.
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O marco de 30 anos da Estratégia Saúde da Família, considerada uma política de sucesso, que expressa a concepção ampliada de Saúde fortalecida desde a criação do SUS, é tema de outra reportagem, que reconta as origens do antigo PSF e discute os desafios atuais. A área da saúde está presente na revista ainda na última matéria da série preparatória da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, que vai acontecer entre 10 e 13 de dezembro.
Duas outras pautas desta edição remetem a efemérides. A primeira é a entrevista com o professor e pesquisador português Manuel Loff, que faz uma análise comparativa entre Brasil e Portugal, tendo como marco os 50 anos da Revolução dos Cravos, que encerrou uma ditadura em terras lusas, e os 60 anos do golpe empresarial-militar, que deu início a uma ditadura por aqui. Considerando elementos como os distintos caminhos de democratização, a expansão do neoliberalismo e o recente crescimento da extrema-direita, ele aponta o que há de comum e de diferente nessa trajetória. A segunda é a matéria que lembra o aniversário de 60 anos do Banco Central, comemorado agora, em dezembro de 2024, discutindo as mudanças que a entidade sofreu ao longo desse tempo e a polêmica em torno da sua autonomia.
O processo de envelhecimento da população brasileira, expressa nas recentes projeções do IBGE de ampliação da média de idade para 51 anos em 2070, foi o ponto de partida para uma reportagem sobre o mercado de trabalho para o segmento mais velho da sociedade que, no entanto, ainda não adquiriu o direito à aposentadoria ou precisa complementar a renda da previdência. Completa esta edição uma matéria que apresenta o programa Pé de Meia, instituído pelo governo federal como um incentivo à permanência dos jovens no Ensino Médio e discute, a partir dele, as necessidades e desafios da assistência estudantil nos cursos técnicos.
A Revista Poli é uma publicação jornalística bimestral editada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fiocruz. A assinatura pode ser feita de forma gratuita no site da Escola.