Esta semana, o Sextas traz o poeta Murilo Mendes, nascido em Minas Gerais, em 1901, carrega em si a marca do poeta do século XX. Sua sensibilidade às divergências fizeram dele um autor ímpar no século dos extremos: o século das vanguardas, das guerras, das ciências, da busca pela compreensão do lugar do homem na vida e no Universo.
No poema escolhido, "Mapa", o autor fala das dores e angústias de ser várias possibilidades e estar preso em um só tempo, um só lugar. "Me colaram no tempo, me puseram uma alma viva e um corpo desconjuntado".
#ParaTodosVerem Banner com fundo claro com o desenho de um mapa, na parte superior e inferior do banner o desenho de uma bússola, no centro, uma rosa dos ventos. No centro do banner um trecho do poema “Mapa” de Murilo Mendes:
Me colaram no tempo, me puseram
uma alma viva e um corpo desconjuntado. Estou
limitado ao norte pelos sentidos, ao sul pelo medo…
Andarei no ar.
Estarei em todos os nascimentos
e em todas as agonias …
Estou no ar …
nem triste nem alegre, chama com
dois olhos andando,
sempre em transformação.