O Sextas desta semana traz o poeta alagoano Jorge de Lima, que foi escritor e romancista. Com o trecho do poema "entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço", o autor nos fala sobre materialidade e existência. Existir é uma potencialidade que se concretiza no tempo e no espaço, entre a flor e a raiz, fortaleza e cansaço.
Jorge Lima nasceu em abril de 1893 em União dos Palmares, Alagoas. Iniciou sua carreira como escritor, mas nos anos de 1920, sua poesia marcou-se pelo prosaísmo, pela incorporação da cultura popular e do elemento afro-brasileiro. Na década de 1930, junto com Murilo Mendes, publicou o livro Tempo e Eternidade, marco na obra de ambos. A maior e mais importante parte de sua obra vem a partir daí, da temática surrealista, religiosa, e que envolve também romance e pintura.
#ParaTodosVerem Foto de uma rua com árvores de folhagem alaranjada, atrás das árvores um muro com desenhos em cores claras e escuras, bege, amarelo-claro, verde e cinza, os desenhos formam edifícios e morros. No centro da foto está um trecho do poema do poeta alagoano Jorge de Lima, "entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço"
"... que entre raiz e flor há um breve traço:
o silêncio do lenho, - quieta liça
entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço