O Natal chegou ao Sextas de Poesia nos versos de Manuel Alegre, poeta português, que acredita na poesia como ritmo, como música interior, canto e encanto, encantação, exorcismo, uma forma de relação mágica com o mundo. “Escrita e vida são inseparáveis".
Um Natal de poesia e encantamento para todas e todos!
O poeta fez parte da resistência contra a guerra colonial. Depois de, em 1963, regressar a Coimbra, sob o regime de residência fixa, conseguiu, no ano seguinte, desertar para a França, fixando-se pouco tempo depois em Argel. No exílio prolongado por 10 anos, Alegre teve uma importante intervenção política. As suas obras literárias bebem dessa influência, tendo-se revelado como importantes bandeiras de resistência contra o regime tirânico de Salazar. Muitos foram musicados e cantados por autores como Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira.
Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua, na Itália, inaugurou a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Pelo conjunto da sua obra recebeu, entre outros, o Prêmio Pessoa, em 1999, e o Grande Prêmio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, 1998.
*com informações da biografia de Manuel Alegre no site Palavras27