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Publicado em 10/11/2023
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Sextas traz a poesia, a dor e a luta de Mahmoud Darwish

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia traz Mahmoud Darwich, que é conhecido no mundo árabe como “o poeta da palestina”. Um escritor que prima por uma poesia simples e, ao mesmo tempo, densa. De imagens que explodem uma intimidade na qual dá para ver o retrato de uma coletividade. Preso e exilado, anotou de longe e deu não apenas voz, mas sons e imagens para a luta do povo palestino. Em Onze Astros, o autor aponta para a poesia mais do que apenas como uma fotografia de uma região ou de uma luta, mas também como a tentativa de captura de uma universalidade das regiões e das lutas, como se um devir das minorias estivesse onde quer que haja guerras, lutas, invasões e exilados. "Meu interior é meu exterior. Não se fie muito na fumaça do inverno, abril logo sairá de nosso sonho. Meu exterior é meu interior”, uma frase que retrata toda a poesia, dor e luta de Darwish.

O escritor e poeta é também autor da Declaração de Independência Palestina, escrita em 1988 e lida pelo líder palestino Iasser Arafat, quando declarou unilateralmente a criação do Estado Palestino. Membro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afastou-se do grupo em 1993, por discordar dos Acordos de Oslo. 

A vila em que nasceu foi inteiramente arrasada pelas forças de ocupação israelenses, em 1948, durante a Nakba, e a família do poeta refugiou-se no Líbano, onde permaneceu por um ano. Voltou clandestinamente ao seu país e descobriu que o vilarejo onde nasceu fora substituído pela colônia agrícola israelense de Ahihud. 

Mahmoud Darwish foi preso diversas vezes entre 1961 e 1967, e a partir da década seguinte passou a viver como refugiado até ser autorizado a retornar à Palestina para comparecer a um funeral, em maio de 1996.

Com informações de Jornal Nota.

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com uma colagem de imagens em cores vermelha, sépia e lilás, em uma foto há uma criança segurando um porta-retrato sem vidro, em outra foto há duas meninas brincando, só é possível ver a silhueta delas, com um céu azul e um prédio ao fundo, em uma terceira imagem há meninos sentados olhando para o lado. No centro do banner o trecho do livro "Onze astros":
Na última noite nesta terra,
arrancamos os dias das pequenas
árvores, e contamos as costelas
que levaremos junto e aquelas
que deixaremos aqui, na última
noite não diremos adeus, não
teremos tempo para acabar.
Tudo ficará como está, já que
o lugar trocará nossos sonhos...
De uma hora para outra, não
saberemos mais brincar...