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Publicado em 14/09/2023
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Geração de dados nas favelas é tema de Centro de Estudos em 15/9

Autor(a): 
Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz

A pandemia de Covid-19 deixou transparecer um grave problema nas favelas do Rio de Janeiro: a falta de dados sobre quem vive nelas. As subnotificações encobriram a gravidade da situação e o enfrentamento da doença durante o período mais crítico. A próxima edição do Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), dia 15 de setembro, às 14h, joga luz na questão e debate soluções. Com o tema Pesquisar nas Favelas é ‘Nós Por Nós’, a sessão tratará da importância da geração e compreensão de dados pelos próprios moradores das favelas e de como esse trabalho pode se expandir e resultar em maior inclusão social. Participam da conversa a pesquisadora Renata Gracie (Icict/Fiocruz) e o analista de dados Kayo Moura (LabJaca). O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora.

Ementa

As favelas do Rio de Janeiro são vetores de desigualdades sociais e de dados e a pandemia de Covid-19 revelou de maneira mais clara esta ausência de informações adequadas. As subnotificações obscureceram a gravidade da situação, impedindo o enfrentamento adequado dessa emergência sanitária. Embora os dados disponíveis publicamente possam ser colhidos para identificar o impacto da pandemia nos assentamentos informais do Rio de Janeiro, nenhum governo o fez. Por meio de uma mistura de dados de origem cidadã e da contagem de casos por "zonas de influência" de CEP nas favelas, 20 coletivos e organizações sem fins lucrativos da sociedade civil e juntaram à Fiocruz e, organizados pela Comunidades Catalisadoras (ComCat), trabalharam em conjunto desde junho de 2020 para desenvolver o Painel Unificador de Covid-19 nas Favelas (PUF) (www.favela.info). Após o período mais intenso de casos e óbitos na pandemia, e durante discussões realizadas pelo PUF e pela Rede Favela Sustentável, nasceu o curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’. Ele foi elaborado a partir da percepção da importância existencial de as próprias favelas coletarem dados de incidência da doença. O curso foi construído com o objetivo de desmistificar o processo de coleta e compreensão de dados e garantir o controle na geração de informações pelos próprios territórios, mirando a incidência política. O tema definido para o curso inaugural foi justiça hídrica e energética, pela natureza fundamental de ambos para o pleno desenvolvimento e inclusão das favelas.

Sobre os participantes:

Kayo Moura
(LabJaca)

É mestrando em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ). Possui graduação em Relações Internacionais pela PUC-Rio (2016), com domínio adicional em Estudos Latino-Americanos. Integra o Grupo de Estudos Atores e Agendas de Política Externa (NEAAPE) e o Grupo de Estudos de Economia e Política (GEEP). Tem interesse nas áreas de política externa, política pública, economia política, métodos quantitativos. É analista de dados e coordenador de pesquisas no LabJaca, laboratório de pesquisas e narrativas sobre favelas e periferias.

Renata Gracie
(LIS/Icict/Fiocruz)

Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) (2019), possui mestrado em Saúde Pública subárea Endemias Ambiente e Sociedade pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (2008), graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2004) e graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2001). Tecnologista em Geoprocessamento e vice coordenadora do Laboratório de Informações em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (LIS/Icict/Fiocruz). Professora permanente do PPGICS/Icict/Fiocruz. Coordenadora do curso de Especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública (SIMASP/Icict/Fiocruz). Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde com ênfase em vigilância em saúde, desigualdades socioespaciais, territórios periféricos, saneamento e saúde, mudanças climáticas, indicadores de saúde e de interesse a saúde a partir do uso de técnicas de geoprocessamento, análise espacial. É mãe de dois filhos.

Assista ao Centro de Estudos do Icict: