Nos dias 8 e 12 de novembro, o Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) realizará sua semana de recepção ao novos alunos com aulas abertas a todos os interessados na temática do curso. A primeira atividade debaterá os desafios na formação de profissionais e seus impactos na gestão, e será proferida pelo infectologista da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Julio Croda, no dia 8/11, às 10h. Já no dia 12, às 9h, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública, Paulo Sabroza falará sobre a vigilância em saúde num cenário de crise. A semana de recepção conta ainda com atividades de acolhimento e outros momentos voltados especificamente aos 75 novos alunos. As apresentações públicas serão transmitidas pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube. O Programa VigiFronteiras-Brasil é uma iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
A coordenadora do VigiFronteiras-Brasil, Eduarda Cesse, falou sobre o entusiasmo do início da turma após quase dois anos de preparação, destacando que a formação de profissionais, mestres e doutores, é estratégica. "Particularmente neste momento de grave crise sanitária, a área de vigilância reveste-se de grande importância e essa formação dará suporte à gestão desse campo na região de fronteiras do Brasil com os países sul-americanos vizinhos”, ressaltou ela, que é também Coordenado-Geral Adjunta de Educação da Fiocruz.
Durante a recepção dos novos alunos, haverá o acolhimento acadêmico do corpo discente pela Coordenação do VigiFronteiras-Brasil e representantes das instituições que formam o consórcio: Programas de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (ILMD/Fiocruz Amazonas), além de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul. Os alunos serão brindados ainda com apresentações dos corais da Fiocruz e da Fiocruz Pernambuco.
Programa VigiFronteiras-Brasil
O Programa VigiFronteiras-Brasil foi lançado em março de 2021 e teve seu processo seletivo realizado de forma remota. Mais de mil candidatos se inscreveram, a maioria gestores e profissionais de saúde brasileiros e estrangeiros que atuam nas fronteiras do Brasil com outros países da América do Sul. Desses, 75 foram selecionados, sendo 15 estrangeiros. Eles irão cursar mestrado ou doutorado em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente, Saúde Pública e Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia. Os cursos são presenciais, mas enquanto a emergência sanitária pela Covid-19 perdurar, as atividades acadêmicas desenvolvidas pelos programas consorciados serão oferecidas na modalidade remota (online) nos polos determinados para a oferta: Escritório Regional da Fiocruz de Mato Grosso do Sul, Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Manaus) e Instituto Federal do Amazonas (Tabatinga/AM).
O Brasil tem uma enorme fronteira territorial com os demais países da América do Sul que se caracteriza por um intenso fluxo de populações. Essa movimentação interfere no padrão de ocorrência das doenças, na circulação de patógenos e no funcionamento dos sistemas de saúde dos países que têm fronteiras uns com os outros. Por conta dessas características, é importante que os profissionais de saúde que atuam nessas localidades (na gestão do sistema de saúde ou na assistência), conheçam um pouco mais dessa dinâmica populacional e como ela interfere nos padrões epidemiológicos e no funcionamento dos serviços prestados. É estratégico estarem preparados para responder adequadamente as necessidades de saúde dessas populações. Nesse cenário, foi criado VigiFronteiras-Brasil.
Seu objetivo é formar mestres e doutores para contribuir com o fortalecimento das ações e serviços de vigilância em saúde nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países vizinhos (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, e uma Região Ultramarina da França, a Guiana Francesa). O doutorado tem duração mínima de 24 meses e máxima de 48 meses. Já no mestrado, o tempo mínimo para conclusão é de 12 meses e máximo de 24 meses.
Confira a programação aberta detalhada:
8/11 - segunda-feira
9h – Mesa de abertura
Nísia Trindade Lima - Presidente da Fiocruz
Cristiani Vieira Machado - Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz)
Representante do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz (Cris/Fiocruz)
Eduarda Cesse - Coordenadora-Geral Adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz)
Representante da Opas/OMS
Representante da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
9h50 – Boas-vindas da coordenação
Cristiani Vieira Machado - Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz)
Eduarda Cesse - Coordenadora-Geral Adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz)
Andréa Sobral - Coordenadora Pedagógica do Programa VigiFronteiras-Brasil
10h – Vigilância em Saúde nas fronteiras: os desafios na formação de profissionais e seus impactos na gestão
Palestrante: Júlio Croda - infectologista, Pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e Professor da UFMS)
Transmissão: https://youtu.be/rhbXn3IVGO4a
12/11 - sexta-feira - 9h
9h – O papel da Vigilância em Saúde no cenário de emergências em Saúde Pública
Palestrante: Paulo Sabroza - professor e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)
Debatedores:
Paulo Peiter - pesquisador do Laboratório de Doenças Parasitárias do IOC/Fiocruz
Carlos Machado - pesquisador da Ensp/Fiocruz, coordenador do Centro de Estudos para Emergências e Desastres em Saúde e (Cepedes) e do Observatório Covid-19, ambos da Fiocruz.
Mediação:
Andréa Sobral - pesquisadora da Ensp/Fiocruz e coordenadora pedagógica do Programa VigiFronteiras-Brasil
11h – Encerramento
Transmissão: https://youtu.be/OMmh_A8clC