A Fiocruz e o Museu da Maré vão promover, nos dias 13 e 14 de agosto, o 1º Encontro sobre Patrimônios Periféricos. O objetivo é discutir a importância dos estudos e pesquisas acerca dos patrimônios materiais e imateriais das culturas amefricanas que estão presentes na construção e formação do país, levando em conta o apagamento, a sobreposição e/ou apropriação deles pelo processo de colonização e racismo.
O evento foi organizado a partir da iniciativa de três mestras formadas pelo Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e da Estratégia de Desenvolvimento Territorial Fiocruz-Maré da Presidência da Fundação, para pensar os patrimônios periféricos e sua importância na formação da História brasileira. Segundo as organizadoras do evento, o processo de invisibilização das culturas amefricanas ainda é muito presente em todos os níveis dos processos formativos e educativos, apesar das leis federais existentes.
“Qual o papel das culturas ancestrais na produção de vida e saúde das aldeias e quilombos, periferias e cidades? O que é considerado patrimônio em uma época de grave crise climática e esgotamento de recursos naturais? Como é possível contribuir, no campo da educação, para a ressignificação do que se entende como patrimônio? Estas serão algumas das questões debatidas no encontro”, diz a educadora e doutora em Saúde Pública Márcia Lenzi, da Estratégia Territorial Fiocruz-Maré e uma das organizadoras do evento.
Para discutir estas questões foram convidados representantes do Arquivo Nacional, do Instituto dos Pretos Novos, da Aldeia Maracanã, do Centro de Documentação e Imagem (Cedim-UFFRJ) e da Universidade Federal Fluminense (UFF). O primeiro dia do encontro será realizado no Museu da Maré (Avenida Guilherme Maxwel 26), das 9h às 16h, e o segundo no Museu da Vida da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365), das 9h às 15h.
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