O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao Dia dos Namorados. Com o poema "O sempre amor", de Adélia Prado, ela nos diz que o amor "é a coisa mais triste, a coisa mais alegre, o amor é a coisa que mais quero".
Em 2024, a renomada escritora mineira recebeu uma das mais prestigiadas honrarias da língua portuguesa: o Prêmio Camões, aos 88 anos.
Adélia Prado publicou seu primeiro livro em 1976, com mais de 40 anos, e nunca mais parou de surpreender com a delicadeza e a simplicidade de seus versos. Ela é considerada a herdeira poética de Carlos Drummond de Andrade e, além do Camões, em um intervalo de menos de uma semana, ela também recebeu o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).
Ao longo de sua carreira, Adélia acumulou muitos outros prêmios, como o Prêmio Jabuti, em 1978, o ABL de Literatura Infantojuvenil, em 2007, o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional e da Associação Paulista dos Críticos de Arte, ambos em 2010, o Prêmio Clarice Lispector, em 2016, entre outros.
#ParaTodosVerem Foto de uma escultura, nela há a representação de duas pessoas abraçadas com véus sobre as suas cabeças. No canto direito da foto, o poema de Adélia Prado, "O sempre amor":
Amor é a coisa mais alegre
amor é a coisa mais triste
amor é coisa que mais quero.
Por causa dele falo palavras como lanças
Amor é a coisa
mais alegre
amor é a coisa
mais triste
amor é coisa que
mais quero.
Por causa dele
podem entalhar-me,
sou de
pedra-sabão.
Alegre ou triste,
amor é coisa que
mais quero.