Descrição: A nossa proposta aqui é a de trabalhar a cultura oceânica com professores dos anos iniciais do ensino fundamental, tendo como base a pedagogia de projetos, fundamentado pela ideia de construção coletiva, do inacabamento do conhecimento, da colaboração de todos nós, reiterando os conceitos de participação, democracia e de responsabilidade. Atuar com o professor deste segmento da educação básica é reaproximá-lo da universidade, das instituições acadêmicas, é dar acesso às agendas em educação ambiental e cultura oceânica para sua prática individual e coletiva, seja dentro ou fora da escola. A unidade de ensino escolhida é um lugar favorável à educação ambiental voltada para cultura oceânica, pelo fato de estar próxima à praia. Facilitar o acesso ao conhecimento para os professores quanto aos cuidados com o meio ambiente é garantir, em certa medida, o cuidado com a preservação e conservação do nosso espaço. A ideia do uso da pedagogia baseada em projetos (ABP) (MARKHAM, 2008) é um caminho para dar esse pertencimento, acesso e percepção de que esse professor pode e consegue tratar de assuntos ligados à cultura oceânica em sua prática pedagógica.
Objetivo Geral: Oferecer caminhos teóricos e práticos em cultura oceânica e biologia marinha para a formação e prática do professor participante. . Avaliar os conhecimentos sobre cultura oceânica dos participantes do estudo. . Estimular a incorporação dos conteúdos trabalhados na práxis dos professores envolvidos no estudo. . Elaborar e avaliar uma proposta de sequência didática em cultura oceânica para os professores dos anos iniciais do ensino fundamental.
Justificativa: É imprescindível transformar nossa relação com o oceano. É urgente perceber que a contínua exploração e poluição dos mares, sob o pretexto do desenvolvimento econômico, coloca em risco questões essenciais à vida, tais como o ar que respiramos, a vida marinha e o equilíbrio climático entre as diversas atividades econômicas. Os problemas ambientais ligados ao oceano são muitos e não recentes. No entanto, nas últimas décadas a pesca predatória, as redes de arrasto, as ilhas de plástico, os medicamentos dispersos nas águas, o desrespeito aos períodos de defeso, a captura acidental e outras formas de exploração e contaminação dos mares se exacerbaram. Tal situação tem relação direta com grandes interesses econômicos, com a falta de conhecimento da população e com o pouco investimento em estudos em cultura oceânica (UNESCO, 2019). A poluição dos ambientes aquáticos pode ser descrita como uma ação antrópica. Esta poluição se dá por meio da eliminação de substâncias ou de energia no meio marinho (incluindo os estuários), provocando efeitos nocivos, tais como danos aos recursos vivos e à vida marinha, riscos à saúde do homem, entraves às atividades marinhas, incluindo a pesca e outras utilizações legítimas do mar, a alteração da qualidade da água do mar e a deterioração dos locais de recreio (BRASIL,1995). Diante de tais questões, a Década do Oceano chega em excelente momento. Em 2017, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), que tem como principal objetivo promover a divulgação e ações urgentes para a conservação do oceano (ONU, 2017). A década está relacionada de forma direta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14 e 17, previstos na Agenda 2030 (acordo firmado entre os estados-membros da ONU). Os ODS são um conjunto de ações da ONU para proteger o planeta, erradicar a pobreza e assegurar a prosperidade e a paz. Os 17 objetivos e 168 metas nasceram em janeiro de 2012 na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável e foram adotadas a partir de 2015 (BRASIL, 2020). Entre esses 17 objetivos, que foram construídos sobre os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) (ONU, 2000), estão incluídas áreas afins, tais como: ação contra mudança global do clima (ODS13) e vida na água (ODS14). É importante lembrar que todos os objetivos estão interligados. Partindo desse entendimento, buscamos pensar na educação ambiental e na cultura oceânica de forma dialógica e reflexiva, pois o que vemos normalmente, nos espaços formais da educação, são atividades mecânicas, reprodutoras e simplistas, quando tratamos destes temas. Portanto, pensar na Educação Ambiental é pensar na aquisição de conhecimentos e competências por parte do indivíduo e da coletividade para a conservação do meio ambiente (BRASIL, 1999). Dessa forma, propor uma atividade educativa para professores dos primeiros anos do Ensino Fundamental, sob a forma de formação continuada, é uma proposta que pode ser possível, acessível e viável ao professor da educação básica. A nossa proposta aqui é a de trabalhar a cultura oceânica com professores dos anos iniciais do ensino fundamental, tendo como base a pedagogia de projetos, fundamentado pela ideia de construção coletiva, do inacabamento do conhecimento, da colaboração de todos nós, reiterando os conceitos de participação, democracia e de responsabilidade. Atuar com o professor deste segmento da educação básica é reaproximá-lo da universidade, das instituições acadêmicas, é dar acesso às agendas em educação ambiental e cultura oceânica para sua prática individual e coletiva, seja dentro ou fora da escola. A unidade de ensino escolhida é um lugar favorável à educação ambiental voltada para cultura oceânica, pelo fato de estar próxima à praia. Facilitar o acesso ao conhecimento para os professores quanto aos cuidados com o meio ambiente é garantir, em certa medida, o cuidado com a preservação e conservação do nosso espaço. A ideia do uso da pedagogia baseada em projetos (ABP) (MARKHAM, 2008) é um caminho para dar esse pertencimento, acesso e percepção de que esse professor pode e consegue tratar de assuntos ligados à cultura oceânica em sua prática pedagógica.
Promover a cultura oceânica para os professores dos anos iniciais do fundamental no Munícipio de Saquarema /RJ.