Cursos

Descrição: O crescente número de microrganismos multirresistentes aos antibióticos prescritos é preocupante e um sério problema de saúde pública global, pois a quantidade de antibióticos disponíveis não acompanha esse ritmo acelerado, dificultando a escolha terapêutica. Infecções provocadas por microrganismos resistentes, como Pseudomonas aerugionosa, Acinetobacter baumannii e Staphylococcus aureus, aumentam o tempo de internação, os custos hospitalares, a morbidade e a mortalidade, tornando-se um agravante no controle de doenças e no quadro clínico de pacientes admitidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Portanto, medidas de prevenção e controle, bem como estratégias de educação permanente e continuada dos profissionais da saúde são fundamentais para o enfrentamento da resistência antimicrobiana. Estima-se que aproximadamente 80% das prescrições de antibióticos ocorram na Atenção Primária a Saúde (APS) e 90% do seu uso na comunidade. Com base em revisões sistemáticas, os autores concluíram que as melhores estratégias de redução do uso indiscriminado de antibióticos foram a educação em saúde, principalmente realizada na APS. O Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos, 2018-2022, no Âmbito da Saúde Única do Ministério da Saúde, tem como um dos objetivos estratégicos “Melhorar a conscientização e a compreensão a respeito da resistência antimicrobiana por meio de comunicação, educação e formação efetivas”, tornando relevante a oferta de cursos de capacitação sobre o tema, de maneira a contribuir na formação permanente dos profissionais da área da saúde, educadores e sociedade em geral. Este curso de capacitação acerca da resistência antimicrobiana e seu impacto no ambiente hospitalar poderá auxiliar no aprimoramento da prática profissional em saúde, assim como, na maior conscientização dos cuidados a serem empregados nestes ambientes. Esta iniciativa faz parte do programa "CONHECIMENTO DE EXCELÊNCIA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL EM SAÚDE – CONEXAO SAÚDE, uma importante iniciativa da Fiocruz Rondônia, INCT-EPIAMO, PPSUS-DECIT/MS, FAPERO e instituições parceiras, nesta 1a edição do Curso - Resistência antimicrobiana: Por que se preocupar? - Conversas sobre bactérias multirresistentes e ambiente hospitalar.

Objetivo Geral:  Aprimorar conhecimentos teóricos e/ou práticos sobre resistência antimicrobiana;  Refletir a importância das estratégias de educação em saúde no enfrentamento a resistência antimicrobiana;  Compreender a responsabilidade da capacitação profissional no serviço a sociedade.

Justificativa: Estima-se que mais de 700.000 mil pessoas morram todos os anos em decorrência de cepas de microrganismos multirresistentes. Se medidas efetivas de prevenção e controle da resistência aos antimicrobianos não forem tomadas, é possível que até 2050, esse problema de saúde pública mundial, cause mais mortes do que o câncer. As infecções hospitalares tornam-se mais graves pelo tempo de internação, idade do paciente, presença de comorbidades e falta de antimicrobianos efetivos e seletivos, além de aumentar custos e mortalidade. A compreensão dos padrões gerais de resistência e a epidemiologia local, é fundamental para se propor planos de ação no enfrentamento deste problema, como a prescrição racional de antibióticos, o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos e a capacitação permanente e continuada dos profissionais da área da saúde. A proposta de cursos de capacitação pode, além de atualizar ou acrescentar conhecimentos em relação a um tema ou técnica específica, desenvolver e ampliar competências para promover transformações no contexto do trabalho, favorecendo que temas, como a resistência antimicrobiana, seja discutida e compreendida como um problema de saúde pública persistente.