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Publicado em 13/01/2023
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Sextas traz Vinícius e destaca a importância do patrimônio artístico e cultural brasileiro

Autor(a): 
Ana Furniel

Em 13 de dezembro de 1968, dia em que a ditadura brasileira instituiu o AI5, o poeta Vinícius de Moraes estava em Lisboa. Do palco, comunica ao público sua tristeza com a situação do Brasil e lê seu poema “Pátria Minha”. Quando sai do hotel, o Poeta se vê cercado por salazaristas revoltados com seu discurso contra a ditadura. É aconselhado a usar uma porta alternativa. Recusa-se. Sai e olha os manifestantes raivosos.

Então, ergue a voz e recita o poema escolhido para o Sextas de Poesia desta semana, “Poética”, onde termina reafirmando:

“Eu morro ontem, Nasço amanhã

Ando onde há espaço: – Meu tempo é quando”.

A obra que ilustra esta edição é de Frans Krajcberg, Galhos e Sombras, que foi vandalizada no Palácio do Planalto, junto a outras tão caras ao patrimônio cultural e artístico brasileiro, como Di Cavalcanti e Bruno Giorgi.

A poesia é subversiva, como a “flor que brota do asfalto”, de Carlos Drummond – que disse sobre Vinícius: Não esquecer que o amor é uma força revolucionária avassaladora, a mais temida por toda forma de opressão.

 

*com informações do blog Brasil e Desenvolvimento.