A partir de 24 de setembro, 50 professores da Fiocruz iniciam o curso de tecnologias e metodologias para a docência na saúde. A iniciativa é parte do Programa de Qualificação de Docentes Fiocruz, conduzido pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Os participantes são professores e gestores da educação indicados pelos vice-diretores de Ensino das unidades da Fundação.
A coordenadora geral de Educação da Fiocruz, Maria Cristina Guilam, lembra que o curso atende a uma demanda que surgiu na Câmara Técnica de Educação e que a proposta foi debatida no Fórum de Educação à Distância da instituição. "O objetivo é oferecer subsídios para que os profissionais desenvolvam a reflexão crítica e a instrumentalização no uso das tecnologias digitais, no contexto da educação”.
O curso é coordenado pelos professores José Moran e Dênia Falcão de Bittencourt. Segundo eles, o Plano de Ensino e Aprendizagem foi elaborado para que profissionais da Fiocruz que exercem docência ou gestão do Ensino sejam capazes de promover projetos de mudança na educação presencial e online. “O objetivo é que se utilizem de metodologias ativas, valores, criatividade e tecnologias digitais para aperfeiçoar projetos educacionais. A expectativa é de que os docentes ajudem seus alunos aprender de forma mais eficiente. Além disso, que se sintam profissionais mais confiantes e realizados em suas práticas educacionais”.
A qualificação inclui atividades online - através da plataforma Moodle do Campus Virtual Fiocruz - e dois encontros presenciais, tendo como base a discussão de textos, estudos de caso, dinâmicas em grupo e percurso personalizado na construção de projeto.
Saiba mais: o que são metodologias ativas?
De acordo com o Plano de Ensino e Aprendizagem do curso, as metodologias ativas valorizam a participação efetiva dos alunos na construção do conhecimento e no desenvolvimento de competências, possibilitando que aprendam no seu próprio ritmo, tempo e estilo. São diferentes formas de experimentação e compartilhamento, dentro e fora da sala de aula, com mediação de docentes inspiradores e incorporação de todas as possibilidades do mundo digital, que está em profunda transformação.
Os modelos híbridos destacam a flexibilidade, a mistura, o compartilhamento e o redesenho de espaços, tempos, atividades, materiais, técnicas e tecnologias que compõem esse processo transformador do currículo e da escola. Esse processo de aprendizagem tem um forte componente de mediação tecnológica, incluindo elementos que possibilitam inúmeras combinações, arranjos, itinerários e atividades.
Ana Furniel, coordenadora do CVF, ressalta que o curso está sendo ofertado pela primeira vez para esses 50 docentes. "No entanto, uma equipe da Fiocruz irá trabalhar com os coordenadores acadêmicos do curso numa versão autoinstrucional do conteúdo. Dessa forma, poderá ser ampliado o número de alunos e o público interessado", afirma Ana.
O acesso ao curso será liberado a partir de amanhã (25/9).
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Unsplash