Mais integração entre as unidades, os programas e as modalidades de oferta educacional. Foi esta a tônica da Câmara Técnica de Educação da Fiocruz (CTE), que aconteceu nos dias 24/4 e 25/4, no campus sede da instituição no Rio de Janeiro. Os desdobramentos da reunião, diretrizes e próximos passos discutidos coletivamente serão pauta de um novo encontro, previsto para o dia 8/6: os novos vice-diretores de Educação receberão as boas-vindas do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral.
A primeira reunião da CTE mobilizou mais de 70 participantes de 25 áreas da instituição, entre vice-diretores de Educação, coordenadores de programas e cursos, docentes, técnicos e outros convidados. O encontro aconteceu pouco depois do início da nova gestão da Presidência da Fiocruz – tendo sido uma excelente oportunidade para debater as linhas de atuação institucional, discutir diretrizes e estratégias de ação no campo educacional (a ata da reunião está disponível para download no fim da matéria, acesse).
A presidente Nísia Trindade Lima, lembrou que diversas ações voltadas à integração institucional foram promovidas pela gestão anterior. “A Câmara Técnica sempre tem um papel importante neste sentido e vamos continuar neste caminho ao longo dos próximos quatro anos”, afirmou.
Já o Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral, comentou sobre a importância da maior articulação entre as várias câmaras técnicas. “É necessário compartilhar informações. Destaco os vínculos entre a Câmara de Educação e a de Pesquisa. E, naturalmente, vamos articular a CTE à Câmara de Informação e Comunicação, que compõe a VPEIC”.
Em seguida, houve apresentações sobre os desafios da educação na Fiocruz, além de debates de experiências sobre processos de integração nas ofertas educacionais e sobre as iniciativas de implantação da Escola de Governo e do Campus Virtual.
Na plenária final, os membros da Câmara discutiram os principais pontos e fizeram uma síntese das questões que devem ser compartilhadas junto às unidades, a fim de dar continuidade às ações integradas no campo da educação na Fiocruz.
Integração: visão e atitude “fora das caixinhas organizacionais”. A implementação dos programas da Fiocruz depende da capacidade de cooperação e articulação dos vários agentes da instituição na área de educação. Para isso, foram sugeridas várias estratégias, destacando-se a importância de melhorar a interlocução entre as unidades, assim como de capilarizar as informações sobre os projetos educacionais.
Internacionalização: houve consenso quanto à criação de um ambiente internacional que beneficie as atividades de formação e de pesquisa, visando ampliar o intercâmbio de alunos e conhecimentos entre a Fiocruz e outras instituições.
Formação de docentes: o surgimento de metodologias ativas e recursos educacionais novos, que têm como base tecnologias de informação, traz para a Fundação o desafio de atualizar docentes. Afinal, são eles que vão atuar diretamente para formar pesquisadores com visão ampla, que valorizem a comunicação social da ciência, comprometidos com a ética e a integridade em pesquisa. Foram apresentadas diversas propostas capazes de viabilizar as ações, aproveitando tanto as capacidades internas quanto a parceria com outras instituições.
Doutorado profissional: o grupo debateu a recente portaria do Ministério da Educação (MEC). Ficou evidente a necessidade de estabelecer uma orientação geral e comum para que o doutorado profissional seja implementado, garantindo a sintonia entre as iniciativas das unidades. Com o objetivo de atuar de forma pró-ativa na implementação da nova modalidade, a Coordenação Geral dos Programas de Pós-graduação representará a Fiocruz na articulação com entidades parceiras.
Escola de Governo da Fiocruz e Campus Virtual Fiocruz: foram apontados como instrumentos fundamentais para que se avance na integração institucional. Para aperfeiçoar o trabalho de ambos, os membros da CTE sugeriram que a Escola de Governo lidere todas as iniciativas que visam a oferta educacional voltada à formação para SUS, (independentemente da modalidade ou nível), dada sua capacidade de atender de forma qualificado e massivo às demandas do Sistema. Já o Campus Virtual Fiocruz foi citado como espaço de construção coletiva e criação conjunta, capaz de integrar iniciativas e criar sinergia no campo da educação.
Por Paulo Carvalho e Flávia Lobato