Segurança e qualidade são essenciais em laboratórios de pesquisa. Com o objetivo de capacitar profissionais, a Fiocruz Pernambuco elaborou o curso Biossegurança em foco, oferecido na modalidade à distância (EAD) em formato autoinstrucional. As inscrições estarão abertas a partir do dia 13 de abril, e os interessados podem acessar a capacitação através do Campus Virtual Fiocruz até dezembro de 2020.
A coordenadora da EAD de Fiocruz Pernambuco, Joselice da Silva Pinto, explica que o objetivo é estimular a troca de conhecimentos visando a adoção de boas práticas. "Temos pesquisadores, técnicos, bolsistas, estagiários — um número grande de pessoas a serem treinadas. O nosso público inclui, ainda, profissionais das demais unidades técnicas da Fundação Oswaldo Cruz, e também de outras instituições de saúde". Joselice completa, abordando o cenário atual: "Com a pandemia, isso inclui os profissionais de saúde que vão realizar os testes para Covid-19".
O conteúdo enfoca um conjunto de ações para prevenir, controlar, reduzir ou minimizar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. São medidas que visam a melhoria contínua das instituições e o atendimento às recomendações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério da Saúde (MS).
Com carga horária total de 45 horas, o curso está estruturado em três módulos:
• Módulo I - Biossegurança e Boas Práticas Laboratoriais
Aborda conceitos básicos de biossegurança, do ponto de vista histórico e legal, e Boas Práticas Laboratoriais, com foco na qualidade, saúde e segurança, e gerenciamento de resíduos.
• Módulo II - Classificação de Riscos e Níveis de Biossegurança no Trabalho com OGMs e Convencionais
Trata da classificação de riscos e dos níveis de biossegurança, enfocando o trabalho com organismos geneticamente modificados e organismos convencionais. Compreende também a identificação dos requisitos básicos da infraestrutura laboratorial, de acordo com o nível de biossegurança e o organismo trabalhado.
• Módulo III - Princípios e Normas de Biossegurança do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz PE)
A partir da Política Institucional de Biossegurança e de procedimentos específicos de alguns laboratórios são disseminados os princípios e normas de biossegurança.
Os alunos terão à disposição materiais educativos complementares, como um e-book exclusivo. Quem coordena esta oferta são os pesquisadores Christian Reis e Evania Galindo.
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) está na luta contra a pandemia do novo coronavírus, prestando à comunidade escolar diversas orientações sobre o enfrentamento da Covid-19 e promovendo, mais uma vez, o seu papel de instituição pública na garantia dos direitos sociais. Com a suspensão das atividades escolares presenciais, desde o dia 16 de março, o Politécnico passou a disponibilizar atividades pedagógicas complementares on line para os estudantes dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio nas habilitações de Análises Clínicas, Biotecnologia e Gerência em Saúde.
Segundo a coordenadora geral de ensino, Ingrid D’avilla, desde o início da pandemia, teve-se o entendimento que o processo de isolamento social exige das instituições escolares o fortalecimento, sobretudo, da dimensão de socialização. “Para nós, a disponibilização de conteúdo por meio das tecnologias da informação são a possibilidade, nesse momento, de reduzir os efeitos do isolamento social a partir de atividades que têm um conteúdo pedagógico relevante para a nossa escola”, afirma, citando que um dos objetivos dessa proposta é dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem e possibilitar que os estudantes sejam estimulados, a partir dessas atividades, a organizarem suas rotinas diárias de estudo. Além disso, as atividades foram pensadas como forma de manutenção dos vínculos entre professores, estudantes e pais e responsáveis. Vale lembrar que essas atividades são complementares e não substituem as aulas presenciais. "A Escola reconhece que nem todos os estudantes têm acesso à internet, seja por falta de equipamentos ou de conexão. Além disso, nessa modalidade de formação, as aulas presenciais são insubstituíveis, sobretudo para a integração dos componentes da formação geral e da habilitação técnica", explica.
Na página do material de estudo disponível no Portal EPSJV, o estudante encontra material sobre a Formação Geral, as Habilitações Técnicas, a Introdução à Educação Politécnica em Saúde (IEP) e o Projeto Trabalho, Ciência e Cultura (PTCC). Semanalmente, os materiais serão inseridos nessas grandes áreas. A proposta, que já está em formulação, é que em breve esse material seja migrado para uma plataforma que permita mais interação entre estudantes e professores.
Nas orientações, a Escola sugere que os estudantes organizem o seu tempo considerando momentos para o descanso, o lazer, a interação à distância com os amigos, as atividades cotidianas em casa e com a família, bem como para a realização de tarefas escolares. Ingrid ressaltou que, além de realizar as tarefas propostas, o tempo em casa pode ser utilizado pelos estudantes para revisar conteúdos nos quais têm dúvidas e aprofundar seus conhecimentos em alguma disciplina. “A Escola também está disponível para ajudar os estudantes que tenham dificuldades em seguir a rotina que planejou. Se precisar, reorganize e peça ajuda”, acrescentou a coordenadora.
A EPSJV/Fiocruz, destaca Ingrid, é uma instituição de saúde pública e não somente uma instituição do campo da educação: “A gente se constitui a partir das interfaces entre Trabalho, Educação e Saúde. E, nesse contexto, algumas de nossas ações são intensificadas, como o nosso papel na comunicação pública e da ampliação da consciência sanitária”, diz ela. É justamente por isso que, no Portal EPSJV/Fiocruz, é possível encontrar uma série de reportagens, podcasts e entrevistas sobre questões relacionadas à pandemia. As redes sociais da Escola também serão recheadas de informações e vídeos de estímulo e educativos produzidos pelos professores do Poli e pelos próprios alunos, que estão mobilizados nessa luta, além de lives com digitais influencers que visam entreter os alunos no período de isolamento.
Preocupada com a possibilidade de reduzir os efeitos da falta de alimentação escolar no cotidiano dos alunos e de suas famílias, a EPSJV decidiu, emergencialmente, aumentar o valor das bolsas de demanda social, que passarão de R$ 150 para R$300 por mês até o retorno das atividades presenciais. Essas bolsas são pagas, mensalmente, a 110 estudantes do Ensino Médio Integrado, cujos responsáveis solicitaram auxílio no momento da matrícula por possuírem comprovada caracterização de baixa renda familiar. Vale ressaltar que, por estudarem em horário integral, todos os alunos da EPSJV recebem três refeições por dia na escola (café da manhã, almoço e lanche da tarde).
Segundo Ingrid, a Escola reconhece que a alimentação escolar é um direito para todos os estudantes. Na EPSJV, ela é viabilizada com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e recursos próprios da unidade. “A suspensão das aulas presenciais pode estar agravando a situação de famílias que já viviam em contexto de vulnerabilidade e com dificuldade de efetivar esse direito humano à alimentação adequada por meio da renda familiar”, explica.
Ingrid afirma que o Poli sabe que o alcance da medida é restrito por falta de recursos orçamentários, mas considera fundamental, sobretudo num momento em que, segundo ela, as diversas instâncias de governo responsáveis pela proteção social não têm dado respostas efetivas e estruturantes para a questão da perda de renda dos trabalhadores, em função da interrupção das atividades produtivas em várias esferas. “Como parte do Estado, a Escola se sente obrigada a dar essa resposta, porque, para nós, isso representa o mínimo de proteção social para que todos possam viver com um pouco mais de dignidade nesse período”, aponta, acrescentando que o Politécnico está acompanhando junto com estudantes e professores se existem situações mais drásticas do ponto de vista de perda de renda familiar com outros alunos que não estão contemplados nessa medida.
Outras ações também estão sendo pensadas para ajudar trabalhadores de diversas áreas na luta contra a Covid-19. Em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), a coordenação do curso técnico em Agente Comunitário de Saúde (CTACS) da EPSJV, em conjunto com outros professores-pesquisadores e a direção da instituição, elaborou um plano de trabalho para contribuir para a formação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (ACIS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE), incluindo as demais nomenclaturas utilizadas para estes trabalhadores da área de vigilância em saúde. “Fizemos um plano reconhecendo a importância do trabalho desses agentes para o Sistema Único de Saúde no que se refere à elaboração de ações de saúde pública socialmente e territorialmente referenciadas, da educação popular em saúde, promoção da saúde, prevenção de doenças, do trabalho interprofissional e da ampliação da participação popular”, afirma a professora-pesquisadora da EPSJV/Fiocruz e uma das coordenadoras do CTACS, Mariana Nogueira.
No plano de trabalho estão incluídas ações como: divulgação de informações que possam orientar agentes comunitários de saúde, técnicos em vigilância em saúde e agentes indígenas de Saúde no Brasil a respeito do coronavírus, atendendo a uma demanda do Ministério da Saúde; o apoio técnico e político a instâncias governamentais, aos órgãos oficiais e ao controle social; articulação territorial com entidades organizadas por trabalhadores agentes de saúde, movimentos sociais em defesa do SUS e movimentos populares; a realização de educação permanente para esses agentes de saúde que atuam nos municípios do estado do Rio de Janeiro, através da produção de materiais educativos e informativos a respeito do novo vírus; e a organização de um grupo de trabalho que possa estar em articulação junto às lideranças comunitárias das favelas e movimentos sociais, evitando-se a proliferação de ações da instituição com focos semelhantes. “Para isso, estamos desenvolvendo ações de divulgação de informação em saúde; materiais educativos para a formação em saúde dos agentes de saúde, mas também incluiremos material para as trabalhadoras cuidadoras de idosos”, adianta Mariana.
A professora-pesquisadora afirma que, para desenvolver essas iniciativas, a Escola está em diálogo com as educandas trabalhadoras ACS da turma atual do CTACS e com os ACS egressos das turmas anteriores para ouvi-los sobre suas necessidades em sua prática profissional. “Construímos um questionário, enviamos e recebemos respostas. E a partir daí, listamos temas que subsidiarão as ações que estamos desenvolvendo como, por exemplo, os cuidados e uso de equipamentos de proteção individual e a saúde do trabalhador da saúde em tempos de Covid-19”, explica.
Acesse:
A pandemia do novo coronavírus vem mostrando a importância cada vez maior do uso das tecnologias digitais por toda a sociedade. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dispõe de diversas plataformas no campo da educação, informação e comunicação em saúde – que neste momento de crise da saúde pública internacional assumem um papel central para que informações confiáveis e com base em evidências científicas circulem nas redes.
Para que professores, alunos e outros profissionais do ensino possam continuar realizando suas atividades, o Campus Virtual Fiocruz produziu o Guia de Utilização de Tecnologias Educacionais, como explica a coordenadora da iniciativa, Ana Furniel. “Criamos este espaço web como parte das ações de mobilização de toda a instituição para diminuir os impactos da pandemia. Neste momento é ainda mais importante incentivar as aulas virtuais e oferecer alternativas para garantir que os professores e alunos consigam manter suas atividades. Do contrário teremos problemas com a agenda educativa”.
No guia, estão disponíveis informações sobre como solicitar Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle), cadastrar aulas no Educare, transmitir aulas por webconferências e transmitir defesas de teses e dissertações. Quem acessar o hotsite também vai encontrar tutoriais sobre videoaulas e ferramentas disponíveis para chats, reuniões por vídeo, compartilhamento de telas, gravação das sessões, entre outras.
Acesse aqui o Guia de Utilização de Tecnologias Educacionais.
O Guia se insere num conjunto de ações que a Vice-presidência de Educação, Informação e Educação tem adotado, desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia, e das diretrizes das autoridades brasileiras, lembra a coordenadora geral da Educação, Cristina Guilam. “Temos trabalhado de forma bastante articulada às diretrizes e orientações do Ministério da Saúde. Além das orientações gerais do Plano de Contingência da Fiocruz, organizamos um conjunto de Orientações Complementares para os Programas de Pós-Graduação Stricto sensu e os cursos Lato sensu, que devem ser adaptadas por cada unidade”.
Entre as medidas que devem ser adotadas estão a suspensão de aulas presenciais em locais com transmissão comunitária e número expressivo ou crescente de casos, que devem ser substituídas, sempre que possível, por atividades remotas.
A Fiocruz promoveu, no dia 16/3, sua aula inaugural de 2020. O destaque do evento foi a conferência Saúde pública na Era do Desenvolvimento Sustentável, do economista americano Jeffrey D. Sachs, da Universidade Columbia. A palestra foi transmitida ao vivo dos Estados Unidos e contou com a mediação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Devido às medidas de prevenção e contenção da pandemia do novo coronavírus, o público pode acompanhar apenas pela internet.
Antes de passar a palavra a Sachs, Nísia prestou solidariedade à Universidade Columbia e fez um breve balanço da trajetória acadêmica do economista. Autor de vários livros, colunista de dezenas de jornais, consultor de governos e um dos maiores especialistas no planeta no tema do desenvolvimento sustentável, Sachs foi incluído duas vezes na lista dos '100 líderes mais influentes do mundo'. Ele é uma das principais referências nas questões relativas ao combate à pobreza e ao crescimento econômico, em especial nos países em desenvolvimento.
Sachs iniciou sua participação lamentando não poder estar presente pessoalmente à aula inaugural e agradeceu o convite para fazer a abertura do ano acadêmico da Fiocruz. “Diante da atual crise, dos desafios que temos à frente e das restrições às viagens, todos os dias importam. Conheço bem a Fiocruz e sei que a instituição é crucial, para o Brasil e o mundo, na resolução da atual crise gerada pelo novo coronavírus. E farei tudo para ajudar o Brasil a superar esse grave momento. A saúde pública, em todo o mundo, precisa cooperar e trabalhar em conjunto. Contem comigo”.
Para o professor americano, os líderes políticos mundiais não estão à altura do desafio e não conseguem dar as respostas satisfatórias à crise. “Os Estados Unidos têm atualmente o presidente mais perigoso, para o próprio país e também para o mundo. No momento não precisamos e nem queremos ouvir políticos, e sim os cientistas, os especialistas. Eles é que vão nos ajudar a sair dessa situação”, afirmou.
Sachs listou a mudança dos hábitos em Nova York a partir desta segunda-feira, quando praticamente todas as atividades pararam. “Achávamos que algo assim era inimaginável, mas aconteceu. Trump e seu governo não entenderam nada e portanto não fizeram nada para deter a progressão do problema, que se tornou imenso”. O conferencista lembrou que a Fiocruz tem um histórico de bons resultados, e que surgiu, nos idos de 1900, para enfrentar a febre amarela, a varíola, a peste bubônica e outras doenças tropicais. Para ele, a Fundação conseguirá responder ao novo coronavírus de maneira eficiente.
O economista afirmou que a atual pandemia é de difícil controle, porque é transmitida facilmente e porque o seu combate exige uma mudança radical na vida das pessoas. Mudança essa que os líderes políticos, com poucas exceções, não conseguem realizar a contento. “Poucos países, como Cingapura e Taiwan, realmente pararam. Quando começa a transmissão comunitária e o rápido alastramento da doença, como já ocorre no Brasil, fica quase impossível controlar. Nos EUA estamos, oficialmente, com cerca de 3 mil casos, mas esse número deve ser 10 vezes, ou mais, maior, já que a testagem aqui é baixa”.
Sachs espera que a Fiocruz consiga desenvolver um modelo epidemiológico para o Brasil, usando dados e informações geoespaciais, dentro de um esforço nacional para conter e debelar a crise. “Alguns modelos sugerem que até 65% da população mundial pode ser infectada. Quanto mais esperarmos para tomar as medidas necessárias, e radicais, mais a pandemia vai se alastrar. O tempo é extremamente importante”.
Segundo Sachs, a China parece ter sido bem sucedida em controlar o novo coronavírus. “O país é muito organizado, de cima para baixo, e implantou políticas rígidas. Em Wuhan, onde tudo começou, a população foi obrigada a informar às autoridades, duas vezes por dia, sua temperatura, para que todos fossem monitorados. Nos EUA e no Brasil um cenário assim é provavelmente muito difícil, já que há uma desorganização geral por parte dos governos. Além disso, fechar tudo leva a dificuldades”.
De acordo com o conferencista, esta é a primeira “epidemia online” da História e com certeza deixará lições e mudará hábitos. “Haverá forçadamente uma mudança na economia. As pessoas verão que é possível trabalhar de casa, as universidades ampliarão suas atividades de ensino a distância, serão realizadas menos reuniões presenciais, gastaremos menos combustíveis. Na saúde, a conectividade, com a telemedicina, os serviços sociais online trarão benefícios. É um aprendizado dramático, que terá efeitos importantes e duradouros na economia mundial”.
Sachs disse que os impactos negativos na economia também serão grandes. “Vamos perder produção e a atividade econômica vai declinar. Teremos um choque, mas desta vez, ao contrário de outras crises, será diferente. Minha previsão, que está mais para um chute, é que a economia mundial cairá cerca de 10% a 12%, com uma fase extrema que poderá se estender por até três meses. Acredito que será a pior queda desde a crise de 1929 e que as dificuldades serão prolongadas, o que é mais complicado ainda em um país como o Brasil, frágil financeiramente”.
O professor disse que o Brasil está duas semanas atrás dos EUA, no que diz respeito ao agravamento da pandemias, e que deve olhar para o vizinho do Norte como exemplo do que não deve ser feito. “Trump foi negligente e não tem capacidade, não está à altura de uma crise como essa. Perdeu muito tempo negando a doença, em que pesem os esforços do CDC [Centers for Disease Control and Prevention] e do NIH [National Institutes of Health]. Mas esses institutos tiveram seus orçamentos muito reduzidos, o que neste momento gera problemas. Temos um governo de idiotas”. Para Sachs, a cooperação internacional é fundamental, pois o Covid-19 não será facilmente erradicado, além de ser uma epidemia global que, segundo ele, “ficará conosco por muito tempo”.
Após a conferência, os ex-presidentes da Fiocruz Paulo Buss e Paulo Gadelha fizeram perguntas a Sachs relacionadas à Agenda 2030, e o multilateralismo, tão combatido pelo Governo Trump. Devido a outros compromissos, o conferencista precisou responder rapidamente. Segundo Sachs, a crise é global e mostra que os países são totalmente interdependentes. “As mudanças climáticas, a defesa da biodiversidade, a importância da ONU [Organização das Nações Unidas] e da OMS [Organização Mundial da Saúde], o Acordo de Paris e outros temas multilaterais precisam ser levados a sério. É claro que podemos ter orgulho de nossos países, mas é necessário reconhecer que dependemos uns dos outros e que a cooperação vai nos ajudar a enfrentar as crises, como a do novo coronavírus”.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, reiterou o compromisso da instituição com a gravidade da situação a nível global com a pandemia do Covid-19. “É importante lembrar do grande esforço que estamos assumindo para mobilizar toda a nossa capacidade e todas as áreas do conhecimento para responder a esse desafio. A Fiocruz não poderia agir de forma diferente em seus 120 anos”, disse. “Cabe a todos nós, à comunidade científica e principalmente às autoridades públicas, pensar em medidas imediatas para a contenção dessa pandemia – e também de outras emergências que certamente virão”. Por fim, afirmou que a grande forma da sociedade se mostrar resistente e unida é corresponder a medidas de proteção coletiva.
A vice-presidente de Informação, Educação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, reforçou a mensagem. “Devemos pensar no bem público, nos mais vulneráveis e naqueles que terão mais dificuldade de se proteger ou de acessar serviços de saúde de qualidade”. Quanto às atividades de educação, Cristiani afirmou que haverá orientações específicas, como alternativas pedagógicas e canais de comunicação com os alunos da Fiocruz. “Precisamos enfrentar essa pandemia com responsabilidade e tranquilidade”, pontuou. Ela lembrou que o Plano de Contingência da Fiocruz, assim como outras informações ligadas ao coronavírus, estão disponíveis no Portal Fiocruz.
A coordenadora-geral de Educação, Cristina Guilam, falou sobre acolhimento: “Estamos diante de uma pandemia que nos impele ao isolamento. No entanto, queremos passar a ideia de pertencimento diante dos desafios”. Ela comentou a necessidade de repensar eventos com os estudantes, como o Fiocruz Acolhe, que foi cancelado. E, em seguida, anunciou a chamada para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e a Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional. "Vamos nos manter juntos, informados e conectados”, concluiu.
Quem representou o corpo discente na mesa de abertura do evento foi Richarlls Martins, presidente da Associação de Pós Graduandos (APG-Fiocruz). “Nós da APG estamos nos organizando para enfrentar esse contexto de crise da melhor forma possível, pensando meios de trocar conteúdos, disciplinas e atividades virtualmente”, contou. Ele falou também sobre as medidas que vêm sendo adotadas pelas autoridades sanitárias e a instituição. “Entendemos que essas medidas são necessárias, principalmente pensando na população pobre, porque precisamos de ações urgentes que garantam a saúde de todos. Representamos os discentes e temos o maior orgulho do papel da Fiocruz nesse contexto”, comentou.
O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc) foi representado pela presidente Michele Alves. Ela lembrou da luta do sindicato em defesa da ciência, da tecnologia, da educação e do Sistema Único de Saúde (SUS). “Vocês devem estar junto com a gente se engajando nesse desafio, para que consigamos cada vez mais efeturar nossas pesquisas”, disse Michele.
A aula inaugural 2020 está disponível no canal da Fiocruz no YouTube: assista na íntegra.
No dia 16 de março, às 10h, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza a conferência Saúde Pública na Era do Desenvolvimento Sustentável: o impacto do Coronavírus. O economista Jeffrey D. Sachs, professor da Universidade Columbia, falará ao público, via web, como medida de prevenção e proteção coletiva diante da pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, o evento de abertura do ano letivo na instituição poderá ser assistido por uma ampla audiência: estudantes, trabalhadores da Fundação e demais interessados no tema.
A conferência será transmitida online e haverá tradução simultânea em português e libras. Não é preciso se inscrever, basta acessar o canal da Fiocruz no Youtube através deste link. O público poderá interagir e enviar perguntas pelo próprio canal.
Antes da conferência, às 9h, o evento será aberto com a mesa de boas-vindas aos alunos. Participam a presidente Nísia Trindade Lima; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; a coordenadora-geral de Educação da VPEIC, Maria Cristina Guilam; o diretor da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Richarlls Martins; e a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves.
Jeffrey D. Sachs é professor de economia de renome mundial, líder em desenvolvimento sustentável e consultor sênior da Organização das Nações Unidas (ONU). Por mais de 20 anos foi professor na Universidade de Harvard. De 2002 a 2016, atuou como diretor do Instituto da Terra na Universidade de Columbia, liderando mais de 850 cientistas e especialistas em políticas de apoio ao desenvolvimento sustentável. Sachs atuou para introduzir o doutorado em Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Columbia, onde é professor de política e gestão de saúde.
É consultor especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Anteriormente, assessorou o Secretário-Geral Ban Ki-moon e o Secretário-Geral Kofi Annan quanto aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Sachs é reconhecido como um dos principais especialistas do mundo em desenvolvimento econômico, macroeconomia global e combate à pobreza. Ele já esteve em mais de 125 países trabalhando para acabar com a pobreza, superar a instabilidade macroeconômica, promover o crescimento econômico, combater a fome e as doenças e promover práticas ambientais sustentáveis. Nos últimos 30 anos, assessorou dezenas de chefes de estado e governos sobre estratégia econômica nas Américas, Europa, Ásia, África e Oriente Médio.
Tendo em vista decisões de autoridades locais e a transmissão sustentada do vírus no estado do Rio de Janeiro, a Presidência da Fiocruz orienta a suspensão de aulas e demais eventos por 15 dias nas unidades localizadas na cidade do Rio de Janeiro. A situação será monitorada e atualizada periodicamente.
Em relação às atividades de ensino, a Coordenação Geral de Educação (CGE), da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, divulgou orientações complementares com critérios gerais que se aplicam a toda Fiocruz. O documento trata de cinco questões principais (acesse aqui):
1. Eventos acadêmicos ad doc (p.ex, simpósios, seminários, oficinas, encontros)
2. Viagens internacionais e nacionais
3. Qualificação de projetos e defesas finais (dissertações, teses, TTC)
4. Aulas e atividades presenciais em turmas
5. Aulas e atividades à distância (webconferência e alternativas pedagógicas)
A Presidência da Fiocruz está acompanhando a evolução da pandemia, em conformidade com o Plano de Contingência divulgado na sexta-feira (13/03) e que será periodicamente atualizado. O documento está disponível no Portal Fiocruz.
A Fundação Oswaldo Cruz abre, oficialmente, o ano letivo de 2020, dando destaque ao tema Saúde Pública na Era do Desenvolvimento Sustentável. A conferência será proferida pelo economista Jeffrey David Sachs, professor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia (EUA). O evento acontece online* no dia 16 de março e será transmitido com tradução simultânea em português e libras. Não é preciso se inscrever, basta acessar o canal da Fiocruz no Youtube pelo link: clique aqui.
Antes da conferência, às 9h, o evento será aberto com a mesa de boas-vindas aos alunos. Participam a presidente Nísia Trindade Lima; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; a coordenadora-geral de Educação da VPEIC, Maria Cristina Guilam; o diretor da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz, Richarlls Martins; e a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves. A conferência tem início às 10h.
Além do evento organizado pela Presidência, as unidades da Fundação promovem suas aulas inaugurais com diversos temas de interesse associados à sua atuação no campo da saúde. Serão debatidas desde questões como a emergência do novo coronavírus, passando por temas relacionados à saúde e meio ambiente, desigualdades sociais, novas tecnologias, entre outros. Para saber mais, acesse aqui a lista completa das aulas inaugurais 2020.
*Atualizado em 13/3/2020: a aula inaugural da Fiocruz deste ano, marcada para 16 de março, será realizada via web. A iniciativa se dá como medida coletiva de prevenção e proteção diante da pandemia do novo coronavírus e permitirá ampla audiência dos estudantes e trabalhadores da Fiocruz.
Um livro, uma maleta contadora de histórias e um e-book. Três formas diferentes e gostosas de divulgar ciência que estão surgindo com o projeto “Nos Trilhos da Ciência”, lançado no Museu da Vida. A ideia é conversar com crianças de 5 a 10 anos sobre a descoberta da doença de Chagas — que, em 2019, completou 110 anos desde o grande anúncio de Oswaldo Cruz à Academia Nacional de Medicina. As motivações para a iniciativa são duas: a paixão da museóloga e educadora Claudia Oliveira por histórias e crianças. Foi ela quem idealizou e coordenou o projeto.
Com linguagem lúdica, o livro infantil “Nos Trilhos da Ciência” conta os caminhos percorridos pelo cientista brasileiro Carlos Chagas ao descobrir três coisas muito importantes: um inseto conhecido como barbeiro que transmitia a doença por meio de seu cocô; o microrganismo causador da enfermidade, o Trypanosoma cruzi; e os sintomas da doença, que acabou por receber o nome do pesquisador. Realmente, é um feito e tanto: ele acertou uma cajadada em cada um dos três pontos de interrogação relacionados à doença até então desconhecida.
A história começa no Rio de Janeiro, quando o seu tutor, o médico Oswaldo Cruz, enviou Chagas com outros pesquisadores ao interior de Minas Gerais para atender trabalhadores que estavam padecendo de malária. Chegando lá, ele descobriu um novo inseto que picava os moradores no rosto, o tal do barbeiro. Motivado por curiosidade, resolveu analisá-lo ao microscópio e percebeu que havia microrganismos que habitavam o intestino do inseto. A história se desenrola até o momento em que todo o ciclo da doença é desvendado.
“Sempre tive prazer em contar histórias. Ainda criança, quando havia oportunidade, por muitas vezes reunia meus primos. Estando no Castelo como mediadora, um lugar muito especial que atrai, diariamente, a atenção de quem está e de quem não está na Fiocruz, me apaixonei pela história de Oswaldo Cruz”, revela Cláudia, que já escreveu o livro infantil “Oswaldo e seu Castelo”, contando a ideia de Oswaldo Cruz ao construir o edifício que hoje é conhecido como Castelo Mourisco. A primeira publicação está disponível para download gratuito no site do Museu da Vida. “No exercício da mediação no Museu, tendo a certeza de minha afinidade com o público infantil e pensando em minha realidade quando criança, o que me instigava era aproveitar, da melhor maneira, o patrimônio da Fiocruz para conversar com crianças”, ressalta.
Junto com o primeiro livro, lançado em 2011, o cenário do Castelo ganhou um novo personagem: um avental de histórias que, até hoje, anima as sessões dos contadores de histórias no prédio. Agora, com o projeto “Nos Trilhos da Ciência”, uma maleta dará vida às histórias que são contadas no livro. A atividade entrará na programação mensal do Museu da Vida a partir de 2020. “As crianças pequenas não deveriam entrar e sair do Castelo sem despertar para temas tão importantes. E nós, mediadores, não deveríamos desperdiçar a oportunidade de ouvir o que as crianças muito pequenas trazem. É um aprendizado mútuo que só poderia acontecer a partir da brincadeira”, defende Cláudia.
Se a história é importante, a ilustração é fundamental. O ilustrador do projeto, Caio Baldi, acredita que a linguagem da ilustração pode e deve ser utilizada pela divulgação científica porque desperta os sentidos. “No livro e no e-book, são usados termos mais científicos. Talvez alguém pense que as crianças não podem assimilá-los. Mesmo que a criança não saiba o nome científico de um vírus ou de uma bactéria, a ilustração vai atuar no interesse da criança por determinado assunto”, pontua.
E, como bem lembrou Caio, o projeto ainda tem um e-book. A atuação de Carlos Chagas e Oswaldo Cruz no episódio da doença de Chagas é narrada por meio de recursos diversos, como áudio, vídeos, animações, galerias de foto e informações complementares, as quais podem ser acessadas pelas crianças ou trabalhadas por pais e professores. Por exemplo, na terceira tela do e-book, é possível clicar no item “Família” e acessar uma seção com imagens em que Oswaldo Cruz aparece com familiares em diferentes momentos. O projeto conta também com audiodescrição.
Estudantes universitários das áreas de comunicação e de saúde, de todo o Brasil, poderão contribuir para o desenvolvimento de ações estratégicas para a redução da sífilis no país. O Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), lançou edital para prevenção da doença através dos meios de radiodifusão do país. Os interessados podem se inscrever até o dia 31 de dezembro.
É possível concorrer individualmente ou em grupo (de, no máximo, dez pessoas). O objetivo do edital é unir ideias inovadoras na comunicação em saúde, que possam subsidiar a formulação de políticas viáveis e sustentáveis para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), visando respostas rápidas a sífilis.
As propostas poderão ser apresentadas nos seguintes formatos: spot (até 30 segundos de duração); podcast de (até 20 minutos); reportagem (até 3 minutos). Só serão aceitos arquivos de áudio no formato mp3, já editados e prontos para veiculação. As propostas enviadas em outro formato não serão avaliadas.
O conteúdo deverá abordar tema livre relacionado à sífilis, como por exemplo prevenção, tratamento, diagnóstico, com foco nos públicos-alvo de jovens, gestantes ou parcerias sexuais. Deverão ser observadas na produção dos conteúdos as prioridades transversais da Opas/OMS. As propostas deverão ser realizadas em conjunto com um professor orientador.
A avaliação será feita em três fases: análise de aptidão das propostas, classificação e avaliação pelo júri de formadores de opinião. Serão eliminadas as propostas que não obtiverem a nota final mínima de oito pontos, conforme os critérios de clareza e qualidade da informação, inovação e criatividade e abordagem de temas transversais.
Os conteúdos selecionados serão veiculados em rádios públicas, universitárias, web rádios e rádios comunitárias, de alcance nacional, estadual e municipal.
Participe! Acesse o site e saiba mais.
Um marco importante para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): nos dias 5 e 6 de dezembro, a instituição realizou seu 1º Seminário de Residências em Saúde. O encontro reuniu residentes, docentes, preceptores, gestores, profissionais dos programas de Residência em Saúde da Fiocruz, além de representantes de órgãos do setor e da sociedade, para debater desafios e perspectivas da formação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Organizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o Seminário aconteceu na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Na abertura do evento, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, celebrou a união de esforços nos mais diversos níveis — que se expressava na composição da mesa, com representantes dos ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Saúde, de órgãos estaduais e municipais de ambos os setores, e da Fundação.
Para superar desafios, a presidente destacou também outros pontos: o fortalecimento de espaços de debate e compartilhamento de experiências, como o Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz; a ampliação de parcerias, e a continuidade de ações institucionais no âmbito da gestão, a fim de garantir direitos previstos na Constituição Cidadã (1988). “Hoje, pela manhã, fiquei muito tocada ao participar da doação do acervo de David Capistrano, uma figura central para a nossa discussão aqui. Vale lembrar que o SUS é uma construção recente, do ponto de vista histórico, e que antes de 1988 a maior parte da população não tinha acesso a serviços de saúde”, disse Nísia. Ela finalizou comentando o grande desafio que é oferecer condições para que os profissionais das residências possam ser agentes de transformação frente às desigualdades sociais no Brasil. “Espero que todas essas questões também possam iluminar os 120 anos da nossa instituição, para que cada cidadão possa dizer ‘Eu sou Fiocruz’”, afirmou.
Para que a sociedade se beneficie da formação no SUS e para o SUS, é preciso fomentar a cooperação em rede, principalmente numa conjuntura extremamente desafiadora no setor público. Esta foi a tônica das falas dos convidados da mesa de abertura e nas palestras que se seguiram (leia mais: Gestores, conselheiros, profissionais e estudantes debatem os desafios das residências em saúde).
Anna Teresa Moura, subsecretária de Pós-graduação, Ensino e Pesquisa em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de fortalecer parcerias para que o Estado não se ocupe apenas das questões de financiamento, mas qualifique também a área acadêmica e pedagógica. Neste sentido, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, comentou sobre a importância dos preceptores. “Precisamos pensar na formação de quem forma e atua conjugando o ensino e a prática: são eles que acompanham de perto os profissionais que vão atuar nos serviços de saúde”.
Por sua vez, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz enfatizou a experiência institucional no debate sobre territórios saudáveis, a partir de um olhar integral da educação em saúde orientada pelos compromissos com o desenvolvimento sustentável. Para ele, por ser uma instituição estratégica de Estado, a Fundação tem um papel central na articulação de órgãos governamentais e movimentos sociais. Menezes demonstrou preocupação com ações afirmativas, mudanças na Estratégia Saúde da Família, toxicologia e meio ambiente, saúde mental dos profissionais que atuam nas residências e as desigualdades regionais. “Precisamos nos integrar mais, aprender e explorar a convergência com os consórcios que envolvem os conselhos de saúde em todos os níveis e as universidades, buscando a ampliação de parcerias”.
Os temas foram aprofundados na segunda parte do evento, nas palestras e debates (dia 5/12) e nas oficinas (dia 6/12). As palestras foram ministradas por: Adriana Coser (coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz); Aldira Samantha (coordenadora-geral de Residências em Saúde/MEC); Kelly Cristine Mariano do Amaral (Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES/MS); Manoel Santos, representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RJ (Cosems); Priscilla Viégas (conselheira do Conselho Nacional de Saúde). A moderação do evento foi feita pela pesquisadora Adriana Aguiar, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), que organizou o livro Preceptoria em programas de residência: ensino, pesquisa e gestão.
Gestores, conselheiros, profissionais e estudantes debatem os desafios das residências em saúde
Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: um novo espaço de debates e construção coletiva