A pandemia de Covid-19, apesar de toda adversidade imposta, relevou também potencialidades. Após quatro meses da declaração da emergência sanitária, a Fiocruz aprovou orientações para a adoção da Educação Remota Emergencial no âmbito de seus Programas de Pós-graduação stricto sensu e cursos lato sensu para dar continuidade às ações educacionais e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de alunos e trabalhadores. Após quase dois anos, retomou plenamente essas atividades presenciais coletivas e agora quer conhecer a percepção de alunos, egressos e docentes a respeito do Ensino Remoto ofertado pela instituição durante o período. Para tanto, neste momento, seus professores, estudantes e ex-alunos dos cursos de mestrado e especialização (a partir de 2020) e de doutorado (a partir de 2019) foram convidados a responderem à avaliação. O link de participação será enviado por e-mail e ficará disponível até 31 de março de 2023.
A pesquisa é uma iniciativa colaborativa entre a Coordenação-Geral de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC/Fiocruz) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e tem como objetivo conhecer melhor as potencialidades e as fragilidades do Ensino Remoto, visando aprimorar a gestão da oferta dos cursos e programas de pós-graduação da instituição.
É importante destacar que, neste primeiro momento, a pesquisa contemplará docentes, alunos e egressos de mestrado, especialização e doutorado. No entanto, posteriormente será ampliada para residentes.
Segundo as responsáveis pela condução da pesquisa, a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, e a coordenadora adjunta para os cursos Lato sensu, Isabella Delgado, o apoio da comunidade Fiocruz na divulgação, bem no incentivo à participação dos envolvidos é extremamente relevante. "Conhecer amplamente esse cenário será de grande benefício para a gestão da educação da Fiocruz", destacou Isabella.
Pesquisadores do Centro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose/CNPq) publicaram, em fevereiro, a base de dados Trajetórias, na revista Scientific Data, do grupo Nature. A base reúne 36 indicadores ambientais, socioeconômicos e epidemiológicos referentes ao período de 2000 e 2017 para todos os 772 municípios de nove estados da Amazônia Legal brasileira. Os dados estão disponíveis de forma aberta e gratuita para quem quiser consultar.
A seleção, a análise e a equalização destes dados levaram aproximadamente três anos e cobriu uma área de 5 milhões de km², que representa aproximadamente 60% de todo o território brasileiro. “Este conjunto de dados vai permitir investigar a associação entre os sistemas agrários amazônicos e seus impactos nas mudanças ambientais e epidemiológicas, além de ampliar as possibilidades de compreensão, de forma mais integrada e consistente, dos cenários que afetam o bioma amazônico e seus habitantes”, explica Claudia Codeço, coordenadora do projeto e pesquisadora da Fiocruz.
A base de dados Trajetórias é resultante do projeto Trajetórias, um dos sete projetos de síntese do SinBiose/CNPq. O foco do projeto é gerar sínteses do conhecimento acerca das relações entre desenvolvimento econômico, uso do solo, epidemiologia e conservação na Amazônia. A equipe reúne epidemiologistas, economistas, ecologistas, biólogos, geógrafos, médicos e cientistas sociais que desenvolveram indicadores multidisciplinares e coerentes para estudos integrados na Amazônia brasileira.
“Trata-se de um conjunto de dados provenientes de diferentes fontes e instituições que foram harmonizados, ou seja, que passam a compartilhar a mesma unidade de análise espacial e temporal para que possam ser comparados”, explica Ana Rorato, primeira autora do estudo e pós-doutoranda do projeto Trajetórias.
Os temas disponíveis para consulta na base Trajetórias são: perda de habitat, uso e cobertura da terra, mobilidade humana, anomalias climáticas, carga de doenças transmitidas por vetores e índices de pobreza multidimensional para populações rurais e urbanas para cada um dos municípios da Amazônia Legal brasileira, dentre outros. Estes indicadores e índices estão pontuados em quatro marcos temporais: os censos demográficos de 2000 e 2010 e os censos agropecuários realizados em 2006 e 2017.
Além dos dados do censo do IBGE, a base de dados conta com informações derivadas de imagens de satélite de fontes nacionais e internacionais e do Sistema Nacional de Notificação de Doenças. “Essas fontes de dados foram escolhidas devido ao seu fácil acesso, abrangência temporal e espacial e alta qualidade dos dados”, explicam os autores.
Um cuidado que os autores tiveram foi o de criar índices que reflitam a realidade amazônica. “Por exemplo, o índice de pobreza tradicional pode funcionar bem em grandes metrópoles, mas não funciona na realidade amazônica”, complementa Claudia. “Medir a pobreza na região amazônica é uma tarefa complexa, pois requer uma compreensão de questões que transcendem os indicadores econômicos”, informam no texto. A abordagem adotada mede o grau de privação familiar em áreas rurais e urbanas, que podem afetar e ser afetadas por mudanças ambientais e econômicas. Assim, criou-se o Índice de Pobreza Multidimensional em suas versões rural e urbana. Estes índices são compostos a partir do cálculo de 15 a 19 indicadores de saúde, educação e condições de vida (que inclui habitação, serviços coletivos, emprego e bens de consumo privados). “Pobreza multidimensional significa privação simultânea em múltiplas dimensões”, explica Claudia. Neste cálculo, uma família é considerada multidimensionalmente pobre se sua pontuação de privação é superior a 0,25.
Outra preocupação na preparação da base de dados Trajetórias foi de garantir que estes dados possam ser reproduzidos futuramente. Para isso, a “receita” para se repetir cada indicador está detalhadamente descrita no artigo publicado. “Isto vai possibilitar o monitoramento da saúde única da Amazônia em diferentes momentos e situações”, explica Rorato. Segundo Claudia Codeço, "o próximo passo é desenvolver modelos e identificar tipologias ambientais e seus graus de impacto na Amazônia para então fazer predições para o futuro”.
Projeto Trajetórias
O projeto Trajetórias do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose/CNPq) teve início em 2019 e está sediado na Fiocruz e no Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Seu objetivo é sintetizar o conhecimento sobre os serviços ecossistêmicos e suas relações com o sistema econômico e a saúde humana na Amazônia. O projeto desenvolve novos protocolos de classificação e avaliação dos ecossistemas e de serviços ambientais específicos relacionados às doenças, cujos determinantes mais importantes são ambientais. O objetivo é fornecer uma estrutura para o debate conjunto das dimensões econômica, ambiental e de saúde, buscando dar maior visibilidade aos modos de vida das populações locais, suas estruturas e sistemas de produção.
*Foto: Laboratório de Investigação em Sistemas Socioambientais/Inpe
A chamada interna Inova Educação segue com inscrições abertas. No entanto, nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, foi publicada uma errata sobre a chamada. O documento dispõe de alterações no que diz respeito à cooperação com instituições educacionais; o público ao qual se destina; além de apresentar mais detalhes sobre o envio das propostas. Este edital visa fomentar o desenvolvimento de produtos inovadores no campo educacional, em especial de Recursos Educacionais Abertos (REA), voltados a temas prioritários para a formação de profissionais de saúde no âmbito da educação superior e da pós-graduação.
+Acesse aqui a errata 2 da chamada Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos
O edital é uma iniciativa da Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC). A seleção está de acordo com as Políticas para Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência e de Acesso Aberto da Fiocruz, especialmente suas diretrizes para REA. As inscrições vão até 9 de março.
As inscrições no edital vão até às 23h59 do dia 9 de março no Portal Fiocruz. Outros esclarecimentos podem ser solicitados pelo e-mail: educacao.inova@fiocruz.br.
Esta chamada integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.
Foco no desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos (REA)
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa, fixados em qualquer suporte ou mídia, que estejam sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. A publicação da Unesco Diretrizes para Recursos Educacionais Abertos (REA) no ensino superior aponta que REA podem ser cursos completos, materiais de curso, módulos, guias de aluno, anotações de aula, livros didáticos, vídeos, ferramentas e instrumentos de avaliação, materiais interativos, dramatizações, softwares e aplicativos desde que tenham objetivos educacionais.
Com esta seleção interna, espera-se promover à inovação tecnológica-educacional, contribuir para o avanço no desenvolvimento de processos formativos de profissionais de saúde, e incentivar a cooperação entre as unidades da Fiocruz, as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e de educação profissional possibilitando, assim, a criação de recursos educacionais inovadores, bem como a ampliação e adoção de práticas educacionais abertas.
Eixos temáticos e tipologia do projeto
A iniciativa prevê o recebimento de projetos desenvolvidos em cinco eixos temáticos: I. Ações afirmativas, inclusão e acessibilidade na Educação; II. Novas metodologias educacionais e ensino híbrido na saúde; III. Informações em Saúde; IV. Comunicação e Divulgação Científica em Saúde; e V. Violência em Saúde. Em seguida, o projeto deve relacionar o eixo temático ao REA que está alinhado: I. Curso autoinstrucional; II. Videoaula; III. Vídeo curto; IV. Podcast; V. Jogo; VI. E-book; VII. Infográfico interativo; ou VIII. Guia e/ou manual.
Além da leitura minuciosa do edital, recomendamos ainda a consulta ao Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas, lançado pelo Campus Virtual Fiocruz no contexto da pandemia de Covid-19 para auxiliar os proponentes na elaboração dos produtos a serem desenvolvidos no âmbito desta chamada.
O Guia apresenta conceitos, princípios e práticas sobre REA, ou Open Educational Resources (OER, na sigla em inglês). Sua ideia é disseminar a importância do uso e o desenvolvimento dos recursos educacionais aberto em suas diferentes utilizações. O Guia conta com uma versão navegável online, mas também pode ser baixado em pfd para impressão e está disponível na Plataforma Educare.
Com o objetivo de formar mestres e doutores para atuarem em pesquisa e docência sobre a biodiversidade e sobre os problemas de saúde humana decorrentes das alterações nos ambientes naturais ou das ações antrópicas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) oferece os cursos presenciais de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biodiversidade e Saúde. As inscrições estão abertas até 24 de fevereiro.
Esses profissionais poderão atuar no desenvolvimento de projetos de pesquisa básica e aplicada que envolvam a taxonomia com identificação, classificação, caracterização morfológica, fisiológica, bioquímica e/ou molecular, etologia, sistemática filogenética, controle de vetores e biogeografia dos organismos biológicos e suas relações com a saúde humana e o ambiente.
A chamada visa selecionar candidatos para ingresso nos cursos de mestrado e doutorado nas seguintes áreas de concentração e linhas de pesquisa:
Área de concentração – Saúde Ambiental
- Linhas de pesquisa:
1. Biomonitoramento e ecologia de ecossistemas aquáticos;
2. Bionomia, monitoramento e controle de artrópodes vetores e de importância forense;
3. Bionomia, monitoramento e controle de helmintos;
4. Educação em Biodiversidade e Saúde;
5. Estudos interdisciplinares sobre vertebrados terrestres, com ênfase em potenciais hospedeiros e reservatórios de patógenos zoonóticos.
Área de concentração – Taxonomia e Sistemática
- Linhas de pesquisa:
6. Taxonomia de moluscos límnicos Neotropicais;
7. Taxonomia e caracterização bioquímica de fungos, bactérias e protozoários de importância para a saúde;
8. Taxonomia e sistemática de artrópodes de interesse em saúde;
9. Taxonomia e sistemática de helmintos;
10.Taxonomia e sistemática de vertebrados terrestres, com ênfase em potenciais hospedeiros e reservatórios de patógenos zoonóticos.
Confira abaixo as especificações de cada curso:
Mestrado acadêmico em Biodiversidade e Saúde
O público-alvo são portadores de diploma de cursos de graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Terá duração mínima de 12 (doze) meses e máxima de 24 (vinte e quatro) meses.
São oferecidas até 10 (dez) vagas, com reserva de vagas para Ações Afirmativas, sendo 7%, ou seja, 1 (uma) vaga, aos candidatos que se declararem pessoa com deficiência; 20%, 2 (duas) vagas aos candidatos negros (pretos e pardos); e 3%, 1 (uma) vaga aos candidatos que se autodeclararem indígenas.
Acesse o edital e inscreva-se até 24 de fevereiro!
Doutorado em Biodiversidade e Saúde
O público-alvo são portadores de diploma de cursos de graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com, pelo menos, um artigo científico publicado ou aceito para publicação em revista indexada (SciELO, Medline, ISI, SCOPUS e em periódico listado entre os estratos A1 e B4 do Qualis-Capes), como primeiro autor ou autor correspondente.
Terá duração mínima de 24 (vinte e quatro) meses e máxima de 48 (quarenta e oito) meses.
São oferecidas até 10 (dez) vagas, com reserva de vagas para Ações Afirmativas, sendo 7%, ou seja, 1 (uma) vaga, aos candidatos que se declararem pessoa com deficiência; 20%, 2 (duas) vagas aos candidatos negros (pretos e pardos); e 3%, 1 (uma) vaga aos candidatos que se autodeclararem indígenas.
Acesse o edital e inscreva-se até 24 de fevereiro!
Foto: iStok
Para marcar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a Fiocruz, por meio do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, realiza o evento Imersão no Verão, com a participação de 100 alunas do ensino médio de escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, que serão recebidas por profissionais em seus laboratórios e espaços de pesquisa. As estudantes vivenciarão o cotidiano de 11 unidades da Fiocruz e da Presidência da instituição.
As atividades ocorrerão nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro, das 9h às 16h, em todas as unidades técnico-científicas da Fiocruz no Rio de Janeiro. O encerramento será realizado no dia 10, sexta-feira, às 9h, com uma grande roda de conversas entre alunas e pesquisadoras para um bate-papo e trocas de experiências. Transmitido pelo canal do Youtube da VideoSaúde da Fiocruz, o evento vai contar com a participação de pesquisadoras da Fiocruz de todo o país.
Ao todo, 291 estudantes de 30 municípios do estado se inscreveram através do hotsite do evento, interessadas em conhecer um pouco mais sobre como se faz ciência na Fundação. Espera-se, com a iniciativa, estimular e promover a inserção de mais jovens na pesquisa em saúde pública.
O evento é promovido pelo Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, da Coordenação de Divulgação Científica, vinculada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), e está em consonância como as políticas afirmativas para educação da instituição, orientadas pela busca por uma sociedade mais justa, equânime e inclusiva.
Para Letícia Meirelles, moradora de Manguinhos e participante do evento Meninas Negras na Ciência, coordenado pela pesquisadora Hilda Gomes, e parte da programação do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência em 2020, o Programa abriu diversas portas para a sua trajetória estudantil. “O projeto foi de suma importância na minha vida. Tive a oportunidade de conhecer laboratórios, cientistas negras, periféricas que fizeram toda a diferença, que me inspiraram e encorajaram a seguir carreira científica. No final do ano, eu vou prestar vestibular para medicina, na UERJ, e a Fiocruz me possibilitou viver esse momento”, afirmou.
A coordenadora do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe destaca a importância do evento deste ano, que volta a ser presencial, após dois anos no formato virtual, em função da pandemia. "Estamos, finalmente, retornando às atividades presenciais plenas e, com isso, muito animadas e otimistas em relação ao Imersão no Verão 2023.Abriremos as portas da Fiocruz durante três dias para receber 100 jovens estudantes do ensino médio nos nossos espaços de pesquisa.
Cristina ressalta a participação das unidades e de diversas áreas da instituição para o sucesso do evento. “Além dos laboratórios, das unidades de saúde, dos ambulatórios e das unidades de produção de vacinas, imunológicos e medicamentos, mobilizamos equipes inteiras das áreas de gestão, comunicação e informação para nos apoiarem com a organização de ações educativas voltadas para o incentivo ao diálogo. É muito importante para a nossa instituição essa aproximação com a educação básica, em especial, com a juventude que tem curiosidade e interesse em conhecer mais a ciência que fazemos”, destacou.
“O fazer científico é uma das atividades que mais demandam preparação por parte daqueles que querem se dedicar à pesquisa. E começar cedo, ainda na educação básica, é algo muito promissor. Queremos despertar interesse nas jovens e assim contribuir para escolhas profissionais que as aproximem da ciência”, concluiu.
A data do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência – 11 de fevereiro – foi instituída em 2015 pela ONU, e desde 2019 integra o calendário Fiocruz. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, o evento acontece em diversos países, com a colaboração de instituições e parceiros da sociedade civil, e dá visibilidade ao papel e às contribuições das mulheres na ciência e tecnologia, reafirmando e fortalecendo a participação do gênero no âmbito científico.
Programação
8 de fevereiro:
8h30 – Credenciamento e boas-vindas no Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)
10h – Visita aos espaços históricos e ao Museu da Vida
13h – Atividades nos espaços de pesquisas e laboratórios
16h - Encerramento
9 de fevereiro:
8h30 - Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)
9h - Atividades nos espaços de pesquisas e laboratórios
16h - Encerramento
10 de fevereiro
8h30 - Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)
9h - Roda de conversas: Diversidade de Vozes - Tenda Luís Fernando Ferreira na Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio (próximo à portaria da Rua Leopoldo Bulhões
13h30 - Encerramento
A Coordenação do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência e representantes do Grupo de Trabalho realizaram a seleção das 100 alunas do ensino médio do estado do Rio de janeiro que participarão da Imersão no Verão, que acontecerá de 8 a 10 de fevereiro. Ao todo, foram 291 inscrições, de 30 cidades do estado, de estudantes de escolas interessadas em vivenciar atividades de pesquisa e interação com mulheres cientistas nas unidades da Fiocruz no Rio.
As meninas selecionadas devem ler as informações no edital, enviar a documentação exigida no Artigo 9 da Chamada até o dia 3 de fevereiro, para o e-mail mulheres.ciencia@fiocruz.br.
Os documentos são:
. Cópia do documento de identificação com foto;
. Comprovante de escolaridade (matrícula 2023);
. Autorização do responsável, quando menor de idade (modelo no Anexo I);
. Autorização de uso da imagem e do som assinada pela aluna e o seu responsável, quando menor de idade (modelo no Anexo II).
. Cópias do documento de identificação e CPF do responsável, quando menor de idade
É importante lembrar que a Fiocruz não arcará com custos de hospedagem nem transporte de nenhum tipo, sendo ambos de inteira responsabilidade das participantes. Confira aqui o resultado das estudantes selecionadas para a Imersão no Verão.
Se você foi selecionada ou está na lista de espera, fique atenta ao e-mail cadastrado, em breve você terá que confirmar sua participação na Imersão no Verão.
A Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), lançou a chamada interna Inova Educação em dezembro de 2022 e nesta quarta-feira, 18/1, publica uma errata referente ao item 3: recursos financeiros. Este edital visa fomentar o desenvolvimento de produtos inovadores no campo educacional, em especial de Recursos Educacionais Abertos (REA), voltados a temas prioritários para a formação de profissionais de saúde no âmbito da educação superior e da pós-graduação.
A seleção tem foco em projetos provenientes das diversas unidades e escritórios da Fundação, e está de acordo com as Políticas para Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência e de Acesso Aberto da Fiocruz, especialmente suas diretrizes para REA. As inscrições terão início em 25 de janeiro de 2023.
+Acesse aqui a chamada Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos e a errata referente ao item 3: Recursos Financeiros
Esta chamada integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.
Foco no desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos (REA)
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa, fixados em qualquer suporte ou mídia, que estejam sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. A publicação da Unesco Diretrizes para Recursos Educacionais Abertos (REA) no ensino superior aponta que REA podem ser cursos completos, materiais de curso, módulos, guias de aluno, anotações de aula, livros didáticos, vídeos, ferramentas e instrumentos de avaliação, materiais interativos, dramatizações, softwares e aplicativos desde que tenham objetivos educacionais.
Com esta seleção interna, espera-se promover à inovação tecnológica-educacional, contribuir para o avanço no desenvolvimento de processos formativos de profissionais de saúde, e incentivar a cooperação entre as unidades da Fiocruz e as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), possibilitando, assim, a criação de recursos educacionais inovadores, bem como a ampliação e adoção de práticas educacionais abertas.
Eixos temáticos e tipologia do projeto
A iniciativa prevê o recebimento de projetos desenvolvidos em cinco eixos temáticos: I. Ações afirmativas, inclusão e acessibilidade na Educação; II. Novas metodologias educacionais e ensino híbrido na saúde; III. Informações em Saúde; IV. Comunicação e Divulgação Científica em Saúde; e V. Violência em Saúde. Em seguida, o projeto deve relacionar o eixo temático ao REA que está alinhado: I. Curso autoinstrucional; II. Videoaula; III. Vídeo curto; IV. Podcast; V. Jogo; VI. E-book; VII. Infográfico interativo; ou VIII. Guia e/ou manual.
Ressaltamos que as inscrições somente terão início em 25 de janeiro de 2023 e vão até 9 de março de 2023. O formulário eletrônico para envio de propostas somente estará disponível na data de início das inscrições, ou seja, 25/1/23, no Portal Fiocruz.
Além da leitura minuciosa do edital, recomendamos ainda a consulta ao Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas, lançado pelo Campus Virtual Fiocruz no contexto da pandemia de Covid-19 para auxiliar os proponentes na elaboração dos produtos a serem desenvolvidos no âmbito desta chamada.
O Guia apresenta conceitos, princípios e práticas sobre REA, ou Open Educational Resources (OER, na sigla em inglês). Sua ideia é disseminar a importância do uso e o desenvolvimento dos recursos educacionais aberto em suas diferentes utilizações. O Guia conta com uma versão navegável online, mas também pode ser baixado em pfd para impressão e está disponível na Plataforma Educare.
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela que os casos de dengue no Brasil ainda são preocupantes. O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde alerta que a doença teve um aumento considerável em 2022, resultando no recorde de mortes. De acordo com o levantamento, até o dia 26 de dezembro, foram registrados mais de 1,4 milhão de casos e 987 óbitos, o que significa um aumento de 400% em relação ao total de 2021, contabilizando o maior número dos últimos seis anos. O Boletim informa que ainda estão em investigação mais 100 mortes que, se confirmadas, podem levar o total a mais de mil.
Os dados servem de alerta vermelho para uma nova epidemia da doença, que atinge todas as regiões. A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de casos, com 2.028,4 casos/100 mil hab., seguida das região Sul, com 1.046,8 casos/100 mil hab., Sudeste, com 516,9 casos/100 mil hab., Nordeste, 424,7 casos/100 mil hab. e Norte, (261,5 casos/100 mil hab. Os estados que mais apresentaram óbitos foram: São Paulo (278), Goiás (154), Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).
A pesquisa desperta atenção para os cuidados necessários a serem tomados para prevenção da doença e ressalta a importância de observar o comportamento do mosquito e manter o controle para evitar os focos da dengue e combater o vetor.
+Confira aqui o Boletim Epidemiológico
Diante destes dados alarmantes, o Campus Virtual Fiocruz lembra aos seus seguidores que, em parceria com o Ministério da Saúde, o curso InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis, totalmente online, gratuito e autoinstrucional, permanece com inscrições abertas.
InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis
O programa é voltado a profissionais da vigilância em saúde que atuam nas secretarias municipais e estaduais de Saúde, e é aberto também a interessados no tema.
O objetivo é promover a compreensão de conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis e proporcionar aos profissionais conhecimentos e instrumentos para auxiliar na tomada de decisão em situações dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas (dengue, Zika e chikungunya) e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
O curso, que possui carga horário de até 40h, está dividido em dois módulos: módulo base e módulo aplicado, em que o aluno pode optar por estudar um dos sistemas (InfoDengue e InfoGripe) ou ambos. Os módulos trazem apresentações das doenças como problemas de saúde pública e sua epidemiologia no país, seguido de uma introdução ao processo de coleta e organização de dados feitos pelas secretarias de saúde.
Os alunos do curso serão apresentados a conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, métodos e práticas específicos do Infodengue e do Infogripe, para que sejam capazes cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins em diferentes contextos.
Veja abaixo como estão divididos os módulos:
MÓDULO 1: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA
- UNIDADE 1: Introdução aos determinantes ambientais, sociais e imunológicos de doenças transmissíveis
AULA 1: pessoa, tempo e lugar
AULA 2: breve história das arboviroses urbanas no Brasil
AULA 3: determinantes da saúde
- UNIDADE 2: Vigilância epidemiológica de arboviroses e doenças respiratórias agudas
AULA 1: Tipos de vigilância em saúde
AULA 2: A importância da definição de caso
- UNIDADE 3: Indicadores de performances
AULA 1: indicadores de performance da vigilância em saúde
AULA 2: Infogripe e Infodengue - plataformas para aumentar performance da vigilância de arboviroses urbanas e síndromes gripais
MÓDULO 2: Vigilância e sistemas de informação
- UNIDADE 1: Infogripe
- UNIDADE 2: Infodengue
- UNIDADE 3: Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe (formato e-book)
A Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), lança a chamada interna Inova Educação. Este edital visa fomentar o desenvolvimento de produtos inovadores no campo educacional, em especial de Recursos Educacionais Abertos (REA), voltados a temas prioritários para a formação de profissionais de saúde no âmbito da educação superior e da pós-graduação. A seleção tem foco em projetos provenientes das diversas unidades e escritórios da Fundação, e está de acordo com as Políticas para Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência e de Acesso Aberto da Fiocruz, especialmente suas diretrizes para REA. As inscrições terão início em 25 de janeiro de 2023.
+Acesse aqui a chamada Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos
Esta chamada integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.
Foco no desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos (REA)
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa, fixados em qualquer suporte ou mídia, que estejam sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. A publicação da Unesco Diretrizes para Recursos Educacionais Abertos (REA) no ensino superior aponta que REA podem ser cursos completos, materiais de curso, módulos, guias de aluno, anotações de aula, livros didáticos, vídeos, ferramentas e instrumentos de avaliação, materiais interativos, dramatizações, softwares e aplicativos desde que tenham objetivos educacionais.
Com esta seleção interna, espera-se promover à inovação tecnológica-educacional, contribuir para o avanço no desenvolvimento de processos formativos de profissionais de saúde, e incentivar a cooperação entre as unidades da Fiocruz e as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), possibilitando, assim, a criação de recursos educacionais inovadores, bem como a ampliação e adoção de práticas educacionais abertas.
Eixos temáticos e tipologia do projeto
A iniciativa prevê o recebimento de projetos desenvolvidos em cinco eixos temáticos: I. Ações afirmativas, inclusão e acessibilidade na Educação; II. Novas metodologias educacionais e ensino híbrido na saúde; III. Informações em Saúde; IV. Comunicação e Divulgação Científica em Saúde; e V. Violência em Saúde. Em seguida, o projeto deve relacionar o eixo temático ao REA que está alinhado: I. Curso autoinstrucional; II. Videoaula; III. Vídeo curto; IV. Podcast; V. Jogo; VI. E-book; VII. Infográfico interativo; ou VIII. Guia e/ou manual.
Ressaltamos que as inscrições somente terão início em 25 de janeiro de 2023 e vão até 9 de março de 2023. O formulário eletrônico para envio de propostas somente estará disponível na data de início das inscrições, ou seja, 25/1/23, no Portal Fiocruz.
Além da leitura minuciosa do edital, recomendamos ainda a consulta ao Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas, lançado pelo Campus Virtual Fiocruz no contexto da pandemia de Covid-19 para auxiliar os proponentes na elaboração dos produtos a serem desenvolvidos no âmbito desta chamada.
O Guia apresenta conceitos, princípios e práticas sobre REA, ou Open Educational Resources (OER, na sigla em inglês). Sua ideia é disseminar a importância do uso e o desenvolvimento dos recursos educacionais aberto em suas diferentes utilizações. O Guia conta com uma versão navegável online, mas também pode ser baixado em pfd para impressão e está disponível na Plataforma Educare.
Um estudo com quase 6 mil participantes, de todas as regiões do país, revela o alto impacto da pandemia de Covid-19 nas atividades acadêmicas e na saúde mental de estudantes de pós-graduação.
Entre outros dados, a pesquisa aponta que 45% dos alunos foram diagnosticados com ansiedade generalizada e 17% com depressão durante o primeiro ano da pandemia.
Além disso, mais de 60% relataram crises de ansiedade e dificuldade para dormir. Falta de motivação e problemas de concentração foram reportados por quase 80%.
O estudo foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com participação de pesquisadores do IOC e da Universidade Federal Fluminense (UFF). Os resultados foram publicados em artigo na revista científica ‘International Journal of Educational Research Open’.
Para a primeira autora do trabalho, Roberta Pires Corrêa, os dados evidenciam a situação de estresse enfrentada pelos discentes durante a pandemia.
“Os estudantes viveram incertezas, medo e perdas, no contexto estressante da pós-graduação, onde há muita pressão para ser produtivo e cumprir prazos. Um terço precisou procurar atendimento psicológico e uma pequena parcela, de quase 17%, usou medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos sem prescrição”, pontua Roberta.
Com dados coletados entre outubro e dezembro de 2020, a pesquisa traçou um retrato do primeiro ano da emergência sanitária, quando as atividades presenciais foram totalmente suspensas nos cursos.
Aproximadamente 80% dos alunos tiveram que alterar seus projetos de pesquisa, sendo que 9% mudaram complemente seus estudos, 35% fizeram alterações significativas e 37%, mudanças pequenas.
Além disso, os estudantes tiveram que se adaptar à nova realidade de reuniões virtuais com orientadores e de aulas remotas.
Autor sênior do trabalho, o pesquisador do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, Paulo Soares Stephens, ressalta que os estudantes se mantiveram comprometidos com a trajetória acadêmica, apesar das dificuldades.
“Eles se mostraram aguerridos e criativos para readequar suas atividades. Porém, foram afetados com altos níveis de problemas de saúde mental”, avalia Paulo.
Importância do acolhimento
Entre os estudantes que buscaram apoio emocional, mais da metade se voltou para os amigos. Cerca de 15% procuraram seus orientadores. Apenas 1%, os comitês de apoio aos discentes.
A maioria dos estudantes também não buscou a coordenação do curso de pós-graduação e 5% disseram não ter recebido apoio, apesar da solicitação.
Segundo os pesquisadores, estudos anteriores à pandemia já mostravam que problemas de saúde mental são mais frequentes entre estudantes de pós-graduação do que na população em geral. A emergência sanitária agravou a situação, reforçando a importância de serviços de acolhimento.
“Cerca de 10% dos estudantes disseram que as coordenações dos cursos ofereceram apoio aos alunos através de programas específicos. Essas ações são imprescindíveis e os programas devem investir cada vez mais nelas”, ressalta Paulo.
“É importante que os cursos mantenham esses programas de forma contínua, para que os estudantes se sintam acolhidos e tenham confiança de que podem discutir questões de saúde mental sem preconceito”, enfatiza Roberta.
O estudo contou com a participação de 5.985 estudantes, que responderam um formulário online no período de outubro a dezembro de 2020. Do total, 94% estavam matriculados em cursos Stricto sensu, sendo 51% no mestrado e 43% no doutorado. Quase 6% eram alunos de cursos de especialização, chamados de Lato sensu.
No geral, o perfil dos respondentes reflete o dos estudantes de pós-graduação no país. A pesquisa alcançou todas as regiões e teve participação de alunos matriculados em cursos de diferentes áreas do conhecimento. Cerca de 50% dos respondentes eram jovens, com idade entre 18 e 30 anos; 70%, mulheres; e 30% homens.
O artigo publicado é parte da tese ‘A pandemia de Covid-19: impactos e desafios em comunidades acadêmicas e de saúde brasileiras’, defendida por Roberta Corrêa, no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC.
O projeto foi orientado pela professora Helena Carla Castro, chefe do Laboratório de Antibióticos, Bioquímica e Modelagem Molecular da Universidade Federal Fluminense (UFF), e coorientado por Paulo Stephens e Roberto Ferreira, pós-doutorando do IOC.
O trabalho também faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo, sobre impactos da Covid-19 e do isolamento social, coordenado pela diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge. Todos os pesquisadores são autores do artigo.
A pesquisa contou com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e UFF.
O IOC se empenhou em garantir a continuidade da formação de recursos humanos de excelência para a ciência e para o Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo os protocolos sanitários recomendados pelas autoridades para preservar a saúde e a vida de discentes e docentes em meio à pandemia.
A transição para o ambiente virtual foi o primeiro desafio. Em março de 2020 foi realizada a primeira defesa de tese online e, progressivamente, outras atividades acadêmicas foram adaptadas ao formato, o que incluiu o processo seletivo para novas turmas de mestrado e doutorado. A oferta de disciplinas a distância teve início em julho daquele ano.
Eventos importantes para a formação dos estudantes também migraram para o universo virtual. Entre os destaques, o Centro de Estudos do IOC, tradicional encontro semanal para debate de temas atuais e de relevância histórica para a ciência, e a Semana da Pós-graduação Stricto sensu, que reúne as atividades do Fórum de Integração dos Alunos, o Prêmio de Teses Alexandre Peixoto e a Jornada Jovens Talentos.
A partir da necessidade de suspensão das atividades acadêmicas baseadas em trabalhos de campo e experimentos laboratoriais, os programas de pós-graduação do IOC estenderam os prazos para qualificações e defesas de mestrado e doutorado por seis meses.
Além disso, foi criado um fundo emergencial de bolsas para garantia da extensão do benefício para os estudantes que não conseguiram concluir sua titulação no período posterior aos primeiros seis meses de prorrogação de suas bolsas.
A diversidade de temas encontrados nas dezenas de estudos sobre a Covid-19 desenvolvidos nos programas de pós-graduação do IOC é mais uma demonstração do extenso engajamento institucional na resposta à pandemia.
Discentes, egressos e docentes atuaram na linha de frente e produziram conhecimentos relevantes, tanto nos grandes centros, como em locais remotos e carentes do país.
Apoio aos estudantes na Fiocruz
Estudantes de pós-graduação da Fiocruz podem procurar o Centro de Apoio ao Discente (CAD), vinculado à Vice-Presidência de Educação Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), para diálogo e acolhimento. Entre outras atividades, o CAD oferece orientação a alunos e professores para resolução de problemas, escuta qualificada e encaminhamento para suporte psicológico ou social. O contato pode ser feito por telefone (21 3882-9066), email (cad@fiocruz.br) ou através de formulário online.
O IOC conta também com a Comissão Interna de Valorização das Relações Interpessoais e Prevenção do Assédio, que promove ações de sensibilização sobre estes temas e busca acolher, escutar e auxiliar na resolução de conflitos, de forma privada e sigilosa. O contato com a Comissão é através do email: valorizacaodasrelacoes@ioc.fiocruz.br.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
*Com informações de Maíra Menezes/IOC/Fiocruz.