“Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Partindo dos ensinamentos do Patrono da Educação no Brasil – o pedagogo, educador e filósofo Paulo Freire – foi aberta a Semana de Educação da Fiocruz, no Dia do Mestre (15/10).
As diversas atividades foram apresentadas pelo vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral. No próprio dia 15, foram homenageados alunos e professores, com o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e a Medalha do Mérito Educacional Virgínia Schall. Na ocasião, também foi lançado o livro Ciência, saúde e educação, legado de Virgínia Schall (leia mais sobre prêmios, homenagens e o livro aqui).
Barral também comentou os destaques da programação até o dia 19 de outubro: a abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o lançamento de publicações, o encontro da Câmara Técnica de Educação (com a conferência Desigualdade na oferta de pós-graduação em saúde no Brasil, assim como a continuidade dos debates sobre o Plano Integrado de Educação - Pief) e a realização do Seminário de Educação com intercâmbio de experiências, metodologias e tendências na área educacional.
Depois, apresentou as iniciativas que a VPEIC tem desenvolvido para fortalecer a integração entre as unidades e construir a Política Educacional da Fiocruz, a partir das diretrizes do VIII Congresso Interno da Fiocruz. O vice-presidente destacou ações junto aos programas de ensino, como a avaliação da pós-graduação e a oferta de disciplinas com conteúdos transversais para a formação em divulgação científica e ciência aberta. Ele também informou sobre a implantação do Sistema Integrado de Educação, o projeto de Internacionalização do Ensino e os instrumentos de acompanhamento dos cursos e seus egressos, destacando a articulação com o Observatório Fiocruz de CTI em Saúde (que foi remodelado). Ao que a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, exclamou: “Quantas boas notícias!”.
Após as falas dos representantes da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz) e da Asfoc-SN, Nísia comentou sobre o contexto pré-eleições: “Neste momento de emoções e tensões, é muito importante estarmos juntos para renovarmos nossas esperanças, reforçarmos nossas convicções e atualizarmos a nossa agenda”.
Ela parabenizou todos os homenageados e a equipe de diversas áreas envolvidas na realização da Semana, destacando a programação variada do evento e a valorização do trabalho dos profissionais da educação. “Abrimos falando de Paulo Freire, lembrando da importância de afirmar o valor da educação libertadora e do pensamento crítico. Junto com ele, homenageamos aqui na Tenda da Ciência – este espaço de educação, construção de pensamento e de diálogo – que tem o nome de uma grande educadora, Virgínia Schall. Ela também dá nome à medalha que será entregue a Euzenir Sarno, uma referência de pesquisadora, mestre e educadora”.
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)* | Fotos: Peter Ilicciev (CCS)
*Com informações do Instituto Oswaldo Cruz
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) divulgou o calendário e as normas para a seleção de candidatos ao Curso de Mestrado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. O programa tem como objetivo a formação, em nível de mestrado acadêmico, de pesquisadores qualificados para a produção de novos conhecimentos que visam incrementar o diálogo dos campos da saúde, da ciência e da tecnologia com a sociedade e que induzam o desenvolvimento de novas ações e estratégias de divulgação científica.
As inscrições ficam abertas até 31 de outubro e podem ser feitas aqui pelo Campus Virtual Fiocruz. Os documentos necessários para validar as inscrições devem ser entregues presencialmente na secretaria do curso até as 16h do dia 31 de outubro ou enviados pelo correio até 21 de outubro. As aulas começam em março de 2019.
Sobre o curso
O mestrado é uma parceria da Fiocruz com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), a Fundação Cecierj e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com característica multidisciplinar, é destinado a museólogos, comunicadores, jornalistas, educadores, sociólogos, cenógrafos, produtores culturais, professores de ciências licenciados, pesquisadores de distintas áreas e àqueles que atuam, seja no âmbito acadêmico ou prático, na área da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde. Todos os candidatos precisam ter diploma de nível superior devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
Fonte: Casa de Oswaldo Cruz | Arte: Divulgação
De 16 a 20 de outubro, a Fiocruz participa da 15ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) — evento coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Com o tema Ciência para a redução das desigualdades, a Semana promoverá mais de 1.800 atividades no país, que envolvem quase 1.300 instituições e cerca de 100 municípios.
Nestes quatro dias, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoverá dezenas de atividades gratuitas de divulgação científica, cultura e lazer, como: oficinas, experimentos, jogos, apresentações teatrais, exposições, rodas de conversa, entre outras. Além do campus de Manguinhos, as atividades serão realizadas em outros lugares do Rio de Janeiro e em unidades da Fundação nos diferentes estados do Brasil.
A abertura da SNCT 2018 na Fiocruz será uma homenagem ao Museu Nacional. A conferência "O Museu Nacional e seu papel na história das ciências e da saúde no Brasil" será apresentada pela pesquisadora Magali Romero Sá, vice-diretora de Pesquisa e Educação da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). O evento contará com a presença de Roberto Leher, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional da UFRJ.
A abertura da SNCT 2018 - que integra a Semana de Educação da Fiocruz (saiba mais) acontece no dia 16 de outubro, terça-feira, a partir das 9h, no Auditório do Museu da Vida, no campus da Fiocruz em Manguinhos (Av. Brasil, nº 4.365, próximo à passarela 6). Participe!
Confira a programação completa da SNCT 2018
SNCT 2018: programação no campus da Fiocruz em Manguinhos
16 de outubro, terça-feira, manhã:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
16 de outubro, terça-feira, tarde:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
17 de outubro, quarta-feira, manhã:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
17 de outubro, quarta-feira, tarde:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
18 de outubro, quinta-feira, manhã:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
18 de outubro, quinta-feira, tarde:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
19 de outubro, sexta-feira, manhã:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
19 de outubro, sexta-feira, tarde:
Na Tenda da SNCT
Em outros espaços do campus
Se preferir acessar a programação completa do campus da Fiocruz em Manguinhos, clique aqui.
SNCT 2018: programação itinerante no Estado do Rio de Janeiro
SNCT 2018: programação das unidades da Fiocruz em outros estados
SNCT 2018: Atuação conjunta Fiocruz - UFRJ
Fonte: Museu da Vida/Fiocruz
Nesta sexta-feira (5/10), estudantes do ensino fundamental e médio de cinco cidades do Brasil participam do Genomic Day — iniciativa de divulgação científica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Com linguagem simples e didática, eles aprenderão mais sobre temas como genômica, DNA, bioinformática e superbactérias. O objetivo é oferecer ações de divulgação científica, por meio de atividades teóricas e práticas. A programação inclui atividades integrativas entre estudantes e pesquisadores, com o propósito de popularizar os estudos produzidos no país.
Na edição nacional do evento em 2018, as atividades serão realizadas, simultaneamente, no Distrito Federal, em Rondônia, Pernambuco, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A iniciativa Genomic Day integra o programa ‘IOC+Escolas’, e é liderada pelo Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas do Instituto, sob a coordenação do pesquisador Alberto Dávila.
Fonte: Agatha Ariel e Vinicius Ferreira (Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz)
Oba! Saiu o resultado final das propostas aprovadas pelo edital de projetos em Divulgação Científica, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz).
O objetivo é inspirar um grande número de cientistas da instituição – de todas as idades, de níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e de distintas áreas do conhecimento – e sensibilizar seu protagonismo no processo de mediação entre ciência e sociedade, incrementando o diálogo com os cidadãos.
Se você foi selecionado, fique atento: os coordenadores dos projetos aprovados receberão uma mensagem individual, com o orçamento aprovado e as orientações para a formalização, junto à Fiotec, para iniciar a execução do edital.
Acesse a lista dos aprovados aqui.
Juntar pessoas interessadas, com backgrounds diferentes, para colaborar no desenvolvimento de projetos criativos e inovadores. Este foi o principal objetivo do Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde, segundo a consultora do Instituto D’Or na área, Catarina Chagas. Ela coordenou a maratona, realizada nos dias 4 e 5 de junho, junto com Luisa Massarani, assessora a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz). A Tenda da Ciência na Fiocruz foi o palco do evento que — além de estimular o desenvolvimento de projetos — promoveu diálogos e trocas de experiências entre diversos atores desta cena.
Durante a abertura, Massarani, que coordena o INCT Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, comentou a importância das iniciativas neste sentido, no atual cenário de crise. “Neste momento, fazer divulgação científica no Brasil é uma questão de sobrevivência”, afirmou, referindo-se aos recentes cortes na ciência e na saúde. Ela lembrou ainda sobre os investimentos que a Fiocruz tem feito na área: “Na semana passada, por exemplo, 12 projetos de divulgação foram aprovados no nosso Edital de Divulgação Científica".
Reflexões e provocações
Em seguida, foi a vez de reunir uma turma de peso: o físico e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira; o neurocientista do Instituto D’Or e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Stevens Rehen; e a jornalista do Museu da Vida/Fiocruz, Carla Almeida. Eles participaram da roda de conversa “Reflexões e provocações sobre a prática da divulgação científica”, trocando ideias com o público sobre fazer, divulgar e possibilitar o acesso à ciência. A atividade foi mediada pela jornalista Fernanda Marques, que é assessora de comunicação com passagem por diversos veículos e áreas da Fiocruz.
Ildeu contou que desde criança queria ser um divulgador: “Fiquei fascinado pela ideia de, além de fazer ciência, contar às pessoas como fazer”. Ao longo de sua fala, o presidente da SBPC destacou o caráter político da divulgação científica, que gera benefícios para toda a sociedade, e comparou a realidade nacional à internacional. “No Brasil, portas estão se fechando para nós. Em países mais desenvolvidos, a prática da ciência está muito mais inserida na cultura do que aqui”. Segundo ele, apesar do crescimento de espaços e museus de ciência em cidades brasileiras, ainda é preciso inovar e gerar novas soluções para se fazer divulgação. “As pessoas devem poder ter a sensação do que é ciência. Não é preciso um doutorado no exterior para isso”, convocou.
Já o neurocientista Stevens Rehen disse que é um cientista que gosta de ir além da produção de artigos. “Aprendemos a contar histórias da melhor maneira... E o que são artigos científicos, se não histórias?”. Questionado pela mediadora sobre como os pesquisadores se beneficiam ao se engajarem na divulgação do próprio trabalho, respondeu que são muitos como, por exemplo, ampliar a rede de contatos e atrair mais financiamento.
A divulgação científica é fascinante por ser plural, acredita a jornalista Carla Almeida, que também fez parte da roda. Para ela, qualquer tentativa de estreitar os laços entre ciência e sociedade faz parte desta atividade. “Está longe de haver um consenso, entre estudiosos, sobre o que é divulgação da ciência. Melhor do que tentar definir é, talvez, pensar maneiras novas e eficientes de se fazer”, disse.
Relatos de experiências
E foi desta forma que a maratona seguiu, apresentando diversas práticas de divulgação científica, durante a atividade “Divulgação científica fora da caixa: relatos de experiências”. Os convidados abordaram como humor, arte, dança, design, itinerâncias, jogos, infográficos e a comunicação através do contato direto com o público e também pelas mídias sociais potencializam a aproximação do público e a difusão do conhecimento científico.
Jéssica Norberto, da Fundação Cecierj, contou como os museus itinerantes de ciência são importantes, principalmente para populações carentes. “Quem vai às ruas sabe como é único ver quem não pode chegar a espaços científico-culturais ter contato com a ciência”.
Quem também falou sobre o papel educativo do trabalho foi o coordenador do Polo de Jogos e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz), Marcelo de Vasconcellos. Ele enumerou os elementos necessários a um bom jogo: conteúdo de qualidade, um bom visual, além de uma dinâmica que faça pos participantes interagirem de fato. “É a mágica do jogo”, disse, destacando a contribuição dos games para a educação de crianças, jovens e adultos.
Ouro para a ciência: projetos de rap e carona com pesquisadores vencem a maratona
Além dessa rica troca entre os convidados, participantes da maratona e público em geral, o Hackaton premiou dois dos 30 projetos criativos e inovadores em divulgação científica selecionados para a maratona. Os venecedores — "Rap e ciência" e "Carona com ciência" —conquistaram apoio financeiro.
O primeiro usa a linguagem do rap para divulgar temas científicos. A jornalista Renata Fontanetto, representante do grupo, comentou a importância do evento. “É uma iniciativa louvável! Reúne gente que acredita, que quer fazer diferente: é quase como uma célula de resistência, num cenário de profundos cortes para a ciência nacional”.
O cientista Leandro Lobo também ressaltou as contribuições da maratona para seu grupo, premiado pelo projeto "Carona com Ciência". “Foi uma oportunidade incrível, foi essencial conhecer outras experiências, o que acabou mudando para melhor a ideia inicial”, contou. O grupo propôs a criação de um novo canal de vídeos, que entrevista cientistas com o objetivo de levar seus conhecimentos para o grande público, de uma forma mais pessoal e descontraída. Uma prova de que o Hackaton fez com que seus participantes embarcassem numa viagem muito criativa pelo campo da divulgação científica.
Por Valentina Leite e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
Um sucesso de público: foram homologadas cerca de 120 inscrições de candidatos ao edital para projetos de divulgação científica no campo da saúde. A lista de propostas que seguem adiante na seleção está na nossa área de documentos. Confira aqui!
O objetivo deste edital é sensibilizar cientistas da instituição a serem protagonistas do processo de mediação entre a instituição e o conhecimento científico e a sociedade, incrementando seu diálogo com os cidadãos. No total, a Presidência da Fiocruz — por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) — concederá R$ 240 mil em recursos, que se destinam a projetos de divulgação científica desenvolvidos por cientistas de todas as idades, de níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e de distintas áreas do conhecimento.
É importante lembrar: de acordo com o edital, as dúvidas sobre a homologação e demais etapas relacionadas ao processo seletivo só serão esclarecidas através do e-mail: editaldc@fiocruz.br
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Fotomontagem a partir de imagem do Museu da Vida (COC/Fiocruz)
Publicação : 21/05/2018
Homologação das inscrições do edital para projetos em divulgação científica, cuja finalidade é inspirar um número ainda maior de cientistas da instituição – de todas as idades, de níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e de distintas áreas do conhecimento - a serem protagonistas no processo de mediação entre ciência e sociedade, incrementando seu diálogo com os cidadãos.
Um espaço comum para a troca de experiências entre os diversos atores da Fiocruz que promovem a comunicação científica: no dia 10 de maio, às 9h, aconteceu a primeira reunião do Fórum de Comunicação Social de Ciência. A iniciativa é liderada pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e visa fortalecer o contato entre os profissionais da instituição que atuam nesta área.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou da primeira parte da reunião. O Fórum reuniu representantes de diferentes áreas da VPEIC e da Coordenação de Comunicação Social (CCS/Fiocruz), do Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz), do Programa de Vocação Científica – Provoc (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde, e do Instituto Oswaldo Cruz. Também participaram via webconferência profissionais da Fiocruz Amazônia e do escritório regional da Fiocruz Mato Grosso do Sul.
Ao abrir o encontro, no Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz), o vice-presidente Manoel Barral explicou que o objetivo deste Fórum é promover a troca de experiências e estimular a realização de atividades conjuntas entre agentes da instituição neste campo. “É importante lembrar que essa nova instância não se sobrepõe à Câmara Técnica de Informação e Comunicação, mas que buscaremos trabalhar de forma articulada para melhorar as práticas neste campo tão importante para a Fundação”.
A presidente da Fiocruz, por sua vez, comentou que a criação do Fórum mostra o amadurecimento institucional na construção de agendas comuns e na reflexão sobre as pautas prioritárias e estratégicas para a comunicação social da ciência. “Confiança é a palavra, como afirmação do que pode dar certo, num momento de crise. É muito importante afirmar o papel político da Fiocruz e seu lugar de referência nacional e na cooperação internacional”, disse. Neste sentido, ela deu exemplos da atuação institucional em questões com impacto para a sociedade, como a pesquisa Nascer nas prisões (que ajudou a embasar decisão do Supremo Tribunal de conceder habeas corpus coletivo para mães e gestantes que se encontram em prisão preventiva) e o posicionamento contrário ao projeto que flexibiliza regulação de agrotóxicos.
Para Nísia, a composição heterogênea do Fórum denota que se trata de um espaço que compreende a diversidade e cujo potencial está, justamente, nas interfaces. “Esse não deve ser um lugar para a discussão de especialistas. As propostas e ações que surgirem aqui devem convergir para fortalecer a comunicação pública da ciência. Nosso desafio é ampliar a perspectiva dialógica”, afirmou.
Fórum em ação
Os membros do Fórum conversaram sobre iniciativas comuns e sua sistematização, visando maior integração entre as diversas instâncias institucionais, com o objetivo de legitimá-las, aumentar a sinergia e evitar a dispersão de esforços. Trataram também sobre a necessidade de formalização institucional num documento que esteja de acordo com a Política de Comunicação da Fiocruz.
O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral, reforçou a importância da integração da Fiocruz, mencionando a articulação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Além disso, propôs que as primeiras ações conjuntas do Fórum sejam realizadas em torno da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018, cujo tema deste ano é “Ciência para a redução das desigualdades”.
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
Criar projetos inovadores para falar sobre ciência a diferentes públicos é a meta do Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde, promovido Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação —, e pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia. O evento também conta com a colaboração do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, do Museu da Vida e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. A maratona, que acontece nos dias 4 e 5 de junho, é gratuita e está com inscrições abertas até 2 de maio.
Podem participar cientistas, jornalistas, designers, museólogos, educadores, pós-graduandos e outras pessoas interessadas em divulgação científica em saúde, independentemente de vínculo institucional. Não se trata de um curso ou de uma aula, mas de um exercício prático, no qual a interação entre os participantes é que vai enriquecer o processo. Ao final, dois projetos serão premiados pela Fiocruz com recursos de até R$ 25 mil.
Para se inscrever, os interessados devem descrever brevemente a ideia para um projeto de divulgação científica que tenha relação com o tema escolhido para o evento: “Todo cidadão faz uso da ciência – como as pesquisas científicas impactam a saúde da população e outros aspectos de sua qualidade de vida”. Serão selecionados 30 participantes.
Afinal, o que é o hackaton?
Tradicionalmente, hackaton é uma mistura dos termos 'to hack' (de fatiar, quebrar) e 'marathon' (maratona), geralmente utilizada para designar maratonas de programação computacional. Neste caso, o significado foi expandido para uma maratona de desenvolvimento de projetos inovadores de divulgação científica, que podem ou não ter caráter tecnológico.
Além do exercício de desenvolvimento de projeto, o Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde da Fiocruz promoverá também uma roda de conversa sobre divulgação científica e relatos práticos de experiências na área. Essas atividades serão abertas ao público em geral.
Consulte programação, perfil dos palestrantes, regulamento e link para inscrições aqui!
Para dúvidas e mais informações, entre em contato pelo e-mail: HackatonDC@fiocruz.br