Em busca de boas histórias em áudio sobre ciência, o Instituto Serrapilheira lançou a edição de 2024 de seu edital destinado a podcasts. Neste ano, a iniciativa é voltada exclusivamente a projetos liderados por pessoas negras, buscando ampliar a diversidade de olhares no mercado audiovisual. Serão selecionadas até oito propostas de podcasts. Os projetos devem trazer histórias em que a ciência tenha papel de destaque. Os contemplados receberão treinamento com especialistas da área e até R$ 55 mil em apoio financeiro para a produção de uma temporada. As inscrições vão até 14 de maio, às 16h. Confira o edital completo no site da Serrapilheira.
Nesta nova chamada, o Serrapilheira quer encontrar propostas criativas nas quais a ciência cumpra um papel importante e que dêem visibilidade às áreas apoiadas pelo instituto – ciências da vida, geociências, física, química, ciência da computação ou matemática. Os candidatos podem se inscrever tanto com programas já consolidados quanto com projetos ainda em fase de elaboração.
Um critério importante é que as equipes responsáveis pelos podcasts sejam compostas em sua maioria por pessoas negras. A iniciativa foi adotada pelo Serrapilheira com o objetivo de valorizar a diversidade na ciência e na divulgação científica, e promover diferentes pontos de vista nos mercados de audiovisual e de podcasts brasileiros.
“A distribuição de cor/raça no mercado de audiovisual, e no jornalismo como um todo, não reflete a porcentagem de pessoas autodeclaradas negras no país, que é de 56%”, aponta Natasha Felizi, diretora do Programa de Jornalismo e Mídia do Serrapilheira. “Dados do Gemaa [Grupo de Estudos Multidisciplinares das Ações Afirmativas], da Uerj, por exemplo, mostram que 84% das pessoas nas equipes dos três maiores jornais do país são brancas, e o cenário é ainda pior quando se trata de posições de liderança.”
Felizi ressalta que ainda não há um levantamento específico sobre raça na produção de podcasts no Brasil. “Mas a proporção de inscrições de pessoas brancas e negras em nossos editais anteriores reflete a mesma desigualdade. Por isso, decidimos lançar um edital exclusivo para pessoas negras. É uma tentativa de contribuir para reduzir essa sub-representação.” Esse é o terceiro edital lançado pelo instituto com foco em podcasts, cuja popularidade é crescente no Brasil nos últimos anos.
As candidaturas serão avaliadas por um comitê formado por profissionais que atuam na área de podcasts. Serão aceitas propostas de podcasts que abordem qualquer tema, em qualquer formato, incluindo mesas-redondas, entrevistas, reportagens, narrativas ficcionais, pessoais e outros. No entanto, projetos que apresentem boas estruturas de roteiro serão priorizados em relação a propostas de conversas improvisadas ao vivo.
O processo de seleção será feito em duas etapas. Inicialmente, todas as propostas passarão por uma pré-seleção. Entre os critérios que serão priorizados, estão a presença de um roteiro bem estruturado e o potencial para desenvolver narrativas cativantes. Os podcasts que passarem desta etapa serão chamados para uma entrevista com os avaliadores. O resultado final será divulgado em 5 de agosto.
Treinamento será realizado em formato híbrido
Após a divulgação dos resultados, os responsáveis pelos projetos participarão de um treinamento híbrido dado pelo Laboratório 37, empresa de comunicação com foco em áudio. O Laboratório 37 é responsável por criar o podcast 37 Graus, um dos 14 projetos apoiados pelo Serrapilheira em 2018 e um dos seis selecionados no Google Podcasts creator program, edital que contou mais de 10 mil inscrições ao redor do mundo.
A primeira parte desse treinamento será feita de forma online e terá sete semanas de duração. O objetivo é fornecer as bases para que os candidatos escolhidos possam aperfeiçoar suas propostas e capacidades técnicas.
Depois do treinamento online, os candidatos irão passar por uma imersão presencial de quatro dias para desenvolvimento das propostas. O local ainda será definido – é importante, então, que os candidatos tenham disponibilidade para viagens.
Além do treinamento, o Laboratório 37 ainda irá fornecer mentoria remota aos selecionados. A expectativa é que, ao final dessas etapas, os projetos selecionados apresentem uma temporada-piloto dos podcasts.
A aula inaugural de 2024 da Fiocruz já está com data marcada. Amanhã, 20 de março, a partir das 9h30, a Fundação abre o ano letivo com uma palestra sobre o tema 'C&T e educação: desafios do SUS e da sociedade brasileira'. O evento acontecerá no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), no campus Manguinhos, Rio de Janeiro, e terá transmissão simultânea no canal da Fiocruz no YouTube, com tradução para Língua brasileira de sinais (Libras). A palestrante convidada é a reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gulnar Azevedo e Silva.
Gulnar é graduada em medicina e mestra em Saúde Coletiva pela Uerj e doutora em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (USP). Foi coordenadora de prevenção do Instituto Nacional de Câncer (Inca) entre 2003 e 2007. É professora do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro (IMS) da Uerj desde 2000, onde foi diretora entre 2016 e 2020; e também foi presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), de 2018 a 2021. Em novembro de 2023, foi eleita reitora da Uerj, assumindo a função em janeiro de 2024.
Assista à transmissão
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
#ParaTodosVerem: Banner de fundo branco, com o mapa do Brasil no centro desenhado com pessoas e o símbolo do SUS atrás. À esquerda, o tema da palestra e à direita, a foto da palestrante, uma mulher branca de cabelos no ombro, lisos e escuros. Embaixo, informações sobre o local e horário do evento.
Estão abertas até 22 de março as inscrições para a 7ª edição do Prêmio Mulheres Brasileiras em Química, realizado pela American Chemical Society (ACS) e Sociedade Brasileira de Química (SBQ). O objetivo é promover a diversidade e a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática e reconhecer as pesquisadoras com destacadas contribuições científicas.
O prêmio tem três categorias: Líder Emergente em Química e Ciências Relacionadas, Liderança na Indústria e Liderança na Academia. Os formulários de inscrição estão em português e inglês.
As vencedoras receberão o prêmio durante o Simpósio do Núcleo Mulheres SBQ, na 47ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, de 22 a 25 de maio, na cidade de Águas de Lindóia (SP). Mais informações pelos e-mails: r_bracchi@acs.org e crezende@iq.ufrj.br .
Com informações da American Chemical Society.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/Capes)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/Capes.
Categoria
Educação e Pesquisa
#ParaTodosVerem banner com a foto de uma mulher branca manuseando um vidro de experimento químico. Ao centro, o texto: Prêmio Mulheres em Química está com inscrições abertas! Realizada pela American Chemical Society e Sociedade Brasileira de Química, a premiação, voltada às brasileiras, está na sua 6ª edição. Inscreva-se até 22/3.
A Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), divulga o resultado final da classifição referente à Chamada do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG) 2024. A iniciativa é voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz em situação de vulnerabilidade social ligados aos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição e visa promover a permanência desses estudantes nos PPGs, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Confira aqui a lista com o resultado final da classificação!
+Acesse aqui a chamada interna APE-PG 2024
No total, 288 estudantes que atendem aos critérios de elegibilidade serão atendidos pela iniciativa.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
Em caso de dúvidas e mais informações, o estudante deve entrar em contato com cad@fiocruz.br.
#ParaTodosVerem Banner com fundo laranja, no topo está escrito: Auxílio à Permanência do Estudante. Situação final. Acesse o resultado pelo QR Code, abaixo o QR Code para ser acessado.
Está disponível a lista de classificação após o recurso do resultado da validação das inscrições para o Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG) 2024. A iniciativa da Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), é voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz em situação de vulnerabilidade social ligados aos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição e visa promover a permanência desses estudantes nos PPGs, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. O resultado do recurso foi divulgado nesta quarta-feira, 6 de março.
+Confira aqui a lista dos classificados pós-recurso do resultado da validação das inscrições!
No total, foram classificados 278 estudantes que atendem aos critérios de elegibilidade descritos na Chamada. O candidato que desejar interpor recurso deverá enviar e-mail para cad@fiocruz.br até 7 de março. O resultado final dos recursos à classificação está previsto para ser divulgado em 11 de março.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
+Acesse aqui a chamada interna APE-PG 2024
#ParaTodosVerem banner com fundo bege. No alto está escrito "Auxílio à Permanência do Estudante - O resultado da classificação já está on-line". Do lado superior esquerdo, a foto de alguns jovens, homens e mulheres, negros e brancos, sorrindo. Mais abaixo, o QR Code para acessar o resultado, e a frase: Interposição de recurso: 7 de março.
A Fiocruz vai receber jovens meninas, entre 14 e 20 anos, dos territórios da Maré e de Manguinhos, para passarem o dia na Fundação e celebrar o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Serão realizadas atividades integrativas de Divulgação Científica, roda de conversa com jovens que construíram sua carreira na ciência e que seguem se reafirmando e conquistando espaço na luta para diminuir a desigualdade nessa área, e egressas de Programas da Fiocruz. Participantes vão compartilhar suas experiências para inspirar novas cientistas.
O evento acontecerá na quinta-feira, 7 de março, das 9h às 16h30, de forma inteiramente presencial e gratuita. As Participantes receberão certificação pela Fiocruz. Para participar do evento, é necessário realizar a inscrição pelo Campus Virtual Fiocruz.
O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, foi instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas (ONU) e passou a integrar o calendário de eventos da Fundação em 2019. Nesse mesmo ano, a Fiocruz instituiu o Programa Mulheres e Meninas na Ciência, vinculado à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), com o objetivo de dar acesso e assegurar a participação feminina de forma plena e igualitária na ciência e tecnologia. O Grupo de Trabalho Mulheres e Meninas na Ciência, também criado nessa época, é responsável pela coordenação de projetos em todo o país.
Serviço:
Data: 7 de março;
Horário: 9h às 16h30;
Local: Auditório de Bio-Manguinhos (RJ).
Confira a programação:
9h - Abertura
10h - Roda de Conversa
14h - Atividades integradas
16h - Cultural
*Com informações da VPEIC/Fiocruz.
#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo, no topo está escrito: Atenção, alunas da Educação Básica do Rio de Janeiro. Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Dia 07/03, das 09h às 16h30. Abaixo, o QR Code para a inscrição. No canto inferior esquerdo, a foto da torre do castelo da Fiocruz com um fundo verde em volta.
A Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), divulga a validação das inscrições realizadas para o Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG) 2024. A iniciativa é voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz em situação de vulnerabilidade social ligados aos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição e visa promover a permanência desses estudantes nos PPGs, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Confira aqui a lista com a validação das inscrições!
+Acesse aqui a chamada interna APE-PG 2024
Do total de 327 inscritos, foram validadas 305 candidaturas. Até 280 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada poderão ser atendidos pela iniciativa.
De acordo com o cronograma, o estudante que desejar interpor recurso deverá enviar e-mail para cad@fiocruz.br até 5 de março. O resultado dos recursos à validação das inscrições está previsto para ser divulgado em 6 de março.O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
#ParaTodosVerem banner com fundo amarelo. No alto está escrito "Auxílio à Permanência do Estudante - Resultado da validação das Secretarias Acadêmicas". Mais ao centro, o QR Code para acessar o resultado. E, abaixo, a foto de alguns jovens, homens e mulheres, negros e brancos, sorrindo.
A aula inaugural de 2024 da Fiocruz já está com data marcada. Em 20 de março, a partir das 9h30, a Fundação abre o ano letivo com uma palestra sobre o tema 'C&T e educação: desafios do SUS e da sociedade brasileira'. O evento acontecerá no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), no campus Manguinhos, Rio de Janeiro, e terá transmissão simultânea no canal da Fiocruz no YouTube, com tradução para Língua brasileira de sinais (Libras). A palestrante convidada é a reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gulnar Azevedo e Silva.
Gulnar é graduada em medicina e mestra em Saúde Coletiva pela Uerj e doutora em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (USP). Foi coordenadora de prevenção do Instituto Nacional de Câncer (Inca) entre 2003 e 2007. É professora do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro (IMS) da Uerj desde 2000, onde foi diretora entre 2016 e 2020; e também foi presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), de 2018 a 2021. Em novembro de 2023, foi eleita reitora da Uerj, assumindo a função em janeiro de 2024.
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
#ParaTodosVerem: Banner de fundo branco, com o mapa do Brasil no centro desenhado com pessoas e o símbolo do SUS atrás. À esquerda, o tema da palestra e à direita, a foto da palestrante, uma mulher branca de cabelos no ombro, lisos e escuros. Embaixo, informações sobre o local e horário do evento.
A Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), reforça os últimos dias de inscrições para o Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG) 2024. Voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz em situação de vulnerabilidade social ligados aos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição, a iniciativa visa promover a permanência desses estudantes nos PPGs, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Acesse o edital, confira todas as informações e critérios de elegibilidade e inscreva-se já através do Formulário de Inscrições! Candidatos podem se inscrever até a próxima segunda-feira, 26 de fevereiro.
+Acesse aqui a chamada interna APE-PG 2024
Ao todo, poderão ser atendidos até 280 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada.
No momento da inscrição, se o aluno perceber alguma inconsistência de dados no preenchimento do cadastro, será necessário entrar em contato diretamente com a secretaria acadêmica do curso ao qual o aluno está vinculado.
APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
#ParaTodosVerem Banner com fundo branco, no topo está escrito: Auxílio à Permanência do Estudante 2024. Abaixo, as informações à quem se destina o Programa. Como fundo do banner, uma foto de vários jovens, meninos e meninas, brancos e negros em grupo sorrindo para a foto.
Os desafios e avanços para unir a objetividade científica à subjetividade na produção e transmissão de conhecimentos serão tema do próximo Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos (Ceensp), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Coordenado pelo pesquisador Marcelo Firpo, o evento discutirá Metodologias sensíveis co-labor-ativas: encontros entre ciência, arte e transformação social para coracionar a saúde coletiva. O Ceensp ocorrerá no dia 28 de fevereiro, às 14h na sala 410 da Ensp e contará também com transmissão ao vivo pelo canal da Escola no Youtube, além de tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os palestrantes serão o pesquisador Paulo Amarante, do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps/Ensp); Marina Fasanello, do Núcleo Ecologias e Encontros de Saberes para a Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/Ensp); e Marcelo Tingui-Botó, da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) e mestrando na Ufal.
A proposta deste Ceensp é refletir sobre como o campo científico pode compreender formas de ser, viver e se relacionar com o mundo que transcendem a objetividade. Para isso, é preciso pensar metodologias interdisciplinares e coletivas que valorizem a sensibilidade dos saberes do senso comum, da arte e da consciência, presentes nos territórios indígenas, quilombolas, camponeses ou nas periferias urbanas. Nesse sentido, o desafio é estabelecer pontes, flexíveis e sutis entre a objetividade e a subjetividade num trabalho conjunto com os territórios e as pessoas.
Ao Informe Ensp, a pesquisadora e o coordenador do Neepes/Ensp, Marina Fasanello e Marcelo Firpo, explicaram que as metodologias sensíveis co-labor-ativas, que estão desenvolvendo, buscam reconhecer o conhecimento sensível como episteme. “São centradas em encontros e confluências e buscam integrar dimensões epistemológicas, dimensões éticas, ontológicas e afetivas na produção de conhecimentos emancipatórios”, disseram. “Nós entendemos que os critérios de qualidade e objetividade científica na produção de conhecimento dos últimos séculos acabou gerando um afastamento entre ciência e os objetivos de transformação social. E esses afastamentos costumam se expressar por paradoxos mal enfrentados por modelos intelectuais da ciência que priorizam uma perspectiva em detrimento da outra, como por exemplo: pensar-sentir, exterior-interior, análise científica-consciência, desenvolvimento-envolvimento, razão especializada-senso comum, ciência-arte, e vários outras”, completaram os pesquisadores.
Ainda de acordo com Marina Fasanello e Marcelo Firpo, o termo ‘sensível’ que caracteriza as metodologias que estão propondo estabelece “pontes, flexíveis e sutis, entre esses polos que marcam esses paradoxos”. Já o co-labor-ativo, propositalmente com hifens, “transcende a ideia de participação quando enfatiza a co-presença, com trabalho e ação conjuntos integrando a produção de conhecimentos com transformação social. Esse movimento implica um esforço teórico e político de descolonizar e coracionar a academia”. Uma pergunta estratégica para a transição paradigmática da saúde coletiva, segundo os pesquisadores, seria: “como podemos compreender o papel da ciência e a dimensão metodológica em termos de limites, necessidades, desafios e avanços que têm sido feitos para se trabalhar com os territórios, as organizações comunitárias e os movimentos sociais voltados à transformação social?”
Por que colocar esse tema em debate no Centro de Estudos? Os pesquisadores explicam:
Temos uma crise planetária com múltiplas dimensões que esgarçam os limites da modernidade e seus projetos utópicos, e que se concretizam de diferentes maneiras: crise da democracia, concentração de renda e poder político, crise do Estado Moderno de Direito, crises socioambientais como a climática e a destruição dos ecossistemas.
No caso do Sul Global e de nosso país, temos a emergência das vozes, conhecimentos e lutas cada vez mais visíveis de povos originários, quilombolas, de matriz africana, das mulheres e da juventude em periferias urbanas que apresentam outras reivindicações e alternativas. Criticá-las por serem questões identitárias e fragmentadoras implica num certo reducionismo que não enxerga que temos pela frente uma crise mais ampla de uma era que exige processos de transição paradigmática e civilizatória. A crítica à ciência moderna feita por escolas pós-coloniais e vários movimentos sociais têm a ver com falta de sensibilidade da ciência e dos cientistas de lidar com diferentes temas, populações, culturas e sistemas de conhecimentos. Ou seja, busca-se outra objetividade para pensar o conhecimento e a transformação social, os processos de desenvolvimento e “crescimento econômico”, mais voltados à ética, à política e à vida. Não se trata de pedir apenas por mais ciência dita objetiva, mas que continue desconectada da vida, das pessoas e das lutas sociais por dignidade.
Para enfrentar tudo, acreditamos que o desafio atual do conhecimento passa pelo resgate da epistemologia com sabedoria. Para isso, precisamos aliar dimensões ontológicas, metodológicas, pedagógicas, artísticas e afetivas. Nesse sentido, a dimensão metodológica impulsionada por pesquisas interdisciplinares e qualitativas, obviamente vinculadas a dimensões também quantitativas da realidade, passa a ter uma nova centralidade no desafio de apoiar movimentos de transição paradigmática, seja no âmbito da saúde coletiva ou de outros campos interdisciplinares do conhecimento, como as ciências ambientais e sociais.
Assista à transmissão abaixo: