O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) torna pública a chamada de seleção para o curso de Doutorado 2025, nas áreas de concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) e em Diagnóstico, Epidemiologia e Controle (DEC). O período de inscrição vai até 15 de maio de 2025. Interessados podem se inscrever pelo Campus Virtual Fiocruz.
Podem participar: profissionais de nível superior com graduação em Ciências Biológicas, Biomedicina, Enfermagem, Nutrição, Farmácia, Medicina Veterinária, Microbiologia, Biotecnologia, Fisioterapia, Saúde Coletiva e áreas afins.
O Programa visa a formação de pesquisadores e docentes de nível superior, qualificando-os para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas no campo da Medicina Tropical, proporcionando a identificação, manejo de questões associadas a aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e integrar tecnologias estabelecidas e inovadoras para pesquisa na área biomédica para o reconhecimento dos determinantes socioambientais das doenças transmissíveis.
Serão oferecidas até 10 vagas.
O prazo mínimo de conclusão do curso é de 24 meses e o máximo de 48 meses.
Acesse a Chamada e saiba mais.
Amazônia, paisagem das águas: Harald Sioli e a rede germano-brasileira em ecologia tropical (1952-1989) será o título da apresentação do pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz e professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS), André Felipe Cândido da Silva, na próxima edição do Encontro às Quintas. O evento será realizado presencialmente em 8 de maio, às 10h, no Salão de Conferência (CDHS), em Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ).
Em sua palestra, André Felipe abordará a gênese de algumas ideias-força, como “pulmão do mundo” e “hotspot da biodiversidade planetária”, que contribuíram para inscrever a Amazônia no discurso ambiental contemporâneo e nas redes transnacionais de pesquisa dedicadas a compreender os ecossistemas e as dinâmicas de funcionamento dos sistemas planetários.
Sua apresentação se concentrará nos estudos em hidrobiologia realizados pelo limnólogo e ecólogo alemão Harald Sioli (1910-2004), que se firmou como uma das maiores autoridades internacionais nos estudos ecológicos sobre a Amazônia na segunda metade do século 20 e foi responsável pelo estabelecimento de uma rede transnacional de pesquisas envolvendo instituições do Brasil e da Alemanha Ocidental.
“Por meio de Sioli e dessa rede armada por ele, busca-se compreender como os estudos em hidrobiologia realizados por pesquisadores do Instituto Max Planck de Limnologia e do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) culminaram em uma ampla agenda de estudos cuja finalidade foi elucidar os complexos entrelaçamentos entre as águas, solos, floresta e populações humanas e não-humanas, bem como os efeitos de intervenções massivas como obras de infraestrutura e programas de colonização agrícola no equiíbrio daquele sistema que se compreendia como complexo e frágil”, explica o pesquisador. André Felipe é autor de “A diplomacia cultural alemã e o centenário da Independência do Brasil em 1922 (2023). É ainda coorganizador de As ciências na História das Relações Brasil-EUA (2020).
A debatedora será a pesquisadora da COC/Fiocruz e professora do PPGHCS Dominichi Miranda de Sá. Coorganizadora de Diário da Pandemia: o olhar dos historiadores e autora de A ciência como profissão: médicos, bacharéis e cientistas no Brasil (1895-1935), entre outros, a historiadora tem como seus objetos de pesquisa viagens científicas e conhecimento do território no Brasil no século 20; história da conservação da natureza no século 20; impactos sanitários e ambientais de projetos de desenvolvimento e agrícolas; História da Amazônia; ciências do Antropoceno e mudanças climáticas.
O Encontro às Quintas é uma iniciativa do PPGHCS, coordenada pelo professor e pesquisador Marcos Chor Maio.
Encontro às Quintas
Amazônia, paisagem das águas: Harald Sioli e a rede germano-brasileira em ecologia tropical (1952-1989)
Expositor: André Felipe Cândido da Silva (COC/Fiocruz)
Debatedora: Dominichi Miranda de Sá (COC/Fiocruz)
Coordenação: Marcos Chor Maio (COC/Fiocruz)
Data: 08/05/2024
Horário: 10h
Evento presencial
Local: Salão de Conferência Luiz Fernando Ferreira (CDHS), Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ)
A próxima edição do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcelos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) abordará o tema 'Juventudes e desafios contemporâneos em segurança e saúde'. O Ceensp será realizado no dia 7 de maio, às 14h, com transmissão ao vivo pelo Youtube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Coordenado pela pesquisadora Vera Lucia Marques, do Claves/Ensp/Fiocruz, o Centro de Estudos contará com a participação das palestrantes Ana Paula Silva, da Universidade Federal Fluminense (UFF); Isabel Barbosa, da Redes Maré/Icict/Fiocruz; Fernanda Mendes e Fatima Cecchetto, pesquisadoras colaboradoras do Claves/Ensp/Fiocruz.
+ Leia mais sobre a publicação em: 'Claves/Ensp publica livro sobre saúde, direitos e políticas públicas voltadas aos jovens brasileiros'.
Este debate parte da premissa de que jovens, situados nos mais diferentes grupos sociais, vivem experiências bem distintas entre si nesta fase da vida. Com isso, propõe-se a impossibilidade do uso de uma categoria totalizante como a de juventude, no singular, para dar conta da diversidade de vivências possíveis. No escopo dessa diversidade, a reflexão aqui proposta se volta às jovens e aos jovens negras/os, reconhecendo a vulnerabilidade em que se encontram decorrente do racismo estrutural que molda a sociedade brasileira.
Para tanto, o debate objetiva discutir alguns dos desafios impostos na contemporaneidade às jovens e aos jovens negras/os brasileiras/os, particularmente no que tange aos direitos à segurança e à saúde, que são implicados por diferentes sistemas de opressão, gerando e reproduzindo desigualdades sociais. No contexto de favelas, por exemplo, jovens negros têm sua vida em risco contínuo, até mesmo pela ação daqueles que deveriam protegê-los. Como falar em saúde onde os conflitos armados estão tão presentes? Nesse bojo, o debate sobre relações raciais se complexifica com o fenômeno do colorismo, em que as diferenças de cor da pele geram gradações de discriminação. Diante desse cenário, que caminhos emancipatórios podem ser formulados visando um futuro mais justo para as juventudes brasileiras, particularmente as mais vulnerabilizadas?
+ Assista ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube!
Nesta quarta-feira, 7 de maio, acontece uma nova sessão colaborativa do Programa de Computação Científica (Procc), com apresentação conduzida pela coordenadora de comunicação do projeto Mosqlimate, pesquisadora da iniciativa e doutoranda pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Iasmim Ferreira de Almeida. Ela apresenta a sessão intitulada "Dengue e chikungunya nos municípios brasileiros: padrões de transmissão e seus determinantes, 2010-2024."
Iasmin analisa a expansão da chikungunya desde 2014, bem como as mudanças nos padrões de transmissão da dengue entre 2010 e 2024. Utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) combinados a informações ambientais e sociais, no estudo, ela identifica padrões distintos de transmissão da dengue no país, além de apontar um deslocamento dos casos em direção ao Sul, dentro do contexto de aumento das temperaturas.
Além disso, a pesquisadora apresenta uma proposta de novo índice para avaliar a disseminação de chikungunya e explica que fatores como clima, tamanho populacional e histórico epidemiológico influenciam casos de arboviroses no Brasil. O evento é online, com transmissão pelo Zoom, sem necessidade de inscrição.
As sessões colaborativas do Procc são organizadas pelo Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc), vinculado à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), em parceria com a The Global Health Network América Latina e Caribe (TGHN LAC).
Serviço
Nome: Dengue e chikungunya nos municípios brasileiros: padrões de transmissão e seus determinantes, 2010-2024
Data: 7 de maio de 2025
Horário: 12h30
Local: Zoom
Palestrante: Iasmim Ferreira de Almeida – Mosqlimate / Ensp-Fiocruz
Idioma: Português
Link de acesso: https://tinyurl.com/bdemcaz7
A Aula Inaugural de 2025 da Fiocruz Ceará, que marca o início do ano letivo na instituição, terá como tema “Racismo Ambiental e Injustiça Climática: reflexões sobre as iniquidades em saúde”, debatendo formas de discriminação e injustiça socioambiental agravados pelos eventos climáticos extremos que afetam principalmente populações e territórios historicamente vulnerabilizados, como população periférica, negra urbana, quilombola, indígena, do campo, das águas e das florestas, bem como grupos como mulheres, pessoas com deficiência e idosas.
A aula será voltada para os estudantes dos Programas de Pós-graduação Lato e Stricto sensu da Fiocruz Ceará e a todas as pessoas interessadas no tema e será ministrada pelo Doutor em Ciências Sociais Victor de Jesus, Coordenador do Núcleo Capixaba de Estudos da Experiência Humana em Meio Urbano (Urbes)/Universidade Federal do Espírito (Ufes) e acontecerá no dia 8 de maio de 2025, a partir das 10h, no auditório da Fiocruz Ceará. O evento terá transmissão online pelo canal da Fiocruz Ceará no Youtube, com tradução em Libras e a inscrição deve ser realizada no Campus Virtual Fiocruz. Será emitido certificado para os participantes.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) abriu inscrições para a segunda turma do Doutorado Profissional do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde Pública. Os interessados devem se candidatar até o dia 23 de maio. Há 26 vagas disponíveis, das quais 55% são reservadas para ações afirmativas. O curso será realizado em regime presencial, com início das atividades previsto para agosto.
As áreas de concentração do programa são: Políticas Públicas, Gestão e Cuidado em Saúde; e Vigilâncias e Avaliação em Saúde. O objetivo do curso é a formação de profissionais qualificados e reflexivos, indutores de mudanças em seus cenários de atuação, mediante a adoção de novos conceitos e práticas, desenvolvendo produtos de aplicabilidade no aperfeiçoamento desses sistemas.
Podem se candidatar para o processo seletivo, os portadores de diploma de curso superior de duração plena e portadores de títulos de mestrado na modalidade profissional ou acadêmica, preferencialmente na área da saúde coletiva/saúde pública. Para aqueles candidatos aprovados em mestrado, mas ainda sem a emissão do diploma, será aceita a declaração de conclusão de curso emitida pela instituição formadora.
Para se inscrever, é necessário acessar o Campus Virtual Fiocruz, clicar em "inscreva-se" e realizar um cadastro no site Acesso Fiocruz. Confira os documentos exigidos e o passo a passo detalhado para preencher o formulário de inscrição no edital.
Coordenação geral: Dra. Elyne Montenegro Engstrom
Coordenação adjunta: Dra. Adriana Coser Gutierrez, Dr. Jose Manuel Santos de Varge Maldonado e Dra. Maria Helena Barros de Oliveira
Realizado no dia 29 de abril, a edição 2025 do Fiocruz Acolhe recebeu 43 estudantes (36 presencialmente e 7 remotamente) estrangeiros e de diversos estados do Brasil que vieram para estudar nas unidades da instituição, seja no Rio de Janeiro ou nas unidades regionais. O evento acolhedor deu as boas-vindas a estes estudantes, promovendo a integração entre todos os ingressantes nos programas de pós-graduação da Fundação, proporcionando um ambiente acolhedor e facilitando a adaptação dos recém-chegados. Além disso, colabora com adaptações culturais e oferece as orientações necessárias para que saibam a qual instância ou profissional podem recorrer em qualquer eventualidade, disponibilizando orientações essenciais e informações necessárias e relevantes sobre os recursos disponíveis e auxiliando-os a iniciar sua jornada acadêmica da melhor forma possível. Para favorecer a participação de alunos por todo o Brasil que não puderam comparecer presencialmente, o encontro também foi transmitido remotamente via plataforma Zoom.
A mesa de abertura foi formada pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Marly Cruz, a coordenadora-geral do Stricto Sensu, Isabella Delgado, a assessora da VPEIC, Cristina Guilam, a coordenadora do CAD, Etinete Nascimento, a assessora do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), o representante da Associação de Pós-Graduandos (APG), Ian Maria, e, participando remotamente, a coordenadora-geral de Educação, Eduarda Cesse.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Marly Cruz, iniciou seu discurso relembrando a sua trajetória profissional, ressaltou o espírito e a importância de criar e estabelecer redes, afirmando que a comunicação entre as partes envolvidas é fundamental para isso acontecer e reafirmou a necessidade das políticas de inclusão na Fiocruz. “Assim como vocês estão chegando, eu também estou chegando na Vice-Direção. Queria falar da grande satisfação e da grande alegria de estar aqui hoje, dizer o quão significativo é esse espírito de acolhimento, é importante trazer isso como um marco. É importante dizer o quanto a instituição cresceu no sentido de trazer pautas importantes, mas, sobretudo, de trazer políticas que tratam da inclusão. É importante considerar que não tem como criarmos boas políticas sem que façamos elas acontecerem, e elas só vão acontecer se os estudantes se envolverem de fato”, pontuou Marly Cruz. A vice ressaltou também a troca de informação entre a Fundação e os estudantes. “O espaço da APG é um espaço fundamental para vocês trocarem, sanarem dúvidas, levarem sugestões. Nós, enquanto Vice-Presidência, estamos sempre pensando em vocês no sentido de promover as melhores condições para que vocês possam realizar essa formação”, concluiu.
A atividade é promovida pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), por meio do Centro de Apoio ao Discente (CAD), e conta com parceria do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).
Centro de Apoio ao Discente (CAD)
O Centro de Apoio ao Discente (CAD) é uma instância de diálogo e acolhimento da Fiocruz com todos os seus estudantes, vinculado à Vice-Presidência de Educação Informação e Comunicação (VPEIC), responsável por propor e realizar ações que favoreçam o bem-estar e a integração entre estudantes e apoio em situações que possam interferir no desempenho acadêmico e profissional dos alunos. Destacam-se ações como orientação de alunos e docentes para a resolução de problemas, escuta qualificada e encaminhamento para suporte psicológico e/ou social, participação no Grupo de Acolhimento a estudantes estrangeiros e brasileiros de fora do Rio de Janeiro, realização de pesquisas sobre expectativas e satisfação dos alunos em relação às necessidades acadêmicas, comunicação ativa com estudantes por meio de debates, rodas de conversa, redes sociais e outras estratégias, entre outras muitas ações.
A coordenadora do Centro de Apoio ao Discente, Etinete Nascimento, explicou o que é o CAD. “O CAD tem um trabalho intenso de contato com os estudantes, a gente faz um acolhimento sistemático e contínuo. Vocês podem recorrer ao CAD em todo momento que for necessário para manifestar coisas que podem estar apontando para situações difíceis. É uma alegria estudar o que a gente ama, e eu acredito que vocês estejam também fazendo algo que vocês amam, mas às vezes aparecem coisas que também nos prejudicam e que interferem nosso bem-estar”.
Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris)
O Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), órgão de assessoria direta da Presidência da Fiocruz, foi criado em 2009 para coordenar e apoiar as atividades internacionais da Fundação. Nas demandas e respostas pelo crescente intercâmbio internacional, o Cris tem a proposta de constituir uma instância de excelência para a afirmação e o desenvolvimento da Fiocruz como instituição pública estratégica no cenário global da saúde.
A assessora do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris), explicou o funcionamento do Cris, que apoia os estudantes na questão de resolução de documentação, acolhimento, Registro Nacional de Migração (RNM), além de alimentação, saúde, alojamento, transportes, lazer. “Aqui vocês só enriquecem, eu adoro conversar sobre as culturas. Sintam-se acolhidos, podem falar o que precisam”.
Com muita emoção, novos estudantes contam suas histórias de vida
Para finalizar o evento, representantes do corpo discente da Fiocruz compuseram uma roda de conversa sobre suas trajetórias estudantis, compartilhando as sensações e vivências, tanto dentro da Fundação quanto na cidade, assim como suas adaptações a uma nova cultura. Eles destacaram dicas de como aproveitar o Rio de Janeiro e tornar o ambiente da pós-graduação mais proveitosa para seus aprendizados.
Em seguida, a Dinâmica de Integração dos Estudantes serviu como um momento para os novos estudantes contarem suas histórias de vida. Através de objetos presentes no encontro, eles escolhiam algo, explicando o porquê da escolha e como o objeto remete às suas origens. A dinâmica trouxe muitas emoções através das histórias de lutas e superações contadas pelos alunos.
+Assista aqui ao evento completo!
Em 2025, a Pós-Graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (PGMT/IOC/Fiocruz) completa 45 anos de formação de mestres e doutores para a ciência e a saúde nacionais.
Para celebrar a data, será realizado, no dia 9 maio, o evento ‘45 anos da Pós-Graduação em Medicina Tropical: legados, mudanças e desafios futuros’.
Com o objetivo de refletir sobre a trajetória do programa desde sua criação, em 1980, e de antecipar novos desafios, o encontro irá reunir alunos, egressos, professores e pesquisadores da área.
A iniciativa será realizada no auditório do Pavilhão Arthur Neiva, no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ).
Dúvidas e mais informações na página do evento.
Edição:
Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Em exceção para homenagear o Dia do Trabalhador, o Sextas de Poesias é publicado nesta quinta-feira, 1° de maio, com Vladimir Maiakovski no poema Meu Maio, e destacamos especialmente os trabalhadores do SUS, que lutam diariamente por uma saúde para todos!
A data comemorativa internacional é dedicada aos trabalhadores e oficialmente celebra a consolidação de leis de proteção ao trabalhador. Sua origem remete a lutas ainda hoje defendidas, quando em 1886, na cidade norte-americana de Chicago, foi iniciada uma greve, cujo objetivo era conquistar melhores condições de trabalho. Durante a manifestação houve confrontos com a polícia, o que resultou em prisões e mortes de trabalhadores. Este acontecimento foi inspiração para muitas outras manifestações que se sucederam seguiriam. Estas lutas operárias culminaram numa série de direitos, previstos em leis e sancionados por constituições.
Vladimir Maiakovski foi o maior poeta russo do século XX e sempre defendeu que “sem forma revolucionária não há poesia revolucionária”. Sua obra ajudou a verter para a poesia os ideais da grande Revolução Russa (1917). No poema "Meu Maio", Maiakovski exalta o Dia 1° de Maio: Sou operário – Este é o meu maio! Sou camponês – Este é o meu mês. Sou ferro – Eis o maio que eu quero! Sou terra – O maio é minha era!
Com informações de Aconjur-PR e Educador Brasil Escola
"Pensar a saúde digital não somente na perspectiva de ampliação de acesso dentro do SUS, mas também de equidade", recomendou a vice-presidente da Fiocruz, Marly Cruz na mesa de abertura do Encontro de Saúde Digital Fortalecendo conexões para o SUS, que reuniu especialistas da área na Fiocruz e recebeu a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (Seidigi/MS), Ana Estela Haddad, em um produtivo debate sobre os avanços e desafios da Saúde Digital no Sistema Único de Saúde (SUS). O evento foi organizado pelo Grupo de Trabalho de Informação e Saúde Digital do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e contou com o apoio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e da Vice-Presidência de Pesquisas e Coleções Biológicas (VPPCB).
A mesa de abertura foi composta por Marly Cruz, a vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), Alda Cruz, e a integrante do GT de Informação e Saúde Digital/Icict, Raquel De Boni. Marly, reforçou a importância do momento para estreitar laços e fortalecer iniciativas e conexões na área da saúde digital. Para ela, é necessário pensar não apenas na perspectiva de ampliação de acesso dentro do SUS, mas também de equidade. "Cada vez mais vemos avanços, mas também temos nos debruçado em reflexões sobre os desafios para o enfrentamento das iniquidades". Sobre a composição da rede, Marly apontou a importância da iniciativa, registrando como fundamental pensar a maneira como se dará sua gestão para que a rede possa produzir os efeitos e respostas que vão ao encontro do que é tão necessário para nossa sociedade, concluiu. Já Alda, mencionou a relevância do tema citando o acerto do Ministério em trazer essa pauta tão presente e necessária para o fortalecimento do SUS.
A assessora da VPEIC, Cristina Guilam, apontou que um dos objetivos do encontro é a organização de uma rede de saúde digital na Fiocruz, de acordo com ela, uma rede temática, desenvolvida por um esforço conjugado da VPEIC com a VPPCB, sendo o evento uma das diversas atividades que serão empreendidas em conjunto no âmbito da Rede. Raquel falou sobre o contexto de criação do GT, cujo objetivo é propor orientações e ações institucionais que contribuam para superar os desafios na área da informação em saúde digital em sintonia com os princípios e as necessidades do SUS. Segundo ela, este foi o início de uma articulação mais ampla, buscando fomentar o encontro entre os diversos grupos que atuam na área; conhecer as expectativas da Seidigi sobre o papel e a contribuição das instituições acadêmicas para a saúde digital no SUS; e discutir a criação de uma rede de colaboração em saúde digital na Fiocruz, visando manter o protagonismo da instituição e unir os esforços em prol do fortalecimento do SUS.
Qual é a saúde digital que queremos?
Em sua fala, Ana Estela lembrou o interesse antigo de articulação entre a VPEIC e a Secretaria de Informação e Saúde Digital (Seidigi), e debateu inovações e transformações da saúde digital no contexto acadêmico, além de apresentar o Programa SUS Digital, do Ministério da Saúde, promovido pela sua secretaria. Segundo ela, a ideia do Programa é a transformação digital do SUS, buscando fortalecer os próprios princípios do SUS, ampliar o acesso às ações e serviços de saúde, a equidade, a continuidade do cuidado e a qualidade da atenção à saúde, tendo o usuário como protagonista, e pensando a jornada do paciente como norteadora desse processo de transformação. Ela detalhou ainda as diretrizes e primeiras ações do Programa, explicou as etapas realizadas no processo da transformação digital no país, analisadas e implantadas a partir de macrorregiões; e apresentou elementos do processo, como prontuário eletrônico, telessaúde, Rede Nacional de Dados em Saúde, e em qual ponto estão as ações atualmente. Ana Estela destacou ainda o curso "Introdução à saúde digital", que será lançado em breve, e integra o programa de formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS que é desenvolvido pela Fundação — sob a coordenação da VPEIC, através do Campus Virtual — e o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Inovação e Informática em Saúde da Secretaria de Informação e Saúde Digital (DataSUS/Seidigi/MS).
Renato Marins Domingues, que é pesquisador da Fiocruz e integrante do GT Informação e Saúde Digital pela VPPCB, apresentou o Mapeamento de Iniciativas da Fiocruz em Saúde Digital, trabalho realizado entre junho e julho de 2024, com um panorama do que estava acontecendo no momento em termos de iniciativas na Fundação, através de um questionário com líderes e coordenadores de projetos e pesquisas. Ele apresentou os dados da pesquisa e afirmou que haverá novas pesquisas mais amplas e mais detalhadas. “Eu acredito que com a maturidade das nossas ações e encontros, será necessária uma repetição desse instrumento. A saúde digital já avançou muito na Fiocruz, mas ainda é pouco conhecida, pouco vista, e uma das ações futuras é conseguir fazer essa rede”, finalizou.
Novo curso online e disciplina transversal
A apresentação de Ana Furniel teve foco no programa de formação em Ciência de Dados e Informações em Saúde para o SUS. Ela falou sobre o contexto da sua criação, detalhando a relevância do tema na agenda da saúde com base na maior incorporação das tecnologias digitais nas práticas e coleta de dados, aumento da demanda de capacidade da análise desse dados, além da necessidade de mais qualificação profissional para a governança e uso das informações geradas nas áreas da gestão, pesquisa e vigilância. Ana apresentou ainda um diagnóstico de cursos relacionados ao tema ofertados pela Fiocruz, em sua maioria presenciais.
O programa de formação em breve lançará o primeiro curso de uma série de iniciativas prevista em seu escopo, como outras formações online e gratuitas, além de uma disciplina transversal. O curso "Introdução à saúde digital" visa capacitar profissionais com conhecimentos e habilidades fundamentais para compreender os princípios da saúde digital e utilizar tecnologias de forma ética e eficiente. Com carga horária de 45h, ele abordará conteúdos essenciais da área, como os fundamentos da saúde digital e da tecnologia da informação em saúde, os sistemas de informação e a gestão de dados eletrônicos, bem como a segurança da informação e da proteção de dados pessoais. Também serão exploradas as inovações em saúde digital, considerando os desafios e as possibilidades desse campo.
+Conheça mais sobre a nova formação: Vem aí o curso Introdução à Saúde Digital
Assista ao evento na íntegra: