O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) receberá, virtualmente, estudantes de graduação de todo o Brasil para a temporada de inverno 2021 dos Cursos de Férias. Pela primeira vez, as atividades, que serão realizadas entre os dias 19 e 30 de julho, acontecem integralmente de forma online. O formato foi adotado devido à pandemia do novo coronavírus. As inscrições serão realizadas somente no dia 28/05. Para se candidatar, é preciso preencher o formulário eletrônico, que será disponibilizado no Campus Virtual Fiocruz, com atenção a todos os campos especificados, incluindo a carta de interesse. Vale ressaltar que cada curso possui seus próprios critérios.
Acesse a chamada de seleção para mais informações e confira todos os detalhes da chamada.
Nesta edição, serão oferecidos cinco cursos. Confira as ementas e faça sua inscrição:
• Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância
• Bioinformática estrutural – da sequência ao ancoramento
• Doenças genéticas humanas: como identificá-las?
• Superbactérias: Quem são elas? Onde vivem? O que fazer para combatê-las?
• Viroses respiratórias emergentes e reemergentes: vírus Influenza e SARS-CoV-2
Os Cursos de Férias do IOC são uma oportunidade para alunos de graduação das áreas da saúde desenvolverem o pensamento científico por meio da imersão na realidade técnico-científica do Instituto.
Dentro das especificidades de cada tema, serão apresentadas metodologias utilizadas na pesquisa básica e aplicada, além de conceitos e contextos de assuntos relevantes para o campo de pesquisa em saúde no Brasil. As atividades serão ministradas por estudantes dos cursos de pós-graduação Stricto sensu do IOC e coordenadas por pesquisadores da própria unidade.
Com o tema “Resistência, luta e sonhos juntos na construção de uma sociedade sem manicômios”, a Fiocruz Brasília realizará seminário online no próximo dia 18 de maio, das 8h30 às 21h. Promovido pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, o evento tem o objetivo de debater experiências e afetos para fortalecer o movimento por uma sociedade sem manicômios, além de discutir uma conexão entre as narrativas dos diferentes atores sociais, seus sonhos, lutas, identidades e sofrimentos. A data do evento, 18 de maio, foi escolhida em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial. Com iniciativas no país inteiro, esse dia é protagonizado pelos movimentos sociais e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em atos para chamar a atenção, sensibilizar e informar a comunidade de tal mudança de paradigma do cuidado, para o cuidado em liberdade.
Para o coordenador e pesquisador do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (Nusmad), da Fiocruz Brasília, André Guerrero, a prática antimanicomial coloca a liberdade e a pessoa em destaque, um ser protagonista através do exercício da sua cidadania. Assim, o dia da luta antimanicomial essencialmente traz à tona elementos para a (re)construção de uma sociedade mais democrática, inclusiva e menos desigual. “A luta Antimanicomial é a luta por uma sociedade mais justa e inclusiva, na qual os Direitos Humanos sejam garantidos”, ressaltou.
A programação do evento contará com atividades artístico-culturais, painel de debate e rodas de conversa que abordarão desde a questão indígena e sua produção de conhecimento; passando pela descolonialidade como o caminho para resistir e desconstruir padrões; até o racismo e as expressões sociais e culturais dos povos quilombolas e sua relação com a saúde mental e a construção da subjetividade e repercussões psíquicas a partir de um outro lugar social e o racismo estrutural.
O seminário online será transmitido pela Plataforma Zoom. Para participar, acesse bit.ly/seminarioantimanicolonial.
Confira a programação do Seminário Antimanicolonial: resistência, luta e sonhos juntos na construção de uma Sociedade sem manicômios
Data: 18/5 - terça-feira - 8h30 às 21h
8h30 – Apresentação Cultural
Babalorixá Adam de Odé – Ilê Axé Odé Inié: Cantos para os Orixás
Álvaro Tukano – Cantos do povo Yepá Mahsã
9h – Mesa de Abertura
Denise Oliveira e Silva, vice-diretora da Fiocruz Brasília;
André Guerrero, coordenador do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da Fiocruz Brasília;
kleidson Oliveira, conselheiro de saúde do CAPS de Sobradinho/DF.
9h30 – Painel: Racionalidades ancestrais e saberes não colonizados
Os Povos originários e a Epistemologia Científica – Daiara Tukano;
O conhecimento científico em movimento: a África em foco – Tiago Rodrigues.
14h – Roda de Conversa: Povos originários cravam nossos pés aqui: sobre possibilidades de construir esperança, sonho e bem viver – Edinaldo Xukuru, Nita Tuxu e Geni Guarani.
16h – Roda de Conversa: É tempo de se aquilombar: sobre as necessidades de reconexão com ancestralidade para construir saúde – Marlete Oliveira e Bárbara Gomes.
19h – Evento de Fechamento “Gira descolonial”
Entre os dias 25 e 27 de maio, a Fiocruz vai realizar, de forma totalmente online, o Seminário Internacional Regulação de Medicamentos e Farmacovigilância. O encontro debaterá questões sobre novos medicamentos, desafios quanto ao estabelecimento de evidências de eficácia e segurança, além de temáticas que envolvem a Covid-19. As inscrições estão abertas e são gratuitas. O Seminário será transmitido ao vivo pelo canal da pós-graduação da Ensp/Fiocruz no Youtube. Ele é aberto ao público em geral, no entanto emitirá certificado apenas aos participantes inscritos.
Segundo a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Vera Pepe, que é uma das organizadoras do evento, a ideia do Seminário é discutir a regulação dos medicamentos, sobretudo dos novos medicamentos, considerando a dificuldade em se estabelecer evidências de eficácia e segurança, além das estratégias que as agências reguladoras têm desenvolvido para obter informações sobre os novos medicamentos, e ainda questões sobre estudos de pós-comercialização em farmacovigilância.
O encontro é promovido pela Ensp em parceria com o Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de contar com o financiamento da Faperj.
Vera lembrou que a proposta do seminário nasceu antes da chegada da pandemia, mas levando em conta o atual cenário, "buscamos inserir algumas temáticas importantes que vem surgindo no âmbito da Covid-19, como a discussão das vacinas, dos instrumentos regulatórias durante emergências sanitárias e outros.
A IX edição do Ciclo Carlos Chagas de Palestras (CCCP) acontecerá nos dias 8 e 9 de julho. A iniciativa é uma oportunidade para quem deseja conhecer achados contemporâneos sobre a doença de Chagas e discutir os desafios futuros acerca do agravo. Devido à pandemia de Covid-19, o evento será realizado inteiramente online pelo segundo ano consecutivo, com transmissão ao vivo pelo canal do IOC no Youtube. A submissão de resumos vai até 31 de maio e as inscrições vão até 7 de julho.
Organizada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em parceria com a Associação RioChagas, esta edição tem como tema “100+12 anos da descoberta da doença de Chagas: o tempo não para: ‘Saúde Mental e Doença de Chagas: muito a desvendar para enfrentar’”. Participam pesquisadores e representantes da Fiocruz; da Associação RioChagas; da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); do Pronto Socorro Cardiológico Universitário da Universidade de Pernambuco (Procape/UPE); e da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Além das sessões de palestras, será realizada também a oficina “Eu danço: os gestos dos meus dias de quarentena”, na linha de Ciência e Arte. O encerramento do evento será integrado ao Centro de Estudos do IOC. Confira a programação completa.
Submissão de trabalhos
Com o objetivo de aumentar oportunidades de interações e cooperações, o CCCP abrirá espaço para três jovens cientistas apresentarem oralmente suas pesquisas no segundo dia de evento. A submissão de trabalhos poderá ser feita até o dia 31 de maio, após a inscrição no evento por meio do Campus Virtual Fiocruz. Serão aceitos resumos em qualquer área de pesquisa ligada à doença de Chagas. Para mais informações, clique aqui.
Com o objetivo de melhorar o ambiente alimentar e o comportamento na escola, moldando as escolhas alimentares atuais em direção a uma dieta saudável e sustentável, o Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) vai realizar o workshop Reino Unido-Brasil Alimentaçãao saudável e sustentável para crianças: o potencial da merenda escolar. O encontro será realizado de forma virtual, entre 7 e 18 de julho, em dias não consecutivos, com sessões de 2h30 de duração. As inscrições vão até 17 de maio. A ideia é estimular a cocriação de pesquisas inovadoras e encorajar colaborações sustentáveis entre investigadores e profissionais em início de carreira, permitindo e inspirando o desenvolvimento de trabalho em rede, dinâmicas em grupo e tutoria, além de apoio financeiro aos melhores projetos surgidos durante o workshop.
A iniciativa é financiada pelo British Council Climate Change Research Links. Segundo a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Nelzair Araujo Vianna - líder do projeto no Brasil em coparceria com Ximena Schmidt Rivera, Brunel University, Londres - também são foco encontro promover o intercâmbio de conhecimento e capacitação; desenvolver uma rede interdisciplinar de pesquisadores em início de carreira e profissionais que trabalham na área no Reino Unido e no Brasil para realizar, implementar e avaliar intervenções conduzidas por pesquisas eficazes e inovadoras; e ainda gerar evidências para atualizar a política vigente.
“Mudar o padrão alimentar das escolas brasileiras poderá ter um grande impacto na saúde da população e na economia”, aponta pesquisadora
O projeto tem como prerrogativa o fato de que o Brasil é o terceiro maior produtor agrícola do mundo. Porém, 16% das crianças de 5 a 10 anos do país estão com sobrepeso e outros 14% são obesos, fazendo com que os custos com saúde para obesidade aumentem para 330 bilhões de dólares nos próximos 40 anos. Portanto, Nelzair explicoun que “mudar o padrão alimentar das escolas brasileiras poderá ter um grande impacto na saúde da população e na economia”.
Ela lembrou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é a mais antiga Política Nacional de Alimentação e beneficia cerca de 40 milhões de alunos. “O Pnae foi criado em uma época em que a fome e a subnutrição eram o principal problema. No entanto, com a transição nutricional e a sindemia global de subnutrição, obesidade e mudanças climáticas, o papel do programa deve ser discutido para enfrentar esses novos desafios. Tendo isso, realizaremos esse workshop para fomentar o desenvolvimento de projetos-piloto visando a melhoria do ambiente alimentar e o comportamento na escola, com foco em abordagens interdisciplinares que abranjam desafios e impactos”, detalhou Nelzair.
“Desafio de Prêmio”
O workshop terá um “Desafio de Prêmio”, que consiste em um fundo de até 35 mil libras esterlinas (moeda do Reino Unido) para o desenvolvimento de cinco projetos (ou mais, dependendo dos custos) criados durante o workshop entre os participantes do Reino Unido e do Brasil. Cada projeto pode solicitar até 7 mil libras esterlinas.
Vale destacar que será dada especial atenção a pesquisadores em início de carreira, participantes que voltam de interrupções de carreira ou licença maternidade, bem como para participantes de grupos minoritários, que trabalham com ou em escolas e Organizações Não Governamentais (ONGs), além de participantes que desejam colaborar e estão interessados em implementar novas ou melhorar as atuais intervenções em ambientes alimentares para crianças. “Será uma importante oportunidade para a participação de iniciativas da sociedade civil”, ressaltou Nelzair. Para se inscrever, clique aqui.
Veja mais detalhes sobre o evento aqui: https://www.eventbrite.co.uk/e/sustainable-and-healthy-school-meals-workshop-tickets-152225080313
Para saber mais sobre o projeto, acesse: https://www.brunel.ac.uk/research/Projects/Project?id=c29414ad-f1e5-4ba9-bffe-13e6ff8c1d51&language=en-GB
Caso o interessado ou participante tenha alguma dúvida, escreva para workshop.braziluk@gmail.com ou Ximena.Schmidt@brunel.ac.uk
Na próxima segunda-feira, 3 de maio, terá início a XV edição do "Ciclo de Debates Conversando sobre a Estratégia Saúde da Família". O encontro é uma realização do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, ligada à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Ela acontecerá nos dias 3, 4, 5 e 6 de maio de 2021, com transmissão pelo canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube.
O Ciclo tem como objetivo promover a reflexão sobre a política de saúde na Atenção Primária em Saúde, sobre os princípios da Estratégia, discutir formas de intervenção nos principais desafios encontrados pelas equipes de saúde da família, e a formação em saúde. Os temas propostos para o debate são marcados pela dinâmica mais premente do contexto atual.
Segundo a coordenadora-geral do curso, Mirna Teixeira, essa é uma das primeiras residências multiprofissionais do Brasil, o que a torna uma referência na área por toda experiência acumulada.
Confira a programação completa do XV Ciclo de Debates Conversando sobre a Estratégia Saúde da Família:
Segunda-feira - 3/5 - 9h às 12h
Tema: A Vastidão da Atenção Primária em Saúde no cuidado durante a pandemia de covid-19
Expositores: Carlos Machado (Ensp/Fiocruz) e Gulnar Azevedo e Silva (Uerj/IMS)
Mediação: Gustavo Matta (Ensp/Fiocruz)
Terça-feira - 4/5 - 9h às 11h30
Tema: Vacinação: do insumo à picada
Expositores: Gonzalo Vecina Neto (Fundador e Ex-presidente da Anvisa) e Daniel Soranz (Secretário de Saúde do Rio de Janeiro)
Mediação: Vera Lúcia Luiza (Ensp/Fiocruz)
Quarta-feira - 5/5 - 9h às 11h30
Tema: A importância do SUS como direito para todos
Expositores: Arthur Chioro (professor da EPM/Unifesp e ex-Ministro da Saúde) e Vinicius Fonte (SMS/RJ)
Mediação: Gabriel Mardegan (residente da Ensp/Fiocruz)
Quinta-feira - 6/5 - 9h às 12h
Tema: Comunicação: experiências para os vazios do SUS e ampliação do cuidado
Expositores: Sophia Rosa, Alan de Aquino (egressos da Ensp) e Thayna Miranda, Amanda Marinho, Letícia Parente e Ana Luisa Kuehn (residentes da Ensp/Fiocruz). Debate: Ana Cláudia Peres (Revista Radis/Ensp/Fiocruz).
Mediação: Maria Alice Pessanha (Ensp/Fiocruz)
De casulo à borboleta: a qualificação para o SUS na Residência Multiprofissional em Saúde da Família
Recentemente, foi lançado o livro “De casulo à borboleta: a qualificação para o SUS na Residência Multiprofissional em Saúde da Família”, que é um registro histórico dos 15 anos de existência do curso, que tem em sua natureza a confluência entre a teoria e a prática, o serviço e o ensino. Ele foi construído a muitas mãos, com a participação de docentes, coordenadores, preceptores e residentes. Portanto, traz diferentes visões, abordagens, narrativas e contextos. Com 12 capítulos e a participação de quase 40 autores, a obra apresenta um grande histórico do programa, os conceitos que fundamentam a iniciativa; além da experiência nos campos de prática, relatada por ex-residentes e seus orientadores.
+Saiba mais: Residência Multiprofissional reconta 15 anos de história em publicação online e gratuita
“De casulo à borboleta: a qualificação para o SUS na Residência Multiprofissional em Saúde da Família”. Esse é o título da publicação que retrata a trajetória de uma década e meia de um curso que tem em sua natureza a confluência entre a teoria e a prática, o serviço e o ensino. Com 12 capítulos e a participação de quase 40 autores, a obra apresenta um grande histórico do programa, os conceitos que fundamentam a iniciativa; além da experiência nos campos de prática, relatada por ex-residentes e seus orientadores.
+Acesse aqui a publicação na íntegra: De casulo à borboleta: a qualificação para o SUS na Residência Multiprofissional em Saúde da Família
A coordenadora-geral do curso, Mirna Teixeira, que é autora e uma das organizadoras da publicação, lembrou que essa formação, ligado à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), é uma das primeiras residências multiprofissionais do Brasil, o que a torna uma referência na área por toda experiência acumulada. O livro é um registro histórico, “feito a muitas mãos”, com a participação de docentes, coordenadores, preceptores e residentes. Portanto, rico em visões, abordagens, narrativas e contextos. As categorias contempladas na residência multiprofissional são enfermagem, dentista, nutrição, assistente social, psicólogo, educador físico e farmacêutico.
“São muitos anos formando, aprendendo, crescendo, nos aprimorando e incorporando novas questões aos processos pedagógicos e metodológicos. Também abordamos na publicação como se dá o trabalho de articulação com as diferentes instâncias de gestão, seus múltiplos atores e interesses. Por isso quisemos contar nossa experiência e compartilhar um pouco do que sabemos e aprendemos nessa jornada de tantos desafios, além de inspirar outros programas”, disse Mirna, que divide a organização do livro com Maria Alice Pessanha, Regina Ferro, Denise Barros e Ana Laura Brandão.
Teoria e prática, serviço e ensino: princípios orientadores da residência
Mirna contou que a obra está organizada em duas grandes partes. A primeira aborda a trajetória do curso, o projeto político-pedagógico, além de conceitos e princípios da tutoria e preceptoria que integram o cotidiano da formação. Na segunda parte são apresentados os relatos dos residentes, que sintetizam as vivências deles no campo. Esses capítulos são baseados em trabalhos de conclusão de curso dos alunos e abarcam diferentes abordagens, especialmente trazidas pela natureza da formação de cada um.
“O trabalho em equipe é um dos pilares na nossa formação, e a multidisciplinaridade é o que traz potencialidade a ela”, detalhou a coordenadora-geral do curso, citando algumas ferramentas pedagógicas utilizadas pelos alunos, como os Diários Reflexivos, que são delineados em um dos capítulos da publicação.
O prefácio, escrito pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destaca a visão diferenciada da atenção e do cuidado que orienta as residências multiprofissionais. No curso, “não apenas as diferentes competências profissionais são reconhecidas, mas devem efetivamente estar integradas”. Nísia frisou ainda que as residências em saúde constituem-se como um importante caminho para superar os desafios que historicamente preocupam os construtores do SUS no cotidiano, em um país marcado por intensos contrastes e profunda desigualdade.
Na opinião de Mirna, a residência também qualifica a rede de atenção primária, visto que os preceptores - profissionais da área que atuam juntamente aos alunos – participam de oficinas e estão envolvidos nos processo de educação permanente do curso, além de lidarem, durante dois anos, com essa equipe multiprofissional. O que, segundo ela, “provoca muitas mudanças e reflexões sobre as práticas e processos de trabalho”.
Em 2020, em decorrência da pandemia, não houve processo seletivo para a residência. De acordo com Mirna, este é um dos maiores processos seletivos da Ensp e normalmente envolve cerca de mil alunos, inclusive candidatos de outros estados. “Pela sua grandeza, não foi possível organizar uma estrutura que abarcasse todas as questões que giram em torno dessa seleção de maneira remota. Por outro lado, Mirna comentou que a pandemia também trouxe novos olhares ao ensino em serviço: “A turma que entrou em 2019 e se formou em 2021 elaborou um trabalhou com relatos de experiência sobre o processo de trabalho na pandemia. É muito interessante podermos analisar o processo formativo neste momento tão difícil que todos estamos vivendo”.
O livro foi editado pela Rede Unida e financiado pela Prefeitura Municipal de Mesquita, município do Rio de Janeiro com o qual a Residência Multiprofissional tem um convênio há dois anos para formação na área.
Lançamento oficial do livro será realizado em 15/4, em debate virtual na Fiocruz
Na próxima quinta-feira, 15 de abril, às 14h, será realizado na Escola Nacional de Saúde Pública um Centro de Estudos, que foi organizado em torno da publicação. O encontro propõe um debate sobre a formação interprofissional no SUS: a experiência da residência em saúde da família, com a participação das organizadoras do livro e pesquisadoras da Escola Maria Alice Pessanha, Mirna Teixeira, Denise Barros, Ana Laura Brandão e Regina Ferro. Na ocasião, acontecerá o lançamento oficial do livro “De casulo à borboleta: a qualificação para o SUS na Residência Multiprofissional em Saúde da Família”. O evento será transmitido pelo canal da Ensp no Youtube.
Além do Ceensp, o já tradicional "Ciclo de Debates Conversando sobre a Estratégia Saúde da Família", organizado anualmente pela residência, também já tem data marcada, A XV edição do encontro será realizada nos dias 3, 4, 5 e 6 de maio de 2021, com transmissão pelo canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube. O Ciclo é uma iniciativa do programa de Residência em Saúde da Família da Ensp/Fiocruz e tem como objetivo promover a reflexão sobre a política de saúde na Atenção Primária em Saúde, sobre os princípios da Estratégia, discutir formas de intervenção nos principais desafios encontrados pelas equipes de saúde da família, e a formação em saúde. Os temas propostos para o debate são marcados pela dinâmica mais premente do contexto atual.
O público esperado no encontro são residentes, egressos, preceptores, coordenadores, docentes de todos os demais programas de residência em área profissional da saúde, além de pesquisadores e alunos de saúde coletiva e profissionais da atenção primaria. Em breve, a programação completa será divulgada. Acompanhe e participe!
Na próxima quinta-feira, 27 de outubro, às 16 horas, a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) da Bahia realizarão um encontro virtual sobre mulheres e meninas na ciência. O evento será aberto aos interessados e transmitido pelo canal da Undime no Youtube. Além de um debate sobre trajetórias pessoais diversas no mundo científico e da educação, as participantes tratarão de projetos que inspiram jovens meninas na ciência, como o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, oferecido pela Obsma, com inscrições abertas até 13/12.
O quadro de convidadas conta com Cristina Araripe, coordenadora da Obsma; Eliade Ferreira Lima, astrofísica e coordenadora do projeto Cientistas do Pampa, da Unipampa; Natália Machado Tavares, bióloga, pesquisadora em saúde pública da Fiocruz Bahia e integrante do projeto Meninas Baianas na Ciência; e Maria Isabel Pinheiro, estudante de biologia e ganhadora de uma das edições da Obsma. A mediação do evento será de Shirley Costa, coordenadora do Programa Bahia Olímpica.
Não fique de fora! Participe.
Para fechar o ciclo de debates acerca dos desafios da saúde e educação em meio à pandemia global, o Programa Institucional de Internacionalização da Fiocruz (PrInt Fiocruz-Capes) vai realizar mais um encontro no âmbito do Seminário Internacional do PrInt Fiocruz-Capes. A última rodada de palestras está marcada para a próxima terça-feira, 27 de outubro, às 10h (horário de Brasília) e trará a experiência de estudantes que vivenciaram a pandemia de Covid-19 em terras estrangeiras. O encontro será transmitido online pelo canal da Fiocruz no Youtube e conta com tradução simultânea para o inglês e para o português, ampliando o acesso à discussão. Acompanhe!
Após discutir os desafios e estratégias para a pós-graduação em tempos de Covid-19, bem como a maneira como os sistemas universais estão respondendo à atual emergência sanitária, o Seminário Internacional 2020 propõe agora um bate papo com pós-graduandos brasileiros que estavam em outro país e estrangeiros que estavam no Brasil durante esses meses de pandemia. O evento, intitulado “Lidando com a Covid-19 em terras estrangeiras: experiências dos estudantes dos Programas de Pós-graduação da Fiocruz", acontecerá em formato de roda de conversa, conduzida pelo apresentador do Canal Saúde, Renato Farias, com a presença de quatro estudantes e um docente, que dividirão suas experiências de maneira descontraída, porém levantando relevantes pontos de análise.
Segundo a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, o último encontro, com caráter um pouco mais afetivo, abordará a importante questão de apoios e redes que esses estudantes constroem durante a experiência internacional. Para ela, tais questões são fundamentais para o sucesso ou insucesso dos estudantes em seus locais de estágio em outros países. Cristina destacou ainda que o propósito da conversa é "saber como esse distanciamento imposto pela pandemia impactou no desenvolvimento de seus trabalhos. Apesar das experiências serem totalmente pessoais, muitas vezes elas se repetem com muitos dos alunos, por isso esse compartilhamento é tão importante”, disse ela.
O Seminário Internacional do PrInt Fiocruz-Capes 2020 já realizou dois encontros. O primeiro aconteceu em 21 de agosto e tratou do tema: “Desafios e estratégias para o ensino na Pós-Graduação em tempos de pandemia”. Assista a apresentação na íntegra:
O segundo debate aconteceu em 29 de setembro com o tema: "Como sistemas universais de saúde estão respondendo à pandemia? Os casos do Canadá, Reino Unido e Brasil”. Assista ao vídeo do encontro:
O PrInt Fiocruz-Capes
O Programa de Internacionalização da Fiocruz é financiado pela Capes e tem por objetivo fomentar a internacionalização das instituições vencedoras do edital a partir da concessão de bolsas de mobilidade internacional. Além de oferecer recursos para a execução de missões e outras atividades que contribuam para que os programas de pós-graduação fortaleçam seus laços com parceiros estratégicos, promovam a formação de redes e a construção de trabalhos conjuntos com outros países, aumentando a visibilidade das pesquisas científicas brasileiras.
O PrInt Fiocruz-Capes está organizado em três Redes Temáticas: Ricei, Ricroni e Rides, cada uma com três projetos coordenados por docentes de diferentes unidades. Conheça mais do projeto Print Fiocruz-Capes.
Estão abertas as inscrições para o Ciclo Carlos Chagas de Palestras, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Com o tema ‘100+11: O tempo não para’, a oitava edição do encontro ocorrerá nos dias 12 e 13 de novembro. Tradicionalmente realizado em abril, como parte da mobilização do Dia Mundial de Chagas, o evento foi adiado devido à pandemia de Covid-19 e será transmitido pelo canal do IOC no youtube. Os interessados em participar devem se inscrever até 11 de novembro por meio do Campus Virtual da Fiocruz.
Entre os palestrantes da oitava edição do CCCP estão: Pedro Albajar-Vinas, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que ministrará a palestra ‘Doença de Chagas: Cenário epidemiológico, conquistas e desafios para os próximos 10 anos’; Ezequiel Zaidel, do Departamento de Cardiología, Sanatorio Güemes, da Argentina, que discutirá o ‘Desafio do convívio com a doença de Chagas, comorbidades e Covid-19’, e Andrea Silvestre, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que abordará a ‘A doença de Chagas congênita: situação atual e desafios – o enfrentamento via UNITAID’.
Mais informações sobre o evento estão disponíveis no Campus Virtual da Fiocruz.