Está chegando o 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva - Abrascão 2018! De 26 a 29 de julho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será a sede do maior evento científico da área da saúde, este ano: serão mais de 200 atividades científicas que acontecerão ao mesmo tempo, em 23 auditórios espalhados pelo campus Manguinhos, no Rio de Janeiro (acesse o mapa). O tema do congresso, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), é Fortalecer o SUS, os direitos e a democracia.
A conferência de abertura será proferida pela ex-presidente da República do Chile, Michelle Bachelet. Médica e primeira ministra da Saúde, da Defesa e presidente daquele país, ela discutirá Direitos e democracia: sistemas universais e públicos de saúde. A cerimônia acontecerá no dia 26/7, às 8h, em uma das Grandes Tendas (Auditório Marielle Franco – A s/n – 3000 pax), que serão montadas especialmente para o congresso.
Cerca de 800 convidados vão compor mesas-redondas, debates e exposições de trabalhos sobre temas que vão do do direito ao desenvolvimento e à saúde aos processos e práticas de educação e trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é ampliar, a toda a comunidade, a oportunidade de adquirir conhecimento sobre o SUS, permitindo o compartilhamento de visões de diferentes áreas.
A educação — claro — por seu caráter transversal, permeia a programação, já disponível ao público. Para ajudar você a aproveitar ao máximo este grande evento, o Campus Virtual Fiocruz traz um guia, com atividades imperdíveis relacionadas ao ensino e à formação em saúde coletiva no Abrascão 2018. Confira a seguir:
1. Novos sanitaristas para o Brasil – uma construção em rede
Pré-Congresso: 24/7 (terça-feira) e 25/7 (quarta-feira), às 8h
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Unati – Sala 10.146 – Bloco F (30 pax)
2. Diálogos sobre educação e formação em saúde
26/7 (quinta-feira), às 13h
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Sala 206 – D50 (35 pax)
3. Formação e educação em saúde na escola
27/7 (sexta-feira), às 8h
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Sala 206 – D50 (35 pax)
4. Avaliação da pós-graduação em saúde coletiva: que caminho seguir?
27/7 (sexta-feira), às 10h20
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) - Auditório Térreo – D75
5. Saúde Coletiva e o pós-estruturalismo
Dia 27/7 (sexta-feira), às 10h20
Grandes Tendas – Auditório Victor Valla – Setor A
6. Educação e formação em saúde por meio de outras linguagens
Dia 27/7 (sexta-feira), às 13h10
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Sala 204 – D50 (30 pax)
7. Jovens em movimentos sociais: inovações e estratégias
Dia 27/7 (sexta-feira), às 15h
Centro de Documentação e História da Saúde – Auditório – E36 (57 pax)
8. A questão do doutorado profissional na área da saúde coletiva
Dia 27/7 (sexta-feira), às 15h
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) – Auditório Térreo – D75 (206 pax)
9. Experiências educativas, práticas sociais e participação comunitária: caminhos para a reorientação do agir profissional e social em saúde na perspectiva da superação das barbáries e da construção de horizontes humanizadores
Dia 27/7 (sexta-feira), às 15h
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Pátio Circular – D50 (110pax)
10. Formação em saúde coletiva: integração curricular e articulação entre a graduação e a pós-graduação
Dia 27/7 (sexta-feira), às 15h
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Sala 116 – D50 (90 pax)
11. Os desafios da pedagogia freiriana para a formação em saúde no atual contexto brasileiro: um olhar a partir de três experiências
Dia 27/7 (sexta-feira), às 15h
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) – Sala 410 – D75 (80 pax)
12. Superando a barbárie: ação educativa emancipatória e interculturalidade para uma ecologia de saberes
Dia 27/7 (sexta-feira), às 15h45
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Pátio Circular – D50 (110 pax)
13. Educação, assistência e cuidado em doenças transmissíveis
Dia 28/7 (sábado), às 8h
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) – Auditório – B17 (55 pax)
14. Vigilâncias em saúde: educação, informação e comunicação
Dia 28/7 (sábado), às 8h
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) – Salão Internacional – D75 (80 pax)
15. Formação graduada e exercício profissional na saúde coletiva: conquistas e desafios
Dia 28/7 (sábado), às 10h20
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Pátio Circular – D50 (110 pax)
16. Interfaces, SUS, saúde coletiva e ciências humanas e sociais na formação de profissionais de saúde - da sala de aula aos contextos de ação e pesquisa
Dia 28/7 (sábado), às 10h20
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) – Sala 410 – D75 (80 pax)
17. Educação popular e educação em saúde: movimentos sociais e comunidades
Dia 29/7 (domingo), às 8h
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Sala 212 – D50 (35 pax)
18. Epistemologia em saúde coletiva na América Latina
Dia 29/7 (domingo), às 10h20
Grandes Tendas – Auditório Nina Pereira Nunes – Setor A
19. A mulher na saúde coletiva: ciência, cuidado e resistência
Dia 29/7 (domingo), às 10h20
Museu da Vida – Auditório – E36
20. Modelos de formação e modos de cuidado: educação e saúde na luta por direitos sociais
Dia 29/7 (domingo), às 10h20
Escola Politécnica Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) – Espaço Pátio Circular – D50
Tenda Paulo Freire
Nos congressos da Abrasco a Tenda Paulo Freire é um espaço de integração, marcado pela diversidade e participação de atores populares nos eventos científicos da saúde coletiva e de outras áreas da saúde. Localizada no Museu da Vida (Auditório – E36), a Tenda reafirma a importância da educação popular e crítica para a saúde e o país e abrigará rodas de conversa, atividades culturais desenvolvidas por grupos populares e práticas populares de cuidado. Confira aqui as atividades programadas para este espaço.
Acesse também a programação temática dedicada ao SUS.
Partiu #Abrascão2018!
Por Valentina Leite e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
Ficam abertas, até o dia 12 de julho, as inscrições para o curso de serviços farmacêuticos na atenção primária à saúde. Trata-se de uma oportunidade de qualificação profissional em nível de atualização, na modalidade presencial. O objetivo é capacitar farmacêuticos para realizar serviços na área, que sejam voltados ao uso seguro de medicamentos e à maximização dos resultados positivos por meio do atendimento humanizado. Além disso, o curso visa estimular o entendimento a respeito do papel do farmacêutico no contexto de atenção básica à saúde, considerando o ambiente político e social, bem como as bases da Estratégia de Saúde da Família. Ao todo, há 30 vagas disponíveis para profissionais com formação de nível superior em farmácia, vinculados e com atuação em unidade da atenção primária do município do Rio de Janeiro.
Coordenado pelos pesquisadores do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP), Rondineli Mendes da Silva, Vera Lucia Luiza e Carla Patricia Figueiredo Antunes de Souza, o curso tem o intuito de preparar os profissionais para a realidade sanitária e socioeconômica da população alvo. Para isso, é importante que os alunos sejam capazes de conhecer e refletir criticamente tanto sobre os aspectos clínicos, como epidemiológicos e o conjunto de determinantes do processo saúde-doença.
A qualificação se fundamenta em metodologias ativas de aprendizagem, como o ensino baseado em problemas e discussão de casos. Os trabalhos práticos serão construídos com base na realidade dos alunos, de forma que seus resultados, enriquecidos nos debates em sala de aula, possam ter impacto imediato em seu cotidiano. O espaço de discussão em grupo será privilegiado como método de consolidação do conhecimento, buscando preparar o aluno para o processo de decisão e construção coletiva do saber.
Com total de 80 horas, o curso será ministrado uma vez por semana, das 9h às 17h. As aulas serão no período de 26 de setembro a 28 de novembro de 2018.
Podem participar da seleção profissionais com formação de nível superior em farmácia que tenham vínculos e atuação em unidade da atenção primária do município do Rio de Janeiro. Acesse o edital e inscreva-se!
Fonte: Informe Ensp
Ficam abertas, até esta sexta-feira (dia 6 de julho), as inscrições para o curso de epidemiologia do câncer, oferecido pela Fiocruz Minas e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A iniciativa é voltada a alunos de graduação e pós-graduação, professores, servidores da área de saúde e demais profissionais, e visa ressaltar a importância da doença como um problema de saúde pública. São oferecidas 50 vagas, sendo 20 destinadas à Secretaria de Saúde de Minas Gerais, de acordo com o Protocolo de Intenções firmado com o governo.
No curso, serão abordados fatores associados com o aumento da incidência e mortalidade dos cânceres no mundo e Brasil, assim como as medidas de prevenção primárias e secundárias para os principais tipos da doença que acometem a população brasileira. Acesse a ementa e saiba como se inscrever no curso aqui.
Por Thaís Dantas e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
*Com informações do Portal Fiocruz
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) está oferecendo 30 vagas para seu curso de qualificação profissional no cuidado à pessoa idosa. O objetivo é capacitar trabalhadores para cuidarem de idosos, na rede de serviços, na família e na comunidade, de modo a promover sua qualidade de vida, participação social e também de contribuir para a defesa de seus direitos. As inscrições vão até o dia 3 de agosto.
O curso está dividido em duas fases. Na primeira, os alunos terão conhecimentos básicos sobre envelhecimento e cuidado através de aulas teóricas, oficinas, exercícios e visitas a instituições. Na seguinte, os participantes farão estágio curricular em serviços de cuidado à pessoa idosa.
Para se candidatar, é necessário ser maior de 18 anos, e ter concluído o ensino fundamental e entregar, pessoalmente, os seguintes documentos:
Os candidatos deverão entregar os documentos exigidos para a inscrição pessoalmente, até o último dia de inscrição, na Secretaria Escolar.
O mestrado acadêmico em condições de vida e situações de saúde na Amazônia (PPGVIDA) tem 43 vagas abertas para o segundo semestre. As inscrições devem ser feitas nos dias 4 e 5 de julho.
Oferecido pela Fiocruz Amazônia, o curso é composto por quatro disciplinas: Espaço saúde e ambiente na Amazônia; Educação e promoção da saúde; Políticas, sistemas e serviços de saúde; Vetores de importância em saúde pública na Amazônia.
Os candidatos devem se inscrever em apenas uma das seguintes categorias:
A lista dos candidatos selecionados será divulgada no dia 20 de julho de 2018, na Plataforma Siga e no site da Fiocruz Amazônia.
Para saber mais sobre o mestrado e como se inscrever, acesse o edital aqui.
Em alusão ao Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas (26/6), o Campus Virtual Fiocruz destaca o guia educacional Drogas: as histórias que não te contaram, guia para auxiliar pais e professores a abordarem o tema na família e na escola junto a adolescentes e jovens. Com ilustrações, personagens e uma leitura didática, o material, publicado pelo Instituto Igarapé, levanta questões sobre prevenção e proteção contra o uso de drogas.
O guia, de autoria de Ilona Szabó, foi criado para promover a reflexão, o questionamento e o desenvolvimento sócio-emocional na juventude. A ideia é compreender os comportamentos coletivos e individuais na sociedade, a fim de provocar um pensamento crítico sobre o uso das drogas.
Questão de saúde: uso de medicamentos contra dor cresce 465% no Brasil
O lançamnento do guia contou com a participação do pesquisador Francisco Inácio Bastos, do Laboratório de Informação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz). Ele abordou uma questão preocupante em relação ao uso e abuso de drogas: o alto índice de vendas de opiáceos, a partir de prescrições médicas entre 2009 e 2015 no Brasil.
Mas o que são opiáceos?
Opiáceos (ou opióides) são utilizados em especial para combater dores crônicas e debilitantes de pacientes com câncer ou lúpus, também são encontrados diluídos na formulação química de medicamentos como os analgésicos (medicamentos que aliviam a dor), anestésicos (aqueles que reduzem ou eliminam a sensibilidade geral ou local) e até em xaropes para controlar a tosse, podendo ser usados para tratar dores de coluna, enxaqueca, dores nas articulações, dentre outras. O uso constante pode levar à dependência e o abuso desse tipo de drogas, à morte.
Neste sentido, Bastos alertou sobre a disseminação do consumo deste tipo de droga na adolescência. “E é apenas uma fração do problema, que o governo consegue capturar. Nos surpreendemos também com o crescimento no uso de opiáceos e opióides sem prescrição entre os jovens”, relatou.
Um alerta mundial
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje o relatório internacional World Drug Report, que apontou a propagação do uso dos opiáceos em todo o mundo. Os dados são alarmantes: com uma produção de aproximadamente 87 toneladas em 2016, a substância é a grande responsável por 76% das mortes em transtornos por uso de drogas. Por isso é cada vez mais importante refletir e difundir o tema.
Por Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz)
* Com informações do Icict/Fiocruz
Já está disponível o edital do Mestrado Profissional do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz): o curso em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. A chamada é para o ano de 2019 e as inscrições começam no próximo dia 2 de julho.
O objetivo deste mestrado é formar recursos humanos em ciência e tecnologia, qualificando os alunos nas áreas envolvidas no processo industrial farmacêutico — que vão da concepção à produção de medicamentos, passando pelas diversas áreas de gestão relacionadas à produção.
Os candidatos devem ser graduados em cursos superiores econhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e de áreas relacionadas às duas linhas de pesquisa do mestrado:
Para mais informações sobre o curso, clique aqui.
Foram prorrogadas, até 22 de junho, as inscrições para o mestrado acadêmico em ensino em biociências e saúde, oferecido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A chamada pública, que visa promover a aproximação das culturas acadêmico-científicas, escolares e populares, irá selecionar candidatos graduados que atuam como professores e profissionais do ensino ou dos serviços de saúde, ciência e tecnologia.
Para participar, os interessados devem atuar no ensino formal ou não formal em biociências e saúde e seguir as seguintes linhas de pesquisas: ensino e aprendizagem em biociências e saúde; ciências sociais e humanas aplicadas ao ensino em biociências e saúde; divulgação; popularização e jornalismo científico e ciência e arte.
Acesse aqui mais informações sobre o mestrado e o edital da seleção.
Juntar pessoas interessadas, com backgrounds diferentes, para colaborar no desenvolvimento de projetos criativos e inovadores. Este foi o principal objetivo do Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde, segundo a consultora do Instituto D’Or na área, Catarina Chagas. Ela coordenou a maratona, realizada nos dias 4 e 5 de junho, junto com Luisa Massarani, assessora a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz). A Tenda da Ciência na Fiocruz foi o palco do evento que — além de estimular o desenvolvimento de projetos — promoveu diálogos e trocas de experiências entre diversos atores desta cena.
Durante a abertura, Massarani, que coordena o INCT Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, comentou a importância das iniciativas neste sentido, no atual cenário de crise. “Neste momento, fazer divulgação científica no Brasil é uma questão de sobrevivência”, afirmou, referindo-se aos recentes cortes na ciência e na saúde. Ela lembrou ainda sobre os investimentos que a Fiocruz tem feito na área: “Na semana passada, por exemplo, 12 projetos de divulgação foram aprovados no nosso Edital de Divulgação Científica".
Reflexões e provocações
Em seguida, foi a vez de reunir uma turma de peso: o físico e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira; o neurocientista do Instituto D’Or e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Stevens Rehen; e a jornalista do Museu da Vida/Fiocruz, Carla Almeida. Eles participaram da roda de conversa “Reflexões e provocações sobre a prática da divulgação científica”, trocando ideias com o público sobre fazer, divulgar e possibilitar o acesso à ciência. A atividade foi mediada pela jornalista Fernanda Marques, que é assessora de comunicação com passagem por diversos veículos e áreas da Fiocruz.
Ildeu contou que desde criança queria ser um divulgador: “Fiquei fascinado pela ideia de, além de fazer ciência, contar às pessoas como fazer”. Ao longo de sua fala, o presidente da SBPC destacou o caráter político da divulgação científica, que gera benefícios para toda a sociedade, e comparou a realidade nacional à internacional. “No Brasil, portas estão se fechando para nós. Em países mais desenvolvidos, a prática da ciência está muito mais inserida na cultura do que aqui”. Segundo ele, apesar do crescimento de espaços e museus de ciência em cidades brasileiras, ainda é preciso inovar e gerar novas soluções para se fazer divulgação. “As pessoas devem poder ter a sensação do que é ciência. Não é preciso um doutorado no exterior para isso”, convocou.
Já o neurocientista Stevens Rehen disse que é um cientista que gosta de ir além da produção de artigos. “Aprendemos a contar histórias da melhor maneira... E o que são artigos científicos, se não histórias?”. Questionado pela mediadora sobre como os pesquisadores se beneficiam ao se engajarem na divulgação do próprio trabalho, respondeu que são muitos como, por exemplo, ampliar a rede de contatos e atrair mais financiamento.
A divulgação científica é fascinante por ser plural, acredita a jornalista Carla Almeida, que também fez parte da roda. Para ela, qualquer tentativa de estreitar os laços entre ciência e sociedade faz parte desta atividade. “Está longe de haver um consenso, entre estudiosos, sobre o que é divulgação da ciência. Melhor do que tentar definir é, talvez, pensar maneiras novas e eficientes de se fazer”, disse.
Relatos de experiências
E foi desta forma que a maratona seguiu, apresentando diversas práticas de divulgação científica, durante a atividade “Divulgação científica fora da caixa: relatos de experiências”. Os convidados abordaram como humor, arte, dança, design, itinerâncias, jogos, infográficos e a comunicação através do contato direto com o público e também pelas mídias sociais potencializam a aproximação do público e a difusão do conhecimento científico.
Jéssica Norberto, da Fundação Cecierj, contou como os museus itinerantes de ciência são importantes, principalmente para populações carentes. “Quem vai às ruas sabe como é único ver quem não pode chegar a espaços científico-culturais ter contato com a ciência”.
Quem também falou sobre o papel educativo do trabalho foi o coordenador do Polo de Jogos e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz), Marcelo de Vasconcellos. Ele enumerou os elementos necessários a um bom jogo: conteúdo de qualidade, um bom visual, além de uma dinâmica que faça pos participantes interagirem de fato. “É a mágica do jogo”, disse, destacando a contribuição dos games para a educação de crianças, jovens e adultos.
Ouro para a ciência: projetos de rap e carona com pesquisadores vencem a maratona
Além dessa rica troca entre os convidados, participantes da maratona e público em geral, o Hackaton premiou dois dos 30 projetos criativos e inovadores em divulgação científica selecionados para a maratona. Os venecedores — "Rap e ciência" e "Carona com ciência" —conquistaram apoio financeiro.
O primeiro usa a linguagem do rap para divulgar temas científicos. A jornalista Renata Fontanetto, representante do grupo, comentou a importância do evento. “É uma iniciativa louvável! Reúne gente que acredita, que quer fazer diferente: é quase como uma célula de resistência, num cenário de profundos cortes para a ciência nacional”.
O cientista Leandro Lobo também ressaltou as contribuições da maratona para seu grupo, premiado pelo projeto "Carona com Ciência". “Foi uma oportunidade incrível, foi essencial conhecer outras experiências, o que acabou mudando para melhor a ideia inicial”, contou. O grupo propôs a criação de um novo canal de vídeos, que entrevista cientistas com o objetivo de levar seus conhecimentos para o grande público, de uma forma mais pessoal e descontraída. Uma prova de que o Hackaton fez com que seus participantes embarcassem numa viagem muito criativa pelo campo da divulgação científica.
Por Valentina Leite e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
O Conselho Deliberativo da Fiocruz (CD Fiocruz), em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (28/5), avaliou as consequências da paralisação dos caminhoneiros e definiu como será o expediente nos dias 29 e 30/5. Retificando a nota divulgada anteriormente, serão mantidas não apenas as atividades essenciais de produção e de assistência e aquelas necessárias a dar suporte a essas atividades nos campi do Rio de Janeiro, mas também as atividades consideradas prioritárias pelas direções das unidades e demais setores da Fundação.
Tendo em vista que a paralisação não afeta igualmente todos os estados, as unidades regionais deverão acompanhar a situação local e definir seus próprios mecanismos de funcionamento. O gerenciamento das medidas de contingência está sendo feito pelo Grupo de Trabalho de Gestão de Emergências, criado esta manhã pela Presidência. As direções das unidades da Fundação e demais setores deverão interagir com o GT para ciência e viabilização das atividades essenciais e prioritárias que serão realizadas nestes dois dias.
O grupo será coordenado pelo vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira, e será composto por integrantes do Gabinete, das coordenações-gerais de Gestão de Pessoas (Cogepe), Administração (Cogead) e de Infraestrutura dos Campi (Cogic) e pela Coordenação de Comunicação Social (CCS).
Fonte: CCS/Fiocruz