Entre os dias 12 e 14 de agosto, pesquisadores, estudantes e representantes de agências de fomento debatem os potenciais e desafios da interdisciplinaridade em pesquisa. O encontro será durante a 3ª Jornada do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), que celebra 10 anos neste segundo semestre de 2019.
Este é o único programa de pós-graduação do país construído na interseção entre o campo da comunicação, o da informação e o da saúde pública. Um espaço que pensa o ensino e a pesquisa tendo como norte os princípios do Sistema Único de Saúde, o SUS: equidade, universalidade e integralidade. Um pólo que já formou mais de 100 mestres e 50 doutores, profissionais e pesquisadores que elaboraram investigações com ao menos um aspecto em comum: a premissa de que o direito à comunicação e à informação é inerente ao direito à saúde. O programa é oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e avaliado com nota 5 pela Capes.
O coordenador Wilson Borges comenta que a interdisciplinaridade permite lançar um olhar multidimensional sobre vários fenômenos de nossos tempos: "As pesquisas desenvolvidas pelo PPGICS aliam objetos e conceitos de diferentes áreas para investigar, de forma mais complexa, temas tão desafiadores quanto as fake news, a cobertura jornalística de epidemias atuais ou sistemas de informação em prol da ciência aberta, apenas para citar alguns exemplos”.
Ao mesmo tempo em que a interdisciplinaridade confere vigor às investigações, também traz desafios, na prática. Por isso, o Icict convidou pesquisadores, ex-alunos e representantes de agências de fomento para apresentarem suas experiências para debater estas questões na 3ª Jornada do PPGICS. O evento tem, ainda, o papel de chamar atenção para o quanto ainda há inúmeros desafios nas áreas que abarca. Afinal, o próprio campo da comunicação e da informação é, hoje, um grande desafio para toda a sociedade. É o que afirma Christovam Barcellos, vice-diretor de Pesquisa do Icict. "Houve uma profunda mudança na maneira com que as pessoas se informam e transmitem informação. As redes de comunicação interpessoal e social dominam hoje grande parte dos fluxos de informação no mundo. Perdeu-se uma certa centralidade que tinham os veículos de comunicação de massa no passado".
O pesquisador aponta como são contundentes as consequências disso para a saúde coletiva. "Nestas redes circulam mensagens que esclarecem sobre riscos à saúde, que apoiam pessoas com problemas de saúde, que indicam encaminhamentos no sistema de saúde, mas também que espalham mentiras ou exageram situações reais. Nosso trabalho como pesquisadores e professores ganhou novas perguntas. O ciclo de produção-circulação-consumo de informação foi alterado, com a incorporação de novos atores e novos instrumentos de difusão e interação".
3ª Jornada do PPGICS: confira a programação, inscreva-se e participe!
Data: 12/8 a 14/8
Locais: Prédio da Expansão e Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus central da Fiocruz.
Acesse a programação completa
Inscrições: eventos.icict.fiocruz.br
Saiba mais sobre o seminário “Acolhimento à mesa: comensalidade e produção social de saúde entre refugiados”
Até 12 de agosto, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) recebe inscrições de candidatos ao Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (2020/2022). O objetivo é promover o desenvolvimento de atributos à equipe multiprofissional de saúde, para os seguintes profissionais: enfermeiro, cirurgião dentista, farmacêutico, educador físico, assistente social, nutricionista e psicólogo. Ao todo, são 28 vagas, distribuídas por categoria profissional.
A residência
O programa tem foco no ensino em serviço, e é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ), a Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita (SEMUS) e o Núcleo do Estado do Rio de Janeiro do Ministério da Saúde (Nerj/MS). A formação é realizada sob supervisão de preceptores (docentes e pesquisadores). Eles acompanham as atividades desenvolvidas junto a equipes de saúde da família, Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB), Clínicas da Saúde da Família e a SMS/RJ.
Oferecido na modalidade presencial, com a maior parte das atividades na Ensp/Fiocruz, o programa tem carga horária total de 60 horas semanais, com dedicação exclusiva.
Acesse o edital, saiba mais e inscreva-se através do Campus Virtual Fiocruz.
Até o dia 30 de julho, profissionais do direito, da saúde e demais interessados podem se inscrever no curso de atualização A Saúde Como Direito e o Direito à Saúde, do Programa de Direito Sanitário da Fiocruz Brasília (Prodisa), que será realizado na Escola Fiocruz de Governo (EFG) entre julho e dezembro deste ano.
A atualização tem como objetivo promover o debate sobre temas contemporâneos do direito sanitário. Além de possibilitar aos profissionais do direito e da saúde a atualização sobre os temas, o curso busca relacionar outras temáticasda área com as práticas profissionais e desenvolver expertises para o Sistema Único de Saúde (SUS).
O curso é gratuito e possui 30 horas/aula. Foi organizado em um módulo único, composto de 20 encontros presenciais (com 1h30 de duração cada). As aulas serão realizadas entre os dias 30 de julho e 5 de dezembro de 2019, das 18h30 às 20h, no campus da Fiocruz Brasília.
Os interessados poderão se inscrever em cada uma das atividades separadamente, nos links abaixo disponíveis no Campus Virtual Fiocruz. Para a primeira semana do curso, estão confirmados os seguintes temas:
• Dia 30/7 – O limitado impacto internacional da ciência do Brasil - inscreva-se aqui.
• Dia 1/8 – Política e Saúde: a produção legislativa brasileira - inscreva-se aqui.
Até 5 de agosto ficam abertas as inscrições abertas para a 6ª Mostra VideoSaúde, que apresenta produções do audiovisual dedicadas exclusivamente a temas de saúde. Nessa edição, a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, que está à frente da iniciativa, traz uma novidade: a mostra acontecerá pela primeira vez na internet. A exibição será online, na mostra que ficará disponível no Portal Fiocruz.
A chamada está aberta a realizadores independentes, coletivos, movimentos sociais, empresas, escolas, sindicatos, associações, organizações não governamentais e demais instituições públicas ou privadas que tenham obras audiovisuais relacionadas ao tema. Podem concorrer filmes de qualquer formato (curta, média ou longa-metragem), que tenham sido produzidos nos últimos dez anos. O objetivo da iniciativa é conhecer a produção audiovisual relacionada a temas de saúde e selecionar obras para integrar seu acervo.
Como se inscrever
As inscrições para a 6ª Mostra VideoSaúde podem ser feitas pela internet, presencialmente e pelos Correios, de acordo com as necessidades do proponente. Pela Internet, o interessado deverá preencher a ficha de inscrição online e enviar as informações necessárias sobre a obra inscrita, bem como os links para acesso à obra.
Para inscrição presencial ou via Correios, serão aceitos suportes digitais como DVD, pendrive ou HD externo, com os arquivos em integridade para exibição online. As obras devem ter sido finalizadas a partir de 2009 e não podem ter sido exibidas na edição anterior da mostra (2008). Ao se se inscreverem, os participantes autorizam, no ato da inscrição, o termo de cessão ao acrevo da Fundação Oswaldo Cruz, em consonância com as diretrizes da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz.
Prêmios
Serão selecionados audiovisuais de acordo com critérios definidos pela chamada. Um júri técnico e um júri popular, formado pelo público, decidirá quem serão os premiados.
Os filmes e vídeos participantes da mostra concorrem aos seguintes prêmios: Melhor Longa - R$ 15.000,00 (quinze mil reais); Melhor Média - R$ 10.000,00 (dez mil reais); Melhor Curta - R$ 8.000,00 (oito mil reais); Prêmio Especial do Júri - R$ 5.000,00 (cinco mil reais); e Prêmio Júri Popular - R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O júri também poderá conceder até três menções honrosas a obras destacadas durante a mostra. Os filmes e vídeos selecionados para a mostra serão incorporados ao catálogo e podem fazer parte de ações de divulgação e difusão da distribuidora.
A cerimônia de premiação da 6ª Mostra VideoSaúde está prevista para acontecer em outubro de 2019, no Rio de Janeiro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Todas as informações sobre a chamada pública, conteúdos exclusivos da VideoSaúde, além de materiais de divulgação e o formulário de inscrição encontram-se disponíveis aqui. Dúvidas e outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail inscricoesvimostravsd@icict.fiocruz.br ou telefones: (21) 3882-9101/9111/9209 e tel/fax: (21) 2290-4745.
Comunicação em saúde
As mostras VideoSaúde, realizadas desde 1992, são atividades estratégicas de comunicação no campo audiovisual. O objetivo é ampliar a circulação de produções e debates sociais sobre temas, conflitos, histórias e desafios da saúde pública e da ciência – elementos fundamentais para a consolidação da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) como direitos constitucionais de toda a população brasileira.
Saúde em todas as regiões do país e com fortalecimento da rede pública nos municípios. Um bom exemplo destas iniciativas vem da Fiocruz Amazônia: durante o VII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (Cosems-AM), no dia 28 de maio, foram selados acordos de cooperação para o desenvolvimento do Projeto Qualifica SUS. O programa visa qualificar mais de cinco mil trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
"Nós pretendemos contribuir para o aprimoramento do desempenho profissional dos trabalhadores, para que atuem em conformidade com as políticas e diretrizes de saúde, de forma integrada, articulando o ensino com a aplicação prática do conhecimento em suas funções”, explicou o diretor da Fiocruz Amazônia Sérgio Luz.
Serão oferecidos cursos de atualização, especialização e mestrado em todos os 61 municípios, além da capital Manaus (AM).
Todos os cursos estarão disponíveis para trabalhadores do SUS, que serão capacitados sob um modelo pedagógico pautado na integração ensino-serviço, diante da realidade de cada localidade e respeitando o conhecimento e a experiência dos alunos.
O presidente do Cosems-AM, Januário da Cunha Neto, comentou os benefícios da cooperação. “Esse é um sonho que temos há mais de 10 anos, em que os municípios possam ter maior acesso aos programas de capacitação. Esse projeto foi construído com base nas necessidades do sistema e, sobretudo com o apoio da Fiocruz Amazônia que é sempre muito sensível às nossas dificuldades”.
Para Lizandra Farias, secretária municipal de saúde do município de Boa Vista do Ramos (AM), o programa possibilitará a qualificação dos profissionais e a melhoria na qualidade dos serviços de saúde prestados. “Essa iniciativa vai ser muito importante para o município, pois os nossos profissionais poderão se qualificar, sem ter que ir até a capital. Assim, poderemos oferecer mais qualidade em saúde para a população".
Saiba mais sobre os cursos oferecidos pela Fiocruz Amazônia aqui.
Vem aí o segundo Hackathon em Saúde, promovido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) para criar inovações tecnológicas em prol do Sistema Único de Saúde. O evento acontece nos dias 19 e 20 de outubro e traz novidades nessa edição. A primeira delas é uma chamada aberta à comunidade Fiocruz para selecionar os temas dos desafios que guiarão a maratona de desenvolvimento tecnológico, com inscrições até 7 de junho.
“Nessa edição, visamos dar continuidade aos esforços do Icict em contribuir para o desenvolvimento tecnológico em informação e comunicação no âmbito do SUS”, explica Ricardo Dantas, coordenador do Centro de Estudos do Icict e do Comitê Executivo do Hackathon 2019. “A chamada envolve mapear as necessidades por soluções tecnológicas para problemas identificados e abordados pelas diversas unidades da Fiocruz no campo da saúde, possibilitando depois o desenvolvimento de protótipos de aplicativos”, complementa.
Após a finalização da chamada, os problemas serão desafiados durante uma maratona de dois dias, aberta à participação de estudantes ou profissionais de áreas como a de desenvolvimento, design, comunicação, informação, dentre outras, em busca de soluções que possam aperfeiçoar ou solucionar questões vividas no cotidiano do Sistema Único de Saúde e suas políticas públicas. Por isso, nessa edição, após a finalização do evento, o Icict oferecerá suporte ao desdobramento dos protótipos, para que se tornem aplicativos à disposição da sociedade.
“O evento prevê o suporte ao desenvolvimento dos protótipos em aplicativos que possam ser disponibilizados, por meio de espaço físico, bolsas e apoio de secretaria. Também haverá oficinas sobre o uso de diversas tecnologias para jovens das comunidades do entorno da Fiocruz”, detalha Dantas.
Para Paulo Abílio Varella Lisboa, vice-coordenador do Centro de Estudos e membro do comitê organizador do Hackathon em Saúde desde sua primeira edição, isso torna o evento mais inovador. “É um incentivo ao desenvolvimento dos projetos vencedores. As soluções abrangem não somente apps, mas também sistemas web de forma geral”, acrescenta.
Chamada aberta à Fiocruz
Para a primeira etapa do Hackathon em Saúde, a comunidade Fiocruz está sendo chamada a participar através da proposição de desafios, assim como para participar das atividades que farão parte do evento. “A chamada foi pensada no sentido de democratizar a seleção dos desafios a serem considerados, visando valorizar a diversidade temática, assim como a distribuição da instituição em todo o território nacional”, aponta o coordenador do Comitê Executivo.
As propostas podem ser destinadas tanto a soluções baseadas em computadores quanto para dispositivos móveis e devem atender aos três princípios fundamentais do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade, considerando inovações socioculturais e relacionando-os à informação e comunicação no campo da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, que constitui uma das missões do Icict.
A chamada é aberta a todas as unidades e escritórios da Fundação Oswaldo Cruz, da qual podem participar servidores, terceirizados e bolsistas, desde que haja anuência da chefia do seu setor sobre a participação e o acompanhamento do desenvolvimento do aplicativo, caso este seja selecionado para o desafio e premiado no Hackathon.
Os interessados em apresentar propostas de desafios devem se cadastrar no site do Hackathon e preencher um formulário descrevendo o principal problema a ser solucionado e aspectos relevantes para sua resolução. O prazo para envio é até 7 de junho pelo site do Hackathon.
Concebido como uma maratona de programação para soluções no campo da saúde pública, o Hackathon em Saúde foi realizado pela primeira vez na Fiocruz em 2016, reunindo programadores, designers, além de estudantes e profissionais de outras áreas como comunicação e informação.
O evento gerou protótipos de aplicativos móveis para seis iniciativas institucionais: Rede Global de Bancos de Leite Humano; Monitoramento e controle de vetores; Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e primeira infância; Circuito Saudável; Acesso Aberto e Museu da Vida, reunindo sessenta participantes, divididos em 13 equipes.
“O Hackathon tem uma grande importância para nós, para a Fiocruz, e para todo o SUS, pois tem a magia de conseguir vislumbrar soluções a problemas que às vezes fazem parte do dia a dia do SUS, das políticas públicas da área da saúde”, destaca Rodrigo Murtinho, diretor do Icict. Ele ressalta que a participação do público jovem contribui com novos olhares para essas questões. “Eles estão sempre aliando inovação e criatividade, trazendo elementos novos e uma capacidade de pensar a tecnologia aliada ao cotidiano”, completa.
Inscrições: 8/5 a 7/6.
Regulamento e envio de propostas: hackathon.icict.fiocruz.br.
Na última semana (4/4), o Instituto Nacional de Saúde de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) promoveu o evento Construir a intersetorialidade para promover a saúde: o que existe e o que podemos fazer para melhor atender às crianças e famílias afetadas pelo zika. A proposta foi trocar conhecimentos sobre o tema, a fim de promover ações intersetoriais de atenção das crianças com condições crônicas de saúde, com ênfase na Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ).
Três anos após a epidemia, os usuários e suas famílias continuam a lutar por acesso à saúde numa concepção integral. Entre suas diversas necessidades, destacam-se: serviços de reabilitação, medicamentos anticonvulsivantes, cadeira de rodas, suplementos nutricionais, entre outros, assim como o acesso aos direitos sociais de modo geral.
Segundo a organizadora do evento e assistente social do IFF/Fiocruz, Alessandra Gomes Mendes, o adoecimento crônico na infância incide de forma dramática no orçamento das famílias. Assim, um dos familiares — quase sempre a mãe — tem que deixar o mercado de trabalho para prover os cuidados necessários, o que também inclui peregrinar em busca de serviços e direitos. “Essa mulher acaba por perder direitos trabalhistas e previdenciários e muitas dessas famílias não conseguem sequer se inserir no Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto pela Lei Orgânica de Assistência Social, de 1993, dados os critérios restritivos de renda previstos pelo benefício”, afirma. Neste sentido, Alessandra ressalta também a urgência de discutir as relações entre gênero e cuidado, uma vez que é a mulher, na maioria dos casos, a responsável pela criança com condição crônica.
O objetivo do evento foi aproximar pessoas e promover o diálogo, visando construir a atenção a essas crianças no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa contou com a participação de representantes de Secretarias Estaduais de Saúde, Assistência Social e Educação, Ministério Público, associações de mães e pesquisadores.
Curso livre e gratuito
Entre as várias ações da Fiocruz para ampliar a atenção a crianças em condições crônicas, está disponível o curso Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e Storch.
Gratuito, livre e à distância, o curso pode ser acessado até o dia 19 de setembro. A formação visa qualificar profissionais de saúde que atuam em atenção primária ou Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que estejam aptos a apoiar crianças com alterações motoras relacionadas às infecções virais Zika e Storch.
Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, de Atenção a Saúde e de Vigilância em Saúde, em parceria com a Fiocruz Pernambuco, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o IFF/Fiocruz e o Campus Virtual Fiocruz.
Inscreva-se já através deste link.
Tem novidade para a educação em saúde! Já está disponível o curso gratuito Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e Storch. A oferta é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, de Atenção a Saúde e de Vigilância em Saúde, em parceria com a Fiocruz Pernambuco, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Campus Virtual Fiocruz.
O objetivo é qualificar profissionais de saúde atuantes em atenção primária ou Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que estejam aptos a proceder no apoio a crianças que tenham alterações motoras relacionadas a ambas as infecções virais.
Adriana Coser, assessora da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz), explica a importância da iniciativa. “O curso surgiu de uma demanda social muito particular, para formar trabalhadores da saúde de uma forma moderna e eficaz”, conta Adriana. “Foi concebido a partir da experiência prática de assistência e pesquisa que a Fiocruz vem acumulando ao longo dos anos, com as diretrizes clínicas propostas pelo Ministério da Saúde”.
De acordo com a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, o desenvolvimento do curso reforça não só a estratégia de criar ações em Educação à Distância (EAD), mas também as parcerias entre unidades. “A parceria com a equipe da Fiocruz Pernambuco foi fundamental para obtermos bons resultados, pela experiência que eles têm em projetos de EAD”, comenta.
Já para Miriam Ribeiro, do IFF/Fiocruz, a oferta é animadora pois permite a disseminação de um conhecimento tão importante em larga escala, para um grande público. “O envolvimento do IFF permite um maior alcance de profissionais de saúde em todo o Brasil, já que mobiliza uma equipe de especialistas na área do desenvolvimento infantil. Apoiamos ações integradas e articuladas para pesquisa, ensino e assistência, com um olhar voltado para a atenção integral à saúde”, opina Miriam.
Por dentro da atenção integral
Você sabia? O desenvolvimento integral de uma criança é decorrente da junção de vários elementos, como aspectos biológicos, estímulos do ambiente e outros fatores adversos – estes últimos podem influenciar negativamente no processo de desenvolvimento e, dessa forma, gerar deficiências motoras.
As infecções pelo vírus da Zika e Storch podem ser um desses determinantes. Aí está a importância de qualificar profissionais em atenção integral: são eles os responsáveis por cuidar da melhor forma de pacientes nessas condições. Médicos e enfermeiros são o principal público-alvo do curso.
O curso tem carga horária de 30 horas, todas na modalidade à distância. Estão divididas em quatro unidades didáticas, que abordam o contexto epidemiológico do Zika e Storch; o desenvolvimento infantil em uma perspectiva do cuidado ampliado em saúde na ESF; Avaliação neuropsicomotora na ESF; e estratégias de orientação e seguimento na perspectiva da ESF.
Os participantes têm acesso a recursos educacionais como vídeos com especialistas, games, textos de apoio e outros, tudo em EAD.
A oferta fica disponível no site da UNA-SUS até o dia 19 de setembro de 2019.
Inscreva-se já, através do link!
Até dia 28 de fevereiro* é possível se inscrever no curso de atualização profissional em Gestão Participativa em Saúde, promovido em parceria pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz.
O curso propõe o debate e reflexão sobre os limites e possibilidades da gestão participativa em saúde, em uma leitura contextualizada da recente história política brasileira e das disputas na esfera pública em torno das políticas sociais, com foco nas políticas e ações em saúde. Terá duração de 49 horas/aula e serão oferecidas 30 vagas.
A formação é destinada a lideranças sociais, residentes ou atuantes em territórios vulnerabilizados, como favelas e periferias, e profissionais de saúde, com centralidade sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), o curso também inclui a perspectiva da territorialização de políticas públicas – quando essas políticas são pensadas a partir da realidade local – como estratégica para a saúde pública.
Caso o número de interessados aptos ultrapasse o número de vagas, será realizada uma avaliação de informações contidas nas fichas e currículos dos candidatos, seguida de entrevistas com caráter eliminatório. A certificação será emitida pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. O resultado será divulgado no dia 11 de março no Portal Fiocruz e no site da EPSJV.
As aulas se iniciam 14 de março a 09 de maio de 2019, e ocorrerão sempre às terças e quintas-feiras, das 18 às 21 horas, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no campus Manguinhos da Fiocruz. O curso é gratuito.
Para mais informações, entre em contato pelo telefone (21) 3865-9865/9801 ou pelo e-mail secesc.epsjv@fiocruz.br. Inscreva-se já, aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!
*Inscrições prorrogadas! Atualizado em 25/2/2019.
Pouco mais de três anos depois da chamada Tragédia da Mineração, como ficou conhecido o crime gerado pela onda avermelhada de rejeito de minério que irrompeu da barragem da Samarco Mineração, em Mariana (MG), matando pessoas e destruindo o meio ambiente, o Brasil se viu novamente aturdido, triste e revoltado com outro desastre provocado por uma mineradora. A barragem de rejeitos classificada como de "baixo risco" e "alto potencial de danos" que a Vale do Rio Doce mantinha no Ribeirão Ferro-Carvão, na cidade de Brumadinho, a 65 km de Belo Horizonte, rompeu e provocou o maior acidente de trabalho da história do país, com mais de 150 mortos e 200 desaparecidos. Diante de catástrofes que se repetem, sem que os governos tomem as providências necessárias para que não mais ocorram, e num cenário em que as empresas são pouco (ou nada) responsabilizadas pelos crimes que cometem, pesquisadores vêm novamente relatar que haviam flagrantes indícios de que calamidades como esta de Brumadinho eram plenamente previsíveis. E não foi por falta de alerta e de estudos que foram evitadas.
A Fiocruz, por exemplo, empenhada em cumprir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, que contém o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promoveu nos últimos anos, em sua sede no Rio de Janeiro e em suas unidades em outros estados, eventos científicos e organizou documentos que mostram, com riqueza de dados e argumentos, o quanto é danosa a atividade mineradora e o quão pouco é rigorosa e devidamente regulada. O poder público brasileiro, no entanto, reage (quando reage) apenas depois dos desastres anunciados. Triste sina de um país que não cobra, não fiscaliza, não pune – sobretudo quando o autor do crime é poderoso.
Os danos que afetam e deverão continuar afetando, nos próximos anos, os municípios do entorno de Brumadinho ainda não são totalmente conhecidos, embora os especialistas prevejam cenários desoladores. O tempo vai revelar a extensão e as consequências dessa nova tragédia humana e ambiental, que vai permanecer gerando problemas graves, para a saúde pública, para o Sistema Único de Saúde (SUS), para o meio ambiente, para as famílias, para as comunidades, nos próximos anos.
Acesse o especial! Lá, você encontra as últimas notícias, entrevistas, artigos de opinião de pesquisadores e outras informações sobre ações da Fiocruz sobre o tema.
O Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Cepedes/Ensp/Fiocruz) lançou, recentemente, o Guia de preparação e respostas do setor saúde aos desastres, um documento elaborado em três etapas, desenvolvidas entre 2015 e 2017, com informações e conceitos que ajudam a compreender o que é importante saber para reduzir os riscos de desastres. A publicação inclui dados sobre os relatórios de segurança de barragens, os mapas de distribuição e a classificação de risco.
Segundo o coordenador do Cepedes, Carlos Machado de Freitas, o manual foi elaborado de forma colaborativa, com o objetivo de subsidiar o Sistema Único de Saúde (SUS) na desafiadora tarefa de desenvolver planos de preparação e resposta para emergência em saúde pública por desastres. Para mais informações sobre a publicação, leia a notícia completa no site da Ensp.
Em entrevista exclusiva para o Campus Virtual Fiocruz, Carlos Machado, historiador e coordenador do Centro de Estudos para Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz), explica os impactos da tragédia na barragem de Brumadinho no âmbito da saúde. Leia mais.