O aluno como sujeito de aprendizagem e a articulação entre ensino e serviço são alicerces do mestrado profissional em Saúde da Família (Profsaúde), programa que está em sua terceira edição e já formou 170 mestres em todo o país. Ao longo do último ano, o Profsaúde lançou inúmeras publicações como fruto de experiências no território e de pesquisas de docentes, discentes e egressos. Os materiais, disponíveis online e em acesso aberto, trazem um amplo conjunto de questões relacionadas à Atenção Primária, incluindo a Covid-19.
O Profsaúde é uma iniciativa em rede nacional com foco na formação de docentes e preceptores para a área da Saúde da Família e para o Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma estratégia importante de qualificação dos processos vinculados à Atenção Primária em consonância com o fortalecimento do SUS. A Rede é composta de 22 Instituições de Ensino Superior, presentes nas cinco regiões geopolíticas do país.
Experiência, inquietações e a busca por soluções de problemas reais
A coordenadora executiva nacional do Profsaúde, Carla Pacheco Teixeira, que é assessora da Coordenação-geral de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic), apontou que, mesmo diante de um cenário epidemiológico desafiador apresentado no ano de 2020 devido à pandemia, a rede Profsaúde empreendeu um grande esforço coletivo para apresentar trabalhos desenvolvidos no âmbito dessa iniciativa.
“Acreditamos na potência da rede de produzir e compartilhar conhecimento para SUS, além de seu papel na formação profissional. As produções do Profsaúde espelham a articulação entre ensino e serviço, especialmente pelo empenho contínuo dos profissionais em propor respostas reais a problemas concretos”, comentou Carla, citando ainda os esforços engendrados para a manutenção e ampliação da Rede, bem como a previsão de lançamento de outras publicações em 2021. “Desejamos que a leitura do material inspire novos caminhos e perspectivas para a Saúde e Educação no nosso país”, completou.
Corroborando com esses aspectos, a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz (CGE/Vpeic) e coordenadora acadêmica nacional do Profsaúde, Cristina Guilam, exaltou o fato de o Programa ser a primeira iniciativa de stricto sensu à distância na área da saúde coletiva, além de destacar o viés da pesquisa, intensificado no último ano, configurando-o como um grupo de pesquisa nacional. "Já titulamos uma turma de mestres composta de médicos, a segunda está em andamento, e a terceira tem caráter multiprofissional. Em geral, o aluno já atua na rede básica e contribui fortemente para o curso com sua experiência, suas inquietações e a busca por soluções de problemas efetivos”, disse ela.
Confira as publicações do Profsaúde
E-book Covid-19 e Atenção Primária: as experiências nos territórios (Rede Profsaúde)
A publicação é um compilado dos trabalhos apresentados durante as Sessões Temáticas promovidas pelo Programa – um espaço que se propõe a ser uma oportunidade para os mestrandos compartilharem suas experiências nos territórios com foco no enfrentamento da Covid-19 e também os seus conhecimentos acerca do tema. A obra foi organizada a partir de Sessões Temáticas que abordaram temas como: Covid-19 e a Atenção Primária à Saúde: contexto epidemiológico e as experiências do Profsaúde nos territórios; Atenção domiciliar e Covid-19; Covid-19 e arranjos para garantir a saúde do trabalhador; e Uso da telemedicina na APS no enfrentamento da Covid-19. Com o e-book, seus organizadores esperam, além de disseminar as diversas experiências, que suas potencialidades sejam projetadas e desejadas em distintas realidades dos profissionais da atenção básica.
Interface – Comunicação, Saúde, Educação (volume 24, suplemento 1, de 2020)
O volume 24, suplemento 1, de 2020 da revista Interface – Comunicação, Saúde, Educação é voltado para a divulgação de trabalhos produzidos no âmbito do Profsaúde. É uma coletânea composta de 21 artigos resultantes de pesquisas originais, revisão da literatura e ensaios, elaborados em colaboração por 73 autores – alunos, docentes, egressos e pesquisadores – oriundos das 5 regiões do país e de mais de 20 diferentes instituições.
O editorial da revista lembra que à época da chamada, julho de 2019, não se tinha ideia das mudanças que o mundo viveria em decorrência da Covid-19. O texto inicial aponta que “a pandemia expôs restrições e limitações da infraestrutura de saúde pública de nosso país e aumentou a consciência da importância do SUS e da Atenção Primária à Saúde para responder às necessidades de cuidado, prevenção e proteção da população, com equidade. Independentemente dos graves significados da pandemia, os temas abordados neste suplemento permanecem atuais e desafiam o cotidiano da APS e da Estratégia Saúde da Família (ESF) em um contexto de redução do financiamento, queda na cobertura vacinal, contaminação dos profissionais de saúde pelo novo coronavírus, dificuldades na educação permanente e na formação de pessoal, e de constante erosão social e econômica”.
Atenção, Educação e Gestão: Produções da Rede Profsaúde
A obra é constituída por trabalhos produzidos no âmbito do Profsaúde e foi desenvolvida em parceria com a Rede Unida. Trata-se de dois manuscritos organizados em três eixos temáticos: Atenção, Educação e Gestão. As publicações visam fortalecer a divulgação do conhecimento produzido pela Rede Profsaúde e contribuir para mudanças nas práticas profissionais e de gestão da Atenção Primária à Saúde no SUS. Com ela, espera-se que a divulgação das experiências de pesquisa e intervenção possam inspirar outros profissionais e pesquisadores comprometidos com a defesa da Atenção Primária à Saúde pública, universal e implicada com os preceitos democráticos do SUS.
Atenção, Educação e Gestão: Produções da Rede Profsaúde (Vol.1)
Atenção, Educação e Gestão: Produções da Rede Profsaúde (Vol.2)
*Imagem: Interface – Comunicação, Saúde, Educação (volume 24, suplemento 1, de 2020)
Com palavras de empatia, Paulo Leminski ilustra a primeira edição de 2021 do projeto Sextas de Poesia com o poema Contranarciso.
O Campus Virtual Fiocruz vem crescendo a cada ano, desde o seu lançamento em 2016. Mas nos últimos tempos, quase 10 meses marcados pela pandemia de Covid-19, o crescimento do CVF pôde ser percebido a cada mês, a cada semana, a cada lançamento de um novo curso... Trabalhamos com muito empenho e celeridade buscando fortalecer a formação em saúde. Foram três cursos produzidos e publicados em caráter de urgência sobre o novo coronavírus – manejo da infecção de Covid-19, saúde no contexto dos povos indígenas e no sistema prisional –, elaborados para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento.
Para 2021, novos cursos já estão em desenvolvimento, um deles é sobre os protocolos e procedimentos para a vacinação, cujo objetivo é atualizar e capacitar equipes no contexto da emergência sanitária. Junte-se aos quase 115 mil alunos inscritos em 2020 e participe das formações oferecidas pela Fiocruz.
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Ciente dessas especificidades e suas necessidades, o Campus Virtual Fiocruz, acaba de lançar o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. A iniciativa vai ao encontro de dois eixos de atuação da Fiocruz para o enfrentamento da pandemia: educação e apoio a populações vulnerabilizadas.
Covid-19 e saúde no sistema prisional
Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Confira outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de coronavírus
Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle
Em tempos de coronavírus e suas milhares de mortes diárias, é difícil pensar em outras doenças. No entanto, o Brasil sofre, continuamente, com a incidência de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes Aegypti: dengue, zika e chikungunya. Além disso, o quadro clínico dessas doenças é muito parecido com o da Covid-19. Portanto, os profissionais precisam estar preparados. O curso de aperfeiçoamento Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle – online e gratuito – é voltado a agentes municipais de endemias, gestores e outros profissionais que trabalham com o controle de vetores.
Planejamento escolar local na transpandemia
A pandemia de Covid-19 vem impactando a vida e a rotina das populações de todo o mundo, e a área da educação é uma das grandes afetadas. Para tanto, a Fiocruz, juntamente com outros parceiros, lançou o curso “Planejamento escolar local na transpandemia”. A formação busca apoiar gestores e comunidades escolares a realizar o enfrentamento dessa situação e construir um planejamento local para tomadas de decisão, bem como para a reorganização do planejamento das escolas no período trans e pós-pandemia, fortalecendo o debate sobre os princípios norteadores dessa tarefa e qualificando seu protagonismo nas necessárias transformações da escola no contexto atual. Essa é uma formação online e gratuita voltada a gestores de redes e escolas.
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19
Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doenças que variam desde o resfriado comum até doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Um novo coronavírus (Covid-19) foi identificado em 2019 em Wuhan, China. O objetivo deste curso é apresentar uma introdução geral sobre a Covid-19 e outros vírus respiratórios emergentes.
Educação remota para docentes e profissionais da educação
"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados. Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si. Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.
Saiba mais sobre novos cursos que serão lançados em 2021:
Vacinação: Protocolos e procedimentos
Seu objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. O curso está dividido em quatro módulos: História e produção de vacinas e as vacinas Covid-19; Produção, transporte, conservação e armazenamento; Sala de Vacina Covid-19: organização e procedimentos; e Vacina e vigilância: questões clínicas e sistemas de registros.
Introdução ao SUS (nome preliminar)
O curso visa apresentar as bases de criação do Sistema Único de Saúde, bem como tratar de suas questões estruturais e a forma de organização da atenção à saúde em seus diferentes níveis e também das vigilâncias em saúde. Ele será aberto a todos os interessados no tema. A formação é dividida em três módulos: Movimento sanitário, criação e configuração do SUS; Condições estruturais para o desenvolvimento do SUS; e Organização da atenção e das vigilâncias em saúde
História da Saúde Pública no Brasil
O curso visa contribuir para a formação de profissionais e estudiosos da saúde pública críticos e reflexivos, cientes dos desafios relativos à formulação e implantação de políticas setoriais e das diferentes questões concernentes às práticas profissionais do campo. Inicialmente, ele será voltado a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. Durante o curso serão discutidas as formas como, em diferentes contextos, a assistência à saúde foi organizada; o modo como se enfrentou epidemias e se organizou serviços de saúde.
Está no ar o livro “Experiências exitosas da Rede UNA-SUS: 10 Anos”. A obra digital traz relatos de diversas transformações por meio das ações disponibilizadas pela Universidade Aberta do SUS. Segundo seu prefácio, "os artigos demonstram que o avanço começa na formação acadêmica inicial, segue ao longo do exercício prático, com a qualificação permanente do profissional, e se estende a partir do alcance a uma base de informações quase infinita para os participantes". Cada um dos relatos que compõe o livro revela, a seu modo, o foco na qualidade de vida dos usuários do SUS, um dos princípios mais importantes, ancorado na díade educação e saúde da população. Confira.
A publicação é composta de 30 artigos, somando quase 600 páginas escritas por pesquisadores e especialistas da área, e traz os resumos em português e inglês. Um dos capítulos da publicação aborda "Os 120 anos da Fundação Oswaldo Cruz e a primeira década da UNA-SUS: A busca de novos processos de ensino-aprendizagem". Ele foi escrito por Adriana Coser Gutiérrez, coordenadora das Residências em Saúde e do Fórum de Coordenadores de Residências em Saúde da Fiocruz, e por Ana Furniel, coordenadora do Campus Virtual Fiocruz.
O texto trata de questões sobre os modelos formativos de qualidade e em escala, mas sobretudo sobre quando a defesa da vida disputa com a urgência do tempo. "Este capítulo tem como objetivo apresentar a dupla função que a Fiocruz exerce, que é a de realizar a gestão da Secretaria Executiva e, ao mesmo tempo, ser parte integrante da Rede como unidade executora de
ofertas educacionais. Não restam dúvidas de que a experiência é exitosa, mas também desafiadora, dado aos atravessamentos de um Sistema Único de Saúde que está em constante transformação". O capítulo aponta o reconhecimento da educação a distância, do ensino remoto e do uso de tecnologias educacionais como sinalizadoras para as novas necessidades e reafirma possibilidades de (re)inventar o processo ensino-aprendizagem".
A obra, viabilizada pela Editora da Universidade Federal do Maranhão, foi lançada na ocasião do 26º Encontro da Rede UNA-SUS, ocorrido em 10 e 11 de dezembro, de forma virtual e está disponível aqui.
Em meio a tantas mudanças repentinas e decisões urgentes, a Fiocruz lançou o Programa de Inclusão Digital (PIDig), oferecendo aos seus alunos – pós-graduação stricto sensu, lato sensu, cursos da educação básica e da educação profissional em saúde matriculados regularmente em formações presenciais – o empréstimo de SIM CARD e tablets para viabilizar a continuidade das atividades educacionais no contexto da pandemia de Covid-19. A iniciativa, que busca minimizar as desigualdades, democratizar e ampliar as condições de permanência dos estudantes em seus cursos, foi concretizada em novembro e dezembro de 2020, com cerca de 900 discentes contemplados nas diferentes unidades da Fundação.
Isabella Delgado, coordenadora do Lato sensu da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), contou que desde junho a equipe vem trabalhando no desenho desse Programa. “Traçamos estimativas sobre o número de alunos elegíveis por meio de pesquisas realizadas junto às unidades e à Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG). Essa foi uma etapa importante, pois nos deu subsídios para iniciar a organização do edital e o rito do processo de licitação”, detalhou ela.
Isabella ressaltou que o edital foi construído com a participação de gestores do campo da educação das unidades e apreciado pela Câmara Técnica de Educação (CTE) da Fiocruz, realizada em 29/7. Além disso, a chamada foi desenhada em consonância com as Orientações para a Educação Remota Emergencial da Fundação. Mais recentemente, por meio de consulta realizada pela Vpeic a todos os programas e cursos da Fiocruz, contou ela, “constatamos que o PIDig foi considerado uma iniciativa de grande relevância pelos coordenadores”.
O PIDig como alternativa de participação e realização das atividades acadêmicas
Para além de pareceres formais, a experiência da aluna do mestrado profissional em Educação Profissional em Saúde, ligado à Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Verônica Alexandrino, evidenciou a relevância da iniciativa. Para ela, a educação remota emergencial foi uma ótima alternativa para a continuidade dos estudos, pois sua turma teve apenas uma semana de aulas presenciais em 2020.
“Desde abril, como representante discente, precisei participar de muitas reuniões remotas, cada uma através de uma plataforma distinta. Com isso, a todo tempo, eu precisava desinstalar uma para baixar outra, pois meu aparelho smartphone não suportava os aplicativos. Além disso, a tela pequena do celular atrapalhava o acompanhamento das aulas, principalmente pela dificuldade de leitura do material exposto. Já o tablet é excelente e atende nossas necessidades para participação e realização das atividades acadêmicas. Além disso, o chip me auxiliou a acompanhar as atividades fora da minha residência, pois sou profissional de saúde e onde trabalho não estão disponíveis esses recursos tecnológicos”, detalhou Verônica.
Estrutura mais adequada e coerente aos estudantes
A coordenadora geral do Ensino Técnico da EPSJV – unidade que, junto com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) concentram o maior número de alunos contemplados no PIDig –, Ingrid D’avilla, falou sobre os desafios de planejar a educação politécnica remota e emergencial buscando, para esse período de exceção, estratégias pertinentes e adequadas diante do projeto político pedagógico e da realidade dos estudantes e professores. Segundo ela, a chegada dos tablets possibilitou viabilizar as práticas curriculares com uma estrutura mais apropriada e coerente com a ideia de que os estudantes precisam de equipamentos e acesso à internet para cumprir as atividades em seus domicílios.
O Programa insere-se em um conjunto de iniciativas da Fundação que vem sendo construídas pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) em parceria com as unidades e os representantes discentes por meio da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG). Além da Vpeic, a implementação do novo edital mobilizou a equipe da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI), com destaque para as áreas de compras e a Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologia de Informação (Cogetic), visto que a iniciativa envolveu a contratação de plano de dados e/ou de equipamentos para estudantes que preencheram critérios de elegibilidade.
Passamos por um dos momentos mais difíceis da humanidade. São tempos de pandemia, reclusão, distanciamento, isolamento e medo. Como podemos ultrapassar propondo um olhar para o futuro sem deixar de fincar os pés no presente? A Educação, como já disse Paulo Freire, “é feita para esperançar”. Então, como podemos manter essa esperança com ações? Como reinventar nossas perspectivas mirando um mundo melhor? A resposta trazida pelo Campus Virtual Fiocruz é a poesia. Neste espírito, inauguramos hoje, 18 de dezembro, o projeto Sextas de Poesia, cujo objetivo é muito mais do compartilhar arte em belos versos e estrofes, a ideia é dividir afetos, acolhimento e esperança.
Nosso escritor e poeta de estreia é o moçambicano Mia Couto, com sua narrativa emotiva e afetuosa para resgatar a luta, a resistência e a construção de novas vidas, humanizadas. Perguntado sobre como a poesia poderia ajudar nos tempos de pandemia, em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, Mia Couto responde que “o espaço da poesia sempre foi encontrado nos interstícios, nas fendas do muro, em contracorrente. Tudo depende, afinal, do que se entende por poesia. Se poesia constituir uma visão alternativa do mundo, e não apenas uma forma de arte, então ela terá poderes para enfrentar este mundo. Às vezes, tudo o que resta é a palavra. Essa palavra é apenas o rosto de algo que Drummond chamou de um sentimento do mundo. A poesia pode convocar o desejo de um outro mundo que seja mais nosso".
A iniciativa, de responsabilidade da Coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, busca, segunda ela, “trazer a beleza, o acolhimento da palavra, o sopro do vento nas tardes de mormaço... aos dias que a pandemia tem tornado duros, estranhos e de muita insegurança e desesperança. Portanto, é também com esse sentimento e desejo que ansiamos a esperança do futuro, com um 2021 de renovações e abraços.
Os trabalhadores e alunos da Fiocruz também podem compartilhar conosco suas sugestões de poemas, fotos ou arte para ilustrar este novo projeto.
Nesta terça-feira, 15 de dezembro, tem início a campanha #OBrasilPrecisadoSUS. Depois de nove longos meses de pandemia, o nosso Sistema Único de Saúde, público e de acesso gratuito a todos, mostrou o quanto é imprescindível para garantir o direito à saúde para a população brasileira. O Campus Virtual Fiocruz, que atua para fortalecer a formação em saúde para o SUS e para o sistema de CT&I do país, também apoia a campanha. Recentemente, em caráter de urgência, lançou uma série de cursos sobre a Covid-19, pois acredita que a capacitação e atualização dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento são fundamentais para o enfrentamento dessa emergência sanitária. Na esteira da pandemia, o CVF também está desenvolvendo os cursos “Vacinação: Protocolos e procedimentos”, “Introdução ao SUS” e “História da Saúde Pública”, que serão lançados em breve.
Em 2020, o SUS completa 30 anos de sua regulamentação, com a lei 8.080 de 1990. Segundo a Revista Radis, na reportagem A maior torcida do Brasil, "nenhuma outra instituição no país teve um aumento de confiança tão grande, durante a pandemia, quanto o sistema público de saúde. O SUS cresceu onze pontos no Índice de Confiança Social (ICS), entre julho de 2019 e setembro de 2020, segundo pesquisa nacional feita pelo Ibope Inteligência, desde 2009. Foi o patamar mais alto de confiança no sistema público já registrado, em um momento em que ele ganhou destaque no noticiário e principalmente no cotidiano da população”.
+Leia aqui a matéria da Radis na íntegra: A maior torcida do Brasil
A Frente Pela Vida, movimento subscrito pela Fiocruz e responsável pela campanha, ressalta que “o SUS é base essencial para saúde e bem-estar da população. No entanto, precisa de recursos humanos, materiais e financeiros para conter a circulação do novo coronavírus. Os valores para 2021 são menores do que os de 2020 - menos 40 bilhões de reais. Sem orçamento suficiente, não poderá cumprir seu papel de cuidar e salvar vidas. É preciso investir na Atenção Primária, em especial na Estratégia Saúde da Família, na Vigilância em Saúde e nas Redes de Atenção. Na ciência, tecnologia e inovação em saúde para laboratórios públicos, produção de equipamentos, fármacos, vacinas e material de proteção necessitam de investimento. É preciso que a vacina contra a Covid-19 chegue a todos”, defendem eles.
A saúde do Brasil precisa do SUS. A economia do Brasil precisa do SUS. O povo brasileiro precisa do SUS forte, público, integral e universal. Defender o SUS é defender a vida. Junte-se a esta campanha. Vacina para todas e todos! O Brasil precisa do SUS!
+Leia mais sobre a campanha #OBrasilPrecisadoSUS
Conheça um pouquinho dos cursos do CVF que vem por aí:
A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, consoante com a campanha #OBrasilPrecisadoSUS, aponta que o Sistema Único de Saúde é imprescindível para o país. Seu papel na pandemia ressaltou ainda mais a sua importância. “É interessante pensar no todo, pois quando falamos do SUS ainda se pensa de forma limitada ao atendimento hospitalar. No entanto, o SUS é maior, ele é atenção hospitalar, sim, mas é vacina, medicamento, atenção primária, vigilância e é, especialmente para nós, formação de profissionais de saúde. Essa é a esfera de contribuição do CVF”.
Vacinação: Protocolos e procedimentos
Seu objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19.
A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. O curso está dividido em quatro módulos: História e produção de vacinas e as vacinas Covid-19; Produção, transporte, conservação e armazenamento; Sala de Vacina Covid-19: organização e procedimentos; e Vacina e vigilância: questões clínicas e sistemas de registros.
Introdução ao SUS (nome preliminar)
O curso visa apresentar as bases de criação do Sistema Único de Saúde, bem como tratar de suas questões estruturais e a forma de organização da atenção à saúde em seus diferentes níveis e também das vigilâncias em saúde. Ele será aberto a todos os interessados no tema.
A formação é dividida em três módulos: Movimento sanitário, criação e configuração do SUS; Condições estruturais para o desenvolvimento do SUS; e Organização da atenção e das vigilâncias em saúde
História da Saúde Pública no Brasil
O curso visa contribuir para a formação de profissionais e estudiosos da saúde pública críticos e reflexivos, cientes dos desafios relativos à formulação e implantação de políticas setoriais e das diferentes questões concernentes às práticas profissionais do campo.
Inicialmente, ele será voltado a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. Durante o curso serão discutidas as formas como, em diferentes contextos, a assistência à saúde foi organizada; o modo como se enfrentou epidemias e se organizou serviços de saúde.
* com informações de Revista Radis e Frente Pela Vida
** imagem de capa: Revista Radis
Acompanhe o lançamento da campanha #OBrasilprecisadoSUS:
Os ex-alunos dos programas de pós-graduação lato e stricto sensu - especialização, residência, mestrado e doutorado -, têm uma nova chance de participar da 2° Pesquisa de Egressos da Fiocruz. A data de encerramento do ciclo foi adiada para 22 de dezembro. O convite com o link para o questionário foi enviado por e-mail aos ex-alunos. A participação de todos é muito importante para conhecer o perfil profissional dos antigos estudantes e encerrar um ciclo avaliativo, que embasará a construção do Sistema de Acompanhamento de Egresso da Fiocruz. Se você é ex-aluno e se formou entre 1° de junho de 2019 e 31 de julho de 2020, preencha o questionário! A pesquisa não leva mais de 10 minutos.
Se você é ex-aluno, se formou nos períodos já especificados e não recebeu o convite para responder ao questionário, escreva para egressos.fiocruz@fiocruz.br.
A partir deste levantamento, a ideia é que, em breve, a Fiocruz tenha um sistema de acompanhamento de egressos de caráter contínuo e integrado ao sistema de gestão acadêmica da instituição. Com ele, cada unidade poderá acompanhar a trajetória de seus alunos, desde o processo seletivo até o final do curso, incluindo diferentes intervalos de tempo após a conclusão.
A iniciativa é de responsabilidade da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), sob a coordenação de Isabella Delgado. Para ela, muito além da demanda imposta pelos principais órgãos de avaliação e fomento da pós-graduação brasileira, com essa pesquisa a ideia é gerar informações e indicadores de fácil acesso para otimizar a gestão do campo da educação, subsidiando os gestores, avaliações internas e externas, bem como o planejamento dos programas e cursos da Fundação.
A Fiocruz é a principal instituição brasileira não-universitária de formação para o Sistema Único de Saúde, ainda que não seja formalmente considerada como Instituição de Educação Superior vinculada ao MEC. Oferece 48 programas de pós-graduação stricto sensu isoladamente ou em parceria, 45 cursos de especialização anuais, 31 programas de residência, e inúmeros cursos de qualificação, educação profissional técnica e especialização técnica. Para compreender e acompanhar essa natureza tão diversa e complexa é preciso engajamento, dinâmica e participação. Assim foi construído o Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação da Fiocruz 2021-2025 (PDIE), que acaba de ser aprovado por unanimidade pelo Conselho Deliberativo (CD) da Fundação, realizado de forma extraordinária, em 10 de dezembro.
O Plano de Desenvolvimento Institucional é um documento de análise situacional e orientação das atividades das áreas educacionais da Fundação. Ele busca o debate e aprimoramento contínuos do processo de construção democrática das políticas institucionais, que caracteriza a Fiocruz, expresso em suas instâncias colegiadas e participativas. O documento é um instrumento de planejamento e gestão essencial para a avaliação externa e autoavaliação institucional, estabelecido pela legislação educacional, desde 2004, para as Instituições de Educação Superior (IES); e visa contribuir para avançar os consensos sobre a política de educação da instituição.
A Fiocruz decidiu agregar o termo “Educação” ao nome do documento, para conferir maior precisão aos seus objetivos. Assim, ele tornou-se Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação (PDIE). Sua elaboração foi coordenada pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, por meio da Coordenação-Geral de Educação (CGE/Vpeic) e com participação ativa da Câmara Técnica de Educação.
Para a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, “o Plano expressa os grandes compromissos da Fiocruz que norteiam todas as nossas atividades educacionais – que são a formação para o Sistema Único de Saúde e para o sistema de ciência e tecnologia nacional; a vinculação entre produção de conhecimento, ensino e diálogo com a sociedade; e a contribuição para a redução das desigualdades nos âmbitos da educação, da ciência e da saúde”.
A diretora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Anakeila Stauffer - que é conselheira e foi relatora do documento na reunião do Conselho Deliberativo da Fiocruz -, destacou que o PDIE conseguiu o desafio de agregar o campo educacional na Fiocruz. Segundo ela, “o Plano trouxe a dinâmica e a diversidade da área, realizando a interlocução com a pesquisa e gestão, constituindo-se, portanto, num documento vivo que representa a dinamicidade e a potência da Fiocruz como instituição estratégica de Estado”.
PDIE 2021-2025: debate e participação na definição de prioridades e estratégias educacionais
De acordo com o assessor da Vpeic e coordenador da construção do documento, Paulo Carvalho, a elaboração do PDIE (2021-2025) expressa o movimento de ampliação dos debates e participação na definição de prioridades e estratégias educacionais. Ele apontou que, em comparação ao PDI 2016-2020, “o novo Plano se diferencia por amplificar a abordagem para as diversas modalidades e níveis educacionais da Fiocruz, ressaltar a sua interface com outras políticas institucionais e também por expressar, de forma inicial, aprendizados obtidos em razão da pandemia, que impôs novos desafios ao campo da Educação”.
Em termos de processo, Carvalho contou que a formulação do PDIE durou cerca de um ano, cujo início foi deflagrado na Câmara Técnica de Educação (CTE), em outubro de 2019, e conduzida por um grupo de trabalho composto de profissionais de diversas unidades, perfis e inserção na educação. “O documento é produto de debates e pactuações coletivas, visando o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas e de planejamento e gestão educacional. Além do perfil técnico e políticos dos participantes do GT, sua construção englobou a escuta aos fóruns específicos da educação”, detalhou ele. Ao final, o documento foi analisado, debatido e validado pela CTE, momento em que foram incorporadas contribuições adicionais provenientes das Unidades.
Logo no início do processo de elaboração do PDIE, o mundo foi duramente atingido pela pandemia de Covid-19 e a Fiocruz teve que mobilizar todos seus esforços em suas diversas frentes de atuação, tendo a educação como um dos eixos estruturantes do seu enfrentamento. Em razão disso, a proposta de elaboração do Plano foi adaptada às novas condições de trabalho remoto e isolamento social, tendo sido crucial a atuação colaborativa do GT e o apoio das unidades e fóruns.
A evolução do PDIE na Fiocruz
Na Fiocruz, o PDI 2016-2020 visou principalmente atender exigências regulatórias da educação necessárias à regularização da oferta dos cursos Lato Sensu (especializações), por meio do credenciamento da Escola de Governo Fiocruz. No contexto atual, as ampliações propiciadas pelo PDIE 2021-2025 contemplaram especialmente o atendimento às orientações da Capes, de 2019, necessárias para os processos de autoavaliação e planejamento dos programas de pós-graduação stricto sensu.
Além disso, o Plano visa atender as orientações do VIII Congresso Interno por maior integração da educação, englobando a visibilidade à diversidade do campo (stricto sensu, especializações, residências, educação técnica profissional, cursos de qualificação e outros) e o fortalecimento do processo de integração com base na “unidade na diversidade”.
O PDIE 2021-2025: apontamentos e avanços
O novo Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação da Fiocruz foi concebido em seis capítulos, que abordam o perfil institucional da Fundação; as políticas institucionais e de gestão; o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da Fiocruz; suas políticas acadêmicas; a infraestrutura física dos campi da Fundação; e a avaliação e acompanhamento do desenvolvimento institucional.
Carvalho recordou que o desenvolvimento do Plano foi um trabalho absolutamente desafiador, mas ressaltou o envolvimento dos integrantes do GT-PDIE como ponto fundamental para o seu resultado. A partir de sua homologação, a CGE constituirá e coordenará um novo grupo de trabalho, dedicado a apoiar a implementação do Plano na instituição.
“O PDIE é um documento institucional que nos apoiará no aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, de planejamento e gestão educacional”, pontuou a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam. Para ela, o Grupo de Acompanhamento terá importante papel de apoio à CGE no complexo trabalho de articular e dinamizar o planejamento estratégico educacional a ser desenvolvido de modo integrado por todas as áreas educacionais da Fiocruz, tendo o Plano como documento orientador. “Nesse processo de planejamento contínuo, o PDIE será mais bem apropriado coletivamente, podendo ser futuramente aperfeiçoado, nessa rica teia de construção democrática das políticas institucionais que caracteriza nossa instituição”, completou Cristina.
Leia, na íntegra, o Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação (PDIE)
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, o Campus Virtual Fiocruz reitera que a educação está no centro do enfrentamento das desigualdades. Ela é o quarto Objetivo do Desenvolvimento Sustentável proposto pelas Nações Unidas, com o propósito de atingir a Agenda 2030 no Brasil. O CVF trabalha permanentemente para fortalecer a formação em saúde para o SUS e para o sistema de CT&I do país, assim como para ampliar o acesso à informação para toda a sociedade. Durante a pandemia de Covid-19, lançamos diversos cursos de iniciativa própria, online e gratuitos, em parceria com outras unidades e instituições. Confira o rol de cursos disponíveis no Campus Virtual Fiocruz que tratam das questões relacionadas ao coronavírus.
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Ciente dessas especificidades e suas necessidades, o Campus Virtual Fiocruz, acaba de lançar o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população. A iniciativa vai ao encontro de dois eixos de atuação da Fiocruz para o enfrentamento da pandemia: educação e apoio a populações vulnerabilizadas.
Covid-19 e saúde no sistema prisional
Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, o conteúdo foi produzido e publicado em caráter de urgência, ratificando o aspecto inovador, dinâmico e responsável da formação. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Confira outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de coronavírus
Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle
Em tempos de coronavírus e suas milhares de mortes diárias, é difícil pensar em outras doenças. No entanto, o Brasil sofre, continuamente, com a incidência de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes Aegypti: dengue, zika e chikungunya. Além disso, o quadro clínico dessas doenças é muito parecido com o da Covid-19. Portanto, os profissionais precisam estar preparados. O curso de aperfeiçoamento Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle – online e gratuito – é voltado a agentes municipais de endemias, gestores e outros profissionais que trabalham com o controle de vetores.
Planejamento escolar local na transpandemia
A pandemia de Covid-19 vem impactando a vida e a rotina das populações de todo o mundo, e a área da educação é uma das grandes afetadas. Para tanto, a Fiocruz, juntamente com outros parceiros, lançou o curso “Planejamento escolar local na transpandemia”. A formação busca apoiar gestores e comunidades escolares a realizar o enfrentamento dessa situação e construir um planejamento local para tomadas de decisão, bem como para a reorganização do planejamento das escolas no período trans e pós-pandemia, fortalecendo o debate sobre os princípios norteadores dessa tarefa e qualificando seu protagonismo nas necessárias transformações da escola no contexto atual. Essa é uma formação online e gratuita voltada a gestores de redes e escolas.
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19
Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam doenças que variam desde o resfriado comum até doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Um novo coronavírus (Covid-19) foi identificado em 2019 em Wuhan, China. O objetivo deste curso é apresentar uma introdução geral sobre a Covid-19 e outros vírus respiratórios emergentes.
Educação remota para docentes e profissionais da educação
"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados. Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si. Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.