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Publicado em 27/03/2019

Educação popular: livros produzidos pela Escola Politécnica serão usados como material didático

Autor(a): 
Beatriz Costa (EPSJV/Fiocruz)

O material didático produzido para o Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde(EdPopSUS), coordenado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde, será utilizado pelo Projeto Itinerário do Saber, financiado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de promover estratégias para a qualificação dos profissionais de saúde de nível médio/técnico, fortalecendo o Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto é coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz). O material é composto por duas publicações: o Guia do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde e Textos de Apoio para o Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde.

O guia traz orientações sobre os temas, objetivos e atividades pedagógicas de cada eixo do curso. Além disso, são indicados textos e outros recursos complementares (como vídeos, entrevistas, filmes, sites) que contribuem para aprofundar os temas e fundamentar as reflexões com os estudantes.

A segunda publicação, por sua vez, reúne conteúdo dos eixos curriculares do curso, articulados com as atividades que estão no Guia. O caderno de textos é um instrumento que ajuda no desenvolvimento do curso, subsidiando as atividades propostas no guia.

O material didático foi construído coletivamente por uma equipe de educadores populares, durante as oficinas de estrutura curricular do projeto EdPopSUS. O material foi produzido a partir da pedagogia de Paulo Freire – educador brasileiro que defendia um processo formativo que pudesse desenvolver a criticidade e a autonomia dos alunos. Abordam temas como território, participação popular, práticas integrativas de saúde, religiosidade e diversidade, além dos saberes de parteiras, rezadeiras, quilombolas e outras populações. “Esse material é importante para a educação popular porque é inédito para a formação de trabalhadores como agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, conselheiros de saúde, militantes de movimentos sociais e lideranças comunitárias”, observa Ronaldo Travassos, professor-pesquisador da EPSJV e um dos coordenadores do EdPopSUS.

O material será utilizado para o curso do EdPopSUS, que compõe o Itinerário do Saber. Inicialmente, será distribuído para os estados do Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e Mato Grosso.

EdPopSUS

Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde foi realizado de 2016 a 2018 e formou cerca de nove mil educandos em 15 estados brasileiros e envolveu mais de 600 educadores. O EdPopSUS era uma parceria entre a EPSJV/Fiocruz e o Ministério da Saúde, sendo voltado para trabalhadores da Atenção Básica, lideranças comunitárias e integrantes de movimentos sociais. A formação teve carga horária de 160 horas na modalidade presencial, com 136 horas de atividades de classe e 24 de trabalho de campo. Segundo Ronaldo, mesmo com o encerramento do financiamento do Ministério da Saúde para o EdPopSUS, a EPSJV/Fiocruz continuará a oferecer o material didático do curso – que está disponível também para download no Portal EPSJV – para a formação de educadores populares em saúde de diversos estados do país.

Publicado em 25/03/2019

Segunda chamada para cursos livres do Instituto Oswaldo Cruz: inscrições vão até o dia 26 de março

Vem que dá tempo! Estão abertas até amanhã (26/3) as inscrições para mais de 40 cursos livres do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Esta é a segunda chamada de 2019 (maio a agosto) e faz parte do Programa de Atividades de Extensão [acesse o regulamento].

Todos os cursos podem ser acessados aqui pelo Campus Virtual Fiocruz. Confira:

Análise da cinética de crescimento de cultura de bactérias redutoras de sulfato sob condições experimentais de ação continuada

Análise genômica de Corynebacterium striatum multiresistentes aos antimicrobianos

Análises parasitológicas de moluscos terrestres e preparação dos parasitas para identificação molecular

Aspectos morfológicos e funcionais da metástase in vitro no modelo tridimensional de cultivo de células

Avaliação da imunidade hepática na infeção por Trypanosoma cruzi – parte II

Avaliação da positividade do diagnóstico molecular da doença de Chagas em portadores de cardiomiopatia chagásica crônica

Avaliação do perfil de infecção e produção do oxido nítrico após infecção por T. cruzi em célula BEND-3

Base para o desenvolvimento de fármacos para doenças causadas por protozoários

Bases em coprologia para diagnóstico de enteroparasitas

Bases para aplicações da histotecnologia na pesquisa científica

Boas práticas clínicas

Capacitação em ações estratégicas de educação em saúde para o enfrentamento de parasitoses intestinais no âmbito do Programa Saúde

Capacitação em taxonomia de Ceratopogonidae e curadoria de Coleções zoológicas

Ciência de Animais de Laboratório

Construção de materiais educativos e de pesquisa em helmintologia

Construção de materiais educativos para divulgação cientifica sobre malacologia médica

Contribuições da saúde pública para a prevenção da violência

Cultura Científica, Prevenção e Promoção da Saúde – abordagens qualitativas em pesquisa

Cultura de células de mamífero, transfecção com plasmídeos e avaliação da expressão de proteínas recombinantes

Estabelecimento de modelo de cardiomiopatia não infeciosa por infusão de angiotensina II

Estudo das interações celulares e moleculares no sistema imune em nichos teciduais

Estudo do desempenho de testes de diagnóstico para hepatites virais

Estudo dos mecanismos neuroendocrinológicos envolvidos no comportamento altamente agressivo dos camundongos Swiss Webster

Estudos de prevalência de parasitoses intestinais em escolares da Rede Municipal de Ensino de São Gonçalo, RJ

Fisiologia e Biologia do vetor Aedes aegypti (com ênfase na embriogênese)

Identificação de proteínas envolvidas no crescimento tumoral no modelo tridimensional de cultivo de células

Identificação e caracterização genética de Toxoplasma gondii em tecidos animais

Intervenção educativa em tuberculose envolvendo crianças com a forma ativa e latente da doença e seus cuidadores

Introdução à prática musical como promoção da saúde: aspectos biomédicos

Letramento Científico e Educomunicação em Ambiente e Saúde

Mecanismos de infecção da célula hospedeira pelo Toxoplasma gondii

Modelos experimental de estudo de Neuroinflamação e desenvolvimento do Sistema Nervoso Central

Monitoramento da reprodução e comportamento de moluscos em ambiente de laboratório

Noções teórico-práticas para trabalho em campo com mamíferos silvestres não-voadores: uma abordagem multidisciplinar

Oficina de Construção de Artigo Cientifico

Oficina de Produção e Revisão de material de Divulgação Científica

Taxonomia de insetos e curadoria de coleções entomológicas

Taxonomia e diversidade de artrópodes de solo

Taxonomia molecular de pequenos mamíferos silvestres em áreas de interesse epidemiológico de transmissão de zoonoses

Taxonomia morfológica de pequenos mamíferos silvestres em áreas de interesse epidemiológico de transmissão de zoonoses

Tópicos sobre a abordagem da Saúde Pública para a Prevenção da violência entre parceiros íntimos

Treinamento teórico-prático em pesquisas de transtornos psiquiátricos, doenças neurodegenerativos e transtornos do comportamento

Publicado em 25/03/2019

Presidência da Fiocruz lança editais de incentivo à educação, informação e comunicação

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Peter Ilicciev

Durante a Aula Inaugural da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no dia 22 de março, foram lançados cinco editais* de incentivo às áreas de educação, informação e comunicação. O anúncio foi feito pela vice-presidente Cristiani Machado. Ela comentou sobre como os editais se alinham ao compromisso de redução das desigualdades no Brasil e na América Latina, temas centrais da abertura do ano letivo. "As desigualdades sociais, como as sofridas por mulheres e jovens, se agravam em momentos de crise como o que vivemos. É preciso fortalecer iniciativas que priorizam o ensino e a pesquisa", afirmou.

Acesse os editais e leia também os regulamentos:

Pesquisador Visitante Sênior
Tem o objetivo de selecionar pesquisadores visitantes sênior para ampliar e dar densidade às atividades de pesquisa relacionadas à missão institucional. Essas atividades se articulam com o ensino e a assistência (ambulatorial, laboratorial) para unidades e escritórios da Fiocruz, instalados recentemente e/ou em áreas com menor densidade de cursos de pós-graduação Stricto sensu. Acesse o edital aqui.

Divulgação Científica 
Com esta iniciativa, a Fiocruz busca inspirar cientistas da instituição a protagonizar o processo de mediação entre ciência e sociedade, incrementando seu diálogo com os cidadãos. As propostas de projetos de divulgação científica podem ser apresentadas por cientistas de todas as idades, níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e distintas áreas do conhecimento. Acesse o edital aqui.

Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional
Criada em homenagem à pesquisadora Virgínia Schall, a medalha valoriza a trajetória de vida de servidores com reconhecida atuação e mérito no campo da educação em saúde. Dentre as características a serem reconhecidas, estão integridade profissional e influência marcante nas políticas educacionais. Em 2019, somente serão aceitas candidaturas de profissionais com destacada atuação em educação na área de saúde coletiva. Acesse o edital e leia também o regulamento.

Prêmio Oswaldo Cruz de Teses
A premiação é concedida a teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde nas diversas áreas temáticas de atuação da Fiocruz. Neste edital, poderão concorrer autores de teses defendidas entre os meses de maio de 2018 e abril de 2019 nos cursos da Fiocruz e de cursos nos quais a Fiocruz participa de forma compartilhada e que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGE/Fiocruz). Acesse o edital e leia o regulamento.

Meninas na Ciência
O edital, que visa estimular a produção das meninas na ciência, será anunciado, em breve, aqui no Campus Virtual Fiocruz. Enquanto isso, confira algumas iniciativas que vêm sendo desenvolvidas e prepare-se para o lançamento. 

Fique sempre por dentro das oportunidades aqui no Portal!

 

*Atualizado em 8/5/2019..

Publicado em 25/03/2019

Subsecretária-geral da ONU abre ano letivo da Fiocruz

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

A abertura do ano acadêmico da Fiocruz, nesta sexta-feira (22/3), contou com uma conferência da subsecretária-geral da ONU e diretora-executiva do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), Natalia Kanem. Com o tema Desafios globais e oportunidades para o avanço das agendas CIPD e 2030: garantindo direitos e escolhas para mulheres e jovens, a conferência lotou o auditório do Museu da Vida, no campus de Manguinhos da Fundação. Antes da aula inaugural, houve uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada há pouco mais de um ano, e uma apresentação do grupo Filhas de Maria, formada por quatro mulheres de Manguinhos, bairro onde está sediada a Fiocruz, que em suas músicas canta o cotidiano da região e critica o racismo e o machismo.

O Ministro de Saúde do Paraguai, Julio Mazzoleni, que está em visita oficial ao Brasil, foi o primeiro a falar. Ele se disse impressionado com as características da Fiocruz e sua bem-sucedida fusão de tradição e modernidade. Depois dessa primeira intervenção, formou-se a mesa de abertura, que teve as presenças da representante da Associação dos Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz), Helena de Oliveira, da vice-presidente do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública da Fiocruz (Asfoc-SN), da Mychelle Alves Monteiro, da consultora em Gênero e Saúde da Opas no Brasil, Ana Gabriela Sena, do representante do Unfpa no Brasil, Jaime Nadal, da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e da presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima.

Cristiani Machado defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS), a igualdade e o compromisso social e lembrou que a desigualdade atinge sobretudo as mulheres e os jovens. “Na próxima semana vamos lançar cinco editais importantes, sendo que um deles se destina às meninas na ciência”. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, sublinhou a alegria e a honra em receber a subsecretária-geral Natalia Kanem e afirmou que a Fundação tem um compromisso com a Agenda 2030, o que levou a instituição a se articular internamente para estabelecer uma instância que cuida do tema e que busca atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). “A erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável”, disse.

Enquanto isso, Helena Oliveira pediu aos alunos da Fiocruz que não se esqueçam de que a vida acadêmica não se limita à produtividade e que a luta por acesso e igualdade torna a pós-graduação um curso com mais qualidade e encorajou-os à mobilização. Mychelle Alves reafirmou a defesa da Asfoc-SN de políticas sociais que visem ao bem-estar da população, em especial aos mais desfavorecidos, e com a construção de um projeto de país que seja inclusivo, soberano e sustentável.

Para Ana Gabriela Sena, a Agenda 2030 requer mudanças e deve criar oportunidades para todos. “Para a Opas a igualdade de gênero é fundamental. Temos que empoderar as mulheres, sem deixar ninguém para trás”. Jayme Nadal afirmou que Unfpa e Fiocruz têm uma relação sólida e tradição em cooperação em políticas públicas e com um diálogo articulado.

Uma aula rica em conhecimento

Antes da conferência, Nísia homenageou a memória de Marielle Franco entregando uma placa à irmã da vereadora, Anielle Franco. A presidente também homenageou dois funcionários mortos há pouco tempo: o ex-presidente da Fiocruz Luiz Fernando Ferreira e o consultor-científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) Reinaldo Martins.

Após as homenagens e intervenções iniciais, teve início a conferência de Natalia Kanem. Ela disse que quer mais colaboração com a Fiocruz, tendo como foco os ODS e os direitos da mulher e dos jovens, e agradeceu o apoio financeiro e técnico do Brasil. “Os direitos humanos são a base para a paz e a prosperidade e formam os pilares da ONU”. Natalia disse que desde 1994, quando houve a Conferência sobre População e Desenvolvimento (CIPD) das Nações Unidas no Cairo, que os direitos sexuais e reprodutivos vêm sendo alicerçados no mundo. “Vinte e cinco anos depois, ainda é o espírito daquela conferência que nos anima e impulsiona. As pessoas, especialmente as mulheres, precisam ser protagonistas de suas vidas, como seres humanos autônomos. Por isso precisamos de mais e mais educação, inclusive sexual, para que tragédias que se repetem ao redor do mundo possam desaparecer”.

Ela afirmou que há o que comemorar. A mortalidade infantil, por exemplo, caiu de 143 para 65 por mil. O número ainda é grande, mas o avanço é inegável. Mas há muito o que fazer. “Cerca de 300 mil mulheres morrem anualmente devido à falta de condições adequadas de saúde. São 830 mulheres por dia, muitas delas meninas. Em todo o planeta, 15 milhões de meninas menores de idade vivem casamentos forçados com homens mais velhos e uma em cada três mulheres sofreu ou sofrerá algum tipo de violência, E uma em cada cinco meninas já está casada antes dos 18 anos, sendo que 12% casam antes dos 15 anos”, comentou Natalia, que também relatou o cada vez mais comum o estupro em situações de guerras e conflitos militares.

Natalia citou ainda a mutilação genital (extração do clitóris), que atinge cerca de 200 milhões de mulheres. Um número que, de acordo com a subsecretária-geral, será acrescido este ano de mais 4 milhões de mulheres. “Em parceria com o Unicef, fazemos campanhas em muitos países para que esse costume seja erradicado. Precisamos dar voz às mulheres, dar a elas o poder de escolher o que querem para suas vidas. Em famílias menores a mulher é soberana. Todo ano, nascem em torno de 7 milhões de bebês cujas mães são meninas”.

A subsecretária-geral criticou o que chamou de “incapacidade coletiva” para resolver essas questões. “No Brasil, por exemplo, o número de jovens de 15 a 19 anos com HIV dobrou nos últimos anos. Isso tem muito a ver com a polarização política que freia as políticas públicas. Por isso é tão fundamental recuperarmos a narrativa, baseados em evidências científicas. O futuro depende do investimento em mulheres e jovens. Milhões de meninas não sabem ler e consequentemente não estudam. Como vão mudar suas vidas? Queremos zero desigualdade, zero mortalidade infantil e materna, zero violência de gênero”.

Em todo o mundo, segundo Natalia, apenas metade das mulheres têm controle sobre as questões reprodutivas e sexuais. “Portanto, requer que enfrentemos as causas desse problema não apenas empoderando as mulheres e meninas, mas também envolvendo homens e meninos. Os jovens precisam ter esse conhecimento antes que sejam sexualmente adultos. A escola é o espaço adequado para levarmos esse conhecimento a eles. E também necessitamos reformar as legislações, protegendo mulheres e jovens”. Natalia observou que o desafio é de todos e que somente assim os grupos desfavorecidos terão voz e protagonismo. “Assim as mulheres poderão tomar suas decisões e defender seus direitos”.

Conferência sobre População e Desenvolvimento

A Conferência sobre População e Desenvolvimento (CIPD) das Nações Unidas, realizada no Cairo em 1994, resultou na elaboração de uma agenda (CIPD) apontando um compromisso comum para o alcance do desenvolvimento sustentável com equidade para todas e todos por meio da promoção dos direitos humanos e da dignidade, apoio ao planejamento familiar, saúde sexual e reprodutiva e direitos, promoção da igualdade de gênero, promoção da igualdade de acesso à educação para as meninas e eliminação da violência contra as mulheres, entre outros.

No 20º aniversário da CIPD, a Assembleia-Geral da ONU, em uma sessão especial, apelou aos países para que cumprissem os compromissos assumidos no Cairo e abordassem as desigualdades crescentes e os desafios emergentes, como delineado no Relatório Global da CIPD Além de 2014, lançado pelas Nações Unidas, que coloca os direitos humanos e a dignidade individual no coração do desenvolvimento.

Publicado em 20/03/2019

Podcast Fiocruz no Ar: infecção hospitalar é o tema do primeiro programa

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações de Graça Portela (Icict/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acaba de lançar o podcast Fiocruz no Ar, que trará informações para a população sobre temas relevantes para a saúde. A iniciativa é da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz).

O primeiro programa já está no ar e trata de infecções hospitalares, ligadas a resistência aos antibióticos. Segundo informações da União Europeia para Saúde e Segurança Alimentar, morrem 700 mil pacientes por ano de infecções provocadas por bactérias resistentes. Em 2050, estudos apontam que 10 milhões de pessoas morrerão pelo problema no mundo. 

No total, o projeto Fiocruz no Ar produzirá dezoito podcasts para serem distribuídos por rádios interessadas em veicular – gratuitamente – informação de qualidade, tendo como referência a expertise de 118 anos da Fiocruz, do Ministério da Saúde. Os programas também serão distribuídos por WhatsApp.

Infecção hospitalar

Neste primeiro programa, o destaque é a infecção hospitalar, que mata um milhão de pessoas e deixa sete milhões com complicações no período pós-operatório, em todo o mundo. No Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) estima que a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das internações.

Uma matéria do site Proqualis/Fiocruz (Programa de Segurança do Paciente) explica que a resistência aos antibióticos, dentre outros problemas, “pode causar o prolongamento da doença, o aumento da taxa de mortalidade, a permanência prolongada no ambiente hospitalar e a ineficácia dos tratamentos preventivos que comprometem toda a população”.

Então, fones a postos! Para ouvir o primeiro programa do podcast, acesse o ARCA. Acompanhe também o canal da Fiocruz no Soundcloud e fique ligado nos próximos programas*.

 

*Atualizado em 21/3/2019.

Publicado em 19/03/2019

Campus Virtual/Fiocruz/OPAS assinam livro sobre acesso aberto em cooperação com a Universidade Aberta

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

A Universidade Aberta (UAb), de Portugal, lançou um livro para assinalar o 10º aniversário de seu Repositório Aberto. Com o título Acesso Aberto: da Visão à Ação: contextos, cenários e práticas, a obra reúne reflexões de responsáveis institucionais de diferentes áreas, como educação à distância, internacionalização, locais de aprendizagem, repositórios, rede, tecnologias e ensino. Um dos capítulos do livro trata da experiência da criação do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/Brasil).

Assinado por Ana Furniel, coordenadora geral do CVSP/Brasil, e Ana Paula Mendonça e Rosane Mendes, coordenadoras adjuntas do CVSP/Brasil, o capítulo explica como o espaço serve de exemplo de uma iniciativa bem sucedida em acesso aberto. De acordo com as autoras, o espaço foi desenvolvido para expandir a cooperação interdisciplinar no campo de formação em saúde pública.

Criado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), elas explicam que o CVSP/Brasil é uma rede de instituições que compartilham cursos, recursos educacionais e aulas virtuais de forma aberta – e, por isso, integra a discussão sobre rede de conhecimento e formação, trazida pelo livro da Universidade Aberta.

Em trecho do capítulo, elas destacam: "Podemos afirmar que a utilização das redes e das tecnologias educacionais e comunicacionais podem colaborar para um ambiente de compartilhamento de ideias, podendo gerar processos de formação e educação permanente baseados em aprendizados específicos (...)".

Para saber mais, acesse o capítulo completo.

Publicado em 18/03/2019

Série da Fiocruz Brasília apresenta as relações da saúde pública com a imprensa

Autor(a): 
Mariella de Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)

A Fiocruz Brasília, por meio da Assessoria de Comunicação, lançou o primeiro livro da série As Relações da Saúde Pública com a Imprensa. A obra é homônima ao tradicional evento promovido desde 2008 na instituição, e que agrega jornalistas, profissionais da saúde, pesquisadores e estudantes para debaterem e apresentarem propostas aos desafios que surgem do encontro da comunicação com a saúde, no cotidiano.

O primeiro livro da série conta com textos dos convidados que participaram do seminário mais recente, realizado em 2017, que trazia como tema Aedes Aegypti, vetor de epidemias anunciadas. Ao longo de 116 páginas, o leitor vai acessar fotos e textos produzidos pelos convidados nacionais e internacionais do evento, bem como poderá assistir aos vídeos de cada uma das palestras que compôs a programação do evento.

Ao longo das páginas, o leitor poderá compreender mais sobre o papel que a mídia pode exercer em suas coberturas sobre os impactos causados pelas arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti em nossas vidas, a saber dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Autores brasileiros e de outros países narram experiências e fazem reflexões sobre de que forma a população deve ser mobilizada a agir em prol de sua própria saúde sem abrir mão da responsabilidade e presença do Estado, que deve agir e garantir as condições adequadas para a saúde de todos.

A obra está organizada a partir dos relatos da abertura do evento, realizados pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, o diretor da Fiocruz Brasília à época, Gerson Penna e o coordenador do evento e da Assessoria de Comunicação, Wagner Vasconcelos. Na sequência, a publicação traz um texto que contempla a conferência magna, que foi realizada com o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Luis Castiel, e os demais textos são organizados em duas seções: Panorama das Arboviroses transmitidas pelo Aedes e os Desafios da imprensa – Aedes em Pauta: relatos de experiências de jornalistas, pesquisadores e profissionais de saúde.

Clique aqui para ler o conteúdo completo do livro Aedes Aegypti: vetor de epidemias anunciadas. 

O lançamento da publicação neste período é oportuno, já que de 18 a 21 de março será realizada a nova edição internacional do evento, com tema Fake news e saúde, cujo conteúdo também será transformado em livro.  Clique aqui e saiba mais sobre esta atividade. 

Publicado em 08/03/2019

Nenhum direito a menos! Curso da UNA-SUS capacita em Atenção Integral à Saúde das Mulheres

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz), com informações da UNA-SUS

O Brasil é um dos países que mais cometem feminicídio no mundo. Desde o início do ano, foram registrados 126 casos de mulheres que perderam suas vidas em razão de seu gênero, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). É por isso que hoje, no Dia Internacional das Mulher (8/3), destacamos a importância de políticas públicas e da formação de profissionais que protejam e ampliem os direitos das mulheres, priorizando a atenção integral a todas.

Pensando nisso, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) está com matrículas abertas para o curso online de Capacitação em Atenção Integral à Saúde das Mulheres. Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o objetivo do curso é formar profissionais de saúde na atenção integral às diferentes mulheres do Brasil.

Formar profissionais para integrar a luta

Com um total de 120 horas de estudo, o curso da UNA-SUS é voltado para profissionais de nível superior da Atenção Básica em Saúde. Também são bem-vindos gestores de coordenações estaduais e municipais de saúde das mulheres e de políticas intersetoriais, e áreas afins para o atendimento integral da mulher no sistema de saúde.

Os conteúdos abordam a atenção à saúde das mulheres nas diferentes fases: jovens, adultas, gestantes, no climatério, idosas e as especificidades desta atenção para as mulheres negras, indígenas, do campo, da floresta e das águas. “O desafio que propomos é um olhar ampliado no atendimento, na escuta qualificada, no respeito e na busca pela garantia de direitos das mulheres, em suma, a uma vida com saúde”, afirma a coordenadora do curso, Elza Berger.

As matrículas podem ser realizadas até o dia 30 de abril, pelo link. Inscreva-se já!

Publicado em 19/02/2019

Fiocruz e UNA-SUS lançam curso de atenção integral a crianças com alterações motoras relacionadas a Zika e Storch

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Tem novidade para a educação em saúde! Já está disponível o curso gratuito Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e Storch. A oferta é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, de Atenção a Saúde e de Vigilância em Saúde, em parceria com a Fiocruz Pernambuco, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Campus Virtual Fiocruz.

O objetivo é qualificar profissionais de saúde atuantes em atenção primária ou Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que estejam aptos a proceder no apoio a crianças que tenham alterações motoras relacionadas a ambas as infecções virais.

Adriana Coser, assessora da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz), explica a importância da iniciativa. “O curso surgiu de uma demanda social muito particular, para formar trabalhadores da saúde de uma forma moderna e eficaz”, conta Adriana. “Foi concebido a partir da experiência prática de assistência e pesquisa que a Fiocruz vem acumulando ao longo dos anos, com as diretrizes clínicas propostas pelo Ministério da Saúde”.

De acordo com a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, o desenvolvimento do curso reforça não só a estratégia de criar ações em Educação à Distância (EAD), mas também as parcerias entre unidades. “A parceria com a equipe da Fiocruz Pernambuco foi fundamental para obtermos bons resultados, pela experiência que eles têm em projetos de EAD”, comenta.

Já para Miriam Ribeiro, do IFF/Fiocruz, a oferta é animadora pois permite a disseminação de um conhecimento tão importante em larga escala, para um grande público. “O envolvimento do IFF permite um maior alcance de profissionais de saúde em todo o Brasil, já que mobiliza uma equipe de especialistas na área do desenvolvimento infantil. Apoiamos ações integradas e articuladas para pesquisa, ensino e assistência, com um olhar voltado para a atenção integral à saúde”, opina Miriam. 

Por dentro da atenção integral

Você sabia? O desenvolvimento integral de uma criança é decorrente da junção de vários elementos, como aspectos biológicos, estímulos do ambiente e outros fatores adversos – estes últimos podem influenciar negativamente no processo de desenvolvimento e, dessa forma, gerar deficiências motoras.

As infecções pelo vírus da Zika e Storch podem ser um desses determinantes. Aí está a importância de qualificar profissionais em atenção integral: são eles os responsáveis por cuidar da melhor forma de pacientes nessas condições. Médicos e enfermeiros são o principal público-alvo do curso.

O curso tem carga horária de 30 horas, todas na modalidade à distância. Estão divididas em quatro unidades didáticas, que abordam o contexto epidemiológico do Zika e Storch; o desenvolvimento infantil em uma perspectiva do cuidado ampliado em saúde na ESF; Avaliação neuropsicomotora na ESF; e estratégias de orientação e seguimento na perspectiva da ESF.

Os participantes têm acesso a recursos educacionais como vídeos com especialistas, games, textos de apoio e outros, tudo em EAD.

A oferta fica disponível no site da UNA-SUS até o dia 19 de setembro de 2019.

Inscreva-se já, através do link!

Publicado em 15/02/2019

Últimos dias* para se inscrever no curso de gestão participativa em saúde da Escola Politécnica

Autor(a): 
Portal Fiocruz

Até dia 28 de fevereiro* é possível se inscrever no curso de atualização profissional em Gestão Participativa em Saúde, promovido em parceria pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz.

O curso propõe o debate e reflexão sobre os limites e possibilidades da gestão participativa em saúde, em uma leitura contextualizada da recente história política brasileira e das disputas na esfera pública em torno das políticas sociais, com foco nas políticas e ações em saúde. Terá duração de 49 horas/aula e serão oferecidas 30 vagas.

A formação é destinada a lideranças sociais, residentes ou atuantes em territórios vulnerabilizados, como favelas e periferias, e profissionais de saúde, com centralidade sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), o curso também inclui a perspectiva da territorialização de políticas públicas – quando essas políticas são pensadas a partir da realidade local – como estratégica para a saúde pública. 

Caso o número de interessados aptos ultrapasse o número de vagas, será realizada uma avaliação de informações contidas nas fichas e currículos dos candidatos, seguida de entrevistas com caráter eliminatório. A certificação será emitida pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. O resultado será divulgado no dia 11 de março no Portal Fiocruz e no site da EPSJV.

As aulas se iniciam 14 de março a 09 de maio de 2019, e ocorrerão sempre às terças e quintas-feiras, das 18 às 21 horas, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no campus Manguinhos da Fiocruz. O curso é gratuito.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (21) 3865-9865/9801 ou pelo e-mail secesc.epsjv@fiocruz.br. Inscreva-se já, aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!

 

*Inscrições prorrogadas! Atualizado em 25/2/2019.

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