Educação para formar, incentivar e reconhecer. Que abre diálogo, promove a diversidade de saberes, experiências e integra. Educação como aprendizado, legado e perspectiva de futuro. É assim que o campo terá destaque na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 15 a 19 de outubro, quando será realizada a Semana de Educação.
Neste período, professores, alunos, gestores e profissionais vão participar de diversas atividades: entrega de prêmios, lançamento de publicações, encontro da Câmara Técnica, e de um seminário — no qual as unidades vão compartilhar experiências e conhecer tendências sobre metodologias e tecnologias educacionais (acesse aqui a programação completa).
Promovido pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação, o grande evento será aberto pela presidente Nísia Trindade Lima, no Dia do Mestre (15/10), às 14h, na Tenda da Ciência. O local leva o nome da psicóloga e pesquisadora Virgínia Schall (1954-2015), pioneira na articulação dos campos da educação, saúde e divulgação científica no Brasil. É ela que também nomeia a medalha que a Fundação concederá, pela primeira vez, reconhecendo o conjunto da obra de um servidor. Em 2018, a médica, patologista e professora Euzenir Nunes Sarno, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), será laureada por sua reconhecida atuação no campo da biomedicina (saiba mais sobre a Medalha Virgínia Schall).
Nesta tarde, haverá também homenagem aos professores, entrega do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e o lançamento do livro Ciência, saúde e educação, legado de Virgínia Schall, organizado por Simone Monteiro e Denise Pimenta.
Uma semana que vale por duas!
E nesta semana tem atividades em dobro! É que, na terça (16/10), a Fiocruz também abre a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018 (SNCT), desta vez, no Auditório do Museu da Vida. De manhã, o público da Semana de Educação poderá participar das discussões em torno do tema da 15ª edição da SNCT: Ciência para redução das desigualdades. A Editora Fiocruz lançará e-book Como e por que as desigualdades sociais fazem mal à saúde, organizado pela autora Rita Barradas Barata, que fará também a abertura da Câmara Técnica de Educação. Em seguida, serão realizados colóquios relacionados ao assunto.
Câmara Técnica integra a comunidade acadêmica
Terça à tarde, os membros da Câmara Técnica de Educação se reúnem, das 13h30 às 16h30, no Auditório Emmanuel Dia, no Pavilhão Arthur Neiva (IOC). Eles darão continuidade aos trabalhos iniciados no encontro de abril deste ano. Na ocasião, ficou definido que era necessário fazer um diagnóstico da oferta educacional e levantar expectativas para elaborar o Planejamento Integrado da Educação na Fiocruz (Pief). O documento preliminar a partir das visitas será, então, apresentado aos integrantes da CTE. Na quarta-feira (18/10), todo o dia será dedicado aos debates da Câmara.
Seminário promove troca de experiências sobre novas metodologias e tecnologias educacionais
Nos dois últimos dias (18/10 e 19/10), a Fiocruz promove o Seminário de Educação. Os participantes poderão conhecer experiências que as unidades desenvolvem em diferentes níveis e modalidades. Serão apresentados relatórios de dois levantamentos sobre tendências para a educação, incluindo novas metodologias e o uso de tecnologias educacionais. Um realizado a partir de uma parceria entre o Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz) e a VPEIC/Fiocruz, o outro produzido pela Fiocruz Brasília (confira os horário e locais na programação).
A Semana da Educação será um momento importante de interlocução e alinhamento entre a comunidade acadêmica da Fiocruz, afirma o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral: “A programação reflete bem as várias frentes em que temos trabalhado para fortalecer a área. Buscamos a convergência de iniciativas, agregando experiências, e respeitando a riqueza e diversidade da instituição. A discussão e construção do Pief tem sido um exemplo deste processo colaborativo e pactuado com as unidades”.
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Imagem: Unsplash
Ficam abertas até domingo (14/10) as inscrições para o mestrado profissional em tecnologia de imunobiológicos (MPTI). O curso faz parte do programa de pós-graduação do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) — unidade responsável pela produção de vacinas, reativos e biofármacos que atendem aos diversos programas públicos de saúde no Brasil.
Podem se candidatar profissionais com diploma de curso superior em farmácia, ciências biológicas, biomedicina, ciências da saúde, biotecnologia e áreas afins. Eles serão qualificados a desenvolver novas tecnologias e aperfeiçoar processos de produção de imunobiológicos. Além disso, o mestrado profissional capacita gestores a otimizar processos produtivos, e em áreas como controle e garantia de qualidade, a redução de custos e implantação de processos de melhoria contínua. São oferecidas 20 vagas.
Saiba mais sobre o curso
Os alunos participam de aulas teóricas, práticas, trabalhos de pesquisa e seminários, o que possibilita a atualização em relação aos avanços tecnológicos. Baseada em três linhas de pesquisa (Controle de processos e qualidade; Desenvolvimento Tecnológico de Produtos e Processos; e Gestão), esta pós-graduação permite aos discentes repensar técnicas e processos, fazendo com que possam analisar, planejar e implantar novos produtos e soluções.
Com duração de até dois anos, o MPTI tem carga horária total de 1440 horas, sendo 30 créditos acadêmicos (450 horas) e 66 créditos para a pesquisa e elaboração da dissertação (990 horas). São aprovados os alunos que alcançam conceitos de A a C e frequência mínima de 75%.
Acesse o edital e inscreva-se pelo Campus Virtual Fiocruz.
Mais informações
Secretaria Acadêmica do MPTI (Bio-Manguinhos/Fiocruz)
Tel.: (21) 3882-9455 / 3882-7129
E-mail: mpti@bio.fiocruz.br
Por Bio-Manguinhos (Fiocruz) | Foto: Wikimedia Commons
Concedido pela Presidência da Fiocruz, sob a coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses reconhece o mérito de trabalhos de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais. A cerimônia de premiação ocorrerá em 15 de outubro, das 14h às 17h, na Tenda da Ciência Virgínia Schall, no Campus de Manguinhos.
Confira as teses premiadas e menções honrosas
Na área de Medicina, Veronica Elizabeth Mata foi a vencedora com a tese Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocromatográficos com NS1 para detecção de dengue, orientada por Sonia Regina Lambert Passos e Carlos Augusto Ferreira Andrade, do Programa de Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro chagas (INI). A menção honrosa foi para Thaís Faggioni, com a tese O ensino de imunologia em algumas escolas médicas brasileiras: proposição de novas estratégias utilizando tecnologias da comunicação e informação, orientada por Luis Anastácio Alves, do Programa de Ensino de Biociências e Saúde, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).
Em Saúde Coletiva, Aderita Ricarda Martins de Sena teve a tese premiada. Com o tema Seca, vulnerabilidade socioambiental e saúde: impactos no Semiárido Brasileiro, o trabalho foi orientado por Christovam Barcellos e Carlos Machado de Freitas, do Programa de Informação e Comunicação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação científica e Tecnológica em Saúde (Icict). A menção honrosa foi para Ana Paula Azevedo Hemmi, com a tese Participação em construção de políticas de saúde: o caso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, orientada por Tatiana Wargas, do Programa de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp).
Já na área de Ciências Biológicas aplicadas à Saúde e Biomedicina, Carolina Araújo Moraes, autora da tese Investigação do Papel da Microglia na Disfunção Sináptica na Sepse foi a escolhida. O trabalho foi orientado por Fernando Bozza, do Programa de Biologia Celular e Molecular do IOC. Gabriela de Azambuja Garcia receberá a menção honrosa pelo trabalho O papel da resistência a Inseticidas e da densidade de Aedes Aegypti na disseminação da Wolbachia em populações nativas do Rio de Janeiro, Brasil, sob orientação de Rafael Maciel de Freitas e Daniel Vilella, do Programa de Biologia Parasitária do IOC.
Finalizando a lista dos agraciados pelo Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018, na área de Ciências Humanas e Sociais, Viviane Santos de Oliveira Veiga teve a tese A percepção dos pesquisadores portugueses e brasileiros da área de Neurociências quanto ao compartilhamento de artigos científicos e dados de pesquisa no acesso aberto verde: custos, benefícios e fatores contextuais premiada, sob orientação de Cícera Henrique da Silva e Paulo Roberto Borges, do Programa de Informação e Comunicação em Saúde, do Icict. A menção honrosa foi para Bianca Della Líbera da Silva, com a tese Um mundo sem barreiras: estudantes com deficiência visual discutindo saúde nas mídias sociais, orientada por Claudia Jurberg, do Programa de Ensino em Biociências e Saúde, do IOC.
Por CCS/Fiocruz | Foto: Arquivo Fiocruz
Publicação : 19/09/2018
Este documento apresenta a lista final de teses premiadas e menções honrosas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.
Na última sexta-feira (14/9), teve lugar na Ensp o 2º Fórum das Secretarias Acadêmicas da Fiocruz (Secas). A inciativa surgiu como forma de compartilhar conhecimentos, experiências e práticas entre os profissionais da área de gestão em educação na Fiocruz. Neste segundo encontro, o objetivo foi aprofundar as questões levantadas em agosto de 2017, durante o 1º Fórum.
As secretárias acadêmicas Monique Brandão (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira - IFF/Fiocruz) e Viviane Deberge (Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Ensp/Fiocruz), que retornam de suas licença-maternidade, agora dividem a coordenação do Fórum com o secretário Sandro Hilario (Casa de Oswaldo Cruz - COC/Fiocruz). Na ocasião, Sandro lembrou a importância de integrar os trabalhos em educação na Fiocruz: “Somos secretarias distintas com perfis diversos, mas que têm a mesma vontade de construir. Estamos aqui pois não há um ‘como fazer’... Vamos criar isso juntos!”, disse.
Monique explicou a existência de Grupos de Trabalho (GTs) montados para discutir as necessidades das Secas. Com reuniões bimestrais, às sextas-feiras, eles estão dividididos entre GT Stricto sensu e GT Lato sensu. “São diferentes necessidades e, por isso, grupos separados. Qualquer um que seja interessado pode participar”, informou.
Já Viviane comentou que a coordenação tem buscado formas para que as Secas contribuam mais com o desenvolvimento das unidades: “Por exemplo, começamos traçando perfis dos trabalhadores da instituição que lidam com gestão acadêmica”. Durante o encontro, os participantes de diferentes unidades, além de representantes de escritórios regionais (como Fiocruz Paraná e Fiocruz Pernambuco) decidiram dar continuidade à discussão sobre processos de trabalho, iniciada no 1º Fórum.
Alinhamento de processos para obter resultados
Para abordar processos de trabalho, foi convidada a coordenadora de Qualidade da Fiocruz, Renata Souza. “Um dos pilares da Presidência da Fiocruz é o alinhamento do que há de comum entre suas unidades. A gestão de processos otimiza recursos e tempo”. Nessa perspectiva, Renata destacou a importância do Fórum para buscar excelência no ensino. "Se você não é capaz de descrever a sua rotina como um processo, você não sabe o que está fazendo”, disse. Quando questionada por um dos participantes sobre os benefícios de estabelecer processos, no caso das Secas, apontou: “Ainda há pouca experiência com Secretarias Acadêmicas, mas é justamente isso que a gente estimula: pegar quem tem know-how e juntar sabedorias”.
Uma especialização, muito engajamento e frutos do trabalho
A coordenadora Maria Auxiliadora Gomes (IFF/Fiocruz) apresentou o Curso de Especialização em Gestão Acadêmica, oferecido em conjunto pelo IFF e a Ensp. O Fórum das Secretarias Acadêmicas da Fiocruz surgiu a partir deste curso. “Este curso foi o meu maior desafio e, ao mesmo tempo, a melhor experiência de 2016. O engajamento dos alunos é o que mais estimula. Prova disso foi ver essa iniciativa nascer”, comemorou. Está prevista a formação de uma terceira turma.
Feliz e honrada por estar abrindo novamente a reunião do Fórum, a coordenadora da Coordenação Geral de Pós-graduação da Fiocruz (CGPG), Cristina Guilam, afirmou que o curso nasceu por uma necessidade de qualificar os funcionários servidores. “Uma das missões da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação é oferecer cursos de qualidade também para nossos trabalhadores”.
São muitas as questões das Secas, ainda em construção. No entanto, o grande quórum da reunião mostrou que as unidades estão comprometidas com a maior integração. Alguns participantes trouxeram suas experiências. Sandro Hilario finalizou a reunião com a mensagem: “Queremos estabelecer quem somos, como estamos e o que fazemos”.
Tem dúvidas, sugestões ou contribuições? Para participar do Fórum das Secas, escreva para: forumsecas.educacao@fiocruz.br.
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)
O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) acaba de abrir inscrições para sua residência multiprofissional em saúde na área de vigilância sanitária. Há 12 vagas para o curso, que visa formar profissionais qualificados em laboratórios de controle de qualidade de produtos, ambientes e serviços. As inscrições ficam abertas até esta quarta-feira (19/9).
Podem participar profissionais com ensino superior completo em farmácia, biologia, medicina veterinária, biomedicina, microbiologia e imunologia ou nutrição, que tenham sido concluídos há, no máximo, dois anos.
Saiba mais sobre a residência multiprofissional em saúde na área de vigilância sanitária.
Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz) | Sociedade de Ensino Superior de Alagoas (Sesal/AL)
A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) está com inscrições abertas para a 3ª edição dos cursos livres Português para estrangeiros: o gênero acadêmico-científico e Inglês para redação de artigos acadêmicos. Os interessados podem se candidatar até 12 de setembro.
Com dez vagas disponíveis, o curso de português busca facilitar o acesso da produção científica através do desenvolvimento de competências e habilidades linguísticas inerentes à produção textual.
Já o curso de inglês abordará o ensino de estratégias de reconhecimento de partes integrantes de diferentes registros de redação acadêmica. Há 15 vagas.
Quem pode participar?
Podem participar do processo seletivo alunos de pós-graduação Stricto sensu, acadêmicos ou trabalhadores estrangeiros da Fiocruz do Rio de Janeiro.
Em ambos os cursos é necessário dispor de um laptop individual para utilizar como instrumento de trabalho nas aulas. Além disso, os participantes devem ter nível básico de redação em inglês e um rascunho de artigo acadêmico a ser apresentado em periódicos internacionais.
As seleções serão divididas nas seguintes etapas:
Confira todas as informações aqui no Campus Virtual Fiocruz:
Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Unsplash
Os desafios e as perspectivas da pós-graduação no Brasil foram destaques da última edição do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizada no dia 24 de agosto. A iniciativa recebeu a assessora especial da Diretoria de Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Cyntia Sandes Oliveira. A atividade integrou a programação do VI Encontro do IOC, uma iniciativa de mobilização interna para a construção participativa do planejamento estratégico da instituição. “É uma grande honra receber uma representante da Capes, uma das principais agências do sistema, responsável pelo alto padrão e excelência acadêmica na formação de recursos humanos de alta qualificação no país”, destacou o pesquisador Renato Cordeiro, coordenador do NEA.
“A internacionalização deve ser um meio, e não uma finalidade, para alcançarmos objetivos maiores, como o aumento da qualidade das nossas pesquisas, a conquista de uma visibilidade internacional diferenciada e a definição do Brasil como referência em termos de qualidade de pesquisa”, defendeu Oliveira, que abordou aspectos da nova política de internacionalização da Capes durante o encontro. Chamado de ‘Capes PrInt’, o novo Programa Institucional de Internacionalização da agência, lançado em 2017, começa a dar os primeiros passos. A iniciativa, que pretende transformar instituições de ensino superior e institutos de pesquisa no Brasil em ambientes internacionais, teve os resultados divulgados no dia 20/08. O programa irá contemplar, num primeiro momento, 25 instituições, de várias partes do país, incluindo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Universidade de Brasília (UnB). No processo de avaliação, foram considerados critérios como o grau de excelência dos programas de pós-graduação, a capacidade técnica e experiência internacional das instituições, bem como o caráter inovador, coerência e viabilidade das propostas.
Segundo Oliveira, a estratégia visa ampliar o impacto da produção acadêmica e científica realizada no âmbito de programas de pós-graduação, estimular a formação de redes de pesquisa internacionais e incentivar a mobilidade de professores e estudantes entre países. Os projetos escolhidos serão iniciados em novembro, com prazo de duração de quatro anos. A partir de 2019, R$ 300 milhões serão investidos anualmente no Programa. A aplicação dos recursos inclui bolsas no exterior (doutorado sanduíche, professor visitante e capacitação), bolsas no Brasil (jovens talentos, professor visitante e pós-doutorado), além de auxílio para missões de trabalho no exterior e manutenção de projetos.
Dados do Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG) mostram que o país conta com mais de 4 mil programas, num total de mais de 6 mil cursos, 266 mil alunos e cerca de 90 mil bolsistas. “O equilíbrio entre crescimento e excelência é um dos desafios da pós-graduação no Brasil. Temos uma expansão do sistema, que é necessária para atender às dimensões do país, mas precisa ser acompanhada da qualidade na produção da pesquisa”, pontuou Cyntia. De acordo com a assessora, a implementação do Capes PrInt poderá inspirar mudanças no atual formato de financiamento de pesquisas no país. As perspectivas incluem a revisão de acordos e parcerias, novas estratégias de cooperação internacional e a promoção do equilíbrio na distribuição do fomento.
Pontos de vista
A sessão contou com a participação de pesquisadores, professores, estudantes e coordenadores de cursos de pós-graduação. O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, destacou a importância da criação de mecanismos que estimulem a inserção profissional de doutores beneficiados por programas de internacionalização. As incertezas em relação à absorção de jovens pesquisadores pelo mercado de trabalho também foram apontadas pelo representante dos estudantes de pós-graduação do Instituto, Ícaro Rodrigues dos Santos. Já o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Marcelo Alves Pinto, destacou os impactos da Lei de Biodiversidade (Lei nº 12.123), sancionada em 2015, para a internacionalização da pós-graduação, na medida em que fica estabelecida uma nova regulamentação para remessa internacional de amostras biológicas.
Iniciativas do IOC para internacionalização do Ensino
Em 2016, como parte das ações de internacionalização do Ensino, os sites dos cursos de pós-graduação Stricto sensu ganharam conteúdos em inglês e espanhol. Histórico dos Programas, áreas de concentração, linhas de pesquisa e informações sobre o ingresso no mestrado e doutorado são alguns dos conteúdos em versão trilíngue oferecidos com o objetivo de expandir o acesso e o ingresso de candidatos estrangeiros. A iniciativa reforçou o compromisso do IOC com a formação de pesquisadores e recursos humanos qualificados, incentivando a troca de conhecimento e de experiências. O estímulo ao intercâmbio e à participação em eventos internacionais e a realização de cursos e disciplinas por professores estrangeiros também são alguns dos passos dados rumo à internacionalização do Ensino.
Concomitantemente às diversas ações nacionais caracterizadas pela Capes como iniciativas de solidariedade acadêmica, o Programa de Cooperação Internacional de Pós-graduação em Ciências da Saúde, uma parceria entre a Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), da qual o IOC participa de forma ativa, soma a formação de mais de 40 mestres ao longo de nove anos de parceria. Dentre as recentes cooperações internacionais firmadas pelo Ensino do Instituto, podem ser destacadas as parcerias com a Universidade do Texas Medical Branch (UTMB), dos Estados Unidos, e com a Universidade de Glasgow, na Escócia. Atualmente, cerca de 25 estudantes estrangeiros compõem o quadro de discentes de cinco dos sete Programas do Instituto. E eles vêm de diversos países: Paquistão, Moçambique, Escócia, Portugal, Colômbia, Equador, Cuba, Haiti, Argentina, Peru e Paraguai.
Por Lucas Rocha (Instituto Oswaldo Cruz/IOC)
As inscrições para o mestrado profissional em saúde da família (Profsaúde) foram prorrogadas. Com isso, médicos com atuação em docência, preceptoria, tutoria de residências médicas ou em atenção básica podem se candidatar até o dia 8 de setembro.
A pós-graduação tem o objetivo de fortalecer a produção do conhecimento e ensino em saúde da família através da formação de profissionais aptos a exercer atividades de docência, preceptoria e gestão, investigação e ensino nas unidades de saúde. O programa contempla diversas regionais do Brasil.
O curso, que terá admissão por meio de um exame nacional, também tem a finalidade de qualificar profissionais do Programa Mais Médicos para o trabalho e articular elementos da educação, atenção, gestão e investigação no aprimoramento da Estratégia Saúde da Família (ESF), estabelecendo uma relação integradora entre o serviço de saúde, os trabalhadores e os usuários.
Acesse o edital e faça aqui a sua inscrição!
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) está com inscrições abertas para os cursos de mestrado e doutorado em: saúde pública; saúde pública e meio ambiente; e epidemiologia em saúde pública. As inscrições acontecem até o dia 20 de setembro.
Os cursos de natureza multiprofissional oferecidos pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Ensp visam formar profissionais aptos exercer a função de docente e a desenvolver de pesquisas, processos e metodologias voltadas para a saúde pública. Podem participar das seleções de doutorado e mestrado acadêmico profissionais com ensino superior completo. No curso de doutorado, os candidatos devem possuir, preferencialmente, o título de mestre.
Serão destinadas 10% das vagas a candidatos portadores de deficiência ou que se autodeclararem negros e indígenas. Conheça os cursos!
Mestrado acadêmico em saúde pública e Doutorado em saúde pública
As formações de natureza multiprofissional tem o objetivo de promover o conhecimento científico e preparar profissionais para o exercício das atividades de docência, pesquisa e atuação em serviços de saúde. Ambos os cursos serão oferecidos nos seguintes eixos: determinação dos processos saúde-doença: produção/trabalho, território e direitos humanos; políticas, planejamento, gestão e cuidado em saúde e sociedade, violência e saúde. Ao todo, serão disponibilizadas 70 vagas para o curso de mestrado acadêmico e 50 vagas para o curso de doutorado.
Mestrado acadêmico em saúde pública e meio ambiente e Doutorado em saúde pública em meio ambiente
Os cursos são destinados a capacitação de docentes, pesquisadores e gestores aptos para atividades de análise e proposição de soluções sobre os danos que as exposições ambientais causam a saúde humana. Ambos os cursos oferecem 20 vagas.
Mestrado acadêmico em epidemiologia em saúde pública e Doutorado em epidemiologia em saúde pública
Desenhado para o aprofundamento do conhecimento técnico-científico e acadêmico, os cursos tem a finalidade de formar docentes, pesquisadores e gestores capacitados para planejar e desenvolver pesquisas e análises de dados epidemiólogicos e avaliações de políticas públicas e tecnologicas dentro do contexto social e ambiental. Ao todo, serão oferecidas 27 vagas para o curso de mestrado e 26 para o curso de doutorado.
Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Prefeitura de Belo Horizonte