Fundação e Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) confirmam a oferta de nova turma do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) da Fiocruz. A iniciativa visa dar continuidade à qualificação dos profissionais na área de vigilância em saúde para atuarem na resposta a emergências de saúde pública de importância nacional e internacional nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países vizinhos. O acordo prevê ainda, a partir de 2024, a formação de uma rede de qualificação de profissionais da área da vigilância em saúde na Região Amazônica, sob a coordenação de nossa instituição. O processo de ampliação da parceria e fomento da rede de qualificação profissional voltada ao enfrentamento dos desafios sanitários da região Amazônica foi conduzido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz) e a SVSA/MS, por meio da Coordenação-Geral de Desenvolvimento e Epidemiologia em Serviços (CGDEP), do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (Daevs), e do Departamento de Emergências em saúde Pública (Demsp).
De acordo com a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, esse amplo processo de formação em parceria com a SVSA/MS é estratégico para fortalecer as ações do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde do SUS, dada a histórica contribuição da Fiocruz no campo da vigilância em saúde em seus diversos componentes. “Pretendemos atender uma demanda reprimida por capacitações voltadas a profissionais que atuam nas fronteiras, demonstrada recentemente pelo número de candidatos inscritos no primeiro processo seletivo do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz, um total de 466 candidatos. Desde o início das aulas, há uma demanda crescente nos polos de oferta quando em momentos presenciais e uma grande procura por informações sobre próximas turmas nos canais de comunicação do programa”, comentou Cristiani.
A primeira turma do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz está em curso e sendo realizada por meio de um consórcio entre os programas de pós-graduação em Saúde Pública, Epidemiologia em Saúde Pública e Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia, oferecido pelo Instituto Leonidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas); e a participação de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul. O programa conta com a parceria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), além da SVSA/MS.
Um grupo de trabalho formado entre o Ministério da Saúde e a Fiocruz vai começar, em breve, a preparar o processo seletivo para a segunda edição do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz - ainda sem previsão de lançamento do edital. A próxima oferta também oferecerá vagas para brasileiros e estrangeiros que sejam profissionais e/ou gestores de saúde e atuem na área de vigilância em saúde, em especial em doenças transmissíveis, nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países sul-americanos vizinhos.
Foco na Amazônia: a formação de uma rede de qualificação de profissionais
A Fiocruz é a principal instituição não universitária de formação e qualificação de profissionais para o SUS e para a área de ciência e tecnologia em saúde do Brasil. A bem-sucedida experiência com o VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz e outras iniciativas que vêm sendo realizadas com foco na vigilância em saúde a credenciam para liderar a formação de uma rede de qualificação de profissionais da área da vigilância em saúde na Região Amazônica em todos os níveis, conforme demanda da SVSA/MS.
Para o Diretor do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (Daevs/SVSA/MS), Guilherme Werneck, a iniciativa é fundamental para ampliar a formação de profissionais altamente qualificados para atuarem em regiões de difícil acesso nas quais os desafios sociais, ambientais e operacionais são imensos. Segundo ele, “a preparação para o enfrentamento de novas epidemias exige uma atuação da vigilância em saúde que seja amparada numa gestão capacitada para buscar soluções criativas para problemas complexos com base nas melhores evidências científicas, considerando o contexto histórico, social, cultural e ambiental em que se está inserido. A segunda turma do VigiFronteiras-Brasil se associa a outras ações de qualificação profissional desenvolvidas pela SVSA/MS, por meio da CGDEP/Daevs e do Demsp, para fortalecer ainda mais a capacidade do Sistema Único de Saúde de atender às necessidades da população brasileira”, comentou ele.
A Fiocruz pretende mobilizar uma força tarefa interna de docentes na área da Vigilância em Saúde e disponibilizar a experiência e capacidade instalada da instituição para a coordenação de redes colaborativas e ações integradas, a exemplo do que já acontece com outras secretarias do Ministério da Saúde e instituições de ensino e pesquisa, em prol da agenda estratégica nacional e internacional relacionada também à preparação para emergências em saúde pública.
Na visão da coordenadora-geral Adjunta de Educação da Fiocruz e coordenadora do Programa VigiFronteiras-Brasil, Eduarda Cesse, diante do cenário epidemiológico atual, as necessidades de qualificação e de redução das desigualdades de acesso à educação e à formação de profissionais para atuação no SUS na Amazônia são complexas e desafiadoras. “Devido à vasta extensão geográfica e à diversidade de populações e ecossistemas, é fundamental proporcionar oportunidades de capacitação de profissionais em vários níveis, levando em consideração as especificidades locais e regionais, as particularidades socioculturais e ambientais, a logística e a infraestrutura da região”, disse Eduarda.
Estão abertas até 31 de agosto as inscrições para o curso remoto sobre preparo e controle da qualidade de meios de cultura utilizados em microbiologia, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária (PPGVS) do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). Serão oferecidas aulas online, na modalidade remota, pela plataforma Zoom. Podem se inscrever pelo Campus Virtual Fiocruz profissionais de instituições públicas, com nível superior completo (preferencialmente), atuantes na área de saúde, em especial em Microbiologia.
A ideia é capacitar e atualizar profissionais da área de Saúde em atividades relacionadas ao preparo e controle da qualidade de meios de cultura utilizados em laboratórios de microbiologia, assim como capacitar os profissionais quanto aos aspectos teóricos da preparação, esterilização e técnicas empregadas no controle da qualidade de meios de cultura e soluções.
Segundo Célia Romão, vice-diretora de Vigilância Sanitária (VDVisa) do INCQS/Fiocruz e uma das responsáveis pelo curso, assegurar a qualidade desses itens de ensaio é imprescindível para a garantia e confiabilidade dos resultados analíticos. "A capacitação e atualização dos profissionais nas atividades de preparo e controle da qualidade de meios de cultura são fundamentais para qualquer laboratório de microbiologia, uma vez que os meios de cultura são itens básicos e primordiais para a realização de ensaios nesta área", explica sobre a relevância do curso.
A capacitação será realizada entre os dias 11 e 15 de setembro, das 9h às 12h, com carga horária total de 15 horas síncronas. Serão ofertadas 30 vagas. Os setores de Meios de Cultura e de Microbiologia de Apoio do Departamento de Microbiologia (DM) do INCQS são os responsáveis pelo curso.
Acesse o edital e todas as informações aqui.
Em caso de dúvidas, favor contatar a Coordenação de Ensino através do e-mail incqs.cpe@fiocruz.br ou pelo telefone (21) 3865-5112/ 5291.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promove XI Workshop Internacional: “Metodologias moleculares para epidemiologia e diagnóstico de infecções fúngicas invasivas” destinado a profissionais e estudantes da área de Micologia. As aulas serão realizadas em duas etapas: remotas, de 20 a 22 de setembro, e presenciais, de 25 a 29 de setembro, sempre das 8h às 18h, no Pavilhão de Ensino do INI/Fiocruz, localizado no campus da Fiocruz, Rio de Janeiro (RJ).
As inscrições estão abertas até 16 de setembro de 2023. Os interessados e interessadas devem enviar currículo lattes para o e-mail: luciana.trilles@yahoo.com.br. Os pré-requisitos para inscrição são: estar inscrito em programa de pós-graduação da Capes e/ou atuação na área de Micologia Médica.
O curso tem a coordenação da pesquisadora do INI, Luciana Trilles; e do pesquisador do instituto holandês Westerdijk Funga BioDiversity, Wieland Meyer. As aulas têm como objetivos atualizar os participantes para desenvolverem um processo reflexivo em diagnóstico e pesquisa; consolidar conhecimentos frente as inovações tecnológicas; e despertar o pensamento crítico.
O conteúdo abordará temas como revisão histórica do diagnóstico laboratorial de IFI, metodologias convencionais e novas abordagens, fatores de virulência, metodologias moleculares e introdução ao sequenciamento de genomas completos.
A carga horária total é de 20 horas de curso teórico (presencial), 20 horas de curso prático (presencial) e 14 horas de aprendizado à distância. A metodologia inclui palestras, aulas práticas presenciais, estudo dirigido, questionamentos e estudo de caso.
Os alunos e alunas serão avaliados pela participação, frequência, desempenho nas aulas práticas e o relatório das atividades.
O curso é gratuito e as vagas são limitadas.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone +55 (21) 3865-9559 ou e-mail cpg@ini.fiocruz.br.
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde claro, no topo está escrito curso internacional, abaixo o nome do curso em inglês: 6° International Course on Molecular Methodologies for Epidemiology and Diagnosis of Invasive Fungal Infections. Abaixo informações sobre o período de inscrições, modalidade, público alvo e período.
No dia 6 de setembro, às 14 horas, acontece a última capacitação online do 3º Ciclo de Treinamentos Virtuais da Biblioteca de Manguinhos do ano, encerrando com a base de dados “Zotero, gerenciador de referências”. A capacitação será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Biblioteca de Manguinhos. Interessados já podem acessar o formulário de inscrição para participar.
Ministrada por Leonardo Simonini, do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Ctic/Icict/Fiocruz), a capacitação terá, como um dos temas abordados, a melhor forma de organizar a bibliografia para trabalhos acadêmicos e artigos científicos. O público-alvo são alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores, profissionais de saúde, bibliotecários e interessados no tema. Há emissão de certificado ao final da capacitação.
Acompanhe:
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) recebe inscrições para a turma de 2024 do Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde. Os interessados em concorrer a uma das 15 vagas podem se inscrever até 10 de novembro pelo Campus Virtual Fiocruz. Confira aqui a chamada do processo seletivo para o mestrado.
Serão oferecidas duas bolsas de estudo a alunos que atenderem a critérios definidos no edital. O resultado do processo seletivo está previsto para 15 de dezembro e o início das aulas para março de 2024.
Com o objetivo de formar competências e habilidades nos alunos para a interpretação, o registro e a intervenção nos complexos desafios relacionados com a valorização, difusão e gerenciamento do patrimônio, o Programa tem como área de concentração a Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural e compreende duas linhas de pesquisa: Patrimônio Cultural: história, memória & sociedade; e Patrimônio Cultural: preservação e gestão.
As aulas serão realizadas presencialmente, em geral, no campus da Fiocruz, Manguinhos, Av. Brasil, 4.365, no Rio de Janeiro, prioritariamente, às terças e quintas-feiras, no horário das 9 às 17h.
#ParaTodosVerem Foto do pavilhão do relógio dentro da Fiocruz, quatro pessoas estão na frente conversando. Na parte inferior esquerda do banner está escrito: Faça mestrado profissional em patrimônio cultural na Fiocruz.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) teve, neste ano, três contemplados com menção honrosa no Prêmio Capes de Teses 2023. O aluno Marlon dos Santos, concluiu sua tese no doutorado oferecido pelo Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná). Maria Gutiérrez cursou o doutorado em Patologia Humana, um programa oferecido em Ampla Associação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Fiocruz. Já Thiago Silva, aluno de doutorado da Ufba, no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, teve orientação de Viviane Boaventura e coorientação de Manoel Barral, ambos pesquisadores do IGM/Fiocruz Bahia.
Com essa premiação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) reconhece as melhores teses de doutorado defendidas em programas de pós-graduação brasileiros. A edição 2023 teve o maior número de inscritos nos 19 anos de existência da iniciativa: 1.469 trabalhos de todo o país, com um total de 49 teses premiadas na primeira etapa, categorizadas por área do conhecimento. O anúncio aconteceu em 14 de agosto e, em novembro, três delas receberão o Grande Prêmio Capes de Tese – um por cada Colégio: Ciências da Vida, Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar. A solenidade de entrega da honraria acontecerá em dezembro.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, comentou que é sempre um orgulho ver o nome da Fundação entre os estudantes premiados, o que, para ela, "representa o reconhecimento da excelência dos trabalhos desenvolvidos na nossa instituição — programas e laboratórios —, bem como em programas em associação ou ainda com a participação de nossos pesquisadores", disse ela.
Além dos alunos contemplados com suas teses, o corpo docente da Fiocruz também foi representado na premiação com o pesquisador Carlos Gadelha, que recebeu a menção honrosa como coorientador da tese “Parcerias para o desenvolvimento produtivo uma estratégia para o desenvolvimento do complexo econômico industrial da saúde (ceis) no país”, de autoria de Kellen Santos Rezende, do Programa de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) e orientação de Maria Sueli Soares Felipe. Gadelha é secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, pesquisador da Fiocruz e docente do Programa de Pós-Graduação de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Avanços na proteômica: as funções das proteínas e seus papéis em processos biológicos
O trabalho de Marlon dos Santos, intitulado Avanços na proteômica: novas tecnologias de aquisição de dados, ferramentas, e estratégias de análise - é resultado de seu curso de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), com orientação de Paulo Carvalho e coorientado por Juliana Carvalho.
Segundo a Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz, a proteômica estuda a distribuição, a abundância, as modificações, as interações e as funções de uma ou de um grupo de proteínas, ou do conjunto de proteínas em uma célula ou organismo. As análises proteômicas ganham destaque pela possibilidade de se caracterizar o espectro proteico de organismos, e são experimentos de alta complexidade que requerem equipamentos como cromatografia e espectrômetros de massa.
O trabalho de Marlon, buscou, como objetivo geral, desenvolver métodos computacionais e experimentais para proteômica, superando as limitações relacionadas à quantificação de biomoléculas e análise de dados em larga escala. Nesse sentido, seu trabalho fornece contribuições complementares em todos os principais passos de experimentos de proteômica, desde a geração de dados até a análise de dados, permitindo uma exploração de dados aprofundada e demonstrações em conjuntos de dados de prova de conceito e sistemas biológicos reais. A tese apresenta três contribuições inéditas e complementares voltadas à análise de proteômica, sendo de ampla e imediata aplicabilidade pela comunidade cientifica. A partir dos resultados encontrados, Marlon indica em sua tese que "nossas soluções e contribuições integradas têm impacto imediato e espera-se que sejam vitais nos esforços em curso para descobrir as funções das proteínas e seus papéis em vários processos biológicos".
Marlon comentou o orgulho de receber essa premiação nacional. Para ele, este prêmio ratifica que as questões investigadas e as respostas buscadas têm relevância e valor. "Isso fortalece em mim a convicção de que a pesquisa que faço tem potencial para causar um impacto significativo, seja no avanço científico ou em aplicações práticas que podem beneficiar a sociedade, apontou ele, dizendo ainda que "receber uma Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese foi uma das experiências mais gratificantes da minha carreira. Esta premiação, para mim, vai além do reconhecimento; é uma validação profunda do trabalho que dediquei anos a desenvolver”.
Além de parabenizar Marlon, a vice-presidente de Educação, Cristiani Machado, destacou o papel de seus orientadores Paulo Carvalho e Juliana Carvalho, e de toda a comunidade do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná). "Ficamos muito felizes. Esse prêmio tem grande significado, dado que o Programa de Biociências e Biotecnologia recentemente teve sua nota aumentada na avaliação da Capes, o que mostra a qualidade da formação oferecida. O trabalho de Marlon é inovador e traz uma contribuição importante na área de biotecnologia, estratégica para a Fiocruz e a ciência brasileira”, afirmou Cristiani.
O trabalho de doutoramento de Marlon resultou em 21 artigos científicos, dos quais ele é autor principal em 7 deles.
+Leia mais em: Tese desenvolvida no PPGBB/ICC recebe menção honrosa no Prêmio Capes 2023
Trabalho alinhado a estratégias de erradicação da tuberculose
A estudante egressa do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana (PGPAT), oferecido pela Ufba e a Fiocruz Bahia - Instituto Gonçalo Moniz em ampla associação, María Belen Arriaga Gutiérrez recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2023, na área de Medicina II, com o trabalho “Determinantes clínicos e epidemiológicos da susceptibilidade à infecção pelo Mycobacterium tuberculosis e da resposta terapêutica em pacientes com tuberculose”.
O projeto, que contou com colaboração com investigadores de diversas instituições nacionais e internacionais, além do Ministério da Saúde, demonstrou uma nova abordagem estatística para testar a representatividade de grandes coortes prospectivas em populações em situações em que bancos clínicos e epidemiológicos são interconectados. Para isso, a estudante utilizou dados do consórcio Regional Prospective Observational Research in Tuberculosis (RePORT) Brasil, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e de Socios em Salud Sucursal Peru. Seu trabalho foi orientado pelo pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) e docente permanente do PGPAT, Bruno de Bezerril Andrade.
Durante o doutorado, Maria produziu 60 artigos, que foram publicados em revistas científicas importantes, como Lancet America, Clinical Infectious Disease, International Infectious Disease, Oxford, Frontiers, PlosOne e Scientific Report. A tese, desenvolvida em formato de 14 artigos, foi apresentada em várias ocasiões, incluindo uma reunião científica do National Institutes of Health (NIH/ EUA).
A saúde digital e o monitoramento da eficácia das vacinas contra a Covid-19 no Brasil
A tese de Thiago Silva, intitulada Saúde digital para monitoramento da eficácia das vacinas contra a Covid-19 no Brasil”, foi defendida em 2022, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Ufba, sob a orientação de Viviane Boaventura e coorientação de Manoel Barral, ambos pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia). O trabalho avaliou a efetividade das vacinas contra a Covid-19 utilizadas no Brasil, analisando os desfechos de infecção sintomática, hospitalização e óbito. Bancos de dados nacionais referentes à vigilância de síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave e administração de vacinas contra Covid-19 foram utilizados para avaliar a efetividade vacinal entre janeiro de 2021 e abril de 2022.
Os resultados mostraram um alto nível de proteção das vacinas contra desfechos graves causados pela Covid-19, a queda na proteção decorrente das variantes do SARS-CoV-2 e do tempo pós-vacinação e identificaram grupos prioritários para doses de reforço. Thiago contou que a jornada que culminou na conquista do prêmio foi repleta de dedicação, desafios, renúncias e aprendizados. Durante seu doutorado, foram publicados sete artigos com primeira autoria, em revistas científicas de alto impacto, como a Lancet, Lancet Infectious Disease, Nature Medicine, Nature Communications e PLoS Medicine. Ele também colaborou em vários projetos de enfrentamento da pandemia, incluindo o serviço Telecoronavírus, da Fiocruz Bahia e UFBA em parceria com o Governo da Bahia
+Leia mais em: Estudante é premiado na primeira etapa do Prêmio Capes de Tese 2023
Parcerias para o desenvolvimento produtivo
A tese de Kellen Santos Rezende, aluna egressa do Programa de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), foi defendida em 2022 com o título “Parcerias para o desenvolvimento produtivo uma estratégia para o desenvolvimento do complexo econômico industrial da saúde (ceis) no país”, com orientação da presidente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UnB, Profª. Dra. Maria Sueli Soares Felipe, e coorientação do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, pesquisador da Fiocruz e docente do Programa de Pós-Graduação de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Carlos Gadelha.
O trabalho analisou as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), projetos conduzidos pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil para cooperação entre instituições públicas e entidades privadas que têm o intuito de desenvolver, transferir, absorver tecnologias, capacitar produtiva e tecnologicamente o país para atendimento de demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) e à maior sustentabilidade do sistema de saúde. O objetivo da tese foi avaliar as PDP como instrumento das políticas públicas de saúde e de desenvolvimento industrial considerando seu marco regulatório, resultados e benefícios tecnológicos e socioeconômicos.
+Acesse a tese no Repositório UnB
*com informações do ICC/Fiocruz Paraná, do IGM/Fiocruz Bahia e da Capes
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), lançou o edital para o Processo Seletivo 2024 em duas habilitações técnicas integradas ao Ensino Médio – Análises Clínicas e Biotecnologia. As inscrições estarão abertas de 2 de outubro a 6 de novembro e serão feitas pelo site do Processo Seletivo. . A Escola irá oferecer, ao todo, 64 vagas.
A inscrição deverá ser realizada com o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e do RG, obrigatoriamente do candidato, que deverá se inscrever em um único grupo e habilitação. O candidato poderá alterar a habilitação e o grupo (no caso de ser cotista) até o último dia de inscrição. O edital pratica a reserva de vagas tal como prevista pelas Leis nº 12.711/2012 e nº 13.409/2016.
O valor da taxa de inscrição é de R$ 40,10. Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderão ser feitos de 18 a 27 de setembro, também pelo site do processo seletivo. É importante ressaltar que mesmo os candidatos que garantiram a isenção para o processo devem realizar a inscrição.
Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Saúde terão duração mínima de quatro anos, em horário integral, com cargas horárias diferenciadas, conforme os planos de curso das habilitações técnicas. O Processo Seletivo é feito exclusivamente por meio de sorteio público, que será realizado no dia 29 de novembro, com transmissão pelo canal da EPSJV no Youtube. A divulgação dos candidatos aptos à matrícula será divulgada no dia 14 de dezembro de 2023.
A EPSJV fica na Avenida Brasil, 4.365, em Manguinhos.
Mais informações no site www.processoseletivo.epsjv.fiocruz.br, pelo e-mail pseletivo.epsjv@epsjv.fiocruz.br ou pelo telefone (21) 3865-9805.
#ParaTodosVerem Banner com fundo vermelho, no topo está escrito: Processo seletivo 2024, curso técnico em saúde integrado ao ensino médio. Abaixo informações sobre gratuidade e o lugar onde abriu o processo seletivo.
Estão abertas até 27 de agosto as inscrições para o curso de atualização Controle da qualidade de saneantes, promovido pela Coordenação de Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). Os interessados devem acessar o Campus Virtual Fiocruz para realizar as inscrições.
O curso tem como objetivo atualizar profissionais das vigilâncias sanitárias, da Anvisa, de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e de outras instituições públicas que atuam na área de saneantes. Serão apresentados aspectos do controle da qualidade dos saneantes nas diversas áreas do conhecimento envolvidas: toxicologia, química, microbiologia e rotulagem.
Serão ofertadas 15 vagas, destinadas a profissionais de instituições públicas com nível superior completo. O curso será realizado no período de 2 a 5 de outubro, das 8h às 17h, com carga horária total de 32 horas.
As aulas serão ministradas por profissionais do Núcleo de Saneantes do INCQS/Fiocruz. Leonardo Lopes, Bruna Sabagh e a vice-diretora de Vigilância Sanitária do Instituto, Célia Romão, são os responsáveis.
O curso será ministrado na modalidade presencial, no INCQS/Fiocruz, localizado na Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro.
Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail cpe@incqs.fiocruz.br ou pelo telefone 3865-5112.
Confira a chamada e inscreva-se!
Foi realizada nesta quarta-feira, 23 de agosto, a cerimônia de lançamento da edição impressa da Política de Apoio ao Estudante (PAE). O evento foi coordenado pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), por meio da Coordenação-Geral de Educação (CGE) da Fiocruz. Participaram da mesa de abertura a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC), Cristina Guilam; a coordenadora do Centro de Apoio ao Discente (CAD), Etinete Nascimento; e a coordenadora-geral da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz - Rio de Janeiro (APG-Rio), Beatriz Maria. O evento está disponível para visualização no canal do CAD/Fiocruz no Youtube.
A Política de Apoio ao Estudante (PAE) é uma iniciativa da VPEIC a partir da inspiração de centenas de participantes dos dois últimos congressos internos da Fiocruz, que apontaram a necessidade de um documento que orientasse as ações institucionais, tendo em vista a construção de um processo educacional de qualidade, com forte produção de conhecimento e de inovação.
A PAE já está disponível na versão online desde o seu lançamento há alguns meses, Etinete ressaltou que a necessidade de se ter uma edição impressa da PAE, em tempos onde tudo está digitalizado e online, é que este exemplar seja um instrumento nas vidas dos docentes e discentes da Fundação. "Devemos sempre pensar que temos que trabalhar por este símbolo agregador, para que possamos ter como missão algo que traga para a Fiocruz excelência e qualidade de ensino, progressivas e a todo instante, e que traga para os estudantes contínua luta pelo bem-estar".
Durante o lançamento da edição física, Cristina Guilam reafirmou a concretização deste instrumento como símbolo da educação na Fiocruz. "Eu considero isso como uma síntese de todo o movimento que a Fiocruz já vinha fazendo em nome da proteção ao estudante e da ruptura de um ciclo vicioso que é a desigualdade, uma pós-graduação que sempre foi para poucos. Então essa política se coloca no sentido fortalecer a inclusão, uma ruptura com essas desigualdades sociais".
A representante dos alunos na mesa, Beatriz explicou que a finalidade da PAE é dar prioridade e melhores condições de acesso e permanência aos estudantes na Fundação. "Tem como principal objetivo representar os discentes que compõem a nossa instituição de forma coletiva e também considerando as individualidades de cada aluno e cada caso que aparece para ser solucionado, tentando ajudar da melhor forma possível".
Participaram também da abertura a coordenadora de EAD da Fiocruz Pernambuco e membro do Grupo de Trabalho da PAE, Joselice Pinto; o doutorando da Fiocruz Manaus e representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz Amazonas e membro do GT PAE, Vitor da Silva Aquino; além da doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e membro do GT PAE, Elizabeth Leite, e a integrante do Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, Tatiane Nunes.
+Acesse e conheça a Política de Apoio ao Estudante da Fiocruz (PAE)
O propósito da PAE é orientar a elaboração e a execução de ações que garantam aos estudantes condições adequadas para acesso, permanência e conclusão dos cursos oferecidos pelas unidades e escritórios da instituição, com vistas à formação plena e de qualidade, à inclusão social, à produção de conhecimento e de inovação, à melhoria do desempenho acadêmico e ao bem-estar biopsicossocial durante a trajetória educacional de cada discente na Fiocruz.
A Política de Apoio ao Estudante (PAE) é voltada aos alunos com matrícula ativa e regular na Fiocruz nos cursos técnicos de nível médio e especializações técnicas em saúde; de pós-graduação Lato sensu (especialização e residência em saúde) e Stricto sensu (mestrado e doutorado) oferecidos unicamente pela Fiocruz ou em associação, rede, consórcio, cooperação, associação e parceria com outras instituições, conforme as distintas necessidades e o princípio da equidade.
Esta iniciativa integra um conjunto de políticas institucionais orientadas pelo compromisso de fortalecer a formação de profissionais para o SUS e de pesquisadores, visando contribuir para a redução das desigualdades estruturais que se expressam na saúde, na educação e na ciência. Sua elaboração partiu da compreensão da educação como prática da liberdade, e como direito social que, além do seu valor intrínseco, também condiciona o acesso a todos os demais direitos.
Assista aqui ao lançamento da versão impressa da PAE:
*Com informações de Isabela Schincariol.
#ParaTodosVerem Fotomontagem com três fotos do evento de lançamento da edição impressa da Política de Apoio ao Estudante da Fundação Oswaldo Cruz, aprovada pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz em 15 de dezembro de 2022, em que aparecem os palestrantes e o público.
Está chegando ao fim o prazo de inscrição para segunda chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG). A iniciativa da Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), visa promover a permanência de estudantes de baixa renda da Fiocruz, em situação de vulnerabilidade social, ligados aos programas de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. As Inscrições podem ser feitas até 24 de agosto.
+Acesse aqui a segunda chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG)
!!! Atenção: Para acessar o formulário e realizar a sua inscrição é necessário ter cadastro no Acesso Único Fiocruz. Clique aqui e leia o Guia de acesso ao formulário e tire suas dúvidas sobre as inscrições, assim como o passo a passo para se cadastrar no Acesso Único Fiocruz.
No momento da inscrição, se o aluno perceber alguma inconsistência de dados no preenchimento do cadastro, será necessário entrar em contato diretamente com a secretaria acadêmica do curso ao qual o aluno está vinculado.
Ao todo, poderão ser atendidos até 50 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.