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Publicado em 27/11/2023

Fiocruz lança curso online e gratuito sobre introdução ao SUS

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O que foi o movimento da reforma sanitária brasileira? A organização da atenção e das vigilâncias em saúde é uma temática do seu interesse? Quais os princípios, diretrizes e condições estruturais do sistema de saúde do nosso país? Se você quer aprender como foi organizado um dos maiores sistemas de saúde públicos do mundo, de caráter gratuito e universal, conheça o novo curso do Campus Virtual Fiocruz: Introdução ao SUS. Assim como nosso Sistema Único de Saúde, o curso é aberto e gratuito! A formação tem carga horária de 60 horas e é especialmente voltada a profissionais de saúde, gestores públicos, conselheiros de saúde, além de estudantes de pós-graduação e graduação do campo da saúde e outras pessoas que queiram conhecer mais sobre esse sistema. Ele foi desenvolvido com a participação de diferentes unidades da Fiocruz — Ensp, EPSJV, CEE, Fiocruz Minas Gerais e IFF —, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Rede Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, além do apoio do Ministério da Educação (MEC). As inscrições estão abertas!

Inscreva-se já!

O SUS é uma conquista da sociedade brasileira, fruto de décadas de luta pelo direto à saúde no país, associada à defesa da democracia e de uma concepção abrangente de Seguridade Social. O novo curso apresenta o sistema de saúde do Brasil, seus princípios, diretrizes, avanços e desafios em 35 anos de implementação. Seu material está organizado em três módulos: O primeiro aborda de forma breve a história de criação do SUS, com ênfase no movimento sanitário dos anos de 1980, seus princípios e diretrizes. Em seguida, traz um balanço de sua implementação, considerando uma série de dimensões estratégicas, como o complexo econômico-industrial em saúde, as relações público-privadas no setor, a descentralização, o financiamento, o trabalho e a educação em saúde, e a participação social. Já o terceiro módulo enfoca a organização das ações e serviços de saúde, com ênfase na atenção primária, na vigilância em saúde e na vigilância sanitária.

O curso está sob a coordenação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, que é docente da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), juntamente com a também pesquisadora da Escola, Luciana Dias Lima, que atualmente ocupa o cargo de vice-diretora de Pesquisa e Inovação Ensp. Cristiani destacou que o curso, neste momento, está sendo ofertado na modalidade autoinstrucional e pode ser feito por qualquer pessoa interessada em conhecer um pouco mais sobre o SUS. No entanto, para 2024, a previsão é que ele seja ofertado também como uma disciplina transversal para os programas de pós-graduação da Fiocruz de todo o país. "Com isso, nossa ideia é que todos os estudantes da Fundação, independente da área de especialidade dentro do grande campo da saúde, tenham conhecimento sobre nosso Sistema Único de Saúde, seus princípios, diretrizes e especialmente compreendam seu funcionamento, problemas, limites e desafios a serem enfrentados", reforçou ela. 

A vice-presidente detalhou ainda a amplitude do conteúdo do curso e seu público. Segundo Cristiani, a formação pode ser utilizada em diferentes disciplinas em combinação com uma determinada proposta pedagógica para estudantes de pós-graduação e graduação; e também pode ser apropriado como uma disciplina transversal a outros cursos mais amplos; além da forma autoinstrucional. "Com o curso esperamos contribuir para uma maior qualificação dos profissionais de saúde que estão sendo formados e dos que já estão atuando em serviços. Que eles possam compreender melhor quais são os grandes obstáculos e dilemas desse Sistema e, assim, contribuir para o seu fortalecimento".

A formação conta com um rico conteúdo composto de inúmeros Recursos Educacionais Abertos, como vídeos, glossário, podcasts e materiais complementares. Este curso traz como novidade a implantação do Vocabulário Brasileiro de Libras (VLibras), um conjunto de ferramentas que traduz automaticamente conteúdos em português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ele foi desenvolvido pelo governo brasileiro em parceria com universidades e instituições de pesquisa, e tem como objetivo facilitar a comunicação e o acesso à informação para pessoas surdas. 

Conheça a estrutura do curso Introdução ao SUS:

  • Módulo I – Movimento sanitário, criação e configuração do SUS

Aula 1.1 - Origens do SUS: movimento da reforma sanitária e processo constituinte (1970 a 1980)
Aula 1.2 - SUS: princípios, configuração e aspectos-chave

  • Módulo II – Condições estruturais para o desenvolvimento do SUS

Aula 2.1 - Desenvolvimento e saúde: a abordagem do complexo econômico-industrial da saúde
Aula 2.2 - O público e o privado na provisão de serviços de saúde
Aula 2.3 - Descentralização, regionalização e relações intergovernamentais na gestão do SUS
Aula 2.4 - Financiamento do SUS
Aula 2.5 - Formação e gestão da força de trabalho em saúde
Aula 2.6 - Representação, movimentos sociais e participação social no SUS
Aula 2.7 - Educação e formação profissional em saúde

  • Módulo III – Organização da atenção e das vigilâncias em saúde

Aula 3.1 - Organização da atenção à saúde: APS e redes
Aula 3.2 - A vigilância em saúde no SUS
Aula 3.4 - A vigilância sanitária no SUS

 

#ParaTodosVerem Foto em preto e branco de um ginásio com um palco e arquibancada com diversas pessoas, no centro da foto tem uma placa que está escrito: 8ª Conferência Nacional de Saúde. Na foto também está escrito: Curso Introdução ao Sistema Único de Saúde - inscrições abertas.

Publicado em 24/11/2023

23 anos do Observatório dos Técnicos em Saúde: lançamento de site em 27/11

Autor(a): 
Fabiano Gama

Na segunda-feira, 27 de novembro, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) vai realizar o seminário de lançamento do novo site do Observatório dos Técnicos em Saúde (OTS). O evento, que marca a comemoração dos 23 anos do OTS, acontecerá no auditório da Escola Politécnica, a partir das 9h, e vai contar com transmissão ao vivo pelo canal da EPSJV no Youtube.

Durante a mesa de abertura, será apresentado o novo site do OTS e haverá a exibição do vídeo comemorativo.

Serão debatidos os desafios e agenda política da educação e do trabalho das(os) técnicas(os) no SUS, bem como apresentação de dados do OTS sobre a formação e o trabalho das(os) técnicas(os) em saúde no Brasil e resultados da pesquisa Desafios do Trabalho na Atenção Primária à Saúde na Perspectiva dos Trabalhadores.

O OTS foi criado em 2000 pela Escola Politécnica. É composto pela equipe do Laboratório de Trabalho e Educação Profissional em Saúde (Lateps) e integra a Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (ObservaRH), instituída pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O novo site do Observatório é produto do trabalho de dois anos de sua equipe de pesquisadoras(es) e foi produzido com apoio de recursos oriundos de emenda parlamentar do ano de 2022.

Neste momento de revalorização da educação e do trabalho em saúde na pauta política do Ministério da Saúde, a EPSJV/Fiocruz reforça sua disposição para o trabalho em rede, por meio do Observatório e de seus diversos dispositivos de pesquisa, ensino e cooperação, com vistas ao fortalecimento da atuação pública na formação e gestão do trabalho das técnicas e dos técnicos na área da saúde.

Confira aqui a programação completa e acompanhe ao vivo!

Publicado em 23/11/2023

Seminário online aborda diversificação no SUS

Autor(a): 
EPSJV/Fiocruz

Nos dias 28 e 29 novembro, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) vai realizar o VI Seminário Discente. Nesta edição de 2023, o tema é “Trabalho, Educação e Saúde: construindo pontes para as diversidades no SUS”.

Estudantes, professores, pesquisadores, profissionais técnicos da área de saúde, educação e trabalho podem se inscrever para participarem como ouvintes até 24 de novembro pelo formulário online.

O encontro será em formato híbrido, simultaneamente na sala 117 da Poli com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube da EPSJV.

O Seminário é um espaço aberto de diálogo entre estudantes de ensino médio, graduação e pós-graduação, assim como professores, técnicos e pesquisadores das áreas de saúde, do trabalho e da educação.

Ao participar do evento, você terá uma grande oportunidade de trocar experiências e vivências entre alunos e pesquisadores! Você não vai perder essa chance, não é? Vamos pensar juntos como abrir e reabrir caminhos para mais diversidade dentro do SUS?

Participe!

Publicado em 13/11/2023

EaD da Escola Nacional de Saúde Pública celebra 25 anos em novembro

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

Nos dias 27 e 28 de novembro, das 9h às 17h, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fiocruz (Ensp/Fiocruz) realizará o Seminário 25 Anos de EAD da Esp: Contribuições para uma Educação sem Distância na Formação para o SUS. Organizado pela Coordenação de Desenvolvimento Educacional e EAD (CDEAD), o evento celebra o aniversário de 25 anos da Educação à Distância da Ensp trazendo para a discussão temas relevantes, como desafios que a modalidade à distância enfrenta na contemporaneidade e aspectos relevantes da formação de docentes para EaD. Além disso, o evento, que se realizará no auditório térreo da Escola, contará com a participação de parceiros que fizeram parte dessa história e com alunos compartilhando suas vivências.  

Além das quatro mesas de debate que serão realizadas no auditório e transmitidas pelo Youtube, haverá uma tenda montada no pátio, em frente à Escola, que comportará a Mostra Educação sem Distância, apresentando ações realizadas ao longo dos 25 anos da EAD da Ensp. Neste espaço, haverá também atividades culturais e, ao final do dia 28 de novembro, um coquetel de celebração.

Com mais de 60 mil alunos formados em todo o território nacional, a EAD da ENSP tem mantido qualidade pedagógica e sido importante agente de implementação de políticas públicas relevantes para a saúde da população. 

Para comemorar, convidamos você para o Seminário 25 anos de EaD da Ensp: Contribuições para uma Educação sem Distância na Formação para o SUS, no qual: 

✔️ compartilharemos um pouco dessa história; 
✔️ conversaremos sobre temas relevantes como Desafios que a modalidade a distância enfrenta na contemporaneidade e aspectos relevantes da formação de docentes para EaD;
✔️ contaremos com a presença de parceiros históricos e alunos compartilhando suas vivências!

Local: Auditório da Ensp (térreo) e Pátio de entrada da Ensp, localizada na Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 - Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ.

Confira a programação e acompanhe:

27/11, 10h - Abertura do Evento

27/11, 14h30 - Em tempos de Cibercultura, de que EaD estamos falando?

28/11, 8h30 - Contribuições da Ead/Ensp para a implementação de políticas públicas

28/11, 14h - Contribuições dos projetos de intervenção

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo branco, com os dizeres no centro: Seminário 25 anos de EaD da Ensp, contribuições para uma educação sem distância.

Publicado em 13/11/2023

Editora Fiocruz abre chamada de publicação para coletâneas

Autor(a): 
Assessoria de Comunicação/Editora Fiocruz

Para encerrar as comemorações de seus 30 anos, a Editora Fiocruz lança mais uma chamada especial. Desta vez, o objetivo é estimular a publicação de coletâneas em português nas quais se abordem e analisem temas novos e emergentes e/ou metodologias inovadoras no campo das ciências da saúde e da saúde coletiva ainda pouco contemplados nos catálogos das editoras universitárias brasileiras. E, também, fomentar o debate acadêmico e público sobre os desafios contemporâneos da sociedade brasileira e da saúde global. 

Temas sugeridos, mas não exclusivos: saúde na infância e juventude; saúde das pessoas com deficiências; interseccionalidade e saúde; equidade e saúde; desinformação, redes sociais e saúde; doenças crônicas e saúde; financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS); acesso aos serviços de saúde; recursos humanos e trabalhadores do SUS; precarização do trabalho e saúde; saúde digital; relações internacionais, migrações, segurança e saúde; crise climática e impacto sobre a saúde das populações.

Nesta chamada, diferentemente do balcão da Editora, os originais serão avaliados por um comitê científico ad hoc que selecionará aqueles que combinem inovação, originalidade e qualidade acadêmica. Os escolhidos serão publicados no decorrer de 2025, com um selo que indique serem os livros aprovados no âmbito desta chamada. É importante frisar, contudo, que a Editora Fiocruz seguirá recebendo para avaliação, via balcão, manuscritos e/ou coletâneas que não se enquadrem no escopo aqui estabelecido.

Para os efeitos aqui propostos, os originais a serem submetidos a esta chamada especial deverão estar estritamente de acordo com o teor do documento Como Publicar da Editora Fiocruz, notadamente o Termo de Referência para Coletâneas e as Orientações Gerais. Deverão conter no mínimo oito e no máximo 12 capítulos e ser acompanhados de carta de apresentação dos originais na qual esteja descrita inclusive sua dimensão inovadora.

Para questões de ética e integridade de pesquisa, autores e organizadores devem seguir as diretrizes definidas pelos documentos Committee on Publication Ethics (Cope) – do qual a Fundação Oswaldo Cruz e seus periódicos são membros –, e pelo Guia de Integridade de Pesquisa da Fiocruz.

Calendário
Lançamento da chamada: 1º de novembro de 2023
Data limite para submissão de originais: 30 de agosto de 2024
Resultado da avaliação: 30 de setembro de 2024
Publicação: no decorrer de 2025, preferencialmente ainda no 1º semestre

 

 

#ParaTodosVerem banner azul com o texto "Chamada especial para coletâneas - Publique pela Editora Fiocruz".

Publicado em 06/11/2023

Centro de Estudos debate ‘Acesso às urgências e atenção hospitalar: uma questão de direitos humanos’

Autor(a): 
Informe Ensp

O acesso às urgências e atenção hospitalar como questões de direitos humanos serão tema do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp) do dia 8 de novembro. A atividade será às 14h, na sala 410 da Ensp, e haverá transmissão ao vivo pelo canal da Escola no Youtube, além de Tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Coordenado pela pesquisadora do Daps/Ensp/Fiocruz Gisele O'Dwyer, este Ceensp terá como palestrantes Mariana Konder, da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, Marisa Malvestio, da USP, e Mauricio Stedile, do Hospital Federal de Clínicas de Porto Alegre. 

Este Ceensp inspira-se no livro recém-publicado ‘Acesso Às Urgências e Atenção Hospitalar: Uma Questão de Direitos Humanos’, escrito pelas médicas Gisele O’dwyer e Mariana Konder. Ao considerar a Política Nacional de Atenção às Urgências, a obra apresenta os componentes da Rede de Urgências com suas especificidades e desafios. O Samu é apresentado como uma componente estruturante da atenção às urgências no país. A Atenção Primária à Saúde é destacada como espaço essencial para acolhimento das urgências de baixo risco. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) representa uma porta de acesso importante, apesar de funcionar para além do seu propósito, evidenciando o fenômeno de “internação” em ambiente pré-hospitalar. O hospital, fundamental componente para atenção às urgências, é apresentado com base no dimensionamento do parque hospitalar brasileiro, considerando estados, regiões e leitos SUS e não SUS.

Os componentes assistenciais são apresentados considerando o referencial dos Direitos Humanos. Apesar do volumoso e extenso investimento nos diversos componentes da Rede de Atenção às Urgências, a experiência dos usuários continua sendo a de acesso limitado, quando não interditado, e de muita luta e sofrimento para terem suas demandas atendidas. A superlotação das emergências hospitalares sintetiza bem esse fenômeno, tornando-se o local em que a violação de direitos é mais intensamente vivenciada pelo usuário. A rede hospitalar encontra-se no centro das respostas para essa experiência, sobretudo porque muito pouco foi feito pelo hospital ao longo de mais de três décadas de desenvolvimento do SUS. E, ainda, as condições do parque hospitalar e do sistema de urgência que, pela precariedade sustentada ao longo dos anos, produzem sistematicamente sofrimento ao paciente, com significativas consequências, como aumento da morbidade e mortalidade. O sofrimento não pode ser banalizado.

 

Publicado em 25/10/2023

Reciis aborda os diversos sentidos e práticas em Saúde digital

Autor(a): 
Roberto Abib (Icict/Fiocruz)

Ampliar a discussão multidisciplinar e integrada sobre Saúde digital. Este é um dos objetivos do terceiro número da Reciis de 2023 que conta com um dossiê sobre este tema. O número aborda também a pesquisa das ciências humanas no âmbito de comitê de ética em estudos com seres humanos e na reivindicação de uma agenda racial nas pesquisas em informação e comunicação em saúde. A Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis) é editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Conforme os editores convidados do dossiê Saúde digital, Raquel Brandini de Boni, Matheus Zuliane Falcão e Rodrigo Murtinho, o conceito ‘saúde digital’, especialmente no campo da informação e comunicação, se caracteriza por ser polissêmico, complexo e ainda em construção. No entanto, o conhecimento e suas práticas que envolvem inovações tecnológicas e digitais são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma importante estratégia para ampliar o acesso à saúde e melhorar as condições de vida das populações. Por isso, se faz necessário discutir o tema considerando também as implicações no ambiente digital que vão contra o direito à saúde garantida pelo Estado à sociedade.

Saúde digital: conceito polissêmico e suas práticas

Na coletânea, o artigo de Amaral et al. discute a premissa de transferência adequada de informações entre sistemas na gestão de hospitais federais no Rio de Janeiro. Ainda sobre a articulação da informação e otimização das ações de saúde, o trabalho de Scavuzzi et al. demonstra a importância do conceito de translação do conhecimento de saúde numa prática mediada por uma plataforma tecnológica, envolvendo diferentes atores sociais. Já Pinto et al. abordam alguns desafios de utilização de instrumentos jurídico para encomenda tecnológica de um órgão da administração pública, a partir de um estudo de caso no estado da Bahia. Ainda sobre as práticas de saúde na Rede, Nichiata e Passaro abordam a presença digital no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de aplicativos de dispositivos móveis e Justa et al. demonstram a usabilidade de uma plataforma voltada a cuidadores de pessoas idosas dependentes. Por fim, o dossiê traz para o debate científico a polissemia de conceitos em relação à desinformação por meio do artigo de Andrade et al. no qual analisam diferentes categorias associadas a notícias falsas nos ambientes digitais durante a pandemia de covid-19.

Ética e raça nas pesquisas

Na seção Entrevista, a médica sanitarista Lucia Souto, atuante em diversos movimentos populares e conferências nacionais de saúde, conta como seu trabalho em medicina comunitária a motivou a buscar em uma ecologia de saberes o direito à saúde e democracia no campo da pesquisa científica. Em Nota de Conjuntura, Hully Falcão faz uma análise sobre a submissão de pesquisas qualitativas de comunicação e informação em saúde no sistema CEP/Conep. Conforme a autora, o sistema trata a ética em pesquisa numa linguagem da bioética principialista, o que restringe o processo de submissão dos estudos a uma lógica cartorial, em que o ‘poder do cartório’ é o principal legitimador de uma pesquisa considerada ética nas ciências humanas. Em editorial, os editores científicos Igor Sacramento, Kizi Mendonça de Araújo, Christovam Barcellos e a assistente editorial Léa Camila de Souza Ferreira apontam a necessidade de estimular pesquisas atentas à raça nos sistemas de informação em saúde a fim de considerar as permanências latentes da escravidão nas constantes disputas na promoção e acesso às políticas de saúde de maneira equânime, integral e universal. Na seção Resenha, Márcia Lisboa destaca a questão central do livro ‘A natureza da atividade comunicativa’, de Adriano Duarte Rodrigues, que tem refletido nas últimas três décadas sobre as condições que desencadeiam a atividade comunicativa como processo interacional situado. Por meio de submissão em fluxo contínuo, este número apresenta ainda artigos originais que versam sobre a relação entre saúde, comunicação e informação em temas como: a medicalização da alimentação; vacinas, desinformação e fake news em plataformas das redes sociais; violência doméstica durante a covid-19; a relação da pandemia e diabetes e a construção ontológica do HIV/Aids.

Confira a edição!

Publicado em 10/10/2023

Fiocruz lança curso online sobre febre maculosa

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Apresentar conceitos básicos sobre a febre maculosa, buscando sensibilizar os profissionais de saúde para um diagnóstico mais ágil e preciso, além de otimizar o tratamento da doença, minimizando o número de óbitos. Esse é o objetivo do novo curso lançado pelo Campus Virtual Fiocruz em parceria com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz): Febre maculosa: diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção. A formação de 20h é online e gratuita! As inscrições estão abertas! 

Inscreva-se já! 

O curso é destinado prioritariamente aos trabalhadores(as) do SUS de nível médio e superior que atuem nas ações de saúde com atendimento e diagnóstico à população exposta às áreas endêmicas. Contudo, seu conteúdo está acessível de forma gratuita a qualquer pessoa que tenha interesse em informação científica de qualidade sobre o tema.

O curso parte do pressuposto que a falta de informação e o diagnóstico ágil continuam sendo os principais desafios no enfrentamento e redução dos óbitos da febre maculosa.

A coordenadora-geral da formação, a pesquisadora do IOC/Fiocruz Elba Lemos, destacou que, na última década, temos ouvido falar com frequência sobre o conceito da “saúde única”. Segundo ela, uma abordagem holística, multiprofissional e interdisciplinar que visa à integração entre a saúde humana, animal e ambiental para a efetiva e oportuna detecção de ameaça à saúde humana, e também para a instituição de ações de controle e prevenção. Para Elba, é nesse contexto que a febre maculosa se enquadra, especialmente por ser uma zoonose de elevada letalidade, geralmente decorrente do desconhecimento por parte dos profissionais de saúde. Com isso, ela defende que "a disponibilidade de instrumentos que auxiliem na formação profissional - como este curso online, por exemplo - são, sem qualquer dúvida, estratégicos para que a abordagem da saúde única possa ser efetiva, considerando a necessidade de uma contínua sensibilização e transferência de conhecimento", ponderou a pesquisadora, especialista na temática. 

A Febre Maculosa Brasileira (FMB) apresenta um quadro clínico marcado por febre alta, cefaleia, náuseas e vômitos. E o seu correto diagnóstico depende do conhecimento dos profissionais de saúde sobre este agravo, pois ela compartilha as mesmas manifestações clínicas, ou seja, os mesmos sintomas, com diversas outras doenças, como dengue, zika e chikungunya, por exemplo, o que dificulta seu diagnóstico e pode retardar seu correto tratamento. 
Durante a trajetória de aprendizagem, os profissionais da assistência à saúde conhecerão métodos de diagnóstico, terapêutica e cuidados necessários para evitar o óbito em consequência da febre maculosa; e também receberão orientações acerca da vigilância em saúde sobre o processo de notificação e investigação das fontes de exposição da população sujeita aos carrapatos contaminados. A ideia é que, ao final do curso, os participantes sejam capazes de citar os cuidados pessoais para evitar a picada do carrapato; reconhecer os objetivos da vigilância em saúde na febre maculosa; e também a importância da notificação da febre maculosa.

Para tanto, o conteúdo da formação foi desenvolvido em linguagem acessível, conta com recursos de acessibilidade em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e áudio legendas a partir dos recursos educacionais abertos (REA) desenvolvidos especificamente para o curso, e outros recursos identificados em repositórios da Fiocruz ou de outras instituições com política de acesso aberto ao conhecimento. A ideia é que assim a formação possa atingir profissionais de saúde de todos os municípios do país e de países de língua portuguesa em outros continentes.

O curso completo inclui: conteúdos autoinstrucionais, situações de aprendizagem e de interação didática, com mediação tecnológica a partir de uma significativa diversidade de recursos (vídeos, figuras interativas e imagens ilustrativas), além de atividade avaliativa ao término do curso.

A formação foi organizada em três módulos, com carga horária de 6h cada, e mais 2h para a avaliação, que deverá ser realizada ao final do curso, totalizando 20h de formação. Conheça o curso Febre maculosa: diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção:

Módulo 1: O que é febre maculosa? 

Aula 1: A febre maculosa 
Aula 2: O agente infeccioso 
Aula 3: As espécies de carrapato transmissor da doença no Brasil 
Aula 4: A transmissão da doença 

Módulo 2: Manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento

Aula 1: As manifestações clínicas 
Aula 2: O diagnóstico 
Aula 3: O tratamento 

Módulo 3: Prevenção, controle e vigilância em saúde

Aula 1: Os cuidados pessoais para evitar a picada de carrapato 
Aula 2: A vigilância da febre maculosa 
Aula 3: A notificação da doença

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo marrom e uma foto de um carrapato, no centro o nome do curso - Febre Maculosa: Diagnóstico, tratamento e prevenção, inscrições abertas.

Publicado em 29/09/2023

Conferência discute a promoção de saúde mental em territórios periféricos

Autor(a): 
Cooperação Social da Presidência da Fiocruz

No dia 30 de setembro, das 9h às 16:30h, acontecerá a primeira Conferência Livre Nacional de Saúde Mental das Periferias, em formato virtual através da plataforma Zoom. O evento é promovido por organizações e coletivos de periferias de todo o Brasil – urbana, do campo, da floresta e das águas - e pretende debater, refletir e elaborar propostas de ação voltadas à promoção de saúde mental de populações que experimentam a vida em condições de múltiplas incidências de sofrimento e adoecimentos nesses territórios, incidindo política e estrategicamente na 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental a ser realizada entre 11 e 14 de dezembro, em Brasília. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas neste link.

Balizado pela assertiva de que “a Política de Saúde Mental é um Direito das populações periféricas”, o evento tem como eixo principal o fortalecimento do SUS, o cuidado de saúde mental em liberdade e o respeito aos Direitos Humanos. Além disso, as políticas de saúde mental, a partir dos princípios de universalidade, integralidade e equidade do SUS; a gestão, o financiamento, formação e participação social na garantia dos serviços de saúde mental; e os impactos sobre a população e os desafios de suporte psicossocial durante e pós-pandemia serão debatidos no encontro. Confira o documento orientador do evento.

A Conferência Livre Nacional de Saúde Mental das Periferias é resultado de uma articulação de diferentes organizações e movimentos de usuários, trabalhadores do SUS, pesquisadores em Saúde Coletiva e coletivos atuantes em periferias diversas. A Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) são os proponentes do encontro, que conta com a participação na concepção e organização do evento: Centro de Apoio Psicossocial (Caps) III Maria do Socorro, da favela da Rocinha (RJ); Cebes Núcleo Paraná (PR); Cia. Encena (RJ); Espaço Casulo Maré (RJ); Espaço Normal/Redes da Maré (RJ);  Fórum Favela Universidade (RJ); Fórum dos Prés Vestibulares Populares do Rio de Janeiro (RJ); Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas (SP); Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira/Museu Bispo do Rosário (RJ); Associação Brasileira de Enfermagem/Departamento de Saúde Mental (ABEn); Jornal Fala Roça (RJ); Jornal Fala Manguinhos (RJ); Movimento de Luta Antimanicomial; Plataforma Brasileira de Políticas de Drogas; Unidade de Acolhimento de Adultos (UAA) Cacildis (RJ); e Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) Marinheiro João Cândido (RJ). A conferência recebe o apoio da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz (CCSP/Fiocruz), da Assessoria de Relações Institucionais da Presidência da Fiocruz, do Programa Institucional de Articulação Intersetorial em Violência e Saúde da Fiocruz e do Programa Institucional sobre Política de Drogas, Direitos Humanos e Saúde Mental da Fiocruz.

Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para confsaudementalperiferias@gmail.com

PROGRAMAÇÃO 

9h: Mesa de Abertura 

9h30: Falas de Provocação 

10h: Leitura de Propostas 

12h30 – 13h30: Intervalo de Almoço 

13h45: Votação de Propostas / Votação de Delegados(as) 

16h30: Encerramento

SERVIÇO 

Conferência Livre Nacional de Saúde Mental das Periferias 

Data: 30/09/2023 (sábado) 
Horário: 9h às 16h30
Inscrição 
Documento orientador
Instagram 

Redes Sociais das Organizações envolvidas: 

@vilaisabelvestibulares, @fpvprj, @forumfavelauniversidade, @cidadesemmovimento, @oficialfiocruz, @uaacacildis, @capsadmarinheirojoaocandido, @redesdamare 

Publicado em 28/09/2023

Saúde mental e população em situação de rua é tema de conferência virtual

Autor(a): 
Fernando Pinto (Fiocruz Brasília)

“Fortalecer e garantir políticas públicas: o SUS, o cuidado de saúde mental em liberdade e o respeito aos direitos humanos”. Este é o tema da Conferência Livre Nacional de saúde mental com a População em Situação de Rua, que será realizada no dia 29 de setembro, das 8h às 17h, em formato híbrido (presencial na Fiocruz Brasília e virtual pelo Zoom).

Inscreva-se já!

Para participar, é necessário preencher o formulário de inscrição. Os inscritos que optarem pela participação virtual receberão, no e-mail cadastrado, o link da sala virtual de discussão. A atividade será transmitida pelo canal da Fiocruz Brasília no Youtube.

Os inscritos irão debater quatro eixos diferentes: Cuidado em Liberdade como Garantia de Direito à Cidadania; Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental; Política de saúde mental e os princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade; e Impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia. No momento da inscrição, a pessoa deverá informar de que eixo tem interesse em debater. 

Integram a programação da atividade a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, o representante do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR), Vanilson Torres, o diretor de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Leonardo Pinho, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) da Fiocruz, Paulo Amarantes e de representantes do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), movimentos sociais da PopRua, trabalhadores do SUS e residentes da Fiocruz Brasília.

Esta Conferência Livre é organizada pelo Núcleo de Populações em Situações de Vulnerabilidade e Saúde Mental na Atenção Básica (Nupop) da Fiocruz Brasília, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Movimento Nacional de População de Rua (MNPR) e a Rede de Consultórios na/de Rua.

As Conferências Livres de saúde mental são espaços que ampliam a participação social nos debates e na formulação de propostas para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, assim como possibilita a eleição de pessoas delegadas para a etapa nacional. 

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