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Publicado em 03/05/2024

Sextas homenageia trabalhadoras e trabalhadores com "Canto do Trabalhador"

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz uma dupla homenagem: aos trabalhadores e trabalhadoras pelo 1° de maio, e ao poeta, compositor e músico Paulo César Pinheiro com a canção "Canto do trabalhador" de sua autoria em parceria com João Nogueira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Pintura com tons amarelos e laranja, há dois homens, os dois vestem calças escuras, blusas brancas de mangas compridas,
 e usam chapéus de palha, um deles tem uma bolsa nos ombros, ele observa o outro homem trabalhar com a enxada, o segundo homem está fincando a enxada no chão. 
No centro do banner, o trecho de "Canto do Trabalhador", composição Paulo César Pinheiro e João Nogueira:
Vamos trabalhar sem fazer alarde
Pra pisar com força o chão da cidade
A vida não tem segredo
É só acordar mais cedo
É só regar, pra alimentar o arvoredo
Por essa luta eu não retrocedo
Pra ver toda a mocidade
Com os frutos da liberdade
Escorrendo de entre os dedos
Que é para enterrar de uma vez seus medos...

Publicado em 26/04/2024

Sextas de Poesia traz Manuel Bandeira com O Último Poema

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Manuel Bandeira com "O último poema". Num recorte onde o definitivo poema não finda uma poética, e, sim, a restabelece ao contexto das ficcionais despedidas, o autor encena a melancolia no adiamento de sua ida… para a qual nunca foi, na verdade.

Manuel Bandeira foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Fez parte da primeira geração modernista no Brasil. Com uma obra recheada de lirismo poético, Bandeira foi adepto do verso livre, da língua coloquial, da irreverência e da liberdade criadora. Os principais temas explorados pelo escritor são o cotidiano e a melancolia.

 

 

*Com informações do blog Vício Velho.

#ParaTodosVerem Banner com fundo preto e a foto de Manuel Bandeira na parte inferior do banner, um senhor com cabelos curtos escuros, usa óculos de armação quadrada, veste uma blusa com gola e mangas compridas com linhas brancas, está sentado digitando em uma máquina de escrever, há livros atrás da máquina. A foto é em preto e branco.

No topo do banner um poema de Manuel Bandeira, O último poema:

Assim eu quereria

meu último poema

Que fosse terno dizendo

as coisas mais simples

e menos intencionais

Que fosse ardente como um 

soluço sem lágrimas...

Publicado em 19/04/2024

Sextas de Poesia celebra Dia dos Povos Indígenas

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem aos povos indígenas, neste dia de luta que se tornou o 19 de abril. E comemora com muita esperança e alegria a recente posse de Ailton Krenak como o mais recente Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Ailton Alves Lacerda Krenak é um líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta, escritor brasileiro da etnia indígena krenak e, agora, ocupante da cadeira de número 5 da ABL. 

Em seu discurso de posse, realizado em 5 de abril de 2024, ele lembra Mario de Andrade ao falar sobre seu lugar e, com toda força, afirma ser apenas um mas representar "305 povos, que nos últimos 30 anos do nosso país passaram a ter a disposição de dizer: 'Estou aqui’" . Isso nos lembra uma outra poeta indígena, Myrian Krexu, que afirma que o indígena "não está apenas na aldeia tentando sobreviver, ele está na cidade, na universidade, no mercado de trabalho, na arte, na televisão, porque o Brasil todo é terra indígena". 

Agora, eles também estão na ABL. Um momento para se orgulhar e que traz muita esperança na luta dos povos indígenas!

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto de um homem de meia idade indígena, vestindo uma toga verde com bordado de ramos dourados, ele possui cabelos grisalhos e está com uma faixa com cores claras amarrada na cabeça, está sorrindo. Na foto está escrito o discurso de posse de Ailton Krenak, na academia brasileira de letras (ABL) em abril de 2024:
'Será que nessa
cadeira cabem 300?'.
Como dizia Mario de 
Andrade, eu sou 300.
Eu não sou mais do que um, mas eu
posso invocar mais do que 300.
Nessa caso, 305 povos, que nos últimos
30 anos do nosso país, passaram
a ter a disposição de dizer:
"Estou aqui".
Sou guarani, sou xavante, sou caiapó,
sou yanomami, sou terena".

Publicado em 12/04/2024

Sextas de poesia traz Silvia Plath e sua angústia pelo amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz um poema de Silvia Plath, poeta norte-americana e uma das escritoras mais celebradas do Ocidente, ainda que só tenha sido alçada a esse posto após cometer suicídio em 1963. 

Neste poema, que é parte de Olmo, do livro Ariel, Silvia faz da busca do amor um grito.

Suas principais obras são as coletâneas The Colossus and Other Poems (1960, sem tradução em português), Ariel (1965) e o romance autobiográfico A Redoma de Vidro, publicado logo após sua morte. O suicídio fez dela, que era apenas uma jovem de 30 anos, um mito. A escritora, que narrava de forma contundente a condição feminina, apresentou talento precoce para a palavra aliado a um temperamento melancólico.

 

#ParaTodosverem Foto de um mar revolto com ondas batendo e um céu amarelado com o sol entre nuvens, no canto esquerdo da foto há uma mulher loira vestindo um sobretudo claro e óculos escuros, ela está no mar segurando um guarda chuva preto com a mão esquerda.
No centro da foto um treco do poema Olmo do livro ARIEL, da autora Sylvia Plath, tradução de Maria Fernanda Borges, edição Relógio D'Água:
Sou habitada por um grito
Noite após noite bate as asas
Procurando com as garras
algo para amar...

Publicado em 05/04/2024

Sextas de poesia faz um ode à paixão com Goethe

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana lembra o escritor Johann Wolfgang von Goethe que integrava o movimento alemão Tempestade e Ímpeto. De caráter romântico, o movimento defendia o retorno do ser humano à natureza. Goethe, portanto, é um dos primeiros românticos, e suas obras são caracterizadas pela subjetividade e exagero sentimental.

No trecho do livro O Divã Oriento-Ocidento, ele se aproxima da poesia persa, nos brinda com sua ode à paixão e deixa pérolas poéticas ao chão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com uma pintura abstrata ao fundo, na pintura há diversas cores como laranja, lilás e azul. No centro do banner um trecho do livro “Diva Ocidento-Oriental", de Goethe:
A maré da paixão, ela avança em vão 
contra a terra firme e incontida.-
Deixa pérolas poéticas no chão,
e isso já é um ganho na vida.

Publicado em 22/03/2024

Sextas homenageia Thiago de Mello, o poeta da liberdade e do amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas desta semana homenageia o poeta amazonense Thiago de Mello, aniversariante de março e que nos deixou em 2022. Durante toda sua vida foi comprometido com a liberdade e com o amor. Fazia do Amazonas seu lugar de pertencimento e fala. Era o poeta de branco, das águas.

O poema escolhido é "Narciso cego", uma busca entre o sonho e o sonhador, que não se decifra.

Um escritor premiado e reconhecido nacional e internacionalmente, viveu na ditadura, reagiu contra ela e escreveu a favor da liberdade. Ele é o poeta da liberdade e do amor. Ganhou uma linda homenagem da 34ª Bienal de São Paulo, quando um de seus versos mais lembrados , "Faz escuro mas eu canto", extraído de “Madrugada Camponesa”, escrito há 60 anos, foi tema da tradicional exposição.

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a pintura do rosto de uma mulher em cores vivas, metade do rosto está na luz e metade na sombra. 
Por cima da pintura um trecho do poema “Narciso cego” de Thiago Mello:

Tudo o que de
mim se perde 

acrescenta-se 
ao que sou

Contudo, me desconheço.
Pelas minhas cercanias 
passeio - não me frequento…

Cego assim, não me decifro.
E o imaginar-me sonhando
não me completa: a ganância 
de ser-me inteiro prossegue.
E pairo - pânico mudo -
entre o sonho e o sonhador.

Publicado em 15/03/2024

Sextas homenageia Cacaso, importante poeta do movimento estudantil contra o regime militar

Autor(a): 
Ana Furniel

Cacaso faria 80 anos! O Sextas de Poesia faz sua homenagem ao poeta que participou intensamente do movimento estudantil contra o regime militar e é considerado o tutor da “poesia marginal” brasileira, tendência que contestava os poetas concretos e buscava apenas falar de poesia e fazer poemas. O elo imediato entre vida e poesia levaram Cacaso a radicalizar a linguagem a ponto de eliminar, ao máximo, a ambiguidade. Contrariando as metáforas e metalinguagens que recheiam o livro de estreia de 1967, de viés cabralino, drummondiano e eliotiano, o poeta escreve no poema que dá nome ao livro "Na Corda Bamba" de 1978 - "Poesia/ Eu não te escrevo/ Eu te/ Vivo // E viva nós!".

Dentro do Cacaso tinha um anjo que lhe sufocou de amor!

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com linhas pretas e brancas na vertical e horizontal, no meio com um fundo preto, o poema de Cacaso:

trago comigo um retrato 
que me carrega com ele bem antes
de o possuir bem depois de o ter perdido.

Toda felicidade é memória e projeto.

Publicado em 08/03/2024

Sextas de Poesia homenageia as mulheres no Dia Internacional das Mulheres

Autor(a): 
Ana Furniel

Esta edição do Sextas de Poesia homenageia as mulheres, nesta data tão significativa que é o 8 de março, dia que marca a nossa luta e resistência, e também nossas conquistas políticas e sociais até aqui. A caminhada é árdua e longa, no entanto, com o poema de Rupi Kaur, do livro "O que o sol faz com as flores", enaltecemos a trajetória das mulheres que vieram antes de nós, as estradas já percorridas e os desafio já enfrentados: "o que é que eu faço para tornar essa montanha mais alta para que as mulheres que vierem depois de mim possam ver além". O horizonte é imenso, mas nossas lutas têm raízes profundas. Viva o Dia Internacional das Mulheres!

Rupi Kaur é uma jovem escritora indiana que ganhou destaque nos últimos anos publicando seus poemas nas redes sociais. Com uma escrita simples, mas profundamente sincera e intimista, Rupi Kaur ecreve poemas sem títulos e apenas com letras minúsculas, da mesma forma que se escreve em Gurmukhi - um sistema de escrita indiano, também considerado um novo alfabeto.

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com uma foto no centro, a foto é de uma mulher parada de costas admirando o horizonte, ela está em cima de várias rochas, está com os cabelos presos e um chapéu, veste uma blusa social laranja, calça preta, tênis de corrida e meias compridas, o céu está em um tom amarelo com rosa. No centro da foto, o poema de Rupi Kaur do livro "O que o sol faz com as flores":
me levanto
sobre o sacrifício
de um milhão de mulheres
que vieram antes
e penso
o que é que eu faço
para tornar essa montanha mais alta
para que as mulheres que vierem
depois de mim
possam ver além.

-legado

Publicado em 01/03/2024

Sextas homenageia a Cidade Maravilhosa em seus 459 anos

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia traz o compositor Moraes Moreira com "Um baiano no Rio" pra homenagear nossa cidade, esse Rio que, de janeiro a janeiro, encanta, seduz, aguenta, resiste e se reinventa. Um Rio que atravessa com suas curvas, morros, montanhas, do Leme ao Pontal, e nao há nada igual. A cidade que se mostra suburbana e do samba pelos trilhos do trem. O Rio que os cariocas não gostam nublado, e que sempre desagua no mar.

Parabéns Rio! 

Uma homenagem do Sextas de Poesia pelo aniversário de 459 anos do Rio de Janeiro.

Publicado em 23/02/2024

Sextas apresenta o amor recreativo, com Luiza Leite Ferreira

Autor(a): 
Ana Furniel*

Escrever sobre amor é perigoso. Luiza Leite Ferreira não se deixou intimidar, ainda bem, e agora nos apresenta mais de cinquenta poemas em que Eros é guia, angústia e risada. O Sextas de Poesia desta semana apresenta o poema 'Miopia', do livro 'Amor Recreativo', essa famigerada palavra ganha contornos tão difusos quanto o efeito das borboletas no estômago.

Luiza Leite Ferreira é jornalista, tradutora e escritora. Natural do Maranhão, vive em Niterói e escreve desde a infância. Ganhou concursos escolares, foi selecionada no VII Concurso Municipal de Conto de Niterói em 2008 e coorganizou a antologia de contos Debaixo do mesmo céu (Numa) com André Diniz em 2020. É autora de 'É na cacofonia que eu me escuto' (Caravana), livro de poesia lançado em 2022 e tem poemas publicados nas revistas Mormaço, Ruído Manifesto, entre outras. Integra o Coletivo Escreviventes e o portal Fazia Poesia, escreve o blog leialuiza.wordpress.com (instagram: @leialuizablog) e também a newsletter Cartas para Ninguém, no Substack.

 

 

 

 

*Com informações de Editora Patuá.

#ParaTodosVerem Foto em preto e branco de duas pessoas dançando na chuva, na foto não é possível ver os seus rostos. No topo está escrito o poema de Luiza Leite Ferreira, em “Amor recreativo” - Miopia: Dispensar as lentes prescritas 
enxergar beleza nas cores borradas 
o amor não precisa de contornos.

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