Saúde

Home Saúde
Voltar
Publicado em 22/10/2019

Casa de Oswaldo Cruz inscreve para curso sobre bases das ciências biomédicas

Autor(a): 
COC/Fiocruz

Debater sobre os diferentes sistemas de evidência na medicina dos séculos 19 e 20, enfatizando a emergência do pensamento estatístico como parte da produção de conhecimento e da tomada de decisões na biomedicina e na saúde pública. Este é o objetivo do curso As Bases das Ciências Biomédicas. Como sabemos se sabemos? Validando conhecimentos em medicina, que será promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). É possível se inscrever até o dia 28 de outubro.

Voltado para profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes de pós-graduação, a capacitação vai discutir a emergência da estatística na medicina, o desenvolvimento da epidemiologia, além de ensaios clínicos randomizados e a medicina baseada em evidências e o surgimento da medicina personalizada. 

Ministradas pelos pesquisadores da COC, Ilana Löwy, Luiz Antonio Teixeira e Luiz Alves Araújo Neto, a capacitação contárá com a exibição de vídeos para a discussão sobre os temas propostos. Com carga horária de 20 horas, as aulas acontecerão nos dias 4, 11, 18 e 25 de novembro e 2 de dezembro, de 13h às 17h, na sala 304 do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS). O CDHS fica no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Inscreva-se já aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 21/10/2019

Fiocruz lança pesquisa de opinião para desenvolver seu novo Campus Virtual

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Conta pra gente: o que você acha do nosso portal? Para aprimorar o Campus Virtual Fiocruz (CVF), a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) está realizando uma pesquisa de opinião. São apenas 13 perguntas sobre a plataforma, que oferece serviços e conteúdos na área de educação em saúde. Para participar, é só acessar a pesquisa de opinião online e responder até o dia 22 de novembro*.

O CVF agrega informações e iniciativas de ensino de todas as unidades da instituição e tem registrado um grande crescimento, comenta a coordenadora Ana Furniel. "Nestes 3 anos do Campus, registramos 8,3 milhões de visitas. Isso expressa a importância e o crescimento da área de educação na Fiocruz. Além disso, a registramos cerca de 80 mil alunos matriculados, refletindo o grande interesse pelos cursos com chancela da Fiocruz".

Por isso, é importante investir no desenvolvimento da plataforma. "Para oferecer um ambiente capaz de suportar toda esta capacidade com segurança, é natural investirmos na evolução do portal", explica Ana. Ela destaca que há também novos projetos ancorados no Campus Virtual Fiocruz. "Recentemente, lançamos o Educare, ambiente dedicado a recursos educacionais abertos (REA), o que exige uma excelente performance, tanto em termos de espaço de armazenamento quanto na agilidade para as buscas de todos estes objetos digitais". 

A coordenadora comenta de que forma o levantamento vai contribuir para a nova versão do portal. "O objetivo é ampliar as possibilidades de integração, tanto entre as diversas áreas da instituição quanto a interação com os públicos, que têm diferentes necessidades. Por isso, a opinião de todos é fundamental para o sucesso desse trabalho". O novo CVF será lançada no primeiro semestre de 2020, como parte das celebrações pelos 120 anos da Fiocruz.

Participe da pesquisa: acesse aqui o formulário online e dê a sua opinião!

Sobre o Campus Virtual Fiocruz

Lançado em 2016, o CVF é uma iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). O portal reúne informações, inscrições e acesso a cursos na área da saúde em diferentes níveis e modalidades, ambientes virtuais de aprendizagem, videoaulas e recursos educacionais abertos (REA). Também divulga oportunidades profissionais e de acesso a financiamento, como bolsas, chamadas internas e editais de incentivo nacionais e internacionais. 

A plataforma também é estratégica na articulação, fortalecimento e ampliação das redes de educação em saúde, a exemplo da parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/OPAS), das ações do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes) e de cooperações com instituições do Brasil e do mundo.

 

*Atualizado em 19/11/2019.

Publicado em 21/10/2019

Entrega de prêmios marca Semana da Educação na Fiocruz

Autor(a): 
Gustavo Mendelsohn de Carvalho (AFN/Fiocruz)

A Semana da Educação na Fiocruz teve início no Dia do Mestre (15/10), em cerimônia realizada no auditório do Museu da Vida (RJ), dedicada à entrega da Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall, do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses de 2019, e a homenagens a alunos egressos de programas de doutorado da Fiocruz contemplados pelo Prêmio Capes de Tese. Participaram da mesa de abertura a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; a coordenadora-adjunta de Educação, Eduarda Cesse; a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves; e o coordenador da Associação de Pós-graduação da Fundação (APG), Richarlls Martins.

O representante da APG disse: “Em um momento de intenso ataque à educação pública, à pós-graduação e a ciência e tecnologia no país, celebrar a Semana da Educação na instituição é mais do que fortalecer nossa produção, é marcar nossa perspectiva de democracia”. Na mesma linha, Mychelle Alves defendeu "a educação pública, gratuita e de qualidade, para que a gente tenha um país mais justo e igualitário. Hoje estamos vivendo um processo em que tudo o que faz pensar criticamente está sendo atacado”.

Eduarda Cesse chamou atenção para o fato de que 75% dos trabalhos inscritos para o Prêmio Oswaldo Cruz deste ano foram mulheres, que receberam a maioria das premiações. Ela agradeceu às autoras e autores das teses “de elevado valor para o avanço do campo da saúde, assim como aos docentes que se dedicam ao ensino e à pesquisa na nossa instituição, com trajetórias acadêmicas de alto mérito”.

O simbolismo da cerimônia de entrega dos prêmios, em meio às dificuldades do contexto atual da educação pública e da ciência no país, foi ressaltado pela vice-presidente Cristiani Vieira Machado. "É importante que possamos coletivamente valorizar o tipo de pesquisa que fazemos aqui, o entendimento da indissociabilidade entre a pós-graduação e a pesquisa, e do quanto os alunos contribuem em produzir conhecimento e trazer soluções para os problemas da nossa sociedade”, afirmou.

Por sua vez, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, enfatizou o compromisso da instituição com iniciativas e movimentos “que têm hoje a ideia central de que ciência tecnologia e educação têm que ser vistos como investimentos no futuro do nosso país, não podem ser vistos por uma lógica contábil”. Nesse sentido, referiu-se ao engajamento da Fundação e outras instituições na campanha Ciência, pra que Ciência?, impulsionada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) contra o desmonte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela agradeceu ainda ao Conselho Deliberativo da Fiocruz pelo apoio a medida emergencial proposta pela presidência, garantindo recursos para manutenção de bolsas de pós-graduação.

Reconhecimento a professores e alunos

A primeira homenagem no evento foi a entrega da Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall à professora Cecília Minayo, somando-se a uma extensa série de títulos de reconhecimento a sua trajetória na área de saúde coletiva, particularmente em temas relacionados a violência e saúde. A ocasião trouxe uma inovação no formato do cerimonial: a professora foi entrevistada por Suely Deslandes, que foi sua orientanda e colaboradora muito próxima no Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp/Fiocruz).

Suely ressaltou a “generosidade e a postura ético-política de parceria e de respeito ao conhecimento do outro” da homenageada, perguntando sobre momentos de sua trajetória profissional de 63 anos como professora. “Comecei com 16 anos alfabetizando crianças, e desde o início, o meu grande norte foi a questão social”. A professora viveu fora do país “naquela época de trevas” da ditadura, ao lado marido Carlos Minayo, responsável por seu ingresso na Fiocruz. “Desde que entrei aqui me sinto como um peixe na água, tenho uma gratidão imensa à Fundação”, declarou.

Respondendo sobre sua análise da formação em saúde hoje em dia, Minayo disse que parte do Brasil está em um processo regressivo e pontuou: "Mas isso não significa que a ciência e a tecnologia aqui estejam regredindo. Quanto mais difícil, maior é nossa vontade de ultrapassar os desafios. Não comungo a ideia de abaixar a cabeça e achar que não tem nada pra fazer”. Perguntada sobre o que compartilharia com os que estão iniciando a trajetória profissional como educadores, afirmou: “A primeira coisa é amar o que faz. E sempre coloque um ponto de interrogação sobre o significado do seu trabalho para a sociedade e para a população”.

Na sequência, os homenageados foram chamados para receberem individualmente seus certificados, sempre antecedidos por depoimentos em vídeo sobre suas teses premiadas. Confira os depoimentos e a lista completa dos premiados e seus orientadores. Acesse, ainda, a gravação completa do evento.

Confira a nossa galeria de fotos para mais fotos do evento!*

 

*Atualizado em 22/10/2019.

Publicado em 18/10/2019

Abertas novas vagas para microcursos gratuitos sobre febre amarela

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz e Universidade Aberta do SUS

#VacinaSim! A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou uma campanha de estímulo à vacinação, que tem por objetivo alertar a população sobre o tema — considerando que nos últimos dois anos há uma queda nos índices de cobertura vacinal dos principais imunizantes oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste sábado (19/10), acontece o Fiocruz pra Você, evento que já é uma tradição no calendário e chega à sua 26ª edição. É uma oportunidade para se aproximar da população e incentivar a participação numa série de atividades sobre saúde, educativas, científicas e culturais. Nesta edição, crianças de até 4 anos serão imunizadas com a tríplice viral, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba.

Vale lembrar que outras doenças que podem ser prevenidas têm exigido atenção quanto à prevenção e à vigilância epidemiológica: é o caso da febre amarela. Ampliando as ações de formação e levando informação a um público amplo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abre novas vagas para seus dois microcursos sobre febre amarela – um deles sobre vacinação. Os cursos são gratuitos, abertos a qualquer interessado sobre o tema e de curta duração. As inscrições ficam abertas até o dia 20 de de janeiro de 2020*.

Saiba mais sobre os microcursos

Os cursos, que são online e gratuitos, foram produzidos pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e o Campus Virtual Fiocruz, com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O conteúdo foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a coordenação acadêmica da pesquisadora Marília Santini. Os interessados já podem se matricular nos dois microcursos, pelos links: Vacinação e Transmissão, vigilância e controle.

A estrutura de um microcurso é baseada em microlearning (microaprendizagem), trazendo conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento. Os participantes aprendem de uma forma rápida e objetiva. Exemplo disso é o próprio material de divulgação do curso, que traz cartões ilustrados com questões e fatos relacionados ao conhecimento da doença (veja alguns na galeria de fotos). Há também um miniquiz com perguntas rápidas para testar conhecimentos (clique aqui para responder).

Saiba mais sobre os cursos abaixo e clique nos links para acessar a área de inscrições.

Vacinação

Em forma de perguntas e respostas, o minicurso apresenta situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Mas qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de:

  • identificar as pessoas para as quais a vacina é recomendada,
  • orientar os usuários nos casos controversos,
  • orientar sobre eventos adversos e
  • identificar casos de eventos adversos.

Transmissão, vigilância e controle

Apresenta os conceitos gerais sobre febre amarela, sendo indicado para os profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Mas é aberto para qualquer pessoa interessada. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de:

  • reconhecer áreas de risco de transmissão da doença,
  • identificar ciclos urbanos e silvestres,
  • rever procedimentos de vigilância,
  • definir os diferentes tipos de caso de febre amarela nos diferentes cenários epidemiológicos,
  • encontrar informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da doença e
  • rever as medidas gerais de controle da febre amarela e formas de prevenção adicionais à vacina.

Caso tenha alguma dificuldade em se inscrever, envie uma mensagem para: suporte.campus@fiocruz.br


* Atualizada em 24/10/2019.

Publicado em 16/10/2019

Fundo de População das Nações Unidas e Fiocruz realizam oficina para concretizar ações em parceria

Autor(a): 
Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)

Representantes da Fiocruz, do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e de ministérios e institutos de saúde de países africanos se reuniram na Fundação, entre os dias 9 e 11 de outubro. Neste segundo encontro, trataram de definir as prioridades de temas e estratégias para os próximos cinco anos da cooperação internacional, iniciada com a assinatura de um Memorando de Entendimento (MdE), em julho.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, abriu a segunda oficina de planejamento, que visa concretizar as ações em parceria. “Gostaria de reforçar meu compromisso institucional com essa agenda da Unfpa, que é pensar os direitos na perspectiva das populações. No caso específico dessa oficina, os direitos da mulher, para a qual temos um instituto dedicado”, disse, referindo-se ao Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueiras (IFF/Fiocruz). Além de integrantes da unidade, participaram do encontro representantes da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) — responsáveis por conduzir a iniciativa —,  da Escola Nacional da Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do Campus Virtual Fiocruz.

Redução das mortes maternas

Na primeira oficina, em agosto, a redução das mortes maternas evitáveis a zero até 2030 nos países participantes foi definida como prioridade. Para isso, a estratégia dos parceiros é criar um Centro de Referência em Saúde Materna, no âmbito da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CPID). O propósito do Centro é fazer análises aumentar a capacidade dos países, através da troca de experiências proporcionada pela cooperação triangular entre a Fiocruz, países de América Latina e Caribe e africanos e o Unfpa.

Bobby Olarte, assessor sênior para cooperação entre países do Unfpa, afirmou: "Nenhuma mulher deveria morrer simplesmente por dar à luz”. Ele explicou que o CPID apoiará os países, reconhecendo a expertise da Fiocruz, como as iniciativas bem-sucedidas do IFF. A proposta do Fundo passa por identificar centros de excelência no mundo e oferecer apoio técnico para criação de redes.

A escolha pelo desafio da redução da mortalidade materna vem tanto da necessidade dos países, como da observação das competências da Fiocruz. Além disso, esse resultado está de acordo com a estratégia dos três zeros para aceleração da implementação do programa de ação da CIPD: zero necessidade insatisfeitas de contracepção, zero mortes maternas evitáveis e zero situações de violência contra mulheres e meninas. 

Contextos particulares

Na reunião, representantes de Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Senegal apresentaram seus contextos nacionais e desafios para redução das mortes maternas. Os países têm contextos muito distintos. Enquanto Cabo Verde, por exemplo, é uma referência na área de saúde da mulher, Guiné-Bissau apresenta dificuldades relacionadas à infraestrutura de saúde e uma altíssima mortalidade materna, com 746 mortes por 100 mil mulheres. 

A representante escritório do Brasil do Unfpa, Junia Quiroga, apresentou os dados da América Latina e Caribe. Entre os principais desafios da região estão: o alto número de cesáreas, a gravidez na adolescência e a alta medicalização da atenção à saúde materna. “A média de idade para a primeira relação é muito baixa em toda a a América Latina e Caribe, e somos a segunda região do mundo com a taxa de fecundidade adolescente mais alta”, disse, reforçando a necessidade de priorizar populações jovens.

Para enfrentar essas questões, a parceria identificou como áreas de cooperação: a formação de pessoal; a construção e fortalecimento sistemas de informação, vigilância e monitoramento; a pesquisa; e a promoção da participação comunitária. Apesar dos desafios, para a representante do Unfpa, a parceria tem se mostrado muito promissora, com o empenho de especialistas e instituições envolvidas. “Velocidade, agilidade e engajamento têm sido características importantes dessa cooperação”, disse Junia.

25 anos da Conferência sobre População e Desenvolvimento

A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (CPID), realizada no Cairo em 1994, resultou na elaboração de uma agenda. O compromisso comum está em alcançar o desenvolvimento sustentável com equidade para todas e todos por meio da promoção dos direitos humanos e da dignidade, apoiar o planejamento familiar, a saúde sexual e reprodutiva e direitos, promover a igualdade de gênero e a igualdade de acesso à educação para as meninas, e eliminar a violência contra as mulheres, entre outras iniciativas.

Como marco dos 25 anos desta agenda, uma cúpula será realizada em Nairobi, Quênia, de 12 a 14 de novembro. A presidente da Fiocruz participará do evento e levará os resultados e compromissos das duas oficinas já realizadas entre o Unfpa e a Fiocruz.

Publicado em 11/10/2019

Fiocruz concede títulos de honraria a dois pesquisadores

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias) | Foto: Peter Ilicciev

A Fiocruz entregou, na segunda-feira (7/10), os títulos de Doutor Honoris Causa e de professor-emérito, respectivamente, aos médicos Paulo Lyz Ferrinho e Paulo Buss. Ferrinho foi até recentemente diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa e Buss é coordenador do Centro de Relações Internacionais (Cris/Fiocruz), além de ex-presidente da Fundação entre 2001 e 2009. A cerimônia, no campus de Manguinhos, celebrou duas brilhantes carreiras acadêmicas e profissionais e transcorreu sob fortes emoções, dos homenageados e também dos presentes, que recordaram décadas dedicadas à saúde pública e em favor da justiça social.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, saudou o que chamou de “manhã de Paulos” e afirmou estar muito feliz com as homenagens. Ela leu uma mensagem enviada pelo novo diretor do IHMT, Filomeno Fortes, sobre a trajetória de Ferrinho. Segundo Nísia, a parceria entre IHMT e Fiocruz é também em favor de todos os Países de Língua Oficial Portuguesa (Palops). “É uma diretriz clara, visando uma cooperação estruturante e que procura dar uma marca à saúde global”. O pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Claudio Ribeiro fez o discurso de saudação do novo Doutor Honoris Causa.

Ferrinho, ao fazer o discurso de agradecimento, disse sentir um certo “desassossego” por passar a integrar uma lista tão seleta. Ele listou as muitas colaborações, em diversas áreas, entre IHMT e Fiocruz, e disse sentir uma intensa emoção em receber a homenagem de uma instituição que admira e que tem um alcance mundial por suas pesquisas, inovações e projetos.

Em seguida, o ex-presidente Paulo Buss recebeu o título de professor-emérito da Fiocruz. A diretora do Instituto Nacional de Infectologia (Valdiléa Veloso) discursou saudando o homenageado e lembrou os mais importantes pontos do currículo de Buss, que é médico pediatra, foi diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), vice-presidente de Ensino da Fundação e presidente da Fiocruz eleito e reeleito pelos servidores para dois mandatos. O diretor da Ensp, Hermano Albuquerque, leu textos escritos por pesquisadores que trabalharam com Buss e o classificou como uma grande liderança da saúde pública.

Emocionado, o novo professor-emérito da Fiocruz disse em sua intervenção que a homenagem se dirige não apenas a ele, mas a toda a geração indignada de sanitaristas, que chegou à instituição na década de 1970, durante a ditadura. “Nós mudamos o Brasil. Fizemos a reforma sanitária, realizamos a 8ª Conferência Nacional de Saúde, construímos o SUS, que precisamos preservar e robustecer, mudamos o conceito de que os serviços de saúde eram prestados somente a quem tinha carteira assinada, fomos resistência. Mudamos, para melhor, este país”, argumentou Buss. Ele citou célebres sanitaristas, já falecidos, como também responsáveis por essas conquistas, como Sergio Arouca, Adib Jatene, Luiz Hildebrando Pereira da Silva e Eleutério Rodriguez Neto. Após o discurso, vários dos presentes à cerimônia foram ao microfone relembrar passagens da vida e da carreira de Paulo Buss.

Confira entrevistas com Paulo Lyz Ferrinho e Paulo Buss:

• Ferrinho: ‘pesquisadores não podem abdicar dos deveres de cidadania’
• Paulo Buss: ‘é delicioso ser professor’

Publicado em 09/10/2019

Fiocruz inclui ações afirmativas nos cursos Lato sensu

Autor(a): 
Alex Bicca (VPEIC/Fiocruz)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está ampliando suas políticas de inclusão e ações afirmativas, que têm o objetivo de promover mais equidade e diversidade na instituição. A Portaria 6162/2019 PR (18 de setembro de 2019) representa mais um passo nesta direção. Com a medida, os cursos de especialização (Lato sensu) e das residências em saúde também passaram a ser regulamentados quanto às ações afirmativas — o que abrange cotas destinadas a pessoas com deficiência (PCD), negros (pretos e pardos) ou indígenas em processos seletivos.

A Portaria resulta de debates ocorridos ao longo de 2019 em instâncias colegiadas da educação, como o Fórum da Escola de Governo da Fiocruz, o Fórum das Residências e a Câmara Técnica da Educação (CTE), lembra a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado. "As cotas estavam previstas desde 2017 para seleção em cursos Stricto sensu (mestrado e doutorado), mas havia uma lacuna de regulamentação em relação ao Lato sensu. Alguns cursos já vinham adotando cotas por iniciativa própria, outros não”.

Segundo ela, além de suprir essa lacuna, a medida reitera o compromisso institucional com a busca de equidade e de inclusão social. "Expressa nosso alinhamento e coerência em relação às diretrizes do 8º Congresso Interno da Fiocruz e ao trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos pelo Comitês Pró-Equidade de Gênero e Raça e pelo Comitê de Acessibilidade em nossa instituição".

A partir de agora, as chamadas públicas (editais) de especializações e residências deverão prever 10% das vagas para candidatos que se declararem pessoa com deficiência ou que se autodeclararem negros (pretos e pardos) ou indígenas. Até o ano de 2023, as vagas destinadas a cotistas devem chegar a 20% do total de vagas oferecidas por cursos de especialização e para os programas de residência em saúde.

Leia mais

"Diversidade é a prioridade dessa gestão", afirma Richarlls Martins, coordenador da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz do Rio de Janeiro (APG-Fiocruz/RJ), em entrevista ao Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 07/10/2019

Pesquisa de educação e comunicação para zika conclui nova etapa

Autor(a): 
Mariella de Oliveira-Costa (Fiocruz Brasília)

Nos dias 19 e 20 de setembro, a Fiocruz Brasília promoveu, por meio do Programa de Educação, Cultura e Saúde, em parceria com o Laboratório de Educação Profissional em Vigilância em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), uma oficina pedagógica para professores que vão ministrar as aulas do curso de Desenvolvimento Profissional em Vigilância em Saúde para o Enfrentamento das Arboviroses. O curso vai contar com apresentação de conceitos, instrumentos e técnicas básicas da vigilância sanitária, trabalho de campo com metodologia de territorialização em saúde para a elaboração de diagnósticos e planos de ação, além de atividades práticas através do Laboratório de Tecnologias Comunicativas para a Divulgação Científica.

No primeiro dia, os docentes conheceram a proposta pedagógica do curso, que possui três unidades de aprendizagem e cada uma delas com três módulos, de 16 horas, organizadas em aulas e trabalho de campo. No segundo dia, a formação foi realizada no entorno da Unidade Básica de Saúde 02 de Ceilândia, a 30 quilômetros do centro de Brasília, onde os professores puderam se apropriar das ferramentas que serão utilizadas para as atividades de territorialização. Com GPS em mãos, compreenderam como o mapeamento é importante para  identificar e localizar as informações no território; os celulares foram utilizados para a produção de imagens para potencializar a aprendizagem e a percepção da realidade social; enquanto os roteiros de observação orientaram o levantamento, a descrição e análise de informações. Eles puderam exercitar também o uso de questionários e a realização de entrevistas para compreensão da percepção dos atores sociais locais, além de  pesquisa de dados secundários e planilhas para planejamento participativo estratégico situacional.

A previsão é que até o fim do ano sejam disponibilizadas 30 vagas do curso para profissionais da saúde, da educação ou de outros setores e representantes de entidades sociais. Espera-se que os participantes possam implementar ações de mobilização social e comunicação em saúde para a promoção de territórios saudáveis, e que definam um  plano de ação para fortalecer a participação popular e contribuir com o enfrentamento das arboviroses na perspectiva da vigilância em saúde. Além disso, os participantes serão capazes de  realizar diagnóstico das condições de vida  e situação de saúde do território por meio da investigação de problemas e áreas de risco para propor ações comunicativas e educativas.

Educação e Comunicação para a Prevenção

O curso é uma atividade prevista na pesquisa Inovação em Educação e Comunicação para a Prevenção da Zika e Doenças Correlatas nos Territórios, sob a coordenação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e com coordenação adjunta da diretora executiva da Escola Fiocruz de Governo, Luciana Sepúlveda.

O objetivo da pesquisa é desenvolver um modelo de educação ambiental, sanitária e de popularização da ciência que facilite a vigilância dos agravos diante da epidemia de zika em escolas e comunidades, gerando efeitos duráveis de prevenção à zika e doenças correlatas, além de fortalecer a ação intra e intersetorial entre as redes de atenção à saúde, de educação básica, técnica e superior, na área de ciência e tecnologia e demais atores no território. Para isso, vem sendo desenvolvida pesquisa-ação em quatro diferentes territórios: na capital carioca, mais especificamente no bairro de Manguinhos, em duas cidades do interior do Rio de Janeiro: Maricá e Paraty e na região de Ceilândia, em Brasília (DF).

A pesquisa foi aprovada em chamada pública específica para projetos relacionado à prevenção e combate ao vírus zika, do Ministério da Saúde, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério da Educação e envolve a parceria de diferentes órgãos da Fiocruz: o Laboratório de Educação Profissional em Vigilância em Saúde da EPSJV, a Gerência Regional de Brasília, o Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o Canal Saúde e o Observatório de Territórios Saudáveis e Sustentáveis da Bocaina.

Publicado em 04/10/2019

Estão abertas as inscrições para a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) já abriu as inscrições para mais uma Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma). É possível se candidatar até o dia 30 de junho de 2020.

A Obsama é um projeto educativo bienal promovido pela Fiocruz para estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o país. Dentre os principais objetivos estão o reconhecimento do trabalho desenvolvido por professores e alunos nas escolas e a cooperação com a divulgação de ações governamentais criadas em prol da educação, da saúde e do meio ambiente.

O público são alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio, de escolas públicas e privadas do Brasil, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Há três modalidades para participar: produção audiovisual, projeto de ciências e produção de texto.

Acesse o site para saber como participar e leia o regulamento.

 

Publicado em 03/10/2019

Fiocruz concede títulos de Professor Emérito e de Doutor Honoris Causa

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Reconhecimento! A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) concederá dois importantes títulos para pesquisadores da instituição: Professor Emérito e Doutor Honoris Causa. A cerimônia de entrega acontece no próximo dia 7 de outubro, às 9h, na Tenda da Ciência Virgínia Schall, que fica no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Nas palavras da Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado: "Vamos homenagear dois grandes professores e pesquisadores que tanto contribuem para a nossa instituição". Conheça os homenageados:

Professor Emérito - Dr. Paulo Marchiori Buss: é medico especialista em Pediatria e em Saúde Pública. Ingressou na Fundação em 1977, como pesquisador e professor titular da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Foi presidente da Fiocruz no período de 22 de dezembro de 2000 a 17 de janeiro de 2009. Atualmente, Buss é diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (CRIS/fiocruz), além de representar o Brasil no Conselho de Saúde da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Por sua atuação ímpar na saúde no país, já recebeu da Presidência da República a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Médico e a Ordem de Rio Branco. Saiba mais.

Doutor Honoris Causa - Dr. Paulo de Lys Girou Martins Ferrinho: nascido em Moçambique, Martins Ferrinho iniciou a carreira como médico no continente africano. Em 1992, ingressou na Universidade Nova de Lisboa (UNL). Desde o início, o seu trabalho – clínico, acadêmico ou de saúde pública – está voltado à saúde materno-infantil e reprodutiva e os sistemas de saúde africanos. Por grandes colaborações à saúde no Brasil, em parceria com a Fiocruz e na área internacional, recebe o título concedido pela instituição. Saiba mais.

Compareça ao evento e prestigie os homenageados!

Páginas

Subscrever RSS - Saúde