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Publicado em 23/08/2021

Retorno às atividades escolares: Fiocruz atualiza documento de recomendações

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

A Fiocruz acaba de lançar uma nova versão, atualizada e ampliada, do documento que publicou em março sobre um conjunto de orientações e recomendações a respeito das atividades escolares em um cenário que ainda é de pandemia. Com o título "Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19", o material é baseado em evidências e informações científicas e sanitárias, nacionais e internacionais, sobre o retorno às atividades escolares. Esta nova edição traz como elementos questões como a vacinação de crianças e adolescentes, a transmissão aérea da Covid-19, os possíveis riscos em ambientes fechados e como enfrentá-los, entre outros temas.

Acesse aqui o documento: Recomendações para o retorno às atividades escolares presenciais no contexto da pandemia de Covid-19

O documento foi desenvolvido por um grupo de trabalho que é coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps/Fiocruz) e conta com a participação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSVJ), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).

Vacinação para adolescentes está entre os novos apontamentos   

O documento da Fiocruz aponta que a vacinação de jovens de 12 a 18 anos pode significar um retorno mais rápido à prática de esportes e outras atividades e a uma socialização mais completa, incluindo o fortalecimento das relações intergeracionais na família e na comunidade. A implementação da vacinação para adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem. O documento, tendo como base estudos internacionais, lembra que a vacinação de adolescentes em situação de vulnerabilidade clínica ou necessidade educacional especial pode ajudar a garantir a segurança e a oportunidade de acesso à escola e à educação.

“O risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um problema maior do que o da própria Sars-CoV-2 para eles. Não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e, em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras, propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”, comenta a coordenadora do grupo de trabalho (GT) da Fiocruz e assessora da Vpaaps, Patrícia Canto.

Prioridade para medidas protetivas

O GT Fiocruz ressalta que em um cenário de alta transmissão comunitária do Sars-CoV-2, ainda com uma cobertura vacinal completa (esquema de duas doses ou uma dose para vacina de dose única) inferior a 30% da população, no Brasil o funcionamento das escolas com atividades presenciais precisa estar associado à manutenção das medidas não farmacológicas de controle da transmissão. O documento informa que os protocolos para o retorno seguro passaram a considerar, sobretudo nos ambientes escolares, a seguinte composição de prioridade para as medidas protetivas: adaptação para ventilação e melhoria da qualidade do ar dos ambientes; uso de máscaras com comprovada eficácia; definição de estratégia para rastreamento e monitoramento de casos e contatos na escola, além de medidas para suspensão de atividades presenciais; manutenção do distanciamento físico de, pelo menos, 1,5 metro; assim como orientações sobre higienização contínua das mãos.

Além disso, a publicação avalia que escolas podem fechar, na dependência de transmissão elevada ou aumento de casos, e devem atender a todas as medidas indicadas pelas autoridades sanitárias que garantam a maior segurança nas atividades presenciais. A decisão sobre o melhor momento para a reabertura deve seguir as orientações dos indicadores epidemiológicos, sem que se esqueça dos grandes malefícios do afastamento prolongado das atividades presenciais na saúde de crianças, jovens e adultos, bem como dos prejuízos para a educação e a formação de toda uma geração. Para a maior segurança de toda comunidade escolar, as pessoas com sintomas respiratórios não devem sair de suas casas, exceto para procurar serviços de saúde, devem evitar utilizar transportes públicos e não devem frequentar aulas ou o local de trabalho.

Plano de retorno às atividades presenciais deve ser aprovado após ampla discussão com comunidade escolar e continuamente atualizado

O GT responsável pela publicação deixa claro, no entanto, que o plano de retorno às atividades presenciais de ensino deve ser aprovado após ampla discussão com a comunidade escolar e continuamente atualizado. E que é importante o envolvimento dos alunos, crianças, adolescentes ou adultos, na tomada de decisões. O documento traz ainda indicações para medidas de suspensão de atividades presenciais mediante o rastreamento de casos e contatos nas escolas. E aborda a ventilação e outros parâmetros que influenciam o risco de infecção aérea da Covid-19.

O Grupo valoriza a ampliação do acesso da vacinação dos educadores, aliada a estratégias de monitoramento e vigilância permanente, para a melhor gestão do plano a ser estabelecido pela comunidade escolar. “Temos como expectativa que as autoridades sanitárias consigam apoiar a produção de informações sobre esse monitoramento epidemiológico, com vistas a ampliar a análise dos dados das bases oficiais. É importante ressaltar que esta edição é a nossa terceira atualização do documento original e mais uma vez reforça a necessidade do uso de máscaras, da higiene das mãos e do distanciamento social como medidas indispensáveis ao controle da pandemia, associadas à progressão da vacinação”, ressalta Patrícia. Segundo ela, o aprendizado sobre a pandemia é diário e tem sido apresentado em grande velocidade, por isso o documento precisa ser entendido no contexto na data de elaboração e estará sujeito a revisões e atualizações sempre que necessárias.

O GT Fiocruz

O documento foi produzido pelo GT da Fiocruz que se dedica ao tema há mais de um ano, com o intuito de pesquisar, discutir e trocar experiências com outras iniciativas da sociedade. A publicação apresenta aspectos de análises epidemiológicas, informações clínicas sobre o adoecimento e transmissibilidade, testes, vacinação, ventilação entre outros. Para o GT, o objetivo central do documento é reafirmar a valorização da proteção da comunidade escolar, para evitar a disseminação do Sars-CoV-2 em um contexto de retomada das atividades presenciais nas escolas. Desde o primeiro documento (de setembro de 2020), o grupo vem destacando a importância da escola como promotora da saúde por meio de recomendações que contribuam para a segurança do retorno e a manutenção das atividades planejadas, com a máxima redução de riscos possível.

O grupo é coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps/Fiocruz) e conta com a participação da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSVJ), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF).

Publicado em 23/08/2021

Relatório do Painel Científico para a Amazônia abre consulta pública

Autor(a): 
Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

A versão preliminar do ‘Relatório do Painel Científico para a Amazônia’ está aberta para consulta pública - disponíveil em inglês e em português. Elaborado por mais de 200 pesquisadores, o documento será o primeiro a apresentar uma avaliação científica abrangente para toda a Bacia Amazônica e seus biomas, abordando o estado atual, tendências e recomendações para o bem-estar a longo prazo do ecossistema e das populações da região. Pessoas e organizações de todos os setores, incluindo governo, empresas, academia e sociedade civil, podem apresentar contribuições ao documento. Os comentários devem ser enviados através de formulário disponível no site da publicação (menu > Consulta Pública). O prazo para envio de contribuições está indicado em cada capítulo, variando os dias até 31 de agosto.

O ‘Relatório do Painel Científico para a Amazônia' conta com autorias de pesquisadoras do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), além de estudantes de pós-graduação do IOC. 

Os autores destacam que os capítulos passaram por um rigoroso processo de revisão por pares antes da publicação preliminar. A expectativa é que a consulta pública permita identificar questões não abordadas ou abordadas de forma insuficiente, erros em dados ou estatísticas, dados mais recentes disponíveis e perspectivas ausentes.

“Além da versão completa, com ampla revisão da literatura científica, o Relatório contém um resumo de cada capítulo, que apresenta as principais informações para subsidiar o trabalho de tomadores de decisão em relação ao futuro da Amazônia. A consulta pública é uma etapa importante para que tenhamos a publicação o mais abrangente possível”, ressalta Cecília Andreazzi. 

A primeira versão do ‘Relatório do Painel Científico da Amazônia’ deve ser apresentada na Conferência das Partes da Convenção Quadro para Mudança do Clima das Nações Unidas, a COP26, que será realizada entre 31 de outubro e 12 de novembro na Escócia.

Participação da Fiocruz no ‘Relatório do Painel Científico para a Amazônia

Cecília Andreazzi é uma das autoras do capítulo 3 do Relatório, intitulado ‘Diversidade biológica e redes ecológicas na Amazônia’, que aborda a variedade de espécies do ecossistema e as relações entre plantas e animais que são fundamentais para a manutenção da diversidade. O texto conta ainda com a autoria da estudante do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Saúde do IOC Gabriella Tabet, assim como de pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UFRO) e de instituições da Bolívia, Colômbia, Equador, Estados Unidos e França.

Já o capítulo 21 do documento, que tem como tema ‘Bem-estar humano e impactos na saúde da degradação dos ecossistemas terrestres e aquáticos’, conta novamente com a autoria de Cecília Andreazzi e da pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) Sandra Hacon, além de cientistas da Colômbia, Peru, Estados Unidos, França e Reino Unido. O capítulo discute os impactos da degradação ambiental na saúde das populações amazônicas. No anexo 3 do capítulo, que conta com a autoria da pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) Claudia Codeço e da aluna do doutorado em Medicina Tropical do IOC Tatiana Neves, são também apresentados os impactos da Covid-19 na região amazônica.

Publicado em 19/08/2021

Fiocruz Amazônia promove encontro de saúde na tríplice fronteira

Autor(a): 
Eduardo Gomes (Fiocruz Amazônia)

A Universidade Nacional da Colômbia (Unal/Sede Amazônia) sediou o 2º Encontro de Pesquisadores em Saúde da Tríplice fronteira (Brasil-Colômbia-Peru). O Encontro, organizado pelos pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), José Joaquín Carvajal Cortés e Adele Schwartz Benzaken, diretora da unidade regional da Fundação, visa fortalecer os programas de pós-graduação, por meio de cooperações entre universidades e instituições do Alto Solimões.

“O objetivo do encontro foi congregar as universidades e instituições de pesquisa que atuam na área de fronteira do Alto Solimões, no sentido de alinhar esforços de cooperação internacional e criar uma agenda de trabalho conjunto, fortalecendo os programas de pós-graduação programados pela Fiocruz Amazônia numa visão transfronteiriça”, explicou Benzaken.

Além de representantes da Unal e Fiocruz Amazônia, participaram da atividade pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Projeto LMI Sentinela, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Universidade do Estado do Amazonas (UEA/Campus Tabatinga), Universidade Federal do Amazonas (Ufam/ Campus Benjamin Constant), Laboratorio Departamental de Saúde Pública (LSDP – Amazonas/Colômbia), Universidad Nacional de la Amazonía Peruana (Unap) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas – Sub-regional Sudamérica).

O intuito da atividade, ocorridas nos dias 12 e 13 de agosto, foi promover um encontro acadêmico-científico e inter-institucional em saúde, visando alinhar esforços conjuntos de cooperação internacional contemplando principalmente a zona fronteiriça entre Brasil, Colômbia e Peru. A partir disso, os pesquisadores pretendem realizar um trabalho colaborativo para o intercâmbio de conhecimento nas áreas de saúde e fronteira, partindo de um olhar interdisciplinar e intercultural.

As temáticas abordadas durante encontro visam discutir possibilidades de articulação e futuros acordos interinstitucionais, além da elaboração de planos de trabalho conjuntos entre as instituições: Unal, Fiocruz e Unap. Na oportunidade, os pesquisadores realizaram uma apresentação sucinta de projetos sobre saúde em andamento na tríplice fronteira.

Publicado em 20/08/2021

Fortalecimento, integração e redução das desigualdades: Fiocruz atualiza Regimentos de Educação

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Incitada por uma necessidade imprescindível de atualização no campo educacional – proveniente de alterações na regulamentação externa, mudanças institucionais, além do crescimento e diversificação da oferta de cursos em diferentes níveis –, a Fundação Oswaldo Cruz acaba de publicar a nova versão do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu, especialização Lato Sensu e seu primeiro regimento específico para os cursos de qualificação.

Conheça o documento, que foi analisado pela Câmara Técnica de Educação em 2020 e aprovado pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz em 27 de maio de 2021

O fortalecimento das instâncias colegiadas; a busca por maior integração entre o Stricto e o Lato sensu; e a regulamentação das ações afirmativas em todos os níveis educacionais, visando à promoção da equidade estão entre as principais mudanças em relação à versão anterior do documento. Em detalhes específicos da inovação de cada uma das frentes, o texto traz a incorporação dos cursos de doutorado profissional e de diretrizes relativas à Educação a Distância para o Stricto sensu; considera o credenciamento da instituição como Escola de Governo Fiocruz, regulamentando a oferta de especializações em todas as unidades e escritórios para documento sobre o Lato sensu; e ainda cria o Regimento da Qualificação, que contempla orientações referentes aos cursos de livre oferta para trabalhadores da saúde e outros grupos da sociedade.

Atualização supera defasagem de mais de uma década

O regimento é fruto de uma árdua empreitada, que teve início em 2018, contou com a conformação de três diferentes grupos de trabalho integrados por profissionais de diversos setores e perfis, atuantes na gestão educacional, bem como sucessivas rodadas de apreciação de propostas pelas instâncias colegiadas da Educação; tudo isso sob a condução da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.

“A organização do documento buscou contemplar diversos olhares e agregou a contribuição de profissionais de diferentes unidades, modalidades e níveis de educação”, comentou a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz e uma das responsáveis pela condução dessa construção, Cristina Guilam. Ela detalhou ainda que foram criadas diretrizes gerais para orientar os gestores da educação na instituição, respeitando e acolhendo as possíveis particularidades das iniciativas de ensino.

A marcante atuação na área da educação de todas as unidades técnico-científicas e escritórios da Fiocruz em dez estados e no Distrito Federal, a possibilidade de ensino em rede, o aumento da demanda pela educação na modalidade à distância, a necessidade de ampliação do acesso e de redução das desigualdades na educação e na saúde, entre outros desafios, geraram a necessidade de um regimento compatível com a complexidade da instituição e as transformações no campo educacional.

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, destacou que a ideia é que o novo documento oriente a comunidade Fiocruz na organização das ações e processos educacionais, complementados no que couber por regulamentos específicos das unidades e programas. “Pretendemos, assim, contribuir para a missão institucional de fortalecer a formação de profissionais para o sistema de ciência e tecnologia, o Sistema Único de Saúde e a cidadania”, reiterou Cristiani.

Os documentos anteriores – Stricto sensu, regimento vigente aprovado em agosto de 2008, e Lato sensu, regimento vigente aprovado em dezembro de 2010 – estavam defasados e os cursos de qualificação acompanhavam apenas diretrizes gerais do regimento do Lato Sensu de 2010.

Junto com Cristina Guilam, as responsáveis pela condução dessa construção foram a coordenadora-geral adjunta de Educação, Eduarda Cesse, e a assessora da Vpeic e coordenadora adjunta do Lato Sensu, Isabella Delgado.

Publicado em 17/08/2021

Conheça os cursos de Residências em Saúde ofertados pela Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

O Fórum de Coordenadores de Residências em Saúde da Fiocruz e o Canal Saúde acabam de publicar um vídeos de divulgação dos cursos de Residências em Saúde ofertados pela Fiocruz. Assista!

Atualmente, a Fundação Oswaldo Cruz oferece 31 programas de residência em saúde, sendo 13 residências médicas, 5 residências em enfermagem e 13 residências multiprofissionais. Todos os cursos apresentam carga horária de 60h semanais, com 80% de atividades práticas e 20% de atividades teóricas. Após a formação, o participante sai com o título de especialista.

Confira todos os cursos de residência na página do Campus Virtual Fiocruz  no menu Cursos > Lato Sensu > Residências

Com o vídeo, espera-se ampliar a divulgação dessas residências, que são uma importante oferta educacional para novos trabalhadores especialistas para o SUS. Para a coordenadora adjunta das residências em Saúde, instância ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Adriana Coser, a estratégia busca trazer mais visibilidade aos cursos, permitindo que o público em geral conheça algumas de nossas ofertas, como funcionam as residências em nossa instituição, entre outros detalhes.

Assista: 

Publicado em 13/08/2021

Fiocruz formaliza aliança com Programa de Doenças Tropicais da OMS - educação está entre as ações prioritárias

Autor(a): 
Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)

O longo relacionamento entre a Fiocruz e o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais da Organização Mundial da Saúde (TDR/OMS) ganhou um caráter mais formal com a assinatura do memorando de entendimento na quarta-feira, 11 de agosto. O documento, que estabelece os termos da cooperação técnica para o enfrentamento das doenças tropicais e negligenciadas, foi firmado durante um encontro virtual entre a presidente Nísia Trindade Lima e John Reeder, diretor do TDR. O evento comemorou ainda a eleição da Fundação para o Conselho de Coordenação Conjunto do programa, ocorrida em junho.  

Ciência, saúde e educação

Para Nísia, a assinatura do memorando vai ao encontro do tripé em que a Fiocruz se baseia: ciência, saúde e educação. Ela acredita que as ações em pesquisa e educação com o Campus Virtual Fiocruz devem ser ampliadas com a parceria, e ressaltou a sua importância para os novos pesquisadores. “O aprendizado em pesquisa não se esgota nos nossos cursos de formação”. 

Nísia destacou também o equilíbrio na colaboração com o TDR, em que os dois lados saem ganhando. “Esses dois fatos [a escolha para o conselho e o memorando] trazem responsabilidade, mas, sobretudo, criam condições para uma visão mais integradora e global de nossos campos de atuação, levando em conta as necessidades das populações negligenciadas”, disse ela, apontanfo ainda que "este evento significa o encontro entre a boa tradição da ciência, da saúde e do engajamento das populações nesse processo”.

Plano de cinco anos 

Pesquisadora do CDTS/Fiocruz, Claudia Chamas destacou os principais pontos do plano de trabalho estabelecido no memorando para os próximos cinco anos. Entre eles está a adaptação para português do Implementation Research Tollkit (uma padronização de processos para que resultados sejam comparados entre países) e do Massive Open Online Courses (cursos abertos na Internet). Está prevista também a organização de uma rede TDR, Fiocruz e ministérios da Saúde de países de Língua Portuguesa; a colaboração em pesquisa sobre picadas de cobra; e a promoção da cooperação técnica na América Latina com foco na iniciativa Essence on Health Research. “Essa é uma grande vitória institucional que permitirá à Fundação ampliar o diálogo na busca de soluções científicas e de saúde para as doenças negligenciadas e populações", disse Claudia. 

Paulo Buss, coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), por sua vez, lembrou que a Fundação agrega importantes ativos nessa parceria. Um deles é a Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, cuja secretaria técnica está na Fiocruz. Somam-se a ela a Rede de Institutos Nacionais de Saúde Pública da América Latina e Caribe e a Rede Ibero-Americana de Institutos Nacionais de Saúde Pública, incluindo Portugal e Espanha. 

A relação entre doenças negligenciadas e desigualdades sociais foi destacada. "Por isso, na Fiocruz, cada vez mais falamos de populações negligenciadas do que de doenças negligenciadas”, disse Nísia. Isso enquanto Reeder recitava um de seus "mantras”: “não há pesquisa sem haver desenvolvimento, e não há desenvolvimento sem haver pesquisa”.  

A assessora especial do Ministério da Saúde para Assuntos Internacionais, Cristina Alexandre, relacionou o combate às doenças negligenciadas à Agenda 2030 com a necessidade de promover a saúde e o bem-estar, “sem deixar ninguém para trás”. 

Ciência sob holofotes 

Para Reeder, a assinatura do memorando dará “um novo impulso” à relação e fará diferença durante os próximos anos. Ele defendeu ainda a necessidade da pesquisa de implementação (o estudo sistemático de métodos que apoiam a aplicação de resultados de pesquisas e outros conhecimentos) e destacou os obstáculos no caminho para alcançar uma cobertura universal de saúde e implementar ações “que sabemos que podem funcionar, mas não funcionam”. 

O diretor do TDR ressaltou a necessidade de fortalecer a capacidade de pesquisa, de treinamento e também de engajamento global. “O aprendizado sólido e a construção de capacidades nos países é a melhor garantia de que serão capazes de responder [às emergências] que surgirem amanhã”, disse. E lembrou que, com a pandemia de Covid-19, a ciência se encontra sob os holofotes. “Quando no passado o cientista chefe do governo britânico apareceu na primeira página dos jornais? As pessoas estão prestando atenção nos dados e na ciência. Não podemos deixar isso se perder”, pontuou. 

Décadas de esforços com o TRD

Criado em 1975, o Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TRD) apoia esforços para combater as doenças relacionadas à pobreza. A Fiocruz tem uma longa história de trabalho conjunto com o TDR por meio de seus cinco Centros Colaboradores da OMS: Saúde Global e Cooperação Sul-Sul, Saúde Pública e Ambiental, Cegueira Infantil, Leptospirose, Política de Medicamentos e Formação de Técnicos em Saúde, além de outras atividades. 

No encontro, a estreita parceria com o TDR foi lembrada, com menções a integrantes que passaram pelo programa, como Carlos Morel — coordenador-geral do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e que foi diretor do programa de 1998 a 2003 — e Rodrigo Correa, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fundação e ex-membro do Conselho Coordenador Conjunto, de 2001 a 2006.  

 

Imagem: Rede Favela Sustentável

Publicado em 11/08/2021

Bacteriologia Molecular: inscrições abertas para workshop

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Visando estimular a atuação colaborativa em redes e aproximar especialistas da Fiocruz, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar o workshop Bacteriologia Molecular, de forma virtual, de 24 a 26 de agosto. O evento contará com apresentações em áreas estratégicas e prioritárias, como genômica, epidemiologia molecular, resistência a antimicrobianos, biodiversidade, interação patógeno-hospedeiro e diagnóstico, entre outras. As inscrições estão abertas e podem ser feitas na plataforma do Campus Virtual Fiocruz

A Fundação conta com diversos grupos de pesquisa em bacteriologia que, muitas vezes, atuam de forma individual ou focal. Diante da importância de pesquisas nessa área e de fomentar novas interações e colaborações para a instituição e para o avanço do conhecimento, o encontro busca estimular a atuação e redes e, assim, alavancar a qualidade da pesquisa em todas as áreas, fortalecendo os grupos e a Fiocruz como um todo. 

O workshop conta com a participação de pesquisadores dos Laboratórios do IOC, do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos /Fiocruz), Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz), do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná), do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).

O evento será realizado pela plataforma Zoom Meeting. O link será enviado para o e-mail do participante inscrito.

Confira aqui a programação completa do evento.

 

 

Imagem: Freepik

Publicado em 10/08/2021

Dimensões epistêmicas das fake news: especialista debate o tema no Conexão #emCasa

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

O mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove uma série de seminários virtuais sobre pesquisa nesse campo do conhecimento. A iniciativa faz parte da disciplina de Introdução à Divulgação Científica e integra a programação de 2021 da série Conexão #emCasa, faixa de eventos online promovidos pela COC/Fiocruz, sempre realizadas com transmissão ao vivo pelo Facebook.

No dia 9 de agosto, o Conexão #emCasa recebeu o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador do INCT.DD., Wilson Gomes para debater o tema Dimensões epistêmicas das fake news. O próximo encontro está marcado para segunda-feira, 16 de agosto. Ambos são promovidos pela disciplina "Tópicos Especiais - Seminários de Metodologia" do Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da COC/Fiocruz. 

Assita aqui a aula: Dimensões epistêmicas das fake news

#emCasa

A série Conexão #emCasa foi lançada pela COC/Fiocruz em julho de 2020, sempre com transmissão ao vivo pela página da unidade no Facebook. A iniciativa tem o objetivo de promover palestras, debates e discussões virtuais, diante da restrição a atividades presenciais impostas pela pandemia de Covid-19.

Com assuntos variados, o Conexão #emCasa busca reunir pesquisadores, estudantes e interessados nas temáticas relacionadas às áreas de atuação da Casa de Oswaldo Cruz, que poderão interagir com os debatedores enviando comentários e perguntas. 

Assista aqui todos os encontro promovido no âmbito da série Conexão #emCasa

 

Publicado em 09/08/2021

Educação em saúde digital: UNA-SUS realiza encontro anual para intercâmbio de experiência e novas ações

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Começa hoje, 9 de agosto, às 14h, a XXVII Reunião da Rede Universidade Aberta do SUS. O Objetivo do encontro anual é reunir instituições que integram a UNA-SUS para troca de experiências e apresentação de novas iniciativas. O evento, que é online, será transmitido pelo canal do Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde (Nuteds) da Universidade Federal do Ceará no Youtube e vai até 12 de agosto com a apresentação de trabalhos que seguem os diversos eixos temáticos ligados ao tema central de 2021: Educação em Saúde Digital.

O 27º encontro contará com conferências, painéis, mesas interativas e oficinas de compartilhamento de tecnologias. O Campus Virtual Fiocruz participará do encontro no fim da tarde desta segunda-feira, 9/8, às 17h55. A coordenadora de produção de cursos do CVF, Adelia Araújo, vai apresentar o tema: "Disciplinas transversais e Moocs: Um diálogo possível".

O evento está sob a organização da Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal de Goiás (UFG) e busca promover ampla discussão em prol da melhoria e transformação da saúde por meio da utilização adequada das tecnologias da informação e comunicação; e divulgar os resultados de pesquisas relacionadas à informação e informática em saúde, desenvolvidas no âmbito regional e nacional;além de trazer a Mostra de Experiências Exitosas da Rede UNA-SUS.

Confira aqui a programação completa. As inscrições são gratuitas e ainda podem ser feitas pela plataforma Sympla.

 

Acompanhe aqui a transmissão no canal Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde (Nuteds):

Publicado em 04/08/2021

PrInt Fiocruz-Capes informa sobre suspensão de chamadas de mobilidade acadêmica internacional

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz) e Leonardo Azevedo (CCS/Fiocruz)

A Coordenação-Geral de Educação, ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/Vpeic) informa que estão suspensas, por tempo indeterminado, as chamadas referentes à mobilidade acadêmica internacional (PrInt Fiocruz-Capes), como doutorado sanduiche, professor visitante sênior e júnior no exterior, do ano de 2021. 

A suspensão se dá em virtude do Ofício nº27/2021-DRI/CAPES que altera o Cronograma de Renovação das Propostas Aprovadas no âmbito do Programa Capes/PrInt. De acordo com a orientação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a reabertura das Chamadas dependerá da renovação do projeto e da posterior liberação do calendário de implementação de bolsas, cujo prazo previsto é o primeiro semestre de 2022 (Ofício nº27/2021-DRI/CAPES).

A Vpeic ressalta que a suspensão não se aplica no caso das bolsas implementadas em 2020, com viagens previstas até dezembro de 2021. Estes bolsistas devem manter o contato com seus técnicos da Capes para viabilizarem suas viagens ao exterior. A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, ressaltou que "estamos diante de uma situação alheia à nossa vontade e agradecemos a compreensão de todos diante desse cenário desafiador". 

Novas comunicações serão feita na medida em que a CGE/Vpeic tiver atualizações da Capes. 

Confira as chamadas suspensas:

Chamada 04/2021 – Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior/Sênior: 

Comunicado de suspensão

Chamada 03/2021 – Seleção de Bolsas de Doutorado Sanduíche no Exterior:

Comunicado de Suspensão da Chamada

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