O Atlas da Amazônia Brasileira já está disponível na versão digital em acesso aberto e deve se tornar leitura obrigatória para quem deseja se aprofundar no tema Amazônia, no ano em que os olhares do mundo se voltam para a região em função da COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém. Com um total de 32 artigos assinados por estudiosos, lideranças comunitárias e instituições da sociedade civil, a publicação traz, entre os trabalhos, um assinado por um epidemiologista e pesquisador da Fiocruz. No capítulo Saúde e medicinas, há um alerta para o agravamento da precarização sanitária da Amazônia, como resultado do avanço de atividades predatórias, incluindo o desmatamento e a exploração mineral. O Atlas pode ser acessado, gratuitamente, pelo site da Fundação Heinrich Böll, nos formatos impresso e digital.
Segundo o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, o avanço de atividades predatórias tem impactos sanitários, sobretudo numa região onde o acesso à saúde pública é dificultado por peculiaridades territoriais e saneamento básico precário. Promover acesso à saúde e valorizar conhecimentos tradicionais é importante para combater esse quadro, conforme explica o autor. “Devido a sua extensão territorial, diversidade sociocultural e peculiaridades do clima, vegetação e relevo, os desafios sanitários na Amazônia são historicamente complexos e contrastantes, não apenas ao se confrontar cenários entre populações urbanas e rurais, acesso a serviços de saúde em municípios de menor e maior porte populacional, condições de vida e saúde entre indígenas e não-indígenas, mas ao se comparar indicadores de saúde da população geral da Região Norte àqueles da sudeste e sul do país”, pontua.
O pesquisador ressalta que, nas últimas quatro décadas e em contexto de extremas mudanças climáticas, o bioma amazônico tem sido criticamente ameaçado pelo avanço predatório do agronegócio e da pesca industrial, da extração ilegal de madeira e de ouro, bem como pelas devastadoras queimadas de extensas áreas florestais. “Essas intervenções, em maior ou menor intensidade, têm impactado negativamente a saúde humana, seja mediante resíduos potencialmente tóxicos no ar, água e solo ou mesmo alterando a relação entre humanos e diferentes seres vivos, a exemplo do que ocorre com doenças endêmicas, dentro e fora de centros urbanos”, afirma. Na Região Norte, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento de 2017 do IBGE, a porcentagem para os volumes diários de esgoto gerado e tratado foi de apenas 16,4%, a menor entre as regiões do Brasil.
“Os dados são condizentes com a elevada ocorrência de Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI). Não é coincidência que, em 2021, o número de internações hospitalares por dengue no Norte aumentou 27%, em comparação a 2020, contrariando o padrão nacional de queda. Em geral, este padrão se repete para internações por leptospiroses ou diarreia e gastroenterite com origem infecciosa presumível. Nesse precário cenário de saneamento, há um leque de doenças infecciosas e negligenciadas, endêmicas em regiões de baixo desenvolvimento humano e social, associadas a incapacidades, adoecimento e mortes evitáveis”, destaca Orellana, no artigo.
O pesquisador explica que, entre os exemplos mais impactantes, em termos de carga de doença, estão a malária, a tuberculose, o HIV/Aids e a febre amarela. “O mosaico sanitário amazônico, ainda conta com o trágico desenvolvimento de epidemias de doenças emergentes e reemergentes, como a febre oropouche em 2024, com inéditos 5.644 casos confirmados até 03 de setembro ou 71,2% do total nacional. A pandemia de Covid-19, além do seu indiscutível impacto sobre a mortalidade, sobretudo em Manaus, ao protagonizar chocantes colapsos funerários, hospitalares e ambulatoriais, parece ter ampliado vulnerabilidades assistenciais e socioeconômicas, fertilizando o cenário à deflagração de mais efeitos residuais pandêmicos”, revela.
O epidemiologista chama a atenção também para o excesso de suicídios, entre março de 2020 e fevereiro de 2022, em mulheres com 30-59 anos (27%), bem como os cerca de 70% de mortes maternas excedentes no norte amazônico, entre março de 2020 e fevereiro de 2022. “Esses dados refletem bem a gravidade da crise sindêmica, dado o claro comprometimento de indicadores de Saúde e Bem Estar que o Brasil havia se comprometido a melhorar no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Outra grave ameaça é a recusa vacinal, sobretudo em crianças com um ano ou mais. No fim de 2022, as coberturas vacinais da tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), da tríplice bacteriana (difteria, tétano e pertussis) e da hepatite A, se situaram abaixo de 7%, 55% e 60%, respectivamente. Abaixo das coberturas de outras regiões do Brasil e longe dos 95% esperado”, evidencia.
Medicina indígena
Na publicação, Jesem Orellana divide espaço com o líder indígena, ativista e educador amazonense Gersem Baniwa, que aborda a questão da medicina indígena. Para ele, assim como na medicina, a arte de cuidado de saúde e cura dos povos indígenas é balizada pelas teorias, fundamentos e concepções que constituem um conjunto de elementos concretos e “abstratos” (elementos fitoquímicos e metafísicos), e praticados de forma especializada pelas pessoas que passaram por formação para exercer tal ofício. “Cada povo tem suas próprias instituições de formação de seus especialistas. Assim, os especialistas indígenas são pessoas que passaram por uma rigorosa formação e treinamentos, sob orientação de especialista formador. As noções de doença e saúde não se restringem ao aspecto biológico”, descreve.
De acordo com Baniwa, esse é o ponto central que diferencia a medicina indígena do modelo biomédico de cuidado de saúde, que intervém sobre o corpo a partir da noção do meramente biológico. “Os estudos entre os povos indígenas do Alto Rio Negro, mostram que as tecnologias de cuidado de saúde e cura são fundamentalmente: bahsesse (benzimentos), fórmulas metaquímicas e metafísicas evocadas pelos especialistas para proteção, tratamento e curar de doenças, além de plantas medicinais”, explica.
O Atlas
O Atlas da Amazônia Brasileira é uma iniciativa da Fundação Heinrich Böll, da Alemanha. Com conselho editorial formado pelas jornalistas Kátia Brasil e Elaíze Farias, fundadoras da agência Amazônia Real, a ambientalista Ângela Mendes, o geógrafo Aiala Colares Couto, o antropólogo João Paulo Barreto e a pesquisadora Marcela Vecchione-Gonçalves, entre outros, o Atlas busca descontruir estereótipos da região. “Trata-se de um conteúdo que visa contribuir para uma urgente mudança de perspectiva, para que pessoas do Brasil e do mundo possam conhecer a Amazônia novamente, desta vez sob a perspectiva dos diversos habitantes da região”, observa o Conselho Editorial, citando a gama de artigos produzidos por uma maioria de autores originários de diferentes partes da Amazônia, considerando também uma diversidade racial, étnica e de gênero.
Tem comemoração pintando na área! No dia 24 de maio (sábado), o Museu da Vida Fiocruz celebrará seus 26 anos em grande estilo. Um dia inteiro de festa com muita ciência, cultura e diversão. A programação conta com várias atrações, entre elas, oficinas educativas, teatro, exposição, música, apresentações de MCs e até distribuição gratuita de pipoca, picolé e algodão doce! A entrada também é gratuita e as atividades acontecem das 10h às 16h, com abertura dos portões às 9h30.
Segundo Ana Carolina Gonzalez, chefe do Museu da Vida Fiocruz, a programação conta com todas as atividades educativas que o Museu sempre oferece e ainda com muitas novidades. O trenzinho da Ciência já é uma presença confirmada. “Vamos nos reunir e festejar a existência desse Museu que há 26 anos se orgulha por ser esse espaço onde os mais variados públicos se encontram com a ciência, a cultura e a saúde em seu conceito ampliado. Vida eterna ao Museu da Vida Fiocruz!", destaca.
Oficinas de Compostagem e Plantas Medicinais e mais
Reciclagem de sobras de frutas e legumes? Teremos por aqui! O processo chamado de compostagem é uma forma sustentável de tratar resíduos orgânicos e um dos destaques da programação do aniversário do Museu. Confira mais detalhes na Oficina de Compostagem do dia 24 de maio.
Outra atração educativa que vai conectar o público com a natureza é a Oficina de Plantas Medicinais. A atividade será uma oportunidade para nos conectar com o conhecimento ancestral e com os saberes populares que são transmitidos de geração em geração.
O sábado será ainda dia de criar na Oficina de Pipas do Museu! Também será dia de ouvir várias histórias inspiradoras na Contação de Histórias.
A festa terá ainda sessões de teatro da peça ‘É o Fim da Picada!’. A esquete aborda de forma lúdica e divertida doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. As risadas são garantidas!
Música para todas as idades!
Teremos muita música ao longo do dia. Pela manhã, o ‘Bailinho da Fuzarca’ vai animar bebês, crianças e todas as famílias com brincadeiras e um repertório musical que passeia pelo universo infantil e MPB.
A tarde começa com outra atração empolgante! Na 'Batalha do conhecimento', quatro Mc's vão se enfrentar em uma disputa leve e repleta de conhecimento e talento. E o público poderá interagir, escolhendo temas para os duelos e até travando batalhas com os artistas!
A última apresentação musical do dia será com o Música na Calçada, banda que é fruto de oficinas musicais desenvolvidas no Espaço Casa Viva/RedeCCAP, em Manguinhos.
Exposição, Encontro de pintores e mais
O aniversário do Museu terá mais duas atrações extras. Uma delas é o ‘Urban Sketchers Rio’, um encontro global de artistas e entusiastas do desenho de observação, que será realizado na Praça Pasteur. Também teremos o ‘MIIM – Museu da Imagem Itinerante das Imagens da Maré’, que ficará em exposição no Centro de Recepção do Museu.
Quem passar pelo campus, poderá ainda conferir todas as demais atividades Museu! O Castelo Mourisco estará aberto à visitação, assim como a exposição ‘Vida e Saúde: relações (in)visíveis’, no prédio da Cavalariça. O Trenzinho da Ciência, o Borboletário, o Parque da Ciência e a Pirâmide completam a festa!
O ‘Museu Tá On! 26 anos de ciência e diversão no Museu da Vida Fiocruz’ é uma iniciativa do Museu da Vida Fiocruz, da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, com gestão cultural da Associação Amigos do Museu da Vida Fiocruz e apoio institucional da Fundação de Apoio à Fiocruz - Fiotec. Conta ainda com patrocínio das empresas Merck, Abbott e White Martins, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Confira a programação completa da festa.
Serviço:
'O Museu Tá On! 26 anos de ciência e diversão no Museu da Vida Fiocruz'
Quando: 24 de maio, das 10h às 16h, com abertura dos portões às 9h30
Onde: Av. Brasil, 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro – RJ
Entrada gratuita e livre. Não é necessário agendamento.
Mais informações: recepcaomv@fiocruz.br
Os Seminários Avançados do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) desta quarta-feira (21/5) abordarão a saúde da mulher e da criança. O webinário trará perspectivas nacionais e internacionais ao reunir especialistas do Ministério da Saúde, da Universidade de Pelotas, da Organização Panamericana da Saúde (Opas) e da Fiocruz. Haverá ainda a participação em vídeo da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, O encontro será às 10h e terá transmissão em português, espanhol e inglês.
Inícios saudáveis, futuros esperançosos será o tema da fala da representante da Unidade de saúde da mulher, materna, neonatal e reprodutiva da Opas, Suzanne Serruya. O professor emérito da Universidade de Pelotas César Victora trará um panorama sobre a saúde de mulheres, crianças e adolescentes sob a perspectiva da Agenda 2030.
A representante da coordenação de Atenção à Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, Renata de Souza Reis, falará sob a ótica brasileira sobre políticas de atenção à saúde da mulher no país. Ainda sob esta perspectiva, a pesquisadora e coordenadora da pesquisa Nascer no Brasil, da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, debaterá sobre o trabalho. A introdução e a mediação serão feitas pela representante da coordenação de ações nacionais e de cooperação do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria Teresa Massari.
Em português:
Em espanhol:
Em inglês:
A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), por meio da Coordenação Geral de Educação (CGE) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulga, nesta terça-feira, 20 de maio, o resultado das provas de nivelamento do Programa de Formação em Língua Inglesa 2025. As vagas foram distribuídas pelas turmas destinadas a estudantes com nível de proficiência básico e turmas com nível de proficiência intermediário. As informações referentes às turmas selecionadas foram enviadas aos estudantes pelo e-mail cad.ingles@fiocruz.br, onde receberam todas as orientações necessárias, incluindo a indicação da turma, o link de acesso às aulas e demais detalhes importantes. O início das aulas está previsto para dia 30 de maio de 2025.
+Confira aqui o resultado das provas de nivelamento!
O curso será realizado por meio digital, via ensino remoto em aulas síncronas, com duração de um ano, passível de renovação.
Foram selecionados estudantes com hipossuficiência econômica de cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado acadêmico ou profissional) da Fiocruz.
O programa tem o objetivo de democratizar e ampliar o conhecimento instrumental da língua, para fortalecer o desenvolvimento acadêmico em nível de pós-graduação, de modo a propiciar acesso à aprendizagem do idioma a estudantes em condições de vulnerabilidade socioeconômica.
Em caso de dúvidas e mais informações, os estudantes podem entrar em contato pelo e-mail cad.ingles@fiocruz.br.
#ParaTodosVerem banner com fundo predominantemente azul, com um quadrado amarelo no canto inferior direito. Ao centro, um círculo com fotos de quatro pessoas sorrindo, dois homens e duas mulheres. Ao topo da imagem, o nome "Programa de Formação em Língua Inglesa - Para estudantes de pós-graduação lato e stricto sensu, em situação de vulmenerabilidade econômica". Abaixo das fotos, uma tarja com o texto "RESULTADO DA PROVA DE NIVELAMENTO DISPONÍVEL!".
Em 25 de maio de 2025, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) completará 125 anos, celebrando seu Jubileu Secular de Prata. A data, compartilhada com a Fiocruz, marca o surgimento de uma instituição pioneira no Brasil e coloca em foco décadas de atuação em prol da ciência, da saúde e da vida.
De 20 a 23 de maio, o ‘Simpósio IOC Jubileu 125 anos' celebrará esse marco, com debates sobre temas relevantes em pesquisa e inovação e um mergulho na história do IOC, da fundação às perspectivas para o futuro.
Em formato presencial, o evento será realizado no Auditório Emmanuel Dias do Pavilhão Arthur Neiva, no campus Fiocruz Manguinhos (Av. Brasil 4.365, Rio de Janeiro).
Neste ano, o tradicional Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto, que chegará em sua 8ª edição, será associado ao Simpósio comemorativo.
Importantes nomes das áreas científicas e tecnológicas do país estão com presença confirmada. Veja alguns exemplos:
Tatiana Roque - secretária de Ciência e Tecnologia do município do Rio de Janeiro e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
André Nunes - superintendente da Área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Finep;
Helder Nakaya - pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein; e
Elisama Campelo - Supervisora de Propriedade Intelectual da Inova Unicamp.
Especialistas do IOC, da Fiocruz e de instituições científicas de diferentes estados do Brasil e do exterior também são destaque na programação.
O primeiro dia (20) contará com palestras sobre políticas de ciência e tecnologia, desenvolvimento de vacinas, nanotecnologia e inteligência artificial.
No segundo dia (21), as atividades colocarão em foco a inovação nas instituições de ciência e tecnologia, empreendedorismo, ciência cidadã e educação científica, incluindo ainda apresentações curtas, em formato de pitch, de projetos do Programa INOVA-IOC.
No terceiro dia (22), haverá painel sobre o cenário das arboviroses no Brasil, lançamentos de produtos do projeto de pesquisa Arboalvo e do livro 'Superbactérias resistentes a antimicrobianos'.
Os três primeiros dias do evento contarão ainda com apresentações referentes ao Programa Inova IOC e aos projetos do Instituto submetidos ao edital Inova Empreendedorismo, do Programa Inova Fiocruz.
Finalizando a programação, o quarto dia (23) terá palestra sobre a trajetória do Instituto, além de homenagens, lançamentos e apresentação musical.
Confira a programação completa na página do evento no Campus Virtual Fiocruz.
O ‘Simpósio IOC Jubileu 125 anos’ contará com outras etapas, previstas para agosto, outubro e dezembro. Mais informações serão divulgadas em breve.
A programação comemorativa pelo Jubileu Secular de Prata do Instituto inclui ainda outros eventos, realizados ao longo do ano [confira aqui].
Em maio, o VIII Simpósio Avançado De Virologia Hermann Schatzmayr, no dia 16, e lançamento do jogo Ciclo do Poder, no dia 28, integram a agenda, juntamente com a posse da Diretoria recém-eleita, que deve ocorrer também no dia 28.
Edição: Vinicius Ferreira
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Na próxima quarta-feira, 21 de maio, será realizado o 4º Fórum Terra 2030, evento organizado pela Estratégia Fiocruz para Agenda 2030 (EFA 2030) que promove a participação ativa da juventude nas soluções para a crise climática. Com o tema O papel da juventude no enfrentamento da crise climática: desafios e soluções colaborativas, o encontro acontecerá no Auditório da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM Rio), na Glória, e também será transmitido pelo canal do YouTube da EFA 2030 – Fiocruz.
Organizado em parceria com a ESPM e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o fórum busca engajar estudantes, pesquisadores e representantes de movimentos sociais em torno de práticas sustentáveis, inovação social e ações colaborativas voltadas ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A programação inclui painéis temáticos sobre comunicação socioambiental, economia solidária, cooperativismo e experiências territoriais de implementação da Agenda 2030, além da apresentação da Plataforma Terra 2030 – um hub de iniciativas voltadas à sustentabilidade e aos ODS.
Com longa programação, o evento terá a presença da cientista ambiental e integrante da Rede Favela Sustentável, Gisele Moura, que abre o evento com a palestra “Juventude e a Agenda Climática”. Os painéis temáticos reúnem especialistas como o diretor de conteúdo do portal ((o))eco, Márcio Isensee, a assessora de cooperativas de catadores e pesquisadora em tecnologias sociais, Hanna Tanaka, e a comunicadora popular do Armazém do Campo/MST, Bárbara Fagundes.
À tarde, haverá uma apresentação de experiências de ações territorializadas alinhadas aos ODS, com representantes da Fiocruz de diferentes regiões do país. Os painelistas vão abordar temas como saúde em comunidades tradicionais e urbanas, letramento digital e tecnologias sociais.
Além de fortalecer o protagonismo juvenil, o Fórum também marca o início das comemorações do Ano Internacional das Cooperativas (IYC 2025), reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), reforçando a importância do cooperativismo como modelo de desenvolvimento sustentável e inclusão social.
O evento é gratuito e aberto ao público mediante inscrição prévia pelo site.
Serviço:
Data: 21 de maio de 2025
Horário: das 8h30 às 17h30
Local: Auditório da ESPM – Vila Aymoré (Ladeira da Glória, 26 – Glória, Rio de Janeiro – RJ)
Transmissão online: YouTube EFA 2030
Inscrições gratuitas e mais informações.
As vagas presenciais são limitadas, e a organização se reserva o direito de encerrar as inscrições mediante a lotação do auditório.
No dia 21 de maio, às 12h30, o Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC), vinculado à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), realiza uma nova sessão colaborativa, com apresentação da mestranda do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Dalila Machado. A sessão é intitulada "Potencial do Epidemic Intelligence from Open Sources (Eios) como Ferramenta Complementar para a Detecção Precoce de Surtos de Dengue e Chikungunya: Uma Análise Baseada em Dados do Brasil (SE 40/2020 - SE 40/2023)".
O estudo de Dalila analisa o uso da plataforma Eios, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como ferramenta complementar para a detecção precoce de surtos de dengue e Chikungunya no Brasil.
Em sua pesquisa, Machado utiliza dados textuais coletados do Eios entre setembro de 2020 e junho de 2024, aplicando modelagem de tópicos estruturados (STM) e análises comparativas com dados oficiais. O objetivo é avaliar o potencial da Vigilância Baseada em Eventos (VBE) para aprimorar estratégias de vigilância digital e subsidiar políticas públicas mais responsivas e fundamentadas em evidências.
O evento é online, com transmissão via Zoom e não requer inscrição prévia.
As sessões colaborativas do PROCC são organizadas pelo PROCC/VPEIC, em parceria com a The Global Health Network América Latina e Caribe (TGHN LAC).
Serviço
Nome: Potencial do Epidemic Intelligence from Open Sources (Eios) como Ferramenta Complementar para a Detecção Precoce de Surtos de Dengue e Chikungunya: Uma Análise Baseada em Dados do Brasil (SE 40/2020 - SE 40/2023)
Data: 21 de maio de 2025
Horário: 12h30
Local: Zoom
Palestrante: Dalila Machado – IOC/Fiocruz
Idioma: Português
Link de acesso: https://tinyurl.com/bdemcaz7
Na próxima quinta-feira, 22 de maio, será realizada mais uma edição dos Seminários Fiocruz Mata Atlântica. O tema "Cartografia e centralidade social da periferia" será abordado pelo professor do Programa de Pós-graduação do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPDH/NEPP-DH/UFRJ), Pedro Cunca Bocayuva, e o tema "Favela, expressão e síntese da desigualdade social do Rio de Janeiro" será ministrado pelo pesquisador da Universidade da Cidadania (UC/UFRJ), Itamar Silva. O evento será realizado presencialmente, no Auditório Pau-Brasil, no Campus Fiocruz Mata Atlântica, localizado na Rua Sampaio Corrêa, s/n, Jacarepaguá, Rio de Janeiro. às 9h30 será realizado um café de acolhida, e as palestras acontecem a partir das 10h. É aberto ao público interessado, e não é necessário efetuar inscrição prévia, e será transmitido ao vivo pelo canal do Youtube da Fiocruz Mata Atlântica.
Pedro Cunca Bocayuva é professor do Programa de Pós-graduação do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPDH/NEPP-DH/UFRJ), coordenador do Laboratório do Direito Humano à Cidade e Território (LDCT), Mestre em Relações Internacionais e Doutor em Planejamento Urbano e Regional.
Itamar Silva é ativista social, militante do Movimento de Favelas do Rio de Janeiro, jornalista e presidente da Associação Escola Sem Muros (Grupo Eco), pesquisador da Universidade da Cidadania (UC/UFRJ) e conselheiro do Dicionário de Favelas Marielle Franco (WikiFavelas).
Proporcionando uma experiência internacional nos serviços de saúde, com ênfase na Atenção Primária, 17 residentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) participaram do Programa de Internacionalização do Estágio Eletivo junto à rede de Atenção Primária em Saúde de Cuba, dessa vez incluindo ações afirmativas. Partilharam dessa experiência residentes da Gereb/Fiocruz Brasília, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Instituto Nacional da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) e Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco).
Os residentes vivenciaram, por duas semanas, a rede de sistemas de saúde de Havana, capital de Cuba, iniciando as atividades na V Convenção Internacional de Salud (Cuba Salud), um dos principais congressos de saúde pública da América Latina, realizada entre 21 e 25 de abril de 2025, onde apresentaram trabalhos e participaram de mesas de debate. Em seguida, o período de estágio no sistema de saúde de Cuba contou com carga horária total de 80h, incluindo teoria e prática, onde fizeram visitas supervisionadas às unidades de saúde, sob a tutoria de docentes da Escola Nacional de Saúde Pública de Cuba (Ensap) e outros profissionais envolvidos, bem como aulas e atividades de orientação, acompanhamento de atendimentos e atividades de âmbito da Atenção Primária. Eles foram supervisionados por três coordenadores de residência que exerceram a função de preceptoria, sob a responsabilidade da coordenadora adjunta das Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser (CGE/VPEIC/Fiocruz).
A iniciativa faz parte de um convênio estabelecido entre a Ensap e a Fiocruz, por meio Coordenação de Atenção à Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), e com o apoio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e a Coordenação Adjunta de Residências em Saúde (CGE/VPEIC).
Adriana Coser ressaltou a enorme satisfação de coordenar as atividades de preceptoria nesse intercâmbio, e explicou que o Programa de Internacionalização é "uma iniciativa pioneira no campo das residências, que, até então, não tinha a tradição de incentivar, com apoio institucional, a ajuda de custo para a internacionalização de programas de residências em estágios eletivos". Segundo ela, nesse sentido, a Fiocruz está na vanguarda fazendo essa cooperação com a Escola de Saúde Pública de Cuba. A partir de 2024, a Coordenação Adjunta de Residências em Saúde (CGE/VPEIC), numa iniciativa conjunta com a VPAAS, implementou um edital de chamamento público interno para os residentes”, detalhou ela.
A coordenadora de Atenção à Saúde da Vice-Presidência de Ambiente Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), Patricia Canto Ribeiro, ressaltou a importância da ampliação dessa oferta para os alunos de diferentes unidades da Fiocruz, lembrando que antes, desde 2012, essa parceria com a Escola de Saúde de Cuba era feita pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), e voltada somente aos seus residentes.
A amplificação foi um grande avanço para a instituição, pois o estágio internacional é, segundo Patricia, uma oportunidade de crescimento individual e profissional aos residentes envolvidos, e também aos preceptores que lá vivenciam essa realidade com seus alunos, tendo a chance de conhecer mais profundamente o sistema de saúde de Cuba, além de trazer uma vasta bagagem, que pode ser compartilhada com outros alunos e turmas que se formam. "Sem dúvidas, é uma experiência de vida, e também um ganho para a qualificação da formação profissional desses residentes. Um investimento no âmbito pessoal, mas, sobretudo, para o nosso SUS. Esperamos continuar a parceria, e, a cada ano, termos a possibilidade de levar novas turmas para vivenciarem essa experiência tão enriquecedora para os processos formativos de nossos alunos".
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), em parceria com a equipe do Serviço de Farmácia do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, lança uma série de vídeos educativos sobre a tuberculose. O objetivo é orientar pacientes, familiares e a sociedade sobre a doença, seus tratamentos e os cuidados essenciais com os medicamentos. Apesar de ser uma doença curável, a tuberculose ainda é uma das infecções mais letais do mundo, afetando principalmente as populações mais vulneráveis.
A série conta com cinco vídeos, que vão desde a explicação sobre o que é a tuberculose até orientações detalhadas sobre o uso correto dos medicamentos.
+ Assista ao teaser exclusivo de lançamento da série!
O primeiro vídeo estreia nesta segunda-feira, 19 de maio, no canal da Ensp no YouTube. Ao longo da semana, os demais episódios serão lançados.
O Centro de Referência Professor Hélio Fraga é referência no tratamento da tuberculose no Brasil, oferecendo serviços de qualidade e acompanhamento contínuo aos pacientes.
Acompanhe a série completa e saiba tudo o que você precisa para combater a tuberculose de forma eficaz e segura.
Confira, abaixo, o tema de cada vídeo:
Vídeo 1: O que é a Tuberculose? – Conheça as causas e formas de transmissão da doença.
Vídeo 2: Como é o tratamento da Tuberculose e o Tratamento Diretamente Observado (TDO)? – Entenda o funcionamento do tratamento e a importância da adesão.
Vídeo 3: Quais cuidados devo ter com os medicamentos?
Vídeo 4: Orientações sobre o uso de medicamentos – Siga as orientações para um tratamento seguro e eficaz.
Vídeo 5: Fique atento! Você precisa saber – Dicas e cuidados para um tratamento sem falhas.