Até o dia 30 de outubro, acontece a Semana Internacional do Acesso Aberto (Open Access Week), promovida pela Scholarly Publishing and Academic Resources Coalitiona (Spark). O encontro anual vai debater o tema "Aberto para a justiça climática", cujo foco é promover a conexão e a colaboração entre o movimento climático e a comunidade internacional aberta. A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, estará no evento, no dia 28 de outubro, e na mesa "Recursos Educacionais Abertos: desafios e oportunidades para a implementação de práticas educacionais abertas" e falará sobre a Plataforma de Recursos Educacionais Abertos da Fiocruz, o Educare. A paletra será transmitida pelo Zoom.
Acesso aberto na Fiocruz
No âmbito da Semana Internacional, a Fiocruz sediará uma série de atividades e eventos entre os dias 24 e 27 de outubro. A Semana reforça o compromisso institucional com a Ciência Aberta e o Acesso Aberto como ações que servem tanto para compartilhar conhecimento, como para diminuir impactos das mudanças climáticas. Gestão de dados, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa, publicação científica em acessoaberto, promoção de territórios sustentáveis e saudáveis, ciência cidadã, e democracia na sociedade digital estão entre os temas abordados. Todas as palestras podem ser acessadas e acompanhadas à distância. Confira aqui a programação completa.
Em 2014, a Fundação estabeleceu sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, buscando fortalecer os mecanismos de preservação e visibilidade de sua produção científica, aumentar o impacto e contribuir para o desenvolvimento da ciência.
Semana Internacional do Acesso Aberto (Open Access Week)
A justiça climática é um reconhecimento explícito de que a crise climática tem efeitos de longo alcance e que seus impactos “não são distribuídos de forma equitativa ou justa, entre ricos e pobres, mulheres e homens, e gerações mais velhas e mais jovens”, conforme observado pela ONU. Esses desequilíbrios de poder também afetam a capacidade das comunidades de produzir, disseminar e usar o conhecimento sobre a crise climática.
O acesso aberto pode pode criar caminhos para um compartilhamento de conhecimento mais equitativo e servir como um meio de abordar as desigualdades que moldam os impactos das mudanças climáticas e nossa resposta a elas. Compartilhar conhecimento é um direito humano, e enfrentar a crise climática requer uma troca rápida de conhecimento que transcende as fronteiras geográficas, econômicas e disciplinares.
A Semana Internacional de Acesso Aberto é um momento para reunir todas as comunidades para tornar a abertura a norma na pesquisa científica e garantir que a equidade esteja no centro deste trabalho. Selecionado pelo Comitê Consultivo da Semana do Acesso Aberto, o tema deste ano é uma oportunidade de se reunir, agir e aumentar a conscientização sobre como o acesso aberto possibilita a justiça climática.
*com informações de VPEIC e Internacional Open Access Week
Entre os dias 24 e 27 de outubro, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e outras unidades da Fundação Oswaldo Cruz participam da Semana Internacional do Acesso Aberto 2022. Com o tema ‘Acesso Aberto para a Justiça Climática’, a comunidade científica que atua com a informação e o compartilhamento do conhecimento aberto busca mobilizar a sociedade, de maneira coletiva, em torno de temas importantes para a saúde, a vida e os direitos humanos. O Icict promove, dentro deste calendário, duas atividades online para discutir temas como Ciência Aberta, justiça climática e democracia na sociedade digital, que serão transmitidas pelo canal da VideoSaúde no Youtube.
Ao todo, seis atividades da Fiocruz estarão na programação da Semana do Acesso Aberto 2022.
O Icict participa de mesas no dia 24 de outubro, às 9h, na Apresentação das Plataformas para gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa na Fiocruz: Arca Dados e FioDMP.
Na terça-feira, 25 de outubro, às 14h, haverá o debate ‘Desafios do Acesso Aberto para a Justiça Climática’, organizado pela Rede de Bibliotecas da Fiocruz em conjunto com a Seção de Informação do Centro de Tecnologia da Informação e da Comunicação (CTIC/Icict).
Serão três debatedores nesta sessão: Diego Xavier, pesquisador do Laboratório de Informação e Saúde (LIS/Icict), onde funciona o Observatório Clima e Saúde, iniciativa de pesquisa que contempla muitos dados e indicadores científicos relacionados ao tema; Leonardo Castro, que atua com o tema no Núcleo de Ciência Aberta da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e na Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS); E a pesquisadora e docente Mariangela Fujita, da Unesp, onde pesquisa temas relacionados à Ciência Aberta e organização do conhecimento.
A ideia do debate é compreender o papel da ciência cidadã e como os princípios do acesso aberto contribuem para a questão da justiça climática. A moderação será de Muriel Saragoussi, do Instituto Leônidas e Maria Deane/Fiocruz Amazônia.
Para participar deste encontro, é necessário realizar a inscrição na página do evento, para envio de certificados após o final da Semana do Acesso Aberto, uma vez que o evento também integra o XVI Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz.
Na quarta-feira, 26 de outubro, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis), periódico editado pelo Icict, estará na mesa de Periódicos em acesso aberto da Fiocruz, a partir das 9h30, para discutir desafios e perspectivas para o aumento da visibilidade e impacto das pesquisas. Nesta ocasião, será apresentado o novo portal de Periódicos da Fiocruz.
Também na quarta-feira, 26 de outubro, às 14h, será realizada uma aula aberta do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS). Com o tema ‘Democracia e soberania na sociedade digital’, o seminário é alusivo ao Bicentenário da Independência, marco de 200 anos da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. O evento integra a disciplina Fundamentos da Informação, Comunicação e Saúde II, ministrada pelos docentes Rodrigo Murtinho, Renata Gracie e Viviane Veiga, do PPGICS.
E na quinta, 27 de outubro, haverá o evento ‘Gestão de Dados de pesquisa no âmbito da Ciência Aberta’, organizado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Participa Viviane Veiga, pesquisadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz e docente do PPGICS. Inscrições no site da EPSJV.
Participam desta aula Pascal Aventurier, pesquisador do Institut de Recherche pour le Développement (IRD) – instituição de pesquisa em ciências sociais sediada na França; Ligia Bahia, pesquisadora e docente do Instituto de Estudos de Ciência Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e Tarcízio Silva, que é fellow de Tecnologia e Sociedade da Fundação Mozilla e pesquisa temas como o problema do racismo em algoritmos, inteligência artificial e outras formas de discriminação nas redes digitais.
“Nesta disciplina abordamos três dimensões de políticas que têm grande impacto na saúde: as políticas de informação/dados, de informação científica e de comunicação. Com isso, o objetivo deste debate é trazer temas atuais relacionados a estas três áreas na ocasião da Semana do Acesso Aberto e do Bicentenário da Independência. Propomos uma discussão sobre a soberania na sociedade digital, trazendo uma reflexão sobre como a Ciência Aberta, de um lado, e a lógica dos algoritmos e redes digitais e a Open Health, de outro, têm implicações para nossa sociedade”, explica Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, que está entre os organizadores.
Os eventos são abertos ao público e terão transmissão online pela Vídeo Saúde Distribuidora.
As atividades do XVI Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz continuam nos dias 3 e 4 de novembro e a programação completa será divulgada em breve no site do Icict.
"Savino plantou sementes que se tornaram árvores, que deram outras sementes, que também se transformaram em árvores e deram outras sementes.... formando, assim, um belo jardim que se espalha pelo planeta", disse Daniela da Cruz, ex-aluna e docente do Instituto Oswaldo Cruz no Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, durante a entrega da Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional 2022 ao professor e pesquisador Wilson Savino. O evento Semana da Educação Fiocruz outorgou também o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses a 11 doutoras contempladas nesta edição, todas mulheres, fato que gerou alegria e entusiasmo entre os participantes do encontro. O vídeo da cerimônia, que aconteceu de maneira híbrida, está disponível na íntegra no canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube.
Encontro exalta a importância dos educadores para o país
Iniciando o evento, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou o momento de celebração, de pensar os caminhos da educação e homenagear pesquisas de qualidade, além de ser uma oportunidade de consagração a todos que se dedicam à educação na Fiocruz. "Vejo que a trajetória institucional da Fundação - consolidada a partir de um intenso diálogo entre muitas diferenças e divergências ao longo do tempo -, sedimentando um caminho bastante sólido no qual consensos foram estabelecidos e a força do nosso trabalho vem resultando no amadurecimento e na valorização dessa nossa missão”, comentou.
Além de Nísia, a mesa de abertura contou as presenças da coordenadora-geral Adjunta de Educação, Eduarda Cesse, da diretora do Sindicato Nacional dos Servidores da Fiocruz (Asfoc-SN), Michelly Alves, da aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação de Biodiversidade e Saúde e coordenadora-geral da Associação de Pós-graduando da Fiocruz (APG/Fiocruz-RJ), Gabriela Soares, e da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, que exaltou a importância dos educadores para o país. "Ver a trajetória de Savino nos impressiona. Ao longo de décadas, ele formou dezenas e dezenas de jovens pesquisadores com uma dedicação extraordinária. A presença do orientador, do professor é muito decisiva na escolha profissional das pessoas. É uma alegria vê-lo receber esse prêmio, e eu estendo meus cumprimentos aos demais docentes e orientadores das profissionais premiadas. É importante destacar o esforço coletivo de vocês, das famílias, dos colegas de trabalho, sobretudo dos orientadores e professores, para que concluíssem as teses em meio a um período tão difícil como a pandemia. Desejo sucesso na trajetória profissional!, aspirou Cristiani.
Sobre a autodescrição feita pelos participantes da mesa de abertura durante o evento, a presidente Nísia enfatizou a adoção da ação explicando que essa é uma diretriz importantíssima e faz parte da Política da Fiocruz para Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, inclusive com um comitê específico criado para esse fim na nossa insitutição. "Como bem disse Michelly Alves em sua fala, aos poucos vamos nos acostumando com aquilo que deveríamos estar sempre atentos, que são as diferenças, as diferentes formas de relação e de estar nessa vida com tantos desafios".
Uma vida dedicada ao binômio ciência-educação
Wilson Savino, pesquisador titular em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o eleito à Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional 2022. A honraria foi entregue pelas mãos da presidente Nísia, enquanto todo o auditório o aplaudia de pé. Daniela Arêas Mendes da Cruz fez, sua ex-aluna e companheira de trabalho fez uma apresentação sobre a vida e a carreira acadêmica do premiado ressaltando sua "dedicação à ciência, à educação e, como ele gosta de dizer, à formação de cabeças pensantes", comentou ela, citando ainda diferentes números que destacam a contribuição de Savino na formação de alunos em diversos programas de pós-graduação pelo Brasil e exterior. "Sei que seu maior orgulho é olhar as pessoas que formou ou ajudou a formar e vê-las formando novos alunos".
Segundo Savino, a percepção sobre a centralidade dos processos educacionais surgiu em sua vida de forma definitiva a partir da leitura de dois livros: Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, e Educação como Prática de Liberdade, de Paulo Freire, os quais ele recomenda fortemente a leitura. Ele contou que decidiu tornar-se cientista ainda na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na época Universidade do Estado da Guanabara (UEG), em 1973. Antes de terminar, transferiu-se para o curso de Ciências Biológicas, graduando-se em 1974. Nessa época, deu seus primeiros passos para a docência, atuando como monitor de Biofísica. "Claramente, ali estava plantado dentro de mim o germe da educação, já contendo a influência paulofreiriana da apropriação da liberdade através da Educação", comentou. Desde então, atua como professor, resultando hoje em sua sólida contribuição para a educação no campo da saúde. Em 1975, ingressou no mestrado em Histologia e Embriologia, no qual dois anos depois tornou-se professor assistente. Em seguida, fez doutorado em no Programa de Histologia da Universidade de São Paulo e desenvolveu a parte experimental de sua tese no Hospital Necker, da Universidade René Descartes, Paris, e, em seguida, o estágio de pós-doutorado no mesmo local.
Em 1985, Savino foi para Fiocruz e, em 1986, passou a integrar oficialmente o Departamento de Imunologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). "Foi aqui na Fundação que consolidei minhas ações no campo da ciência e da educação, considerando o termo educação de maneira ampla". Um dos primeiros projetos desenvolvidos - e ainda em curso - foi a criação do Laboratório de Pesquisas sobre o Timo (LPT), que, segundo ele, foi um divisor de águas em sua vida acadêmica. Em 2013, Savino foi eleito diretor do IOC/Fiocruz. Em paralelo às atividades de pesquisa, durante toda a sua vida ele esteve ainda envolvido no ensino, particularmente coordenando disciplinas de pós-graduação na Fiocruz e orientando alunos. Desde que entrou na Fundação sempre participou também de forma ativa da política de ciência e tecnologia, em nível institucional e nacional.
Criou o Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC/Fiocruz, juntamente com Eloi Garcia e Renato Cordeiro, o qual teve início em março de 1989 e até hoje é considerado de excelência internacional pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Organizou dezenas de reuniões científicas e congressos nacionais e internacionais, buscando o compartilhamento de conhecimento por parte de pesquisadores e estudantes, além de fomentar a interação entre laboratórios brasileiros e estrangeiros. Como presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, entre 1993 e 1995, criou o primeiro diretório de laboratórios de imunologia, hoje disponível no endereço SBI.
Wilson Savino agradeceu o recebimento da honraria "à Fiocruz, em particular ao Laboratório de Pesquisa sobre Timo (LPT) e, especialmente a todos os alunos e alunas que tive, com os quais muito aprendi e sigo aprendendo, pois sem alunos não há orientador”. Ele aproveitou o momento para homenagear também sua família, que tanto o apoiou ao longo de sua vida: “Meus pais, irmãos e filhos. Três gerações de Savinos que me influenciaram e influenciam de forma central a vida", concluiu.
Em 2003, ele foi nomeado membro titular da Academia Brasileira de Ciências, e, em 2020, eleito para a Academia Mundial de Ciências (TWAS). Em 2008, recebeu o título de Huésped de Honor da Universidade Nacional de Rosário, Argentina. Já em 2013, foi contemplado com o título de Chevalier dans l’Ordre des Palmes Académiques, concedido pelo Ministério da Educação Superior e Pesquisa da França, e a Medalha Louis Leloir pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina pelo trabalho cooperativo em ciência e educação com aquele país. A participação da formulação de políticas de pesquisa e formação de recursos humanos no plano na América Latina resultaram, em 2020, na outorga do Prêmio Dr. Eduardo Charreau de Cooperação Científico-Tecnológica Regional conferido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina. Em 2019, recebeu o título de Doutor honoris causa, outorgado pela Universidade Sorbonne, Paris.
Dedicação e resiliência foram pontos fundamentais no desenvolvimento das pesquisas de cada uma das contempladas no Prêmio
As 11 alunas contempladas na edição 2022 do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses - 4 premiadas e 7 menções honrosas - discorreram sobre suas trajetórias, especialmente sobre os percalços e dificuldades para chegarem ao doutorado e, sobretudo, concluí-lo. Baixo financiamento para as pesquisas, sobrecarga de trabalho em diversos âmbitos e restrições ocasionadas pela pandemia de Covid-19 foram desafios comentados por quase todas elas durante o processo de desenvolvimento de suas teses. No entanto, o incentivo de seus orientandos, o amor e incentivo dos filhos e família, além da fé na ciência foram o esteio que as mantiveram firmes no caminho da pesquisa.
A doutora Jéssica Vasques Raposo Vedovi, admitiu que a caminhada da pós-graduação no Brasil é praticamente impossível sem o suporte familiar, inclusive no aspecto financeiro. "Mesmo antes da pandemia de Covid-19 já não era tarefa fácil desenvolver pesquisa aqui", disse ela, apontando que as questões políticas, de educação e financeiras são entraves no país: "Precisamos realmente querer fazer ciência no Brasil para seguir em frente. Estar aqui hoje é muito emocionante, pois mesmo com os pensamentos de desistência que passam pela nossa cabeça, ouvir sobre a história do doutor Savino e ver essa mesa repleta de mulheres na ciência me incentiva e me inspira a continuar. Se até alguns dias eu pensava em desistir, hoje eu tenho a certeza de que é isso que quero para a minha vida toda!", revelou ela. Jéssica foi contemplada com a menção honrosa no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses, na categoria Medicina. Seu trabalho, intitulado "Betaherpesvírus humano 5, 6 e 7 em pacientes transplantados e atividade antiviral do crispr/cas9 anti- alphaherpesvírus humano 1", se desenvolveu no âmbito do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e foi orientado por Vanessa Salete de Paula.
Também esteve presente na cerimônia, a professora e Pesquisadora Emérita da Fiocruz, Cecília Minayo, que orientou o trabalho de Rosilene Aparecida dos Santos, intitulado "Crianças que não veem o sol" e desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Cecília, que também foi contemplada com a Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional na edição de 2019, destacou a garra e sensibilidade de sua aluna, e a importância desse trabalho de pesquisa para a vida das crianças internadas e dos trabalhadores do IFF/Fiocruz. Ela fez ainda uma homenagem especial aos trabalhadores do Instituto salientando o quanto trabalham, apesar do pouco recurso que têm.
No alto de seus 84 anos, Cecília se orgulha de continuar trabalhando, como ela disse, "diuturnamente em pesquisa". Ela concluiu dizendo sentir-se muito contente "em ver que o "mulheril" está crescendo na ciência. Foi o que vi hoje aqui", disse Cecília Minayo alegremente.
Confira a lista completa das contempladas na edição 2022 do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses:
Ciências Biológicas Aplicadas e Biomedicina
Premiada:
Menção Honrosa:
Ciências Humanas e Sociais
Premiada:
Menção Honrosa:
Medicina
Premiada:
Menção Honrosa:
Saúde Coletiva
Premiada:
Menção Honrosa:
Logo após o vídeo, confira uma galeria de fotos do evento, tiradas por Peter Illiciev
Assista na íntegra ao vídeo da Semana da Educação 2022:
O Instituto Serrapilheira lançou o edital da 6ª chamada pública de apoio à ciência. Serão selecionados até dez jovens cientistas com grandes perguntas que contribuam para o conhecimento fundamental em ciências naturais, ciência da computação e matemática. Os grants vão variar de R$200 mil a R$700 mil, a serem utilizados ao longo de cinco anos. As inscrições vão de 28 de outubro a 28 de novembro, e o edital completo pode ser conferido aqui.
Os selecionados terão acesso, ainda, a recursos extras – até 30% do grant recebido – para investir na formação e integração de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes. O novo edital do Serrapilheira vai oferecer, no total, até R$9,1 milhões aos jovens cientistas.
O objetivo da chamada é apoiar jovens cientistas que proponham grandes perguntas em suas áreas de atuação. A seleção acontece em duas fases. Na primeira, os candidatos enviam uma pré-proposta, que será avaliada por revisores internacionais. A partir daí alguns serão chamados para submeterem a proposta completa. A etapa final inclui uma entrevista em inglês com os proponentes.
Os candidatos deverão ter vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020. Esse prazo é estendido em até dois anos para mulheres com filhos.
A chamada pública traz novidades em relação aos anos anteriores. Uma delas é que o candidato deve detalhar o risco do seu projeto a partir de três definições propostas pelo Serrapilheira: o risco de concepção, relacionado à formulação da hipótese do projeto; o risco de abordagem, que diz respeito à escolha metodológica; e o risco técnico, ligado à obtenção dos dados.
“A definição desse conceito é fruto de um amadurecimento institucional”, comenta Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira. “Entender o risco em cada etapa do projeto é fundamental para estruturá-lo de maneira mais completa, pensando o processo científico de forma mais profunda.”
Para o Serrapilheira, o risco é bem-vindo e faz parte de projetos ousados. O objetivo do detalhamento é mensurar como as suas escolhas podem dar errado e o que o pesquisador pretende fazer caso isso aconteça. “A ciência avança mais quando assume riscos. Se não estimularmos as pessoas a se arriscarem, acabamos criando uma ciência meramente incremental”, completa Caldas.
Parceria com fundações de amparo à pesquisa
Outra novidade é que o Serrapilheira estabeleceu parcerias com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e com as FAP’s de São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj) e Santa Catarina (Fapesc), com o objetivo de ampliar o apoio a jovens cientistas nos estados.
Essas parcerias podem se dar de duas formas: pelo cofinanciamento, o Serrapilheira e as FAPs poderão apoiar conjuntamente cientistas selecionados pela chamada pública do instituto. Já pelo apoio unilateral das FAPs, cientistas de seus respectivos estados que chegarem à fase final no processo de seleção do Serrapilheira, mas que não receberem apoio do instituto por limitação orçamentária, poderão receber recursos das fundações.
“Parcerias público-privadas efetivas são um bom caminho para o avanço da ciência, pois somamos a flexibilidade do financiamento privado à relevância do investimento público para o desenvolvimento do país”, conclui Caldas.
*Imagem: Facebook do Instituto Serrapilheira.
Coordenado pelo Laboratório de Investigação Cardiovascular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), o I Congresso de Fisiologia e Patologia (I FisioPat) será realizado nos dias 9 e 10 de novembro. Com olhar abrangente e multidisciplinar, o evento vai discutir avanços científicos e tecnológicos nas áreas da fisiologia e fisiopatologia de doenças crônicas não transmissíveis e doenças infecciosas. A atividade é parte do acordo de cooperação técnica firmado entre as duas Instituições. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas através do site do I Congresso FioPat até 31 de outubro.
O evento tem apoio do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC e do Programa de Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares da UFF.
Na programação preliminar estão previstas conferências e mesas redondas sobre inovação em saúde, doenças crônicas (incluindo câncer, doenças neurológicas e do metabolismo) e Monkeypox.
O Congresso contará ainda com apresentação de pôsteres e uma sessão de comunicações orais para apresentação de trabalhos inscritos.
O evento será realizado no Auditório Emmanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva, no campus da Fiocruz, localizado na Av. Brasil, 4.365 - Manguinhos, Rio de Janeiro.
Serão apresentados estudos nas áreas de câncer, doenças cardiovasculares, doenças infecciosas, doenças metabólicas, doenças neurológicas, doenças pulmonares e toxicologia, entre outras. Os melhores trabalhos serão premiados ao final do congresso.
Acesse o site e confira todos os detalhes.
*Com informações do IOC/Fiocruz.
A Vigilância Popular da Saúde, Ambiente e Trabalho (VPSAT) tem sido utilizada para nominar práticas de vigilância que privilegiam o protagonismo de comunidades, organizações e movimentos sociais. Pode envolver diferentes graus de atuação do Estado, da academia e dos profissionais de saúde, desde que estes reconheçam os atores e saberes populares e se impliquem nos processos participativos de natureza dialógica.
A roda de diálogos sobre vigilância popular visa realizar um debate teórico e metodológico a partir de vários campos do conhecimento e de experiências significativas desenvolvidas pelos movimentos sociais na defesa da vida, contribuindo para uma melhor base teórica e metodológica para o tema da Vigilância Popular, pois há uma grande necessidade de um debate metodológico, já que existem avanços teóricos na perspectiva crítica mas que não correspondem muitas vezes com uma coerência metodológica.
O curso será transmitido pelo canal no Youtube do programa, com carga horária de 14 horas. Os encontros são realizados às terças-feiras, das 14h às 16h. Os temas são apresentados, discutidos com o debatedor e depois abertos ao público por meio de rodas de diálogos de 2 horas.
Confira abaixo a programação completa e o que rolou no primeiro encontro, realizado no dia 27 de setembro:
27/9 - Jaime Breilh - Universidad Andina Simón Bolívar, Ecuador - Vigilância Popular e Monitoramento Participativo
Foto: https://iela.ufsc.br/files/jaime-breilh-02-1024x683jpg
11/10 - Neidinha Suruí - Rede de Monitoramento Territorial Independente - Amazônia
Vigilância Indigena e Vigilância Popular
18/10 - Guilherme Franco Netto - Fiocruz -
Vigilância da Saúde e Vigilância Popular
25/10 - João Arriscado - Universidade de Coimbra - Portugal
Ecologia de Saberes, Pesquisa ação e Vigilância Popular
1/11 - Ligia Kerr - UFC e ABRASCO
Vigilância Popular e Epidemiologia
8/11 - Lançamento do Site - Boaventura Santos (Universidade de Coimbra), Nisia Trindade (Presidente Fiocruz), Sonia Guajajara (APIB) e João Pedro Stedile (MST)
Público Alvo
O curso é destinado para movimentos populares, trabalhadores do SUS e acadêmicos envolvidos na temática da Vigilância Popular
Local de Realização do Curso
Fiocruz Ceará.
Número de Vagas
200 vagas.
Estão abertas até 21 de outubro as inscrições para o 8º Seminário Fluminense de Pós-Graduandos em História e a 8ª Jornada de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC/Fiocruz). Promovido pela Anpuh-Rio e pelo PPGHCS, o evento será realizado em conjunto entre os dias 29 de novembro e 1 de dezembro, com atividades presenciais e virtuais síncronas. As apresentações de trabalhos estão abertas a todos os mestrandos, mestres, doutorandos e doutores ligados a qualquer programa de pós-graduação e que desenvolva pesquisa clara na área da História. As inscrições estão disponíveis até 21 de outubro.
O objetivo principal do Seminário é promover o intercâmbio das pesquisas que vêm sendo realizadas pelos discentes dos programas de pós-graduações do estado do Rio de Janeiro, com a participação de professores nas especialidades de cada área temática como debatedores. Esta oitava edição abriga ainda a 8ª Jornada de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde do PPGHCS (COC/Fiocruz).
A abertura do encontro será realizada no dia 29 de novembro, às 10h, presencialmente no Auditório do Museu da Vida Fiocruz, em Manguinhos (RJ), com transmissão ao vivo pelo YouTube da Casa de Oswaldo Cruz. As sessões virtuais de apresentação de trabalhos poderão ser acessadas via Zoom pelos participantes inscritos.
Para inscrições e programação completa, acesse o site da Anpuh-Rio.
A Seção de Comunicação do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Icict promove, nos dias 5 e 6 de outubro de 2022, das 9h às 11h, uma oficina sobre letramento em saúde, voltada a trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz. A atividade será realizada de forma síncrona, por meio de plataforma online, o qual o link será enviado posteriormente aos participantes. Além de apresentar o que é o letramento em saúde, o objetivo desta oficina é abordar a questão da linguagem simples na promoção da saúde. A oficina pode ser realizada por profissionais de saúde, gestores, comunicadores, em especial de áreas de atuação que envolvam contato com o público.
Oficina sobre Letramento em Saúde
Esta oficina visa ampliar o debate sobre a importância do Letramento em Saúde (LS) na promoção da boa saúde, do autocuidado, da adesão ao tratamento e da prevenção de doenças. Para tanto, busca-se situar o que vem sendo apresentado sobre LS no mundo e de que forma esses conceitos podem nos ajudar a construir as bases do LS no país. Serão apresentadas estratégias e técnicas de promoção do LS (Teach Back e Linguagem Simples) como forma de garantir uma comunicação mais efetiva entre as instituições que promovem a saúde e os profissionais de saúde e a população em geral, pacientes, familiares e cuidadores.
A saúde é um direito humano. Segundo o Art. 25 da Declaração de Direitos Humanos, todos os seres humanos têm direito a um padrão de vida capaz de lhes assegurar a saúde e o bem estar para si mesmos e suas famílias. Mas como garantir esse direito fundamental em um país com tantos desafios socioeconômicos e educacionais como o Brasil?
Para participar, basta realizar o cadastro e informar dados profissionais, a unidade da Fiocruz em que atua e uma breve resposta sobre porque tem interesse em participar desta qualificação. A oficina será realizada em duas sessões pela manhã. Informações e dúvidas podem ser solicitadas por e-mail para Valéria Machado, responsável por esta atividade junto ao CTIC/Icict. Contato: valeria.machado@icict.fiocruz.br.
*Com informações da Icict
O 4º Encontro Virtual de Divulgação Científica, iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e do Fórum de Divulgação Científica da Fiocruz, traz para debate o tema Periódicos Científicos. O evento está marcado para o dia 5 de outubro, às 14h, com transmissão pelo canal da VideoSaúde no YouTube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Os encontros virtuais visam reunir pesquisadores, professores e profissionais de diferentes áreas no debate sobre questões relacionadas ao cenário da divulgação de ciência na instituição, sem perder de vista o panorama brasileiro.
A quarta edição de 2022 do encontro contará com a presença da (cargo) da Casa de Oswaldo Cruz, Roberta Cerqueira; da (cargo), do Programa de Computação Científica da VPEIC, Marília Sá Carvalho; e da (cargo), da Agência Bori, Natália Flores. O encontro será mediado pela (cargo) da Ensp, Luciana Dias de Lima.
O evento já realizou outros encontros com debates importantes. Confira abaixo os assuntos e acesse os vídeos dos encontros anteriores:
No primeiro encontro, foi debatido o tema Vacinas e Vacinações.
O segundo trouxe uma conversa sobre Inclusão e Acessibilidade.
O terceiro encontro virutal abordou o assunto Ciência Cidadã.
Fique atento ao quarto encontro, que será realizado no dia 5 de outubro, às 14h, com o tema Periódicos Científicos.
Estão abertas até 6 de novembro as inscrições para a chamada de propostas de projetos envolvendo a Fiocruz, a Rede Internacional Instituto Pasteur (RIIP) e a Universidade de São Paulo (USP). Este ano, a comissão julgadora apreciará propostas que se concentrem em doenças influenciadas pelas mudanças climáticas, inovação e imunoterapia.
O objetivo principal é facilitar as colaborações em áreas prioritárias de pesquisa e programas de saúde pública e consolidar a cooperação científica entre pesquisadores das três instituições, no âmbito dos acordos tripartites firmados entre Institut Pasteur, Fiocruz e USP.
As propostas devem reunir pesquisadores ou equipes de pelo menos um instituto membro da Rede Pasteur, da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade de São Paulo. Um coordenador Pasteur, um Fiocruz e um coordenador USP serão identificados no momento do envio do formulário de inscrição. Cada candidato deve apresentar as suas candidaturas idênticas aos coordenadores da sua própria instituição, que serão responsáveis pela supervisão e execução do projeto tanto cientificamente quanto administrativamente.
Serão disponibilizados até dois projetos selecionados, a serem executados entre janeiro de 2023 e novembro de 2024. Detalhes de financiamento de projetos e das condições financeiras de utilização podem ser conferidas no edital.
Os formulários de inscrição estão disponíveis no site do projeto.
Confira aqui o edital do projeto em inglês.