Publicação : 23/01/2020
A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), por meio da Coordenação Geral de Educação (CGE), torna pública a chamada interna auxílio para pagamento de publicação de artigo em periódico científico.
A iniciativa visa à internacionalização da produção acadêmica. Serão aceitos artigos de autoria de professores ou em autoria conjunta de alunos e professores de Programas de Pós-graduação inseridos no Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes). O financiamento só será concedido a publicação em periódicos científicos que atendam à Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz.
Publicação : 21/01/2020
A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), por meio da Coordenação Geral de Educação (CGE), torna pública o edital destinado a candidaturas para bolsas na modalidade doutorado sanduíche. A iniciativa se insere no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes).
As bolsas de doutorado sanduíche têm, por finalidade, a realização de estágio para o desenvolvimento de pesquisa em Instituição de Ensino Superior estrangeira, por estudantes regularmente matriculados em curso de doutorado de Programa de Pós-graduação vinculado ao PrInt Fiocruz-Capes. Após o período de estudos no exterior, o bolsista retorna ao Brasil para conclusão e defesa da sua tese.
Está no ar o resultado final do Programa de Mobilidade Acadêmica, iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e da Vice-Presidência de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS/Fiocruz), alinhada ao Programa de Integração da Fiocruz e ao Programa Inova.
Os selecionados receberão apoio financeiro para desenvolver seus projetos de pesquisa em diferentes unidades ou escritórios da Fiocruz. O auxílio financeiro compreende passagens e diárias, até um limite mensal que não exceda o valor de bolsa de pós-graduação da Capes para o nível do aluno. Será implementado ao longo do período de um ano.
Em março de 2020, será aberta uma nova chamada, com mais oito vagas disponíveis.
Confira a lista do resultado final. E parabéns aos escolhidos!
Saúde global e ética em pesquisa são temas atuais de relevância e que geram desdobramentos e questionamentos entre profissionais e pesquisadores de áreas, como saúde, ciência e tecnologia. Em maio, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) realizou os Cursos de Curta Duração em Abrangência Internacional, com financiamento da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e participação de importantes convidados internacionais. Os encontros aconteceram no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), em Jacarepaguá, e em Manguinhos, no Rio de Janeiro, para profissionais e alunos dos Programas de Pós-graduação da Fiocruz, inclusive de outros estados.
O professor e doutor da Universidade de Oxford, Andrew Farlow, ministrou o curso Challenges in Global Health, promovido pelo Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão, P&D na Indústria Farmacêutica, que explorou o tema central Global Health e a nova disciplina mundial Planetary Health. Com a participação de 37 inscritos, inclusive de outros estados, como Piauí e Minas Gerais, Farlow apresentou um panorama sobre expectativa de vida no mundo, causas de mortes em mulheres e homens e destacou alguns estudos de casos de doenças. O curso também foi oferecido no CTM para especialistas e pesquisadores da Fundação, voltado para um panorama geral sobre os temas.
O coordenador do PPG Profissional, Jorge Magalhães, destacou a importância da troca de conhecimentos na atualidade. “Esse curso apresentou um novo olhar e a quebra de paradigmas. O mundo mudou e continua em constante adaptação. É premente o trabalho sem fronteiras e multidisciplinar. Vai ao encontro do que o professor Farlow falou sobre a 'nova ordem mundial' ”, afirmou Magalhães.
Ana Devisate, aluna de Biomedicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI), participou do curso e considerou uma conquista muito valiosa. “O professor Farlow trouxe análises comparativas contendo informações importantes, que nos fez perceber tamanha complexidade da saúde coletiva no mundo e os desafios enfrentados ao longo dos anos para mudar este cenário”, refletiu.
Farlow realizou ainda uma reunião para possíveis novas parcerias com Jorge Magalhães, o diretor Jorge Mendonça, o responsável pelo Departamento de Biotecnologia, Fabius Leineweber, Consultor técnico do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (Cibs), Benjamin Gilbert, e por vídeo conferência, o expert da instituição de pesquisa e educação botânica, Kew Garden (de Londres), Professor Doutor Bob Allkin.
O curso sobre Introdução à Ética e Integridade em Pesquisa foi promovido por uma parceria do Departamento de Educação de Farmanguinhos e o PPG em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e contou com a participação de 30 inscritos. A coordenadora da Educação em Farmanguinhos/Fiocruz, Mariana Souza, salientou o principal ganho dessas parcerias. “Esses cursos dão aos nossos alunos e professores a oportunidade de interagir com profissionais de excelência, além de formar o ambiente ideal para o debate e criação de novas ideias”, enfatizou.
O professor da rede global Globethics.net, que promove o intercâmbio de conhecimentos e investigação sobre ética, Deivit Montealegre, explorou diversos assuntos acerca do tema, como má conduta em pesquisa, ética em publicações científicas, direitos autorais, aspectos éticos na experimentação animal e na pesquisa clínica, entre outros.
O curso foi conduzido através de aulas expositivas e por questionamentos e experimentação, discussão de casos reais e hipotéticos baseados no livro The ORI Introduction to the Responsible Conduct of Research e jogos morais baseados no livro Moral Games for Teaching Bioethics.
Viviane Bastos, pós-doutoranda do Laboratório de Toxinologia do IOC/Fiocruz, comentou o quanto o curso foi extremamente enriquecedor. “A ética e a integridade são valores fundamentais para a carreira científica e eu pude aperfeiçoar meus conhecimentos com profissionais que são referência na área. A minha participação no curso contribuiu de maneira decisiva para reforçar as bases da minha formação científica”, frisou.
Almiro Tivane, de Moçambique, está no país desde fevereiro para o doutorado e salientou conteúdo e abordagens do curso. “Já tendo ouvido várias vezes a falar dos conceitos aprendidos durante a disciplina e alguns eram completamente novos, porém ressalto que a abordagem e a seriedade com que foram transmitidos aumentou muito a minha consciencialização sobre os mesmos. Outras coisas ocorriam no nosso dia a dia sem sequer considerar violação a ética nem da magnitude da inflação. Houve discussões interessantes que ultrapassam a parte técnico-cientifica, que no caso envolve as relações humanas e sociais no ambiente acadêmico científico”, concluiu biólogo, pela Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique) e mestre em Medicina Tropical, concluído em 2013, pelo IOC/Fiocruz.
O embaixador australiano no Brasil, Timothy Kane, e o Cônsul-geral do país, Greg Wallis, estiveram na Fiocruz nesta quarta-feira (8/5) para conhecer melhor o trabalho da instituição. Na ocasião, eles se reuniram com a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado, que representou a Presidência da Fundação, com o assessor de relações institucionais, Valber Frutuoso, e representante do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz).
“Apesar da distância física entre ambos os países, suas semelhanças são diversas, a exemplo da geografia, condição climática, riqueza ambiental e diversidade sociocultural”, afirmou o oficial de pesquisa e políticas da embaixada, Caio Jacon.
No encontro, foram tratados temas de interesse comum que podem resultar em futuras cooperações, especialmente no campo da medicina tropical. O controle de vetores, a produção de vacinas, a pesquisa sobre picadas de cobras e outros animais peçonhentos e o apoio a meninas e mulheres nas ciências foram alguns dos temas tratados.
Um exemplo de colaboração já existente entre Brasil e Austrália é o World Mosquito Program, responsável pelo método Wolbachia de combate ao Aedes aegypti. Iniciado por pesquisadores australianos da Universidade de Monash, o projeto chegou ao Brasil em 2012, onde é conduzido por pesquisadores da Fiocruz.
A Austrália também possui um Memorando de Entendimento (MdE) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A cooperação é feita através da agência de fomento estatal Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO).
“Temos muito interesse em trabalhar para aumentar os fluxos de comércio e investimento entre as duas nações e acreditamos que os dois países têm a oportunidade de desenvolver uma exitosa colaboração em pesquisa”, completou Jacon.
Implantada há quase dez anos, a Fiocruz Rondônia tem se dedicado ao fortalecimento da pesquisa científica, à divulgação de conhecimentos, e à formação de recursos humanos qualificados, visando aprimorar as políticas públicas de saúde, na Amazônia.
O escritório Fiocruz fica em Porto Velho e conta com nove laboratórios, que atuam em diferentes linhas de pesquisa, com foco na produção de conhecimento e soluções aos problemas de saúde humana. A equipe tem 14 pesquisadores em Saúde Pública e um especialista.
Através de programas de Pós-graduação, em colaboração com outras instituições, mais de 100 mestres e dezenas de doutores se formaram sob a orientação de professores e pesquisadores da Fiocruz Rondônia.
Recentemente, a coordenadora Geral de Pós-gradução da Fiocruz, Cristina Guilam, se reuniu com a diretoria e pesquisadores da instituição, e visitou laboratórios. Ela foi recebida pelo diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero). Na ocasião, foram apresentadas várias iniciativas da Fiocruz RO relacionadas as pesquisas em andamento, inovação e formação de recursos humanos e a criação de Programas de Pós-Graduação no estado.
Saiba mais sobre a contribuição da Fiocruz RO para a consolidação da ciência no Norte do Brasil.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifesta sua irrestrita solidariedade à comunidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, em especial, do Museu Nacional, diante da tragédia que atingiu a instituição.
Este lamentável episódio do incêndio do Museu Nacional nos remete à reflexão sobre as condições que afetam as políticas públicas de preservação do patrimônio histórico, da cultura, da educação e da ciência mas, além disso, o setor público como um todo. Fruto da dedicação de profissionais durante os 200 anos de existência do Museu, as coleções lá existentes inspiraram gerações de brasileiros e visitantes de todo o mundo, possibilitando a pesquisa e a geração de conhecimento, centrais para a humanidade e para consolidação de nossa posição enquanto nação.
Dentre as causas desta tragédia, estão as políticas de austeridade fiscal, que atingem diretamente instituições públicas como as universidades, resultando no abandono de áreas tão sensíveis e fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
Neste momento de profunda tristeza e indignação, devemos denunciar com mais vigor as precariedades motivadas pelas restrições de recursos e as dificuldades de gestão, que geram obstáculos à administração de áreas de tamanha complexidade como é a área de patrimônio científico.
A história da Fiocruz, em certa medida, confunde-se com a trajetória do Museu Nacional. Ao longo dos anos, estabelecemos parcerias visando à divulgação científica por intermédio de exposições como A ciência dos viajantes, Roquete Pinto um Brasiliano, entre muitas outras, além de diversas ações comuns no campo da pesquisa e formação de pessoas. Temos portanto, o dever e a obrigação de estar ao lado dos servidores e da sociedade como um todo, alertando para a necessidade primordial de um setor público que tenha nas políticas de ciência e tecnologia, educação e cultura, pilares de um país dono de seu destino.
Não podemos assistir passivamente à destruição de políticas públicas gerada no rastro da PEC do Teto dos Gastos, em favor de interesses que flagrantemente geram cada vez mais concentração de renda, desemprego e abandono de setores estratégicos como a saúde, a educação e a ciência e tecnologia, fundamentais para a construção de um Brasil justo, democrático e soberano.
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz | Foto: Ricardo Moraes
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) acaba de lançar a chamada pública para o curso de mestrado profissional em educação profissional em saúde (2019). As inscrições podem ser feitas de 3 a 28 de setembro.
A formação visa qualificar profissionais das áreas de trabalho, educação e saúde para a produção de conhecimentos científicos, por meio do desenvolvimento de pesquisas e do exercício da docência em educação profissional em saúde. Há 20 vagas, sendo que 10% são reservadas a candidatos autodeclarados negros ou indígenas.
Após a inscrição, toda a documentação necessária deve ser entregue na Secretaria Escolar da EPSJV, localizada no campus sede da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
Acesse aqui mais informações sobre este curso.
Saiba mais
Conheça outros mestrados profissionais oferecidos pela Fiocruz.
Confira no Campus outros cursos com inscrições abertas.
Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Capital da Notícia
Um dos mais importantes ambientes online na área das ciências sociais e humanas em saúde, a Biblioteca Virtual Saúude - História e Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (BVS HPCS) inicia uma nova fase com a reformulação e a modernização do site. Com o objetivo de facilitar a interface com os usuários, os conteúdos estão categorizados a partir de sete eixos temáticos, coordenados por diversos pesquisadores: História da Atenção à Saúde; História da Educação e do Trabalho em Saúde; História dos Saberes Médicos; História das Doenças; História das Políticas Públicas de Saúde; História dos Saberes Psi e Instituições e Patrimônio Cultural.
Além das fontes de informação em eixos temáticos, a BVS HPCS disponibiliza também uma agenda com os eventos relacionados às áreas; acesso a literatura científica com a base de dados de diretórios nacionais e internacionais; o Dicionário Histórico-Bibliográfico das Ciências da Saúde no Brasil; e uma listagem com importantes revistas científicas. Coordenada pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), por meio de colaboração entre o Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde (Depes) e a Biblioteca de História das Ciências e da Saúde, a BVS HPCS tem como objetivo ampliar a visibilidade e os usos sociais do conhecimento científico, técnico e factual sobre a história e patrimônio cultural da saúde. Integrada à Rede BVS, coordenada pela Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme/Opas), atualmente, a BVS HPCS possui parceria com a BVS Prevenção e Controle do Câncer, coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).
Baseada na gestão compartilhada de fontes e fluxos de informação e conhecimento tratados como bens públicos e operados em rede na web, a BVS HPCS apresenta acesso aberto e universal. Inovadora, a nova plataforma digital permite o usuário acessar material diversificado, composto por bibliografias, documentos, material iconográfico, além de entrevistas e material audiovisual, relacionado aos tópicos e certificado por pesquisadores das áreas. De acordo com Carlos Henrique Paiva, coordenador da BVS HPCS, ao categorizar os conteúdos é possível facilitar a busca pela informação e o acesso ao acervo. “Esta interface mais moderna, de fácil visualização, compreensão e navegação, estimula a fixação do conteúdo e contribuiu para o aumento do número de usuários que buscam informação relevante e confiável sobre os diferentes tópicos. A ideia é garantir ao visitante tanto uma visão ampliada sobre cada eixo temático quanto diferentes perspectivas sobre os assuntos”, destacou.
A nova interface, segundo Carlos Henrique Paiva, foi inspirada no modelo utilizado por importantes bibliotecas virtuais. “Utilizamos como exemplo a Biblioteca Virtual em Saúde – Atenção Primária à Saúde (BVS APS), por apresentar e disponibilizar seus conteúdos de forma objetiva e organizada”, explicou. “Com as mudanças, pretendemos nos comunicar melhor não somente com especialistas e estudiosos do campo da história das ciências e da saúde, mas também com estudantes, profissionais e pesquisadores em saúde pública e coletiva, bem como outros profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, por exemplo”, completou.
Para Carlos Henrique Paiva, a modernização vai potencializar, ainda, a atuação e o reconhecimento da Biblioteca Virtual Saúde História e Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (BVS HPCS) nacional e internacionalmente. “Com os investimentos recentes, a BVS HPCS tem condições de ampliar sua atuação, firmando-se como referência na área. Para isso, continuaremos o processo de consolidação e expansão, inclusive com a incorporação de novos parceiros e conteúdos”, concluiu.
Saiba mais sobre os eixos temáticos da BVS-HPCS
História da Atenção à Saúde
Seu conteúdo está relacionado aos debates e as iniciativas acerca da organização de instituições, de políticas, do sistema e das práticas de saúde. O eixo temático dispõe de uma fonte de informação, com registro e disposição selecionada de fontes primárias, sobre experiência brasileira e internacional no campo da Atenção Primária à Saúde.
História da Educação e do Trabalho em Saúde
Seu conteúdo diz respeito ao uso de abordagens históricas como subsídio para a formulação e avaliação de políticas públicas nas áreas de educação e trabalho em saúde, bem como componente dos processos de formação e capacitação profissional. História da Educação e do Trabalho em Saúde dispõe de três fontes de informação: bases bibliográficas, depoimentos orais e fontes primárias comentadas.
História das Doenças
A área de pesquisa História das Doenças reúne um conjunto de investigações sobre as representações, os saberes e as práticas relacionadas às doenças, compreendidas como fenômenos socioculturais, isto é, problematiza a doença como um objeto de estudo da História, possibilitando o seu entendimento como um fato social, cuja existência depende tanto do espaço e do tempo, como das características dos indivíduos e dos grupos atingidos. Afirma a historicidade das doenças, estabelecendo nexos entre as condições biológicas e a ordem social, relacionando-as com processos sociais, culturais, econômicos e políticos mais amplos.
História dos Saberes Médicos
Seu conteúdo abrange as teses das faculdades de medicina, as publicações periódicas, obras de referências e publicações médicas. Seu conteúdo dá conta do conhecimento médico produzido nas principais instituições brasileiras, como instituições de ensino, instituições de pesquisa, instituições hospitalares e de assistência médica e associações profissionais e sociedades médicas.
História das Políticas de Saúde
O segmento “História das Políticas de saúde” é produto da colaboração de diferentes grupos de pesquisa e tem como objetivo principal congregar distintos resultados oriundos dessas iniciativas no campo da formulação e implementação de políticas de saúde. Reúne escopo diversificado de fontes de informação sobre políticas nos campos da educação e do trabalho em saúde; combate a problemas específicos, tais como câncer, poliomielite, saúde mental; políticas para organização da atenção à saúde e políticas de combate ao tabagismo, entre outras. Dá-se, por esta via, visibilidade a trabalhos de pesquisadores e oferece ferramentas tecnológicas para recuperação de informações arquivísticas, bibliográficas, iconográficas e audiovisuais.
História dos Saberes Psi
Este eixo tem como objetivo reunir diferentes resultados oriundos dessas iniciativas no campo da psiquiatria, visando: ampliar o intercâmbio de instituições de pesquisa sobre o tema da história dos diferentes saberes que se ocupam do psíquico, dar visibilidade a trabalhos de pesquisadores e de alunos de diferentes níveis de senioridade e oferecer ferramentas tecnológicas para recuperação de informações arquivísticas, bibliográficas, iconográficas e audiovisuais.
Instituições e Patrimônio Cultural
O tema reflete mais de uma década de discussão e consolidação do conceito em torno de um patrimônio oriundo das áreas de ciência e da saúde, iniciadas com o grupo de trabalho formado a partir da constituição da Rede Latino-americana de História e Patrimônio Cultural da Saúde. Essa rede procura estimular pesquisas com o tema do patrimônio das ciências e das saúdes e seus diversos tipos de acervos. Esse conceito de patrimônio cultural, ainda em construção, pode e deve ser compreendido em uma perspectiva ampliada de patrimônio, com tradições culturais, práticas e valores simbólicos, elementos enfim de experiências coletivas e vivências pessoais de inestimável valor para suas instituições e seus personagens, muitos dos quais interessados em salvaguardar, conservar, valorizar e difundir este vasto acervo da ciência e da saúde, enriquecido e renovado pelas novas mediações que hoje se processam entre ciência, saúde e sociedade. Conheça o site da Biblioteca!
Fonte: Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz)
As conferências de dois pesquisadores internacionais e o lançamento de um livro em homenagem ao médico, pesquisador e escritor José Reis (1907-2002) marcaram o seminário Desafios da Pesquisa em Divulgação Científica, realizado no último dia 6/8, no auditório do Museu da Vida, em Manguinhos (RJ). O evento contou com a participação dos convidados Bruce Lewenstein (Cornell University) e Eric Jensen (University of Warwick), além da neta do homenageado, Paula Reis.
Professor da Cornell University (EUA), Bruce Lewenstein apresentou-se por vídeo e debateu com o público presente via Skype. Em sua conferência sobre os desafios da pesquisa em comunicação científica, Lewenstein alertou os jovens pesquisadores sobre as múltiplas dimensões da divulgação científica e a necessidade de definir as suas perspectivas particulares de pesquisa. De acordo com o pesquisador, os cientistas têm muito a aprender com a comunicação para novos públicos. “A ciência ultrapassa os limites acadêmicos e não acontece apenas nos laboratórios. As pessoas se deparam com a ciência no dia a dia e a ciência pode ser sim um instrumento de cidadania”, explicou Bruce Lewenstein.
Presente no auditório do Museu da Vida, o pesquisador da University of Warwick (Reino Unido) Eric Jensen discutiu como os métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa podem contribuir para o aperfeiçoamento da divulgação científica. “É importante ter um bom entendimento de seu público para obter um programa mais eficiente de comunicação científica. Temos que ter o comprometimento de aprimorar continuamente o trabalho”, disse Jensen. O professor já havia compartilhado suas ideias de engajamento com o público quando apresentou o workshop Why and how to evaluate science communication impact, nos dias 2 e 3 de agosto. O evento foi promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Na ocasião, ele compartilhou dicas valiosas para compreender o impacto de temas científicos em grupos não ligados à ciência – para isso, mostrou resultados de experiências, por exemplo, em museus e zoológicos.
Em uma de suas pesquisas, realizada com crianças em visita a um zoológico no Reino Unido, ele buscou desvendar a compreensão dos alunos a respeito dos animais do local. “Aplicamos questionários, com espaços para desenhos, antes e depois da visita”, explicou Jensen, durante o workshop. “Como resultado, observamos que a percepção de várias crianças mudou após o tour: muitas delas aprenderam o habitat natural daqueles animais, por exemplo”, disse. Nos dois dias de workshop, os participantes foram estimulados por Jensen a realizarem uma atividade prática de pesquisa.
Homenagem a José Reis
O lançamento do livro José Reis: Reflexões sobre a divulgação científica foi o destaque da mesa que homenageou o médico, pesquisador e escritor falecido em 2002. Organizada pela coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, Luisa Massarani, e pela chefe do Serviço de Biblioteca da COC, Eliane Dias, a obra reúne 16 textos de José Reis escritos entre 1954 e 1984.
“José Reis escreveu uma quantidade imensa de livros e artigos e foi um personagem fundamental da construção da ciência brasileira. A ideia desse livro foi reunir textos em que ele reflete sobre divulgação científica, abordando questões como jornalismo científico, feiras e museus de ciência”, detalhou Luisa Massarani. “Para mim, é uma emoção trabalhar com o acervo de José Reis, que nos foi doado pela família, após ter estado na Universidade de São Paulo (USP). A gente já tem uma dissertação sobre José Reis em nosso programa de pós-graduação, mas ainda há, relativamente, poucos trabalhos acadêmicos sobre a sua obra”, afirmou Luisa Massarani, que anunciou o lançamento, em breve, de um site com material digitalizado do seu acervo.
Considerado um pioneiro e ícone da divulgação científica, José Reis teve o seu acervo doado pela família à Casa de Oswaldo Cruz em 2015 e o material aos poucos vai sendo disponibilizado ao público. “É uma satisfação para a Casa de Oswaldo Cruz promover o trabalho de José Reis. A gente espera que o seu acervo sirva à pesquisa, à investigação, aos alunos dos nossos programas de pós-graduação e pesquisadores de outras instituições”, celebrou o diretor da COC, Paulo Elian.
De acordo com a chefe do Departamento de Arquivo e Documentação da COC, Aline Lacerda, o maior volume do acervo de José Reis é de livros, reunidos em cerca de 15 caixas de arquivos. “José Reis é um homem de livros. Nós acabamos de receber o material arquivístico proveniente de suas atividades. Os documentos de arquivo de José Reis chegaram até nós misturados nos livros. O nosso trabalho é dotar de racionalidade e significado esses conjuntos documentais”, comentou Aline. Chefe do Serviço de Biblioteca da COC, Eliane Dias revelou curiosidades sobre o acervo do escritor. “Cada vez que a gente abre uma caixa a gente encontra coisas incríveis. Nós estamos trabalhando agora para disponibilizar esse acervo on-line. É a nossa maior coleção. Com cerca de 12 mil livros”, complementou Eliane Dias.
Representando a família, a neta do escritor, Paula Reis, lembrou dos tempos de criança na biblioteca do avô e disse estar emocionada com mais uma homenagem realizada pela Fundação Oswaldo Cruz. “A biblioteca era o lugar preferido do meu avô. O lugar onde ele passava mais tempo, estudando, lendo, escrevendo. O fato de sua coleção de livros, seu grande tesouro, estar hoje na Casa de Oswaldo Cruz nos deixa muito honrados e satisfeitos. Através da divulgação do seu trabalho, nós tornamos o José Reis vivo de novo”, declarou Paula Reis.
O encontro no Museu da Vida, em Manguinhos (RJ), foi uma realização da Casa de Oswaldo Cruz, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia.
Por Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), com informações de Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)