A Fiocruz abre o ano letivo de 2018 no Dia Internacional da Mulher (8/3), às 9h. Com o tema Olhares femininos no cárcere, a aula inaugural terá como convidadas a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Maria do Carmo Leal, uma das coordenadoras do estudo Nascer nas prisões; e a fotógrafa Nana Moraes, autora da exposição Ausência, que retratou mulheres presas.
O evento une ciência e arte, debatendo o direito à saúde e à vida. Serão apresentados dados estatísticos relacionados às condições de vida e de saúde da população feminina encarcerada, e comentados os sentimentos de quem vive e conheceu essa realidade. De acordo com o estudo, 31% das mulheres presas são chefes de família e 83% delas têm pelo menos um filho. Os dados da pesquisa contribuíram para a aprovação do habeas corpus coletivo que garantirá à mulheres grávidas e mães de crianças de até 12 anos que estejam em prisão provisória o direito de deixar a cadeia e ficar em prisão domiciliar até seu caso ser julgado.
Na programação também haverá a exibição de um vídeo sobre a exposição da fotógrafa Nana Moraes e a leitura dramatizada de cartas. O trabalho compõe uma trilogia autoral sobre a vida de mulheres estigmatizadas, observando suas relações com os filhos e familiares, através de fotos e cartas.
Na abertura do ano letivo, a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz também lançará vários editais.
Abertura do ano letivo Fiocruz 2018
Tema: Olhares femininos no cárcere
Palestrantes: Maria do Carmo Leal e Nana Moraes
Data e horário: 8/3, às 9h
Local: Auditório do Museu da Vida/Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ)
O evento é aberto ao público e não é necessário se inscrever antes.
Leia mais
Nascer nas prisões: gestação e parto atrás das grades no Brasil
A saúde das mulheres no cárcere
Mães do cárcere
Foto: Eduardo de Oliveira (Revista Radis)
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) oferece 15 vagas para o Curso de Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde - ICTS 2018. A capacitação é voltada a profissionais que atuam nas diversas atividades ligadas à produção, organização, análise e disponibilização da informação científica e tecnologias associadas. Os candidatos podem se inscrever até o dia 11 de janeiro de 2018.
O objetivo da especialização é aprimorar o desempenho de instituições do Sistema Único de Saúde (SUS) e de ciência e tecnologia em saúde, contribuindo para o esforço nacional de promover a ligação entre a descoberta científica e as práticas e políticas do setor. Para isso, a especialização está estruturada em quatro módulos teórico-conceituais que cobrem os seguintes eixos temáticos: Políticas e Acesso à ICTS, Organização da ICTS, Comunicação na Ciência e Saúde e Usos e Aplicações da ICTS.
As aulas serão ministradas uma semana por mês, de segunda à sexta-feira, em período integral (das 9h às 17h), no Prédio da Expansão do Campus, da Fiocruz.
Acesse o edital do curso e saiba como se inscrever aqui.
Mais informações
Gestão Acadêmica do Icict
E-mail gestaoacademica@icict.fiocruz.br
Tel.: (21) 3882-9063
Fonte: Rosinalva Souza (Icict/Fiocruz) | Foto: Raul Santana (Fiocruz Imagens)
Reconhecimento institucional, aprendizado e crescimento pessoal, e o melhor da tradição da Fiocruz: a valorização dos campos da ciência, pesquisa e educação em saúde. Essa foi a tônica durante a cerimônia de entrega do 1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. A iniciativa, conduzida pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), foi celebrada pelos doutores e seus orientadores, homenageados no dia 4 de dezembro, às 9h, no Auditório do Museu da Vida.
O coordenador da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz), Jefferson Campos, o vice-presidente Manoel Barral, e a presidente Nísia Trindade Lima estiveram juntos na mesa de abertura.
Potência dos estudantes e reconhecimento institucional
Jefferson falou sobre a importância do reconhecimento institucional aos estudantes de uma forma ampla, não só em relação à sua potência acadêmica. “É importante aprofundar os processos de formação e participação contínua, o papel político e estratégico dos pós-graduandos na Fundação”, afirmou. Neste sentido, lembrou que o Congresso Interno contará na edição deste ano com representação dos estudantes e também que a APG-Fiocruz acaba de conquistar um espaço junto com o novo Centro de Apoio ao Discente.
Contribuição de alto nível para o campo da saúde
O vice-presidente Manoel Barral, por sua vez, destacou o diferencial do Prêmio. “Pedimos aos candidatos que escrevessem sobre a importância da sua tese para o campo da saúde como um todo e também que indicassem a contribuição do trabalho na perspectiva da comunicação social. Mais do que estimular o avanço do conhecimento, esta iniciativa tem o objetivo de fazer avançar o campo da saúde”.
Barral também mencionou a altíssima qualidade dos trabalhos apresentados em quatro categorias. “Sabemos que as regras permitem até que a banca não indique vencedores. Mas, felizmente, já nesta primeira edição do Prêmio começamos de uma forma muito sólida, com trabalhos de altíssima qualidade. Isso sinaliza o nível exigido nas próximas edições”, disse. Ele agradeceu à Coordenação Geral de Educação, especialmente a sua coordenadora Cristina Guilam, a Eduarda Cesse e Isabella Delgado, que se dedicaram à plena realização desta iniciativa.
Além disso, anunciou que está sendo desenvolvida uma área de prêmios e homenagens no Campus Virtual Fiocruz e de divulgação de vídeos produzidos pelo Canal Saúde com esta finalidade.
Autoavaliação, legado e atualização da agenda Fiocruz
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou que a premiação é uma oportunidade de refletir sobre os rumos da pós-graduação da Fiocruz, cujos programas têm garantido a elevação das notas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência de fomento, vinculada ao Ministério de Educação. “Também acredito que o espírito do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses está na capacidade de autoavaliação dos alunos e dos professores, modelo que já vem sendo bastante adotado internacionalmente”, afirmou.
Ela lembrou que esta primeira edição coincide com o Ano Oswaldo Cruz, que relembra o centenário do falecimento do fundador da instituição. “Estamos também reverenciando o legado que ele nos deixou e de atualizando a agenda Fiocruz de ciência, pesquisa e educação, tripé que assenta esta casa, pensando também em inovação”.
Premiados celebram iniciativa em clima de alegria
O Prêmio Oswaldo Cruz de Teses contemplou vencedores de quatro áreas temáticas e entregou menções honrosas a seis estudantes e seus orientadores. Do palco, falaram com alegria sobre a premiação, destacando a valorização dos estudantes, as novas oportunidades que se abriram, as experiências de campo que dialogam com os cientistas da Fiocruz e os processos de aprendizado, crescimento e de transformação pessoal.
Durante o evento, também foram homenageados os estudantes da Fiocruz que se destacaram no Prêmio Capes de Tese 2017. Nísia lembrou que entrega do grande prêmio da Capes acontecerá no dia 7 de dezembro e que está na torcida para que mais uma vez seja reconhecida a diversidade da produção da Fiocruz e sua contribuição às ciências e aos direitos no país.
A presidente também falou sobre o programa de mobilidade acadêmica, que promove o “equilíbrio entre os vários institutos da Fiocruz e sua contribuição para o SUS e a democracia”.
Por fim, Nísia anunciou que no ano que vem será lançado um programa de bolsas de incentivo e a recém-doutores.
1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses (2017)
Saúde Coletiva
1º lugar: Mauricio Lisboa Nobre
Orientadora: Euzenir Nunes Sarno
Tese: Estratégias para bloquear a transmissão da hanseníase em município hiperendêmico – Mossoró/RN
Medicina
1º lugar: Bruno Jorge de Andrade Silva
Orientadora: Roberta Olmo Pinheiro
Tese: Mecanismos de regulação autofágica em pacientes com hanseníase e seu papel na imunopatogênese da reação reversa em pacientes multibacilares
Ciências Biológicas Aplicadas à Saúde e Biomedicina
1º lugar: Caroline Xavier de Carvalho
Orientador: Milton Ozório Moraes
Tese: Influência genética durante a infecção por dengue: polimorfismos de base única associados a dengue grave e seus efeitos funcionais
Ciências Humanas e Sociais
1º lugar: Gabriel Lopes Anaya
Orientadora: Magali Romero Sá
Tese: Anopheles Gambiae: do invasor silencioso ao "feroz mosquito africano" no Brasil (1930-1940)
Menções honrosas
Beatriz Coronato Nunes (IOC); Carla Costa Garcia (Icict); Dhelio Batista Pereira (INI); Raquel Martins Lana (Ensp); Sheila Soares de Assis (IOC); Renata dos Santos Almeida (Fiocruz Pernambuco)
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Fotos: Peter Ilicciev
Nesta quinta-feira, dia 30 de novembro, a Fiocruz Brasília promove por meio do Colaboratório Ciência, Tecnologia e Sociedade, o workshop Contribuições da Bioinformática para Leishmaniose. A programação, que tem início às 8h30, conta com apresentações de pesquisadores das unidades da Fiocruz em Brasília, Rondônia, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, além de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Butantan.
A pesquisadora Tainá Raiol espera que o worskhop promova a interação entre pesquisadores das duas áreas, com compartilhamento de conhecimento e desenvolvimento de pesquisas colaborativas para se melhorar o quadro epidemiológico da doença no Brasil.
A atividade é gratuita, aberta ao público e será realizada no auditório interno da instituição. As inscrições podem ser realizadas até esta quarta-feira (29/11). Clique aqui.
O evento também será transmitido ao vivo pelo facebook da Fiocruz Brasília (saiba mais).
Leishmaniose
As leishmanioses atingem cerca de 12 milhões de pessoas em 98 países, e há 350 milhões sob o risco de infecção, em especial em regiões pobres. Os casos são associados a má nutrição, moradia precária e deficiência imunológica.
A bioinformática é utilizada há mais de 10 anos para processar e analisar grandes volumes de dados em saúde, possibilitando a integração de resultados de diferentes pesquisas pelo mundo. Desde a publicação do genoma da Leishmania major em 2005, foi iniciada a era pós-genômica no estudo desses parasitas. Impulsionados pelos avanços tecnológicos nos métodos de Biologia Molecular e Bioinformática, projetos genomas estruturais e funcionais estão em desenvolvimento, e com potencial para derivarem outras pesquisas científicas a partir de seus resultados.
Workshop Contribuições da Bioinformática para Leishmaniose
Data: 30 de novembro
Horário: a partir das 8h30
Local: Auditório Interno da Fiocruz Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A, SC4, Brasília-DF - CEP: 70910-900)
Tel.: (61) 3329-4501
Mais informações:
Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília
Tel.: (61) 3329 4581 | 99955-7854
E-mail: ascombrasilia@fiocruz.br
Fonte: Fiocruz Brasília (Mariella de Oliveira-Costa) | Foto: Suzana Côrte Real (IOC/Fiocruz)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove, hoje, dia 17 de outubro, uma homanagem ao Dia do Professor. Além do evento, aberto a todos, que inclui homenagens e uma palestra sobre educação humanista inovadora e a apresentação das diretrizes para o Programa de Formação Docente, que será desenvolvido em parceria com as unidades (saiba mais aqui), a presidente Nísia Trindade Lima, se dirigiu a comunidade através de uma carta. Ela lembrou o papel da Fiocruz nas mais diversas áreas do conhecimento, sua atuação em nível nacional e internacional, e a contribuição de todos os colaboradores, destacando a importância do trabalho dos professores diante dos diversos desafios para o Sistema Sistema Único de Saúde (SUS) e para o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCT&I). Leia a carta na íntegra:
"Ciência, saúde e educação formam as bases para a atuação institucional da Fiocruz. Principal instituição não universitária de formação nas mais diversas áreas que contribuem para uma perspectiva integrada sobre a saúde, nossa instituição é reconhecida nacional e internacionalmente como grande centro educacional. Ao lado da pós-graduação, destaca-se pela formação técnica de nível médio e pelo importante papel das residências.
Em 2017, entre outras realizações, obtivemos um excelente resultado geral na avaliação da Capes e alcançamos dois prêmios na seleção das melhores teses, com cinco menções honrosas. Vimos também avançando no processo da Escola de Governo e no reconhecimento do papel da Fiocruz na especialização em diferentes campos da saúde, ao mesmo tempo em que fortalecemos o trabalho cooperativo em rede.
Tais resultados são decorrência do trabalho de toda a comunidade institucional: docentes, estudantes, secretarias acadêmicas, gestores e todas as equipes que fortalecem as ações de ensino. Em um cenário tão adverso para as políticas públicas e garantia dos direitos constitucionais à saúde e à educação, é esta unidade em torno da missão institucional que nos permitirá preservar nossos programas e ações e somar esforços junto à sociedade a às demais instituições públicas. É o que vimos fazendo em conjunto com universidades, institutos de pesquisa, sociedades científicas - em particular junto à SBPC -, em movimentos como o da Ciência sem Cortes e em defesa da educação inclusiva e de qualidade.
Neste 15 de outubro, gostaria de fazer uma homenagem especial aos professores da Fiocruz. Trata-se de uma categoria que envolve servidores de diversos cargos, dedicados ao processo de formação de novos quadros para o Sistema Único de Saúde e para o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação. Em um momento que se cogita tirar de Paulo Freire, pensador símbolo de uma educação crítica, o título de patrono da educação brasileira, é importante afirmarmos o papel de cada um dos professores da Fiocruz e de seu compromisso com um projeto de país com mais justiça e equidade.
Nísia Trindade Lima
Presidente da Fiocruz
O auditório da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) ficou lotado, na última terça-feira (15 de agosto): alunos, professores, pesquisadores e servidores da Fiocruz estiveram reunidos em assembleia para discutir a ameaça de corte nas bolsas concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – agência de fomento à pesquisa científica e tecnológica, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O evento foi transmitido ao vivo, online, por uma rede social, permitindo que alunos e profissionais das unidades regionais interagissem com os participantes que estavam no Rio de Janeiro.
A assembleia teve início às 12h e contou com a participação da coordenadora geral de Pós-graduação da Fiocruz, Cristina Guilam, representando a Presidência; do diretor de Legislação e Assuntos e Assuntos Jurídicos da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN), e Washington Mourão, e da representante da Associação de Pós-Graduandos Fiocruz (APG-Fiocruz), Barbara Cunha.
A reunião começou com a apresentação de dados oficiais relativos às bolsas pagas pelo CNPq por ano em cada modalidade. Em 2014, a concedeu 219.383 bolsas, no total. Já em 2017, foram 80.551 bolsistas. Durante sua exposição, Barbara Cunha, representante da APG-Fiocruz, alertou para as consequências de um possível corte no financiamento: “A bolsa é muito importante para a permanência dos estudantes nos programas. Um eventual corte tem diversas consequências. Tem impacto desde o atendimento a necessidades básicas destes bolsistas (como pagar o transporte até o trabalho e suas próprias contas) até o cronograma das pesquisas. Sem falar nas questões de saúde, como a angústia e a saúde mental desses bolsistas diante de tantas responsabilidades”, afirmou.
A tônica geral, entre os participantes, era de “descaso do atual governo”. Na assembleia, a comunidade acadêmica e científica manifestou a indignação e a importância da bolsa. O medo de acumular dívidas e a situação em que já se encontram os servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foi lembrado em vários momentos.
Diante deste cenário ameaçador, a APG-Fiocruz lembrou que a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima, enviou ofício ao presidente do CNPq, Mario Neto Borges, manifestando preocupação com o anúncio de suspensão das bolsas, e, também cobrando um posicionamento concreto do CNPq e do MCTI, ao qual o Conselho está vinculado.
Entre as ações encaminhadas pela comunidade, destaca-se a paralisação dos estudantes da Fiocruz, em nível nacional, no dia 22 de agosto. Os participantes ressaltaram a importância de fortalecer ações integradas, mobilizando todo o sistema de APGs, por meio da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). Para fortalecer a pauta, os membros da assembleia sugeriram que os bolsistas que participam de eventos científicos escrevam e leiam cartas de repúdio ao corte do financiamento, tornando público o posicionamento da Fiocruz.
Outra iniciativa que visa dar mais visibilidade ao movimento é a produção de um vídeo colaborativo. A ideia é mostrar a atuação de diversos bolsistas e a importância de suas atividades para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do Brasil – dada a relevância dos projetos liderados pela Fiocruz. Para participar da iniciativa, os interessados devem enviar fotos e vídeos no seu ambiente de trabalho para o e-mail: videocnpq@gmail.com.
Ao final do encontro, a coordenadora geral de Pós-graduação na Fiocruz, Cristina Guilam, pontuou a importância da assembleia e destacou o avanço na mobilização: “Este momento é um salto em relação à última reunião que tivemos. Quero lembrar também que esse é um movimento único, todos nós já fomos e seremos alunos. Todo mundo vai sofrer com os cortes do CNPq. Há muito o que fazer e nós não estamos de mãos atadas”.
Leia mais na Agência Fiocruz de Notícias
Diáspora científica e crise na ciência
Pesquisadores da Fiocruz falam sobre o corte de bolsas: "Esperamos que o governo tenha a sensibilidade de reverter o cenário atual, por meio do descontingenciamento dos recursos para a CT&I"
Por Camila Martins (Campus Virtual Fiocruz)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) — especializada em educação, ciência e cultura que reúne países ibéricos e latino-americanos — assinaram um protocolo de intenções de cooperação técnica na segunda-feira (7/8) no Castelo Mourisco, sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O acordo visa o desenvolvimento de programas conjuntos e o intercâmbio científico, incentivando ações nos campos da saúde, ciência, tecnologia e desenvolvimento social. A cooperação prevê a realização de projetos, cursos, conferências, encontros, palestras, seminários, intercâmbios de profissionais e serviços de consultoria, entre outras atividades que reúnam especialistas de diversas áreas do conhecimento. De acordo com o documento, serão estimuladas parcerias com ministérios, órgãos governamentais e outros organismos para apoiar e disseminar as iniciativas.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, observou que a cooperação foi propiciada, em grande parte, devido aos esforços do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto. “Esse acordo nos põe no sentido de caminharmos juntos, sendo extremamente positivo para a Fiocruz, e que imediatamente pensemos em ações de intercâmbio de pesquisa e mobilidade”, disse Nísia.
Ela também destacou que a OEI tem expandido sua atuação para países da África de língua portuguesa como Cabo Verde e Moçambique, que atualmente participam da organização como observadores, Nísia afirmou que esse direcionamento está em conformidade com a atuação da própria Fiocruz no continente. “No caso de nossa cooperação com a África, acabamos de formar a quinta turma de mestrado em ciências da saúde em Moçambique. A cooperação com o país tem vertido toda área da ciência da saúde aplicada, e pensamos em estender e aprofundar laços com outros países da África de língua portuguesa e da América Latina. Recentemente recebemos a presença do diretor da Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde da Argentina, e caminhamos para uma parceria muito importante no que se refere à produção e disseminação de vacinas contra febre amarela”, acrescentou a presidente.
Por sua vez, o secretário geral da OEI, Paulo Speller, destacou a importância do acordo para a sua própria instituição. “O Brasil é um parceiro imprescindível para a OEI, e a primeira referência que temos [aqui] é sempre a Fiocruz. É a instituição brasileira de maior tradição, com presença nos campos de ciência e tecnologia, com presença internacional inclusive”, afirmou. Ele enfatizou que o acordo se deu de modo ágil – a negociação começou em abril deste ano.
Speller também ressaltou a esperança de uma atuação significativa no continente africano. “Há uma expectativa muito grande fora do Brasil, tanto na América Latina quanto na Espanha e em Portugal, de que a Fiocruz esteja presente na OEI, além de órgãos brasileiros de incentivo à pesquisa e do Ministério de Ciência e Tecnologia. A participação de Cabo Verde e de Moçambique como observadores na OEI complementam ações que a Fiocruz historicamente já vem fazendo na América Latina. O mundo ibero-americano vai além do que pensamos”, disse o secretário.
Segundo o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto, dada a longa história de atividade da OEI em países ibero-americanos, o acordo permitirá que a Fiocruz amplie sua integração com instituições dessa região. "Isto poderá ocorrer em vários campos, a começar com ações na área educacional e de pesquisa". Ele disse que a OEI demonstrou interesse em cooperar com o Campus Virtual Fiocruz para utilizar seu conteúdo nos esforços educacionais dos países da região. "Além da tradução do conteúdo para o castelhano, vislumbramos a possibilidade de enriquecer o conteúdo do Campus com o material de outras instituições", afirmou o vice-presidente.
Fonte: André Costa (Agência Fiocruz de Notícias) | Foto: Peter Ilicciev
O Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz) promoverá, a partir do dia 3 de agosto, um programa de sessões científicas com foco em prospecção para dar continuidade aos estudos de futuro e aprofundart temas abordados no curso Foresight: métodos e aplicações em ciência, tecnologia e inovação, realizado entre abril e maio de 2017.
O curso discutiu a origem, os conceitos e a finalidade dos estudos prospectivos, que ampliam a capacidade institucional de dialogar com a sociedade, identificando e antecipando cenários que podem afetar o desenvolvimento da instituição e do país, como explica Antônio Ivo de Carvalho, coordenador do CEE-Fiocruz. A proposta, agora, é criar oportunidades de aplicação desse conhecimento em projetos de estudos de futuro e fortalecer competências nessa direção.
Nas sessões científicas, dirigidas em especial aos ex-alunos do curso de Foresight, gestores em ciência e tecnologia (C&T) e pesquisadores, os participantes poderão trocar experiências e fazer análises críticas de estudos e suas estratégias de construção. Estarão em foco pesquisas em andamento no Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz e outras iniciativas de unidades da instituição, relacionados a temas relevantes para o futuro da Fundação no campo de C&T em saúde. As sessões acontecerão sempre na última quinta-feira do mês, entre 3 de agosto e 7 de dezembro de 2017, das 10h às 12h, no CEE-Fiocruz.
Ainda com o objetivo de disseminar a cultura de prospecção na instituição, duas outras iniciativas do Centroi estão em curso. Uma delas é a criação, em parceria com a Escola Corporativa Fiocruz, de uma comunidade virtual de aprendizagem em prospecção. A comunidade, que ficará abrigada no Campus Virtual Fiocruz, será um espaço dedicado ao registro de informações e resultados de estudos, acesso a bibliografia, elaboração colaborativa de projetos e fórum de debates, entre outras possibilidades.
Também está em andamento a estruturação da participação dos egressos do curso de Foresight em equipes de pesquisa para realização de novos estudos prospectivos.
Mais informações no site do CEE-Fiocruz ou pelos telefones (21) 3882 9282 (ramal 2015 ou 2018).
Fonte: Comunicação/CEE-Fiocruz
Foi prorrogado o prazo para envio de trabalhos para a 8ª Conferência-Luso Brasileira de Acesso Aberto (Confoa): as propostas serão recebidas até o dia 23/4. Este ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sediará o evento, e foi escolhida tanto por ser uma referência no campo da pesquisa, ciência e educação em saúde, quanto por sua representatividade em acesso aberto no Brasil.
Com o tema Do acesso aberto à ciência aberta, a conferência está sendo organizada em parceria pelos Serviços de Documentação da Universidade do Minho (SDUM), pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e pela Fiocruz. O objetivo central é enfatizar que o acesso aberto é uma componente e uma condição indispensável da ciência aberta, que abrange outras dimensões.
A Confoa visa reunir as comunidades portuguesa, brasileira e de outros países lusófonos, que desenvolvem atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto ao conhecimento e demais vertentes da ciência aberta. A Confoa é um espaço privilegiado para compartilhar, debater e divulgar conhecimentos, práticas, experiências e pesquisas sobre estas temáticas, em suas diversas perspectivas. O encontro acontecerá, no campus da Fiocruz em Manguinhos, nos dias 4/10 e 5/10, com a realização de workshops prevista para o dia 6/10.
TEMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS
Até o dia 23/4, estão sendo aceitas propostas de trabalhos sobre os temas abaixo, assim como temas relacionados aos aspectos políticos, legais, sociais, organizativos ou técnicos do acesso aberto e da ciência aberta:
Ciência Aberta e outras expressões de conhecimento aberto
Sistemas de gestão de informação de Ciência e Tecnologia (Cris)
Há três formatos de apresentação de propostas: comunicações, Pecha Kuchas e pôsteres. Para cada formato, há um modelo de documento, que está diponível no fim desta matéria (veja os anexos).
FORMATOS E MODELOS PARA TRABALHOS
Comunicações (apresentação oral de 15 minutos)
Pecha Kuchas
Os Pecha Kucha são apresentações de 7 minutos, com até 24 slides. As propostas deverão ter uma página, no mínimo, e duas páginas, no máximo (ver e utilizar o modelo de proposta Pecha Kucha). As propostas de Pecha Kucha podem apresentar trabalhos de investigação e desenvolvimento recentes ou em conclusão, e eventualmente casos concretos e locais, mas com interesse e relevância geral.
As propostas com qualidade e relevância que não possam ser aceites como Pecha Kucha poderão ser consideradas para apresentação como Poster.
Pôsteres
Convidamos a apresentação de propostas de pôsters, que devem ter uma página (ver e utilizar o modelo de proposta de pôster), que servem para apresentar trabalho ainda em desenvolvimento ou experiências locais. Os pôsters serão exibidos em formato papel ou formato digital (serão dadas indicações e instruções para a apresentação dos posters após a aceitação das propostas), e serão apresentados oralmente na sessão “O meu Pôster num minuto”.
FIQUE ATENTO ÀS DATAS!
23/4: fim do prazo para apresentação de propostas
9/6: notificação da aceitação das propostas
12/6: abertura das inscrições na conferência
Até o dia 17/3 (sexta-feira) a meia-noite, estão abertas as inscrições para o curso Foresight: métodos e aplicações em ciência, tecnologia e inovação, cujo objetivo é formar profissionais da instituição nas técnicas e ferramentas dos estudos de futuro. O curso é oferecido pelo Centro de Estudos Estratégicos (CEE) e a Escola Corporativa, ambos da Fiocruz, em parceria com o Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação da Universidade de Campinas (Geopi/Unicamp).
O foresight é uma abordagem metodológica adotada por organizações de pesquisa, governos e empresas em todo o mundo, na produção de informação qualificada para gestão estratégica e planejamento de longo prazo. Esses estudos ampliam a capacidade institucional de dialogar com a sociedade e influenciar cenários positivamente.
Sobre o curso
O curso vai apresentar e discutir a origem, os conceitos e a finalidade dos estudos de foresight, as metodologias já aplicadas e consolidadas e estudos de casos, em especial, os que envolvem organizações públicas. Há 35 vagas, destinadas à capacitação de profissionais das diversas áreas da Fiocruz, especialmente aquelas relacionadas à gestão da inovação, gestão da informação e ao planejamento estratégico. Os inscritos passarão por processo de seleção, que constará de análise da ficha de inscrição (que deverá incluir uma justificativa para a solicitação) e entrevista. A inscrição deverá ser feita mediante aprovação da respectiva direção de unidade. Os interessados devem preencher ficha de inscrição, conforme as instruções, obter o "de acordo" do diretor da Unidade e enviar por e-mail para escolacorporativa@fiocruz.br, no prazo estipulado.
As aulas acontecem de 3/4/2017 a 22/5/2017, e serão ministradas às segundas-feiras, das 9h às 17h. Serão realizados sete encontros na sede do CEE/Fiocruz (Prédio da Expansão, Rio de Janeiro), totalizando 56 horas.
Fiocruz do futuro
A iniciativa de promover o curso Foresight: métodos e aplicações em ciência, tecnologia e inovação alinha-se com as estratégias de construção da "Fiocruz do futuro". Concebido como espaço de produção e articulação de conhecimentos, o CEE/Fiocruz assumiu como um de seus eixos de atuação o desenvolvimento de estudos prospectivos, para identificar e antecipar cenários que podem afetar o desenvolvimento da instituição e do país, como explica o coordenador do Centro, Antonio Ivo de Carvalho. “Queremos iniciar uma cultura de prospecção na Fiocruz e criar uma rede de profissionais que atuem nos estudos de futuro”, diz.
CURSO FORESIGHT: MÉTODOS E APLICAÇÕES EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Realização: CEE/Fiocruz e Escola Corporativa/Fiocruz, em parceria com a Geopi/Unicamp
Público: Profissionais da Fiocruz
Período de inscrições: 6/3 a 17/3/2017
Como proceder
Seleção
Análise da ficha de inscrição e entrevista: 22/3/2017 a 28/3/2017
Número de vagas: 35, sendo 25 presenciais e 10 à distância, destinadas às regionais
Resultado: 29/3/2017
Período do curso: 3/4 a 22/5/2017 (Sete encontros sequenciais, às segundas-feiras)
Horário: das 9h às 17h
Local: CEE-Fiocruz (Prédio da Expansão, sala 1007)
Programa do curso: acesse aqui e cartaz do curso
Mais informações
E-mail: cee@fiocruz.br
Tel.: 3882-9133