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Publicado em 01/04/2022

Confira alterações nas chamadas de mobilidade internacional do Coopbrass*

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio da Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), torna pública as chamadas destinadas à seleção de candidatos ao Programa de Professor Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS), e seleção de candidatos para bolsas na modalidade Doutorado Sanduíche, ambas oferecidas no âmbito no âmbito do Projeto Coopbrass – Edital n°05/2019 da Capes – Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas. As inscrições para ambas as chamadas vão até 17 de abril.

+Acesse a ERRATA da Chamada Interna nº 01/2022 - Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS)O novo documento amplia o escopo da chamada, extinguindo a restrição da seleção somente aos programas de pós-graduação acadêmicos. 

O Projeto Coopbrass prevê atuação em parceria entre a Fiocruz, o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e a Universidade Lúrio (UniLúrio) no desenvolvimento de pesquisas e na formação de gestores, pesquisadores e estudantes em duas áreas estratégicas: doenças infecciosas, negligenciadas e emergências sanitárias; e fortalecimento dos sistemas públicos de saúde. O projeto pretende contribuir ainda para a consolidação de redes de pesquisa já existentes e para a formação de pessoal qualificado.

Todas as bolsas são destinadas para a ida de pesquisadores a Moçambique, não sendo aceitas solicitações referentes à ida a outros países.

Chamada Interna nº 01/2022 - Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS) - até 17/4

O Programa PVEJS tem como público-alvo professores que possuam inserção nos meios acadêmicos ou de pesquisa nacionais e internacionais, com reconhecida produtividade científica e tecnológica na sua área do conhecimento. Ele visa a oferecer bolsas em Moçambique (África) para a realização de estudos avançados e destina-se a pesquisadores com doutorado que possuam vínculo empregatício com a Fiocruz e sejam credenciados como professores dos Programas de Pós-Graduação da instituição. As inscrições das propostas vão até 17 de abril de 2022.

Professor Visitante no Exterior Júnior (PVEJ) – 1 bolsa
A seleção destina-se a pesquisadores, servidores efetivos e ativos da Fiocruz com titulação obtida há, no máximo, dez anos, tendo como referência o último dia para inscrição no processo seletivo, com o objetivo de proporcionar oportunidade de aprofundamento de estudos e pesquisas para pesquisadores em fase de consolidação acadêmica. 

Professor Visitante no Exterior Sênior (PVES) – 1 bolsa
A seleção destina-se a pesquisador, servidores efetivos e ativos da Fiocruz com titulação obtida há mais de dez anos, tendo como referência o último dia de inscrição, com o objetivo de atender pesquisadores que possuam comprovada liderança nos meios acadêmicos ou de pesquisa nacionais e internacionais, com reconhecida produtividade científica e tecnológica na sua área do conhecimento. 

Ao todo, são oferecidas duas bolsas, uma para cada categoria da seleção com a duração de quatro meses, de acordo com a disponibilidade financeira. Vale ressaltar que não serão aceitos, no âmbito desta Chamada, pedidos de permanência adicionais ou inferiores aos solicitados.

O Programa de Professor Visitante no Exterior Junior e Sênior no âmbito do Projeto Coopbrass tem como objetivos específicos incentivar a expansão de parcerias e a consolidação da cooperação em pesquisas e ensino que envolva a Fiocruz e instituições moçambicanas, com destaque para o INS e a UniLúrio; contribuir para o fortalecimento do intercâmbio científico por meio do desenvolvimento de projetos em colaboração e da continua formação dos pesquisadores; desenvolver a excelência da internacionalização da Fiocruz a partir do aporte de conhecimentos e experiências dos pesquisadores com vivência no exterior; ampliar o nível de colaboração e de publicações conjuntas entre pesquisadores que atuam na Fiocruz e seus colaboradores no exterior, por meio do fomento a execução de projetos conjuntos; além de ampliar o acesso de pesquisadores da Fiocruz a centros internacionais de excelência; e proporcionar maior visibilidade internacional à produção científica e tecnológica da Fiocruz.

Acesse a ERRATA da Chamada Interna nº 01/2022 - Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS) - até 17/4

Dúvidas e solicitações de informação devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico: edu.internacional@fiocruz.br com o assunto: "Chamada nº 01/2022 - Professor(a) Visitante no Exterior – Categoria Júnior ou Sênior"

Chamada Interna nº 02/2022 - Seleção para a realização de Doutorado Sanduíche no Exterior - 2 bolsas -  até 17/4

As bolsas de Doutorado Sanduíche têm, por finalidade, a realização de estágio para o desenvolvimento de pesquisa em Instituição de Ensino Superior estrangeira, por estudantes regularmente matriculados(as) em curso de Doutorado de Programas de Pós-graduação acadêmicos da Fiocruz, em que o(a) estudante após o período de estudos no exterior, retorna ao Brasil para conclusão e defesa da sua tese. Somente os alunos matriculados em Programas de Pós-graduação acadêmicos da Fiocruz, com informações atualizadas no sistema de gestão acadêmica da instituição, poderão candidatar-se às bolsas no âmbito desta chamada.

Dúvidas e solicitações de informação devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico edu.internacional@fiocruz.br com o assunto "Chamada nº02/2022-Doutorado Sanduíche no Exterior"

*matéria publicada em 21/3/22 e atualizada em 1°/4/22 com a ERRATA da Chamada Interna nº 01/2022 - Seleção de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS) - até 17/4

 

*imagem fundo da montagem: Freepik

Publicado em 16/03/2022

Boas práticas clínicas: lançada segunda edição de curso online e gratuito na Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Visando apresentar os melhores padrões para a condução, com qualidade, de projetos, bem como disseminar e fortalecer o respeito pleno aos direitos dos participantes de uma pesquisa, a Fiocruz acaba de lançar a segunda edição do curso de Boas Práticas Clínicas. A formação, online e gratuita, foi revista, atualizada e já está disponível para acesso no Campus Virtual Fiocruz. Todos que trabalham ou têm interesse na área das Pesquisas Clínicas podem participar da formação. A primeira edição formou cerca de nove mil participantes das quatro regiões brasileiras e de outros 22 diferentes países, incluindo Estados Unidos, Afeganistão, Peru, Espanha, entre outros.

Inscreva-se já!

Seu objetivo é compartilhar com os alunos um arcabouço histórico-ético-regulatório da pesquisa clínica nacional, assim como apresentar o papel de seus atores e manejo de eventos adversos. O curso está organizado em sete módulos independentes que abordam conteúdos essenciais para as boas práticas clínicas. Estratégias de exemplificação de casos e problematização de situações pertinentes às atividades cotidianas são exploradas na formação de modo a conduzir o participante à reflexão crítica sobre o tema. 

A partir da necessidade de ajustes sobre uma legislação nacional que foi alterada, o curso passou por uma grande revisão e atualização. Para além disso, a pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e coordenadora do curso, Jennifer Braathen Salgueiro, destaca o componente da qualidade e conteúdo da formação, com formato intuitivo, leve e moderno. "O curso reflete a experiência dos profissionais do INI/Fiocruz e o desejo de disseminar os melhores padrões, sempre respeitando os direitos dos participantes de pesquisa", disse ela. 

Entre as mudanças da nova versão do curso, a pesquisadora destacou uma modificação advinda da Resolução CNS 647/20, que dispõe sobre as regras referentes à regulamentação do processo de designação e atuação dos membros de Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) indicados por entidades do controle social. Segundo ela, essa legislação alterou o termo do membro do CEP que representa o controle social, antes chamado de representante de usuário e atualmente de representante de participante de pesquisa (RPP). "O termo reflete a necessidade do protagonismo e pertinência do controle social para o exercício da eticidade nas pesquisas avaliadas pelo Sistema CEP/Conep", ressaltou Jennifer, que também coordena o Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CEP/Ensp/Fiocruz). 

Essa formação já foi realizada de forma presencial, e agora, pela segunda vez, ela é oferecida na modalidade à distância, alcançando, assim, uma quantidade absolutamente maior de participantes. A primeira edição do curso online foi publicada em novembro de 2020 e contou com quase nove mil inscritos, provenientes de todos os estados brasileiros, 852 cidades, além de participantes de outros 22 países, entre eles, Estados Unidos, Afeganistão, Peru, Espanha, Canadá, Itália e muitos outros.

O curso é composto de sete módulos de aprendizagem, com um total de 40h de carga horária, além de um módulo de avaliação. Esta formação certifica em Boas Prática Clínicas (BPC) profissionais envolvidos em pesquisa clínica, independentemente do nível de escolaridade e formação profissional. Servindo, portanto, não somente na formação desses profissionais, mas também como uma fonte de consulta na área. Vale ressaltar que os módulos são independentes entre si, não sequenciais, sendo permitido que o aluno realize sua trajetória de maneira particular, a partir de suas necessidades. O curso emite certificado de participação. No entanto, é necessário obter, no mínimo, 70% de acertos na avaliação final.

Conheça a estrutura do curso de Boas Práticas Clínicas

  • Introdução e Glossário;
  • Histórico e Diretrizes Éticas Nacionais;
  • Regulamentação Brasileira para Pesquisa Clínica Envolvendo Seres Humanos: Contexto e Evolução;
  • Fuxo Ético-Regulatório daPesquisa Clínica no Brasil;
  • Pesquisador e Patrocinador, Papéis, Responsabilidades e Documentos Essenciais
  • Participantes de Pesquisa
  • Evento Adverso Grave
Publicado em 10/03/2022

Residências em Saúde: Mato Grosso do Sul realiza seleção com mais de 800 candidatos

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Em parceria com a Fiocruz, Mato Grosso do Sul vem se destacando na qualificação e formação dos profissionais de saúde. Nesta semana, reportagem publicada pela prefeitura de Campo Grande abordou o sucesso dos processos de seleção de residências, com participação de mais de 800 candidatos, de 25 diferentes estados. Segundo o secretário municipal de Saúde de Campo Grande, José Mauro Filho, "com esses profissionais incluídos na atenção primária, a prestação de serviços na área é fortalecida, gerando promoção da saúde, como prevenção de agravos, cura e reabilitação dos indivíduos, cuidado em torno das necessidades individuais considerando os contextos de cada paciente, de familiares e comunitários".

A prova, realizada no dia 6 de março, foi para seleção de profissionais para os cursos de residência Multiprofissional em Saúde da Família, residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e residência Multiprofissional em Saúde Mental. 

Ao todo, 803 candidatos inscritos realizaram as provas. A residência Multiprofissional em Saúde da Família foi a que atraiu o maior número de candidatos: 631 pessoas disputaram 47 vagas nas áreas de  Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia e Serviço Social. A residência Médica em Medicina de Família e Comunidade contou com 103 candidatos em disputa por 40 vagas. Já a residência Multiprofissional em Saúde Mental, teve 69 candidatos para 4 vagas, duas de Enfermagem e duas em Serviço Social.

Sobre a inicativa com o município de Campo Grande - que trata de uma cooperação entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Fiocruz -, a coordenadora adjunta de Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser, ressaltou a alegria que é ver o tamanho da procura por esses dois programas do campo da atenção primária. "Ainda estamos na segunda turma e já conseguimos grande mobilização nacional, pois além do grande número de inscritos, devemos considerar a procura de candidatos de 25 diferentes estados. Isso, de fato, está alinhado com nossa diretriz, que tem foco no fomento em base local, mas com perspectiva nacional. Os números expressam a magnitude imperativa da demanda que temos para qualificação de novos trabalhadores para o SUS", disse ela, apontando ainda que esses dois programas trazem como aspecto singular o investimento técnico-financeiro na rede de atenção primária local, o que afeta diretamente as condições dos campos de prática dos residentes, bem como a qualificação da equipe preceptora.

Adriana comentou ainda que neste ano de 2022 os processos seletivos da Ficoruz para as residências em saúde aumentaram significativamente se comparados aos anos anteriores. Ela descreveu que tal aumento foi percebido principalmente no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp). 

Na reportagem "Maior processo de qualificação na área da saúde de MS atrai mais de 800 candidatos de 25 estados do país", o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, apontou que "Campo Grande tem se tornado referência para todo o país na área da saúde. (...) Além do ensino e especialização dos profissionais, há estudos que mostram que a integração dos residentes ao atendimento da população aumenta a satisfação entre os cidadãos que utilizam a rede pública, há um custo-benefício maior para o governo – uma vez que passa a se dar mais atenção a agravos que poderiam evoluir para urgências e emergências – e oferece atenção à saúde de quem mais precisa".

Participaram da seleção candidatos provenientes do Mato Grosso do Sul, Acre, Alagoas, Bahia, Brasília (DF), Ceará, Pernambuco, Espiro Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantis. 

 

*com informações da Agência Municipal de Notícias de Campo Grande

Imagem: prefeitura de Campo Grande (MS)

Publicado em 08/03/2022

Edição especial de 'Saúde em Debate' será lançada em encontro sobre presença e protagonismo feminino

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Na quarta-feira, 9 de março, a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC) vai lançar, às 14h, o número especial da Revista Saúde em Debate "Mulheres, Ciências e Saúde” (Vol.45 - Especial 1) durante uma roda de conversa sobre a temática. O evento integra a programação especial do mês Mulheres e Meninas na Ciência da Fiocruz. A atividade online será transmitida pelo canal da VídeoSaúde Distribuidora no Youtube.

O número especial teve como editoras convidadas a coordenadora de Divugação Científica da Fiocruz, Cristina Araripe, a pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF) Claudia Bonan; a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) Roberta Gondim; e a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC) Simone Kropf. 

Intitulada "Mulheres que produzem, se insurgem e transformam o conhecimento", a roda de conversa terá, além da participação das editoras convidadas, a presença da editora científica da Revista Saúde em Debate, Maria Lucia Frizon Rizzoto. 

Sobre a importância do debate dessa temática, Cristina Araripe, ratificou que "a  presença e o protagonismo crescentes de mulheres na ciência têm produzido efeitos nas bases epistemológicas, na práxis científica e em suas hierarquias". O que, segundo ela, os trabalhos reunidos na publicação especial expressam, em boa medida, por meio de reflexões críticas que abrangem questões teóricas, políticas e sociais de grande amplitude e envergadura".

A revista Saúde em Debate é uma publicação do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). O número especial "Mulheres, Ciência e Saúde" foi construído a partir de muitos olhares e contribuições de autoras e autores de diferentes áreas do conhecimento, que se somaram para trazer novas e distintas perspectivas de análise. 

A pertinência e a relevância social, política e científica desse tema têm sido enfatizadas no contexto crescente de debates sobre a atuação de mulheres na produção de conhecimentos, com destaque aos estudos feministas e de gênero, em articulação com práticas e pesquisas em saúde. 

A edição especial pode ser conferida aqui: Saúde em Debate V.45 - Número Especial 1 – Mulheres, Ciência e Saúde

*com informações do Cebes

Publicado em 25/02/2022

Covid-19: vacina, isolamento e medidas de prevenção seguem necessárias durante o carnaval

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Mesmo o Brasil tendo suspendido grandes festas e comemorações de carnaval, os feriados seguem em algumas cidades, fato preocupante, visto a explosão de casos decorrentes da entrada da variante Ômicron no país nos últimos dois meses. De acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz, de 23/2, o panorama nacional da Covid-19 segue mantendo sinal de queda nas tendências a curto e longo prazo para casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No entanto, a Diretora adjunta da OMS, alertou, em evento recente na Fiocruz, que "a pandemia não acabou". Tendo isso, o Campus Virtual Fiocruz reforça a importância da adoção de medidas protetivas contra a doença durante os dias de carnaval e lembra que oferece diversas formações, online e gratuitas, sobre a Covid-19, ressaltando a importância da qualificação de profissionais de saúde para o enfrentamento à pandemia. 

+Acesse a lista de cursos do CVF sobre Covid-19

O último Boletim InfoGripe divulgado mostra que em 22 das 27 unidades da federação há sinal de queda na tendência de longo prazo e sinal de estabilidade ou queda na tendência de curto prazo. "A Covid-19 continua predominando entre os casos com resultado laboratorial positivo para vírus respiratórios. Nas últimas quatro semanas, a prevalência entre os casos positivos foi de 0,9% Influenza A, 0,1% Influenza B, 1,7% vírus sincicial respiratório, e 90,8% Sars-CoV-2 (Covid-19), com o restante associado a outros vírus. Entre esses casos com identificação laboratorial, os que evoluíram para óbito tiveram prevalência de 97% para o Sars-CoV-2 nas últimas quatro semanas". Acesse aqui o boletim na íntegra

Durante o evento 'Seminários Avançados em Saúde Global e Diplomacia da Saúde', promovido pelo Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), a diretora geral adjunta para Medicamentos e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Batista Galvão Simão, alertou que "os países com uma alta cobertura vacinal estão adotando uma retórica perigosa de que a pandemia acabou ou que está perto do fim, mas como dizer isso quando ainda ocorrem cerca de 70 mil mortes por Covid-19 no mundo em uma semana?". Segundo ela, "é possível, sim, acabar com a fase aguda da epidemia este ano - uma situação bem diferente daquela de 2020".

+Leia a cobertura completa do encontro em Diretora adjunta da OMS alerta na Fiocruz que pandemia não acabou

Conheça os cursos do CVF sobre a Covid-19 e detalhes de cada formação lançada durante a pandemia: 

Treinamento para uso dos Kits Teste Rápido Covid-19

A formação tem carga horária total de 15h e objetiva apresentar aos profissionais de saúde, e a todos os interessados no tema, os procedimentos corretos para a utilização dos kits de teste rápido de Covid-19 com segurança; além de fornecer informações técnicas sobre ele, como características e composição; e as formas adequadas de manuseio, armazenamento e transporte dos kits. Todo o conteúdo programático oferecido pelo curso é permeado por elementos interativos e recursos multimídias, como áudios, vídeos e hiperlinks, que trazem informações adicionais à formação.

Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus - 2° edição

Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, a Fiocruz lançou o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação. Já são 60 mil participantes!

 

Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos

O curso Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos é composto de 19 aulas, distribuídas em 5 módulos, com 50h de carga horária. Além das aulas, o aluno tem acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ). Seu objetivo é contextualizar a importância das vacinas; apresentar a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; as especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.

Curso  InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis

O curso busca disseminar conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, assim como instrumentalizar profissionais para a tomada de decisão em salas de situação dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG). A formação é organizada em 2 módulos, 6 unidade e 40h de carga horária. Para melhor aproveitamento do curso, é recomendado que o aluno tenha tido experiência prévia com a vigilância dos agravos citados, participando da coleta, registro ou análise dos dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificações (Sinan) ou do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep/MS).

Curso Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

O objetivo do curso é contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta e ir além, produzindo uma mudança qualitativa na forma de enfrentar as emergências em saúde pública, trazendo uma visão prospectiva, tendo como base e apoio o programa Vigiar SUS, do Ministério da Saúde, para estimular as capacidades de vigilância e respostas às emergências em saúde pública. além da participação do Observatório Covid-19 da Fiocruz, que vem realizando análises e proposições para o enfrentamento da pandemia. Ele é especialmente dirigido aos interessados na temática da gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19 no âmbito do SUS. A formação é composta de três módulos, divididos em uma carga horária de 70h.

Curso Covid-19 e a atenção à gestante em comunidades indígenas e tradicionais

A vulnerabilidade social em determinadas populações é um fato e, sabidamente, um fator de risco a novas doenças. Grávidas e puérperas correm maior risco de desenvolver a forma grave da doença. Consequentemente, mulheres indígenas são ainda mais vulneráveis. Nesse contexto, o curso oferece informações qualificadas para o cuidado de populações que demandam uma atenção mais específica e especializada. A formação de 15h é composta de 3 módulos e um total de 7 aulas.

Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio

Com a formação, a ideia é que os participantes sejam capazes de compreender e realizar as medidas sanitárias preconizadas para a prevenção e controle da infecção por Covid-19 no contato com pessoas idosas que necessitam de apoio ou auxílio para a realização de suas atividades cotidianas. Também é objetivo do curso que os alunos conheçam os serviços de saúde no território que prestam atendimento em casos de suspeita e/ou confirmação de infecção por Covid-19. Além do conteúdo programático, os alunos terão acesso à bibliografia utilizada no curso, a materiais complementares e a um conjunto de Perguntas e Respostas sobre o tema (FAQ).

Cuidado de saúde e segurança nas Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) no contexto da Covid-19

O curso Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19 é voltado a cuidadores, familiares e profissionais que atuam com a saúde da pessoa idosa e segurança do paciente. Entre os temas abordados nas aulas estão: medidas de prevenção e controle da disseminação de doenças; cuidados em áreas comuns; fragilidade e violência; vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs; contatos sociais em tempos de isolamento; estratégias de comunicação para garantir o contato da pessoa idosa com a sua família ou comunidade; recomendações para a comunicação de notícias difíceis; e outros.

Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas

O curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas, que já conta com mais de três mil participantes, visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população.

Enfrentamento da Covid-19 no sistema prisional

Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação, que tem mais de quatro mil inscritos, é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.

Educação remota para docentes e profissionais da educação

"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados. Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.

 

*com informações de Camile Duque Estrada e Cristina Azevedo da Agência Fiocruz de Notícias

Publicado em 21/02/2022

Trabalhadores da saúde: doutoranda da Fiocruz publica artigo no The Lancet sobre infecção por SARS-CoV-2 e vulnerabilidade social

Os determinantes sociais da saúde, como raça, escolaridade, renda, cargo e tipo de exposição, influenciam diretamente as taxas de infecção pela Covid-19 em trabalhadores da saúde. O dado, publicado na Revista The Lancet Regional Health – Americas, edição de março de 2022, é fruto do trabalho de doutorado de Roberta Fernandes Correia, no Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher da Fiocruz, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). De acordo com o estudo, afora a alta prevalência de infecção entre trabalhadores da saúde, verificou-se que os trabalhadores não brancos, de menor renda e escolaridade e usuários de transporte coletivo foram os mais acometidos. Além disso, os profissionais de apoio hospitalar, sobretudo os agentes da limpeza, apresentaram taxas de soroprevalência mais elevadas do que os profissionais de saúde.

Confira mais detalhes sobre o desenvolvimento da pesquisa na matéria: 

Pesquisa do IFF/Fiocruz revela quem são os trabalhadores da saúde mais expostos à Covid-19

* por Everton Lima (IFF/Fiocruz)

O artigo “Desigualdades sociais impactam negativamente a soroprevalência de SARS-CoV-2 em diferentes subgrupos de trabalhadores da saúde no Rio de Janeiro”, publicado recentemente na renomada revista científica The Lancet Regional Health – Americas, investigou os fatores que influenciaram a contaminação pela COVID-19 entre os trabalhadores do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). O estudo identificou que a contaminação pelo SARS-CoV-2 (causador da COVID-19) em trabalhadores da saúde do Instituto foi influenciada pela desigualdade social.

Essa pesquisa é resultado do inquérito sorológico com 1.154 trabalhadores da saúde, realizado entre junho e julho de 2020, nos primeiros meses da pandemia no Brasil. “Para a análise dos dados, foram avaliadas a associação entre os resultados dos testes sorológicos para detecção de anticorpos IgG para SARS-CoV-2 e as características socioeconômicas, ocupacionais e meios de transporte utilizados pelos trabalhadores no deslocamento casa-trabalho, além de métodos para a correlação entre as variáveis analisadas”, conta a primeira autora do artigo, a aluna de doutorado e fisioterapeuta do IFF/Fiocruz, Roberta Fernandes Correia.

O artigo, que é o primeiro entre as teses e dissertações que estão utilizando os dados, é fruto do projeto “Imunidade, Inflamação e Coagulação na COVID-19: estudo em coorte de trabalhadores da Fiocruz”, contemplado com verba de edital do Programa Inova COVID-19 da Fiocruz, que investe em projetos de pesquisa em áreas estratégicas com foco na pandemia.

Resultados

Os resultados mostraram as iniquidades da pandemia de COVID-19 em relação aos determinantes sociais na população brasileira, abrangendo até mesmo os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados apontaram uma alta prevalência sérica (no sangue) do vírus de 30% nos trabalhadores da saúde, muito maior do que as taxas de contaminação na população em geral, de 3% a 5% no mesmo período. Entretanto, ao analisar a contaminação entre os trabalhadores do Instituto, observou-se determinados grupos em maior risco e vulnerabilidade.

Quanto à raça, 37,1% dos não brancos tiveram resultado positivo em comparação com 23,1% dos brancos. O nível de escolaridade esteve inversamente associado à soropositividade para SARS-CoV-2, assim como a renda. Quanto aos cargos, surpreendentemente, enquanto 40,4% dos trabalhadores de apoio (cargos administrativos, recepcionistas, guardas, agentes de limpeza, entre outros) apresentaram resultados positivos, apenas 25,0% dos profissionais de saúde na assistência (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, entre outros) revelaram soropositividade. Dos trabalhadores de apoio, os agentes de limpeza tiveram a maior taxa de contaminação (47,5%) entre o grupo.

Fatores como renda, escolaridade e modalidade de trabalho apareceram como preditores negativos, ou seja, quanto maior a renda e a escolaridade do profissional, e sendo profissional da saúde, menor risco ele tinha de ser contaminado. Na forma de deslocamento da residência para o trabalho, os trabalhadores que usaram transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) apresentaram resultados de teste positivos significativamente maiores do que aqueles que utilizaram deslocamento de menor densidade (caminhada, carro, motocicleta e táxi).

Para Roberta, a desigualdade é o “vírus” mais letal do mundo. “Os achados deste trabalho não divergem da desigual contaminação da população brasileira e países afins, em especial os da América Latina. Apesar do IFF/Fiocruz ser uma instituição pública de vanguarda na atenção à saúde da população, também sofre inevitavelmente os reflexos da economia de seu país, o que afeta na contaminação pelo SARS-CoV-2 entre seus trabalhadores. É provável que a solidariedade seja o antídoto e precise urgentemente ser incorporada às políticas sociais, econômicas, de saúde, educação, ambientais e de afeto”, ressalta.

Papel da ciência

No Instituto, a testagem sorológica contribuiu para a análise da contaminação pela COVID-19 entre os trabalhadores da saúde e os mecanismos de proteção de determinados grupos. “A devolutiva deste trabalho é um compromisso institucional com os trabalhadores da unidade e revela um cenário que desconhecíamos e que a ciência cumpre seu papel de iluminar. Portanto, fica a orientação para o enfrentamento de possíveis novas variantes ou pandemias virais, de que esses grupos, frente a escassez de imunizantes, devem ser vacinados com prioridade”, esclarece Roberta.

Orientadora do doutorado de Roberta, a professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do IFF/Fiocruz, Elizabeth Artmann, fala sobre a importância do estudo. “Nosso estudo reforça que os determinantes sociais da saúde influenciam as taxas de contaminação em trabalhadores da saúde. Em um país com tanta desigualdade como o nosso, estes resultados são muito relevantes e mostram a importância de pesquisas que possam ancorar a tomada de decisões, neste caso, a priorização dos grupos mais vulneráveis. Fundamental na área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde. Uma característica importante deste trabalho e que valorizo muito é a sua abordagem interdisciplinar, pois a Saúde Coletiva, mas também a Saúde como grande área de conhecimento, necessita de vários olhares e cadeias explicativas que tragam um conhecimento aprofundado da situação. A pandemia de COVID-19 reforça esta questão. O estudo, embora baseado no IFF/Fiocruz, articula duas outras unidades da Fiocruz, a Ensp e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), um bom exemplo de produção coletiva do conhecimento”.

O coorientador, vice-coordenador do Programa Inova COVID-19 da Fiocruz e coordenador de Educação do IFF/Fiocruz, Zilton Farias Meira de Vasconcelos, que atuou junto com Roberta no período de testagem e início da imunização no Instituto, comemora a publicação do artigo na renomada revista científica internacional The Lancet Regional Health – Americas. “Esse trabalho traz três elementos que, na minha opinião, merecem destaque: primeiramente é fruto de um projeto guarda-chuva multiunidades da Fiocruz (IFF e IOC), com apoio financeiro do Programa Inova COVID. Em segundo lugar, conta com a participação de todos os trabalhadores da nossa unidade. E, finalmente, inicia a produção científica atrelada aos programas de pós-graduação da Fiocruz, que contam com 3 alunos de mestrado e 10 alunos de doutorado. Todos esses elementos juntos permitiram que o nosso trabalho identificasse fatores sociais que impactam diretamente na exposição ao SARS-CoV-2, mesmo em uma população que já apresenta maiores índices de infecção inerentes às atividades profissionais”.

A coordenadora do projeto, financiado pelo Inova COVID-19 da Fiocruz, pesquisadora do IOC/Fiocruz e coautora do artigo, Adriana Bonomo, reflete sobre a necessidade de apoiar produtos científicos com contribuições para a saúde pública brasileira. “Este trabalho usa perfis da resposta imunitária e mostra o padrão social da pandemia. Ou seja, usando dados laboratoriais de resposta imune conseguimos traçar um paralelo entre as desigualdades sociais e as populações mais frequentemente infectadas. Estudos como este ajudam a traçar políticas públicas dirigidas às populações mais vulneráveis e otimizar as medidas preventivas”.

O imunologista, pesquisador do IOC/Fiocruz e coautor do artigo, Wilson Savino, analisa o impacto dos resultados para as políticas públicas de saúde. “Este trabalho traz para o centro dos debates da pandemia a questão das desigualdades sociais, inclusive nos trabalhadores da saúde. Mostra que há questões de políticas públicas em saúde que implicam em transformações sociais, incluindo a redução de pobreza com convergência estrutural visando minimizar as desigualdades”.

O coordenador de pesquisa do IFF/Fiocruz e coautor do artigo, Saint Clair Gomes Junior, informa quais os benefícios dos resultados desse estudo para o enfrentamento da COVID-19 no Instituto. “O trabalho traz uma importante contribuição ao entendimento dos fatores que favorecem ao aumento do risco de infecção pelo novo coronavírus. Os resultados confirmam a percepção empírica de que os trabalhadores em situação social de maior vulnerabilidade (profissionais de apoio, negros, com menor escolaridade e renda e usuários de transporte de massa) têm uma chance aumentada de exposição e infecção. Apesar dos resultados serem direcionados a trabalhadores da saúde, muito provavelmente esse mesmo padrão de vulnerabilidade ocorre na população geral. Desta forma, os dados observados podem contribuir de forma decisiva como suporte para a elaboração de reforço de medidas protetivas e de vacinação direcionadas para aqueles cidadãos em maior risco”.

A pediatra, pesquisadora principal do estudo no IFF/Fiocruz e coautora do artigo, Daniella Moore, destaca sobre o papel da ciência, principalmente em tempos complexos de pandemia. “De nada adiantará termos avanços científico-tecnológicos se não formos capazes de comunicar de forma clara e compreensível o que significam os dados da ciência na prática para todos, independentemente de sua classe social, grau de escolaridade ou qualquer outra vulnerabilidade social. A pandemia já deu sinais claros de que o caminho da saída envolve vencer as iniquidades sociais não somente no Brasil, como em todo mundo”. Nesse contexto, Daniella faz um alerta. “Gestores de saúde precisam ficar atentos que garantir a força de trabalho da saúde ativa significa proteger o trabalhador da saúde não somente no seu ambiente de trabalho, mas também extra muros, criando uma mentalidade de saúde e pensando juntos como transpor dificuldades que os mais vulneráveis passam para se proteger”.

*Imagem: Fernanda Canalonga Calçada (Design Gráfico do IFF/Fiocruz)

Publicado em 18/02/2022

Enfrentamento da Covid-19 e outras doenças virais: Fiocruz lança programa educacional. Inscrições estão abertas!

Autor(a): 
SE/UNA-SUS

Profissionais e estudantes da saúde que têm interesse em se capacitar sobre doenças virais já podem se matricular nos quatro primeiros cursos do Programa Educacional em Vigilância em Saúde no Enfrentamento da Covid-19 e de Outras Doenças Virais (VigiEpidemia), ofertado pela Fiocruz Mato Grosso do Sul, integrante da Rede UNA-SUS, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O VigiEpidemia é totalmente gratuito e qualquer pessoa interessada na área pode participar. 

Oportunidade de especialização

O Programa é composto por seis cursos no total. Nesse primeiro momento, estão disponíveis quatro deles, que são online e autoinstrucionais. Após chamamento público, os concluintes desses cursos poderão se candidatar a cursar mais dois módulos complementares, com tutoria e certificação de especialização. Serão mil vagas para todo território nacional. 

“Ver o VigiEpidemia somando e fortalecendo a grande agenda de formação da Fiocruz é um motivo de grande satisfação. É uma iniciativa e inovadora e necessário nesse momento que estamos vivendo”, afirmou a diretora da Fiocruz Brasília e secretária executiva da UNA-SUS, Fabiana Damásio.

A coordenadora de educação da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Débora Dupas, explicou que o programa foi produzido acompanhando as mudanças do cenário atual, a fim de garantir ofertas educacionais de qualidade, pautadas na ciência, e voltadas à realidade vivenciada na prática. “São conhecimentos de grande valia na atualidade, especialmente quanto a adoção de medidas preventivas para outros surtos epidêmicos no futuro. É nosso desejo que os cursos cheguem na ponta, aos profissionais que estão no dia a dia, nas práticas dos serviços de saúde”, afirmou.

Débora comentou ainda que o objetivo é que os cursos contribuam para a qualificação das práticas em saúde, no âmbito do SUS, para uma abordagem integrada, interdisciplinar, que incentive mudanças no processo de trabalho e aumente a resolutividade dos problemas de saúde. 

Para a Vice- Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, o VigiEpi traz aspectos muito positivos, de grande relevância para a formação no SUS, inovador do ponto de vista pedagógico, além do trabalho em Rede expresso pela UNA-SUS e Fiocruz

Saiba mais sobre os cursos

Enfrentamento da Covid-19 e demais doenças virais

Este curso tem como objetivo qualificar o trabalhador da saúde para realizar o cuidado e enfrentamento de doenças virais, a partir de ações integradas da vigilância em saúde, com vistas à melhoria da articulação e organização dos processos de trabalho em saúde.

Matricule-se aqui.

Enfrentamento das Arboviroses

Este curso objetiva qualificar o trabalhador da saúde para realizar o cuidado e enfrentamento das arboviroses, a partir de ações integradas de vigilância em saúde, com vistas à melhoria da articulação e organização dos processos de trabalho em saúde.

Matricule-se aqui.

Fundamentos e tecnologias para o enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais

Este curso objetiva qualificar o trabalhador da saúde para compreender a sociedade contemporânea de forma articulada com os pressupostos da saúde coletiva, considerando as políticas públicas que incidem sobre o SUS, e as tecnologias e ferramentas do campo da Vigilância em Saúde, visando a uma melhor efetividade das ações de enfrentamento da Covid-19 e de outras doenças virais.

Matricule-se aqui.

Plano de Contingência: dimensões para sua operacionalização

Este curso busca qualificar o trabalhador da saúde para elaborar plano de contingência para o enfrentamento de pandemias/epidemias, visando à prevenção de ocorrências que colocam em risco as ações de saúde em situações de crise, para uma atuação mais estável e efetiva dos serviços de saúde.

Matricule-se aqui.

Para conhecer esse e outros cursos da UNA-SUS, acesse https://www.unasus.gov.br/cursos.
 

Publicado em 15/02/2022

Visita de cônsul do México estimula aproximação científica: educação está entre os pilares da cooperação com a Fiocruz

Autor(a): 
Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)

A distância no mapa é grande: o México é a nação de língua espanhola mais longe do Brasil no continente. Mas as duas nações estão mais próximas do que parece. A Fiocruz e instituições mexicanas têm projetos em conjunto, uma cooperação que pode crescer ainda mais se depender do interesse demonstrado pelo cônsul Héctor Humberto Valezzi Zafra. Junto com a cônsul adjunta no Rio de Janeiro, Ana Luisa Vallejo Barba, o diplomata foi recebido pela presidente Nísia Trindade Lima, em 10/2. Na ocasião, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado, apontou potencial para aumentar a cooperação em pesquisa, educação e desenvolvimento científico. Segundo ela, na educação, há possibilidades de intercâmbio e desenvolvimento de cursos de qualificação profissional à distância, sobre os quais a instituição apresenta vasta experiências, como, por exemplo, o curso online do Campus VirtualFiocruz de manejo da Covid-19 que já foi feito por mais de 60 mil alunos em diferentes países

+Leia mais: Fiocruz reabre inscrições para curso sobre o manejo da Covid-19: nova edição está atualizada

No Brasil desde 2019, o cônsul explicou que gostaria de ter visitado antes a Fundação, mas que precisou adiar os planos devido à pandemia. Nos anos 1980, ele já havia visitado a Fiocruz Brasília, e agora, com o consulado cobrindo o Rio de Janeiro e estados do Nordeste, acredita haver muitos campos para ampliar essa cooperação.

“Nós buscamos oportunidades para possíveis colaborações pós-pandemia. O intercâmbio [de pesquisadores e alunos] pode ser uma dessas áreas”, disse o diplomata, que fez muitas perguntas sobre a Fundação.

Para a presidente da Fiocruz, há espaço para a cooperação crescer. “Há muitas possibilidades”, disse Nísia. “Temos pensado muito em como estreitar as relações com a América Latina. Eu vejo como nossos países, que ficam um pouco naquele limiar de países de baixa renda e de países desenvolvidos, acabam perdendo muito da sua potência e visibilidade”.

Educação sem fronteiras

No encontro, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado, disse ver muitos elementos em comum entre os dois países e potencial para aumentar cooperação em pesquisa, educação e desenvolvimento científico. Na educação, há chances não só de intercâmbio, como de cursos de qualificação profissional à distância. Um exemplo é o curso online sobre manejo de Covid-19 que, lançado em março de 2020, já foi assistido por mais de 60 mil alunos, não só do Brasil assim como de 30 outros países. Hoje, a Fiocruz tem 11 cursos online sobre a doença. “Não recebemos muitos alunos do México. Poderíamos receber mais e enviar mais”, disse Cristiani. 

Pedro Burger, coordenador-adjunto do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), explicou que o Programa de Formação de Banco de Leite Humano, em que a Fundação enviou funcionários para treinarem profissionais no país, foi uma cooperação bilateral, mas no contexto da Rede Internacional de Bancos de Leite Humano - o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) é um Centro Colaborador da Opas/OMS sobre o assunto. 

Há ainda as colaborações por meio da Rede dos Institutos Nacionais de Saúde na América Latina, entre a Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde do México, e da Rede de Escolas de Saúde Pública, por meio da Universidade Autônoma do Estado do México (Unam), com a qual a Fiocruz tem um memorando de entendimento. “Podemos crescer mais nas parcerias com o México”, disse Burger.

A aproximação às vezes surge por meio de iniciativas pessoais. Maria Rachel Fróes da Fonseca, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), contou sobre seu projeto de doutorado e pós-doutorado, em que comparou a ciência nos dois países no século 19 e início do 20. “Embora seja uma trajetória pessoal, mostra como os pesquisadores vêm estreitando as relações”, disse. Participou ainda do encontro Valber Frutuoso, assessor de Gabinete da Presidência para Relações Institucionais.

 

Imagem: montagem com foto de Peter Iliciev (Fiocruz)

Publicado em 09/02/2022

Doutorado, mestrado e especialização: confira oportunidades da Fiocruz com inscrições abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fiocruz está com inscrições abertas para diversos cursos de doutorado, mestrado e especialização, oferecidos por suas diferentes unidades. Todas as oportunidades são gratuitas, porém cada uma traz suas especificidades. Leia as chamadas, confira os detalhes disponibilizados nos editais e inscreva-se. 

Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental (PGBIOEXP) - Fiocruz Rondônia

Mestrado - inscrições até 10/2
https://www.rondonia.fiocruz.br/edital/pgbioexp-selecao-2022/

Doutorado  - inscrições até 21/2
https://www.rondonia.fiocruz.br/edital/pgbioexp-selecao-doutorado-2022/

Curso de especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICTS 2022) - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)

Especialização - inscrições até 3/3
https://campusvirtual.fiocruz.br/portal/node/63099

Programa de Pós-graduação em Vigilância em Saúde Pública, com foco na vigilância, preparação e resposta a eventos de importância nacional (VigiLabSaúde-Fiocruz)

Mestrado profissional - inscrições até 21/2

https://campusvirtual.fiocruz.br/portal/node/62900

Doutorado - inscrições até 21/2

https://campusvirtual.fiocruz.br/portal/node/62901

Curso de mestrado profissional em Saúde da Família - Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família (Profsaúde)

Mestrado profissional - inscrições até 24/2

https://profsaude-abrasco.fiocruz.br/sites/default/files/chamada_publica_turma_iv-_publicacao_profsaude_13.10.2021.pdf

Publicado em 08/02/2022

Iniciativa da Fiocruz vai fortalecer literatura e saúde em territórios populares

Autor(a): 
Cooperação Social da Fiocruz

Os direitos à vida, à saúde e à dignidade humana encontram imensos desafios para serem garantidos em países desiguais como o Brasil. Em seu sentido ampliado, a saúde envolve o desenvolvimento dos potenciais do indivíduo e de sua comunidade, e compreende também a dimensão da cultura como ambiente de pertencimento e campo de exercício de cidadania. Tendo por mote a literatura como direito humano, o projeto Periferia Brasileira de Letras, lançado pela Fiocruz, propõe a criação de uma rede de coletivos literários de favelas e periferias em nove capitais brasileiras para reivindicação de políticas públicas no campo da leitura, livro e literatura adequadas às demandas por direitos dos seus territórios. O primeiro ato do projeto são as inscrições, que abriram nesta semana e vão até 18 de fevereiro. 

Ao todo, serão sete meses com encontros virtuais divididos em três etapas: 1) curso para a rede PBL ampliar sua participação na construção de políticas públicas sobre o livro, leitura e literatura para territórios periféricos; 2) produção de um documentário que registre a experiência dos coletivos e que registre a diversidade literária produzida em diversas regiões do Brasil; 3) criação de um Fórum e a construção de uma agenda coletiva de articulação política e cultural da rede Periferia Brasileira de Letras para 2022.

Cada representante dos coletivos selecionados receberá bolsa de estudos mensal no valor de R$ 1.000 (um mil reais) durante os quatro meses do curso. As inscrições podem ser realizadas gratuitamente no site. Toda formação será gratuita, mas é essencial ter acesso à internet e equipamento para participar das atividades virtuais. 

Como se inscrever

Apenas uma pessoa física, com conta corrente ativa, deverá ser o representante para receber o valor da bolsa de estudo nos quatro meses da etapa “Promoção da Literatura em Periferias: curso de territorialização de políticas públicas saudáveis”. Para se inscrever, o coletivo e/ou grupo, formalizado ou não, deve ter no mínimo um ano de atuação na área da leitura, livro e literatura, ter um portfólio com imagens postadas em redes sociais de eventos realizados, publicações e/ou calendário de atividades regulares e atuar em território de favela ou periferia nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Brasília, Natal, Recife, Salvador, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro. Ademais, preencher corretamente o formulário de inscrição e entregar até a data limite, que é 18 de fevereiro.

A rede PBL é uma plataforma colaborativa que busca por meio da participação popular de coletivos literários a construção coletiva de políticas públicas para territórios de favelas e periferias. O projeto tem também o objetivo de colaborar para o aprofundamento de um campo que seja agregador das diversas literaturas existentes no Brasil, dando visibilidade aos coletivos e grupos participantes dessa rede e, mais ainda, à diversidade da produção da criação literária de favela e periferia. 

Periferia Brasileira de Letras
Assessoria de imprensa: 
(21) 99202-9279 (Luiza/Cooperação Social da Fiocruz)
(21) 982009208 (Juliana/PBL)
e-mail: periferiabrasileiradeletras.pbl@gmail.com 
Instagram: https://www.instagram.com/periferiabrasileiradeletras/
Facebook: https://www.facebook.com/Periferia-Brasileira-de-Letras-100268772013670
Twitter: https://twitter.com/perifadeletras
 

*Imagem/arte: Ivan Filho

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