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Publicado em 13/07/2017

Ensp abre inscrições para Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social

A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) está com inscrições abertas, até o dia 20 de julho, para o Curso de Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social 2017, na modalidade presencial. O conceito ampliado de saúde e a ação sobre os determinantes sociais de saúde são a base do curso, que é coordenado pelas pesquisadoras Maria de Fátima Lobato Tavares e Rosa Maria da Rocha.

Essa especialização é voltada a profissionais graduados na área da saúde, educação e afins que tenham interface com o setor de saúde, membros de organizações comunitárias e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e das esferas do governo.

O curso tem carga horária de 540 horas e oferece 32 vagas (sendo duas para a seleção de candidatos estrangeiros). As aulas serão ministradas às quintas e sextas, das 8h às 17h. O início está previsto para o dia 13 de setembro.

Acesse o edital e o link para inscrições aqui.


Fonte: Ensp/Fiocruz

Publicado em 11/07/2017

Pós-graduação do IOC inscreve em disciplinas do segundo semestre

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está inscrevendo candidatos às disciplinas oferecidas no segundo semestre de 2017 por seus Programas de Pós-graduação Stricto sensu.

Para os alunos regularmente matriculados nos Programas do IOC em que as disciplinas serão oferecidas, as inscrições acontecem de 10 a 16 de julho, por meio da Plataforma Siga.

Alunos dos Programas do IOC cuja disciplina não é oferecida em seu programa, estudantes dos demais Programas de Pós-graduação Stricto sensu da Fiocruz e de outras instituições de ensino poderão se inscrever nos dias 19 e 20 de julho. Para solicitar a inscrição, o formulário de matrícula para alunos externos deverá ser preenchido e entregue na Secretaria Acadêmica junto com a documentação exigida. Vale lembrar que estes alunos poderão cursar, no máximo, duas disciplinas por semestre e que algumas delas possuem pré-requisitos.

Saiba mais aqui.

Publicado em 11/07/2017

INI capacita profissionais de saúde em método inovador para tratamento da leishmaniose cutânea

A convite do Ministério da Saúde, o pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Armando Schubach, e a médica dermatologista e mestre em Pesquisa Clínica pelo INI, Maria Cristina Duque, estiveram, no mês de junho, no município de Ibatiba, no Espírito Santo, capacitando 35 profissionais, entre médicos e enfermeiros, no tratamento intralesional da Leishmaniose Tegumentar. Essa nova metodologia, desenvolvida no INI ao longo de 30 anos, vem sendo adotada agora pelo Ministério e consiste na injeção, em menores doses, do antimoniato de meglumina - medicação usada para tratar a doença -, de forma subcutânea ao redor das úlceras.

A Leishmaniose Tegumentar vem ocorrendo como um surto em Ibatiba. Somente em 2017, 27 novos casos da doença surgiram na cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, segundo censo 2014 do IBGE. “A maior parte dos pacientes está acima de 50 anos, cuja indicação é para o tratamento com a anfotericina B lipossomal. Só que essa medicação é feita na veia da pessoa e requer uma monitoração internado ou em um Hospital-dia (regime de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial. Para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, o Hospital-dia é indicado quando a permanência do paciente na unidade é requerida por um período máximo de 12 horas), por exemplo, e para um município pequeno acaba não sendo uma solução. Então, esse treinamento serviu para apresentarmos a nova técnica intralesional que desenvolvemos e foi aplicada em alguns pacientes previamente selecionados e convidados a participar do treinamento. Apenas em duas pessoas, com lesões disseminadas em diferentes partes do corpo, nós resolvemos utilizar a anfotericina, pois se beneficiariam mais com um tratamento sistêmico”, informou Armando Schubach.

“Essa capacitação do Ministério da Saúde com especialistas em leishmaniose vai fazer com que nossos pacientes não sejam mais encaminhados para a unidade de referência na capital, Vitória, pois permite que todos os médicos e enfermeiros de nossa cidade estejam aptos a aplicar essa nova forma de tratamento”, destacou Nilcilaine Hubner, secretária de Saúde local.

Desde 2016, três treinamentos nessa técnica já foram coordenados pelo pesquisador Armando Schubach. O primeiro ocorreu no próprio Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, em novembro de 2016, para profissionais indicados pelo próprio Ministério da Saúde. O segundo foi realizado no final do mês de maio de 2017 e partiu de uma demanda da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, para profissionais lotados em Cuiabá e municípios próximos. A terceira, em Ibatiba (ES), foi oficialmente a primeira demanda do Ministério da Saúde para a equipe do INI no tratamento intralesional com antimoniato de meglumina.

“A perspectiva agora é de fazermos mais seis capacitações até o final do ano para todos os estados da região Norte do país, através da demanda do próprio Ministério da Saúde. Estamos em fase de organização dessa agenda para iniciar essa nova fase”, ressaltou Armando.

Tratamento é incorporado no manual do Ministério da Saúde

O trabalho, iniciado nos anos 80 pelo dermatologista do Instituto, Manoel Paes de Oliveira Neto, vem sendo conduzido pela equipe do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish), sob a coordenação do pesquisador Armando Schubach. A técnica está sendo adotada, aos poucos, pelo sistema de saúde brasileiro e consta no novo Manual de Leishmaniose Tegumentar Americana do Ministério da Saúde. O novo tratamento tem como maior benefício a maior segurança para a saúde do paciente, pois o antimoniato de meglumina pode ter efeitos tóxicos acumulativos. Ao diminuir a carga de medicamento, resultando em menores índices de toxidade e reações adversas aos pacientes, além de uma rotina de tratamento mais leve. “Os pacientes podem ser tratados com até 10 vezes menos quantidade do medicamento. No INI nós temos toda a expertise com esse tipo de tratamento”, destacou o pesquisador.

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença provocada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae, que se caracteriza por apresentar úlceras indolores na pele ou mucosas do indivíduo afetado. O tratamento preconizado originalmente consiste na aplicação, em grandes quantidades, do medicamento antimoniato de meglumina por via intramuscular ou intravenosa.

Fonte: Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)

 

Publicado em 04/07/2017

Editora Fiocruz disponibiliza catálogo de livros com centenas de títulos em acesso aberto

A Editora Fiocruz publicou seu Catálogo 2016-2017, um guia com cerca de 430 títulos já lançados - inclusive os esgotados - nos seus quase 25 anos de existência. Os títulos são listados por classificação temática e também organizados em fichas completas, que trazem a reprodução da capa e o resumo do conteúdo. Para facilitar a busca, no final o leitor encontra ainda uma lista de todos os títulos em ordem alfabética e com a indicação das páginas das respectivas fichas. Além dos livros já lançados, a publicação traz uma relação dos lançamentos programados para 2017.

O catálogo também destaca a participação da Editora Fiocruz no projeto SciELO Livros, que já reúne 179 títulos em formato eletrônico, sendo 126 em acesso aberto. Os demais são comercializados com preços, em média, 40% abaixo do valor do livro impresso.

A produção do Selo Fiocruz Vídeo faz parte da publicação, com fichas técnicas dos DVDs, além de QR Codes para que os leitores possam assistir aos trailers dos vídeos pelo telefone celular.

A publicação é um guia útil não só aos interessados em adquirir livros, mas também para pesquisa bibliográfica em trabalhos profissionais e acadêmicos.

Os interessados podem retirar a versão impressa gratuitamente na livraria da Editora Fiocruz localizada no prédio da Asfoc-SN (sala 12) ou na sede da Editora (Campus Expansão - térreo). O catálogo está disponível para download.

 

Fonte: Editora Fiocruz

Publicado em 27/06/2017

Saiba como encontrar artigos em acesso aberto usando ferramentas e métodos legais

A publicação dos resultados de estudos acadêmicos em acesso aberto é cada vez mais frequente e estima-se que atualmente estão disponíveis milhões de documentos online. Por esta razão, é importante ter ferramentas eficientes para encontrar as versões livres dos artigos que precisamos (sem pagar assinaturas ou comprando artigos individuais e usando métodos legais). Como a necessidade vai criando a oferta, nos dois ou três últimos anos vem surgindo aplicativos gratuitos para atender aos requerimentos dos acadêmicos, bibliotecários, pesquisadores, e estudantes em geral. Qual é o mercado de oferta hoje em dia?

Aaron Tay, um bibliotecário na Singapur Management Library, recentemente escreveu algumas notas em seu blog analisando diversos plugins para os navegadores e também os serviços de agregadores que permitem encontrar de forma quase instantânea textos completos em acesso aberto.

Veja a seguir os diferentes serviços analisados por Aaron Tay.

Base: este serviço criado pela Bielefeld University Library na Alemanha é, provavelmente, um dos maiores e mais avançados agregadores do mundo. Em novembro de 2016, superou 100 milhões de documentos. O serviço Base assegura que pelo menos 40% dos textos identificados estão em acesso aberto, não sendo possível assegurar o restante por falta de metadados nos repositórios. Através do serviço de oadoi.org, tem acesso a mais de 5 mil repositórios. No entanto, o Base não indexa o conteúdo destes textos completos. A interface de busca é muito avançada, possivelmente a mais amigável de toda a família de plugins analisados.

Core: afirma ter cerca de 70 milhões de documentos que, assim como o Base, são recuperados através do protocolo OAI-PMH. Por esta razão, também tem o mesmo problema de vincular com certeza os textos completos, devido à falta de normalização dos metadados nos repositórios institucionais, em particular os “Green OA”. Em contrapartida, o Core indexa o conteúdo destes textos completos.

Dissemin: com cerca de 100 milhões de documentos, está em versão beta. Por enquanto a busca é limitada ao nome do autor. Entrega os resultados rapidamente, indicando quais deles estão disponíveis em acesso aberto.

Lazy Scholar button: lançado em 2014, é um plugin que, até o momento, funciona apenas no navegador Google Chrome. É a extensão mais complexa (algo complicado também) e, entre vários serviços, pode verificar se sua instituição possui assinaturas ao texto completo, apresentar varias métricas de citação, obter comentários de sistemas como PubMed Commons, oferece funções que lhe permite criar citações e recuperar documentos relacionados a sua consulta que podem ser de interesse, também em acesso aberto.
Sugestão: quando eu o instalei, por praticidade, marquei NÃO em quase todos os parâmetros. Vale a pena analisá-lo (ainda que depois não o utilize).

OAIster: propriedade de OCLC, trata-se de um catálogo coletivo que declara ter mais de 50 milhões de registros de recursos em acesso aberto, provenientes da coleta por OAI-PMH de mais de 2 mil fontes que contribuem para o catálogo. Os registros também estão disponíveis na interface do WorldCat. Tem as mesmas limitações que foram indicadas para o Base, Core e coleções baseadas no protocolo OAI-PMH.

Open Access button: é um plugin criado em 2013 por dois estudantes. Não deve ser instalado no navegador Internet Explorer. No Google Chrome é instalado facilmente. Tem milhares de usuários registrados. Em meus experimentos, no entanto, não tive muito êxito.

Google Scholar button: criado em 2015, é instalado diretamente e é, possivelmente, a opção preferida.

Unpaywall button: é o mais novo membro da família e pode ser uma segunda opção.

O problema, então, surge ao indexar os milhares de repositórios institucionais devido ao fato que a função que cumprem para estas instituições vai além do simples depósito de documentos completos em acesso livre. Entre outras finalidades apoia o “auto arquivamento” de acadêmicos, preserva um registro das atividades da universidade e demonstra a relevância de suas atividades científicas, econômicas e sociais, para aumentar sua visibilidade e status. Por estes motivos, como diz Aaron Tay, é possível que os repositórios institucionais não tenham mais que um terço de seus documentos com textos completos acessíveis. Devido a estas limitações, os agregadores de documentos em acesso aberto ignoram estes problemas e indexam os repositórios em sua totalidade, dando a ideia equivocada de que tudo é de acesso livre ao texto completo.


Estas ferramentas para encontrar textos livres são de fato efetivas?

Em termos de eficiência, podemos dividir estas ferramentas em dois níveis:

1. As que se baseiam na busca direta pelo Google Scholar, como Lazy Scholar button, também o Google Scholar button e Unpaywall button.
2. Todas as outras ferramentas analisadas neste post.

O motivo é que o Google Scholar é o maior índice de material acadêmico disponível, apesar de ter limitações ao indexar os repositórios. Todas as outras iniciativas, no momento, são muito menores em termos de cobertura, incluindo os agregadores como o Base e o Core pelos motivos explicados acima. Por outro lado, o Google Scholar desenvolveu algoritmos muito eficientes que permitem distinguir as diferentes manifestações de um mesmo artigo (preprints, versões, postprints etc.).

Além disso, o Google Scholar não apenas indexa repositórios, com também toda classe de sites, incluindo as páginas web das universidades. Estes documentos são invisíveis à maioria dos plugins analisados, que se restringem principalmente a repositórios, ao passo que o Google Scholar indexa todos os documentos que parecem ser acadêmicos, incluídos em sites com extensão: .edu.

Também é necessário ressaltar que os serviços do tipo Open Access button e aqueles que usam Oadoi.org e similares, não indexam artigos disponíveis no ResearchGate ou Academia.edu, devido às fortes suspeitas de que muitos destes documentos depositados pelos autores violam os acordos de direitos com os periódicos, porém são indexados pelo Google Scholar. Segundo um recente artigo4 do Scientometrics, estima-se que cerca de 40% dos PDFs depositados no ResearchGate violam os acordos de copyright.


A opinião de Ernesto Spinak, colaborador do SciELO​

Segunda Spinak, a quantidade de documentos em texto completo de acesso livre que é possível recuperar com estas ferramentas tem como limite superior o total indexado pelo Google Scholar e como limite inferior os documentos de acesso “legal” que se recuperam com OAIster e OA button etc.

Devido à extensa distribuição de documentos em milhares de lugares diferentes, e à falta de consistência das normas com que trabalham os agregadores de dados, o colaborador afirma que nenhum método é 100% confiável e nem consistente para encontrar todos os textos completos em acesso aberto.

Dado que estas ferramentas são muito novas, com apenas dois ou três anos de desenvolvimento, Ernesto indica  que Google Scholar button e Unpaywall button são as mais eficazes.


Fonte: Ernesto Spinak (Blog SciELO)
 

Publicado em 21/06/2017

Evento ‘Um dia com genômica no ensino médio’ discutirá avanços no sequenciamento de genomas, microbioma e metagenômica

Avanços no sequenciamento de genomas, microbioma e metagenômica são alguns dos temas em pauta no evento ‘Um dia com genômica no ensino médio’, realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), na sexta-feira, 23 de junho, das 9h às 13h, no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Pesquisadores do Instituto deixarão seus laboratórios para interagir com os estudantes em breves apresentações, com uma linguagem simples e objetiva. O objetivo é apresentar aos estudantes esse campo do conhecimento que vem alcançando importantes avanços científicos recentes. A iniciativa contará com transmissão pela internet (estará disponível aqui). Em caso de dúvidas sobre a transmissão, clique aqui.

As atividades, coordenadas pelo pesquisador Alberto Dávila, do Laboratório de Biologia Computacional e Sistemas do IOC, integram o Festival de Ciência promovido pelo Museu da Vida, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) - para mais informações, clique aqui. A iniciativa integra o Programa ‘IOC+Escolas’, que amplia ações de divulgação científica junto a escolas públicas do ensino fundamental e médio por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. O Programa abre espaço para iniciativas de pesquisadores e estudantes de pós-graduação Stricto sensu interessados em compartilhar conhecimentos e trazer o universo escolar para o ambiente do IOC.

Confira a programação abaixo:

• 9h – abertura
• 9h10 – Do DNA aos genomas: Luiza Pereira, Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose
• 9h45 – O genoma humano: Verônica Zembrzuski, Laboratório de Genética Humana
• 10h20 – Wolbachia e Aedes transgênico para o controle da dengue: Ademir Martins, Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores
• 10h55 – Pausa / pôsteres
• 11h25 – O genoma das superbactérias: Ana Paula Assef, Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar
• 12h – Diversidade genômica de vírus: Eduardo Volotão, Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental
• 12h35 – Olimpioma e MetaSUB a serviço da saúde: Lucia Elena, Laboratório de Hanseníase 
• 13h10 – encerramento

 Fonte: Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz

Publicado em 21/06/2017

Orçamento destinado ao setor Saúde é tema de debate no seminário ‘Saúde sem dívida e sem mercado’ na Fiocruz

Quais as possibilidades de contar com um orçamento generoso para o setor de saúde, de modo que o Sistema Único de Saúde (SUS) cumpra seus objetivos constitucionais? Que fontes alternativas de financiamento de políticas públicas podem ser utilizadas? Que estratégias podem ser adotadas para viabilizar esses recursos? Que cara deve ter esse SUS bem financiado? Para debater estas questões, o Centro de Estudos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp/Fiocruz) e o Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz) organizaram o seminário Saúde sem dívida e sem mercado. O evento acontece nos dias 21/7 e 28/7, às 13h30, no Salão Internacional da Ensp/Fiocruz.

Historicamente, o orçamento destinado à saúde tem sido insuficiente, e o cenário tende a se agravar com a Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece o congelamento dos gastos públicos por 20 anos.  Além disso, o SUS vem sendo objeto de estratégias privatizantes, mas há alternativas para que se amplie o orçamento do setor. O seminário vai explorar propostas como: a auditoria da dívida pública; a taxação progressiva da propriedade, da renda e do lucro; a revisão das desonerações e a mudança do modelo econômico.

No primeiro dia, 21/6, estarão reunidos na mesa Saúde: fontes de financiamento em disputa os especialistas Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Carlos Ocké-Reis, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Aquilas Mendes, professor da Universidade de São Paulo.  Eles deverão abordar as seguintes questões: o processo de crise atual do capitalismo e analisar, nesse contexto, o processo de privatização e subfinanciamento do SUS; as fontes alternativas de recursos e as estimativas do volume de recursos que poderia advir de cada fonte alternativa; e as forças de oposição à efetivação dessas alternativas.

No segundo dia do seminário, 28/6, a mesa Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado contará com o analista político Wladimir Pomar, a pesquisadora Eleonor Conill, da UFSC e do Observatório Ibero-Americano de Políticas e Sistemas de Saúde e o economista Francisco Funcia, assessor do Conselho Nacional de Saúde para orçamento do SUS, consultor da FGV e professor da USCS. Estarão em pauta: a conjuntura política atual e estratégias para a obtenção de mais recursos para as áreas sociais e a saúde a partir das alternativas apontadas; as mudanças na legislação e as prioridades a serem contempladas com os novos recursos para a concretização do SUS sem dívida e sem mercado e o correspondente orçamento.

Os palestrantes deverão dialogar, em suas apresentações, com o plano emergencial de governo lançado pelas Frentes durante o mês de maio. O seminário deverá resultar na produção de um documento a ser divulgado para especialistas do setor, gestores e, especialmente, para partidos políticos e organizações sociais, como subsídio para a elaboração de programas de governo para a área da Saúde. Terá transmissão via internet pelo blog: www.cee.fiocruz.br. Para mais informações: 21 3882-9133 / cee@fiocruz.br


PROGRAMAÇÃO

21/6

Saúde: fontes de financiamento em disputa
Aquilas Mendes (USP)
Maria Lucia Fatorelli (Auditoria Cidadã da Dívida Pública)
Carlos Ocké-Reis (Ipea)

28/6

Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado
Wladimir Pomar (WP Consultoria)
Eleonor Conill (UFSC, OIAPSS)
Francisco Funcia, economista (CNS,USCS, FGV)

Coordenação: Letícia Krauss (Fiocruz)


Fonte: Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz

Publicado em 14/06/2017

Turma 2017 conclui curso de Atualização em Manejo e Controle das Leishmanioses no INI

Capacitar profissionais de nível superior com informações atualizadas sobre aspectos clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e medidas de prevenção das Leishmanioses foi o objetivo do Curso de Atualização em Manejo e Controle das Leishmanioses do INI, que chegou em sua 15ª edição em 2017. Os quase 40 alunos matriculados, de dez estados brasileiros, tiveram uma intensa semana de aulas (5 a 9 de junho) e puderam aprender mais sobre essa grave doença negligenciada para reproduzir o conhecimento adquirido em seus ambientes de trabalho.

A coordenadora do curso, Aline Fagundes da Silva, lembrou que o curso foi criado em 2002 e ministrado anualmente. “Tivemos, ao todo, 15 turmas. Em 2015 não pudemos oferecer essa atualização por conta de uma greve na Fiocruz. Nesta edição de 2017, contamos com alunos do Pará, Amazonas, Amapá, Tocantins, São Paulo, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio de Janeiro, com quase 40 alunos matriculados e nossa expectativa é que eles se tornem multiplicadores de conhecimento em suas regiões”.

“O curso é um sucesso e começou voltado médicos e enfermeiros da rede de saúde e depois expandimos para outros profissionais, mas sempre direcionado para a atuação no manejo e controle de leishmanioses, principalmente para aqueles que trabalham na rede pública, hospitais, postos de saúde e laboratórios centrais de Saúde Pública (Lacens). A medida que o interesse aumentou, muito por conta da qualidade das aulas oferecidas aqui no INI, abrimos para alunos de pós-graduação. Então, a procura pelo curso passou a ser grande e nessa trajetória contamos com alunos de outras unidades da Fiocruz e de diversas instituições de pesquisa e ensino do país. Inclusive, já recebemos um aluno da Argentina”, destacou Aline.

Essa procura ocorre porque o tema é de extrema importância para a saúde pública brasileira. As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. Essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral, que afeta órgãos internos. “É uma doença presente em praticamente todos os estados da federação e, embora não tenha um número de casos comparável às arboviroses, por exemplo, ela tem uma gravidade importante. Os estudos e capacitações em leishmanioses humanas e animais no INI são realizados pelo Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish), chefiado pelo pesquisador Armando Schubach”, concluiu Aline.

Alunas destacam qualidade do curso

Regina Silvia Chaves de Lima, médica de Votuporanga, município brasileiro situado na região noroeste do estado de São Paulo, informou que veio fazer o curso no INI por conta do aparecimento da leishmaniose tegumentar na região. “Desde 2010 nós tivemos casos de leishmaniose visceral, inclusive com dois óbitos em idosos e isso me assustou muito. O que chamou minha atenção esse ano foi que apareceram dois casos de leishmaniose tegumentar e me fez ver que precisava me aprofundar no tema, esclarecer dúvidas e aperfeiçoar meu conhecimento acerca da doença”. Regina, que trabalha na Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, é uma das profissionais que responde pelo programa de Leishmaniose na região noroeste e recebeu o edital do curso através de e-mail. “Achei o conteúdo muito interessante, importante e que combinava com o que eu estava precisando para continuar meu trabalho. Consegui conciliar minha agenda de trabalho com essa semana de atividades e valeu muito a pena. Foram tantas informações que a impressão que dá é que é que nem sei por onde começar. Só a certeza de que há muito trabalho a ser feito quando voltar para minha cidade”, disse.

Já Nayma da Silva Picaneo, veterinária do Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá e também veterinária de zoonoses do município de Macapá, buscou a capacitação por conta de uma novidade, nem um pouco positiva, na sua cidade. “Faz um mês que liberamos o primeiro resultado de leishmaniose em um cão autóctone (natural da região ou do território em que habita). Então casou tudo. O convite chegou para nosso Lacen e eu aproveitei esse diagnóstico para vir ao INI. O curso supriu todas as minhas dúvidas, que eram inúmeras, porque eu tenho uma situação nova que é esse diagnóstico canino. Como não contei com apoio no meu município, busquei ajuda do Ministério da Saúde e foi através dele que consegui encaminhar minhas amostras para identificação do parasita aqui no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses do INI”.

A veterinária revelou que iniciou um inquérito epidemiológico nos animais da região de onde esse cão reagente se encontrava e, por conta disso, viu a necessidade de fazer o curso para melhor se capacitar. “A parte teórica foi excelente e em outra oportunidade pretendo voltar para fazer a parte laboratorial executada aqui no Instituto e reproduzir o que aprendi aqui em uma área que está com carência nessa temática”, encerrou.

Aula sobre tratamento das Leishmanioses tegumentares encerra curso

Na tarde do dia 9 de junho, o médico dermatologista e pesquisador do INI, Marcelo Rosandiski Lyra, ministrou a aula Atualização no tratamento das Leishmanioses tegumentares, encerrando assim a edição 2017 do Curso de Atualização em Manejo e Controle das Leishmanioses para profissionais de nível superior. De imediato, destacou que as Leishmanioses trazem graves repercussões sociais e possuem baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos por conta de serem negligenciadas, e que as drogas injetáveis existentes para tratamento podem resultar em diversos eventos adversos, colocando em risco a vida dos pacientes, caso sejam mal ministradas.

Entre algumas das pesquisas apresentadas por Marcelo estavam as experiências bem-sucedidas de três décadas realizadas no INI com a doença, através de esquemas alternativos de baixa dose da medicação antimoniato de meglumina, que acabou se comprovando um método eficaz e seguro. O Ensaio clínico fase III para leishmaniose tegumentar americana forma cutânea - Equivalência entre o esquema padrão e alternativo com antimoniato de meglumina, conduzido pelo próprio médico, em parceria com Mauricio Saheki, foi um dos focos da aula.

O trabalho avaliou 72 pacientes, sendo que metade recebeu 20mg da medicação por dia, por 20 dias, e a outra parte a dosagem de 5mg por 30 dias. O tratamento em baixa dose foi eficaz em quase 80% dos casos, contra os cerca de 94% daqueles que receberam alta dosagem de antimoniato de meglumina. Entre as conclusões apresentadas por Marcelo, destaca-se o fato de que os esquemas alternativos de baixa dose da medicação se mostraram eficazes e menos tóxicos no tratamento da leishmaniose naqueles pacientes com contraindicações ao uso da terapia sistêmica e em pacientes idosos. Conheça mais sobre o trabalho do INI com Leishmanioses aqui.

Esses resultados foram suficientes para que o Ministério da Saúde reconhecesse o tratamento como uma alternativa viável ao já preconizado, e está adotando essa nova prática em todo o país com a publicação, agora em 2017, do novo Manual de Leishmaniose Tegumentar Americana.

Fonte: Antonio Fuchs (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas)
 

Publicado em 07/06/2017

Oswaldo Cruz é tema de curso de inverno

Em 11 de fevereiro de 1917, morria aos 44 anos em sua casa de Petrópolis o cientista Oswaldo Cruz. Diretor do Instituto Oswaldo Cruz, responsável pelas primeiras campanhas bem-sucedidas de combate à febre amarela, sua trajetória se confunde com a história do ingresso do Brasil na era republicana e da emergência da saúde pública no país. Nestes 100 anos desde sua morte, quais são as implicações de suas atividades para o campo da história do Brasil e da saúde pública? Que representações da ciência e do país sua figura ainda nos remete? É sobre estas questões que o minicurso Oswaldo Cruz para Historiadores vai se debruçar.

Em sua segunda edição, o curso de inverno é voltado, especialmente, aos estudantes de graduação e recém-graduados na área de história, ciências sociais e cursos afins. São oferecidas 70 vagas.

Os interessados devem entregar a ficha de inscrição, um quilo de alimento não perecível e os documentos requeridos até o dia 30/6 na secretaria do Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS), na Avenida Brasil, 4.036 – Manguinhos, Rio de Janeiro. Na ficha de inscrição, disponível no link, estão as informações referentes aos documentos necessários e mais informações.

Promovido pelo Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz e pelo Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde, o curso é organizado pelos historiadores Kaori Kodama e Rômulo Andrade. As aulas acontecerão de 10/7 a 14/7, no Prédio da Expansão do Campus de Manguinhos. 

Confira a programação

1ª aula
As biografias na história das ciências: problematizando o mito de Oswaldo Cruz
10/7, das 13h30 às 17h
Professora: Nara Azevedo

2ª aula
A história das ciências na América Latina: trajetórias e problemas
11/7, das 13h30 às 17h
Professor: Marcos Cueto

3ª aula 
12/7 
Manhã: 9h30 às 12h
10h - Visita ao Castelo: leitura dramatizada do cordel "Castelo Fiocruz"
11h - Peça "O rapaz da rabeca e a moça Rebeca", seguida de roda de conversa, na Tenda da Ciência

Tarde: 13h30 às 17h
Revoltas populares, reformas e cientistas: o Rio de Janeiro na virada para o século XX
Professores Gisele Sanglard e André Felipe Candido

4ª aula
Na era do saneamento: a constituição da Saúde Pública e a política no Brasil republicano
13/7, das 13h30 às 17h
Professor: Gilberto Hochman

5ª aula 
De mosquitos e de febres na história do Brasil
14/7, das 13h30 às 17 horas
Professor: Jaime Benchimol

Mais informações
Tel.: (21) 3882-9170 ou 2590-5192
E-mail:  historiasaude@coc.fiocruz.br

Publicado em 01/06/2017

Convidados especiais: egressos dos cursos da Fiocruz celebram juntos os 117 anos da instituição

Doutores, mestres, técnicos e profissionais que se formaram na Fundação Oswaldo Cruz estiveram reunidos para celebrar os 117 anos da instituição. Convidados pela Presidência, participaram do “Encontro de Egressos dos Cursos da Fiocruz” no dia 31/5, às 10h, na Tenda Ciência, a convite da Presidência da instituição.

O papel do ensino na história da Fiocruz foi destacado pela presidente Nísia Trindade Lima. Ela iniciou sua apresentação exibindo duas fotos com pesquisadores renomados, que representam a qualidade da formação acadêmica na instituição. As imagens fazem parte da exposição “Manguinhos Revelado”, aberta no último dia 30, na Cavalariça da Fundação, no campus Manguinhos.

Nísia também comentou que é fundamental valorizar o relacionamento “de mão dupla” entre os egressos e a Fiocruz, fortalecendo sua atuação em rede. O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral Netto, também enfatizou este aspecto: “Desejamos manter uma relação permanente com quem passou por aqui”.

No evento, os egressos compartilharam suas experiências, relatando como a Fiocruz foi importante em sua formação acadêmica e pessoal, como o diretor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Paulo César de Castro Ribeiro: “A gente acredita na instituição como vetor de transformação social. Isso foi o que mais me marcou aqui dentro”, disse.

Além de promover o encontro entre os ex-alunos, o evento contou com a participação de atuais estudantes, que foram saudados pelo representante da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz-RJ (APG- Fiocruz), Lucas Nishida. Prova de que esta grande e centenária "escola" está sempre renovando seu compromisso com a educação.

Por Camila Martins | Fotos: Peter Ilicciev

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