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Publicado em 06/04/2018

Inscrições abertas para o primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde da Fiocruz

Criar projetos inovadores para falar sobre ciência a diferentes públicos é a meta do Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde, promovido Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação —, e pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia. O evento também conta com a colaboração do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, do Museu da Vida e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. A maratona, que acontece nos dias 4 e 5 de junho, é gratuita e está com inscrições abertas até 2 de maio.

Podem participar cientistas, jornalistas, designers, museólogos, educadores, pós-graduandos e outras pessoas interessadas em divulgação científica em saúde, independentemente de vínculo institucional. Não se trata de um curso ou de uma aula, mas de um exercício prático, no qual a interação entre os participantes é que vai enriquecer o processo. Ao final, dois projetos serão premiados pela Fiocruz com recursos de até R$ 25 mil.

Para se inscrever, os interessados devem descrever brevemente a ideia para um projeto de divulgação científica que tenha relação com o tema escolhido para o evento: “Todo cidadão faz uso da ciência – como as pesquisas científicas impactam a saúde da população e outros aspectos de sua qualidade de vida”. Serão selecionados 30 participantes.

Afinal, o que é o hackaton?

Tradicionalmente, hackaton é uma mistura dos termos 'to hack' (de fatiar, quebrar) e 'marathon' (maratona), geralmente utilizada para designar maratonas de programação computacional. Neste caso, o significado foi expandido para uma maratona de desenvolvimento de projetos inovadores de divulgação científica, que podem ou não ter caráter tecnológico.

Além do exercício de desenvolvimento de projeto, o Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde da Fiocruz promoverá também uma roda de conversa sobre divulgação científica e relatos práticos de experiências na área. Essas atividades serão abertas ao público em geral.

Consulte programação, perfil dos palestrantes, regulamento e link para inscrições aqui!

Para dúvidas e mais informações, entre em contato pelo e-mail: HackatonDC@fiocruz.br

 

Publicado em 28/03/2018

Fiocruz lança pós-graduação inovadora para o Complexo Econômico e Industrial da Saúde

Atualmente, a base produtiva do setor da saúde desempenha um importante papel para o desenvolvimento social e econômico do país. Reforçando seu compromisso com a consolidação da área, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança, no dia 3 de abril, a pós-graduação para o Complexo Econômico e Industrial da Saúde (PGCEIS). A formação multiprofissional é inovadora e se baseia na cooperação entre a unidade produtiva do CEIS e a Fiocruz. O novo curso receberá candidatos de diferentes áreas do conhecimento técnico-científico, que vão se dedicar a solucionar problemas enfrentados pelas empresas. Neste sentido, um aspecto interessante desta pós é que o ingresso será em fluxo contínuo, isto é, sem abertura de turmas, o que agilizará a execução do projeto.

O coordenador do Programa, Alejandro Correa diz que a iniciativa visa aproximar as várias competências desenvolvidas pela Fiocruz com a necessidade de qualificação de mão de obra para a indústria da saúde. "Buscamos articular as diversas áreas de pesquisa e ensino da Fundação com as necessidades das empresas. Para formar uma turma com essas características, foram necessárias algumas inovações que incluem projetos baseados em demandas da indústria, supervisão compartilhada entre um orientador acadêmico credenciado pelo PPGBB e um profissional qualificado indicada pela indústria, o ingresso em fluxo contínuo e a otimização da oferta de disciplinas”, comenta.

Além de gerar conhecimento, a Fiocruz é protagnista no desenvolvimento de produtos e processos com aplicação potencial, incluindo novas vacinas, medicamentos à base de plantas, métodos de diagnóstico e monitoramento da saúde do trabalhador, aumento do número de patentes brasileiras e aprimoramento do sistema de saúde nacional. O coordenador de Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, diz que a instituição contribui para formar e qualificar profissionais para o Complexo Econômico e Industrial da Saúde, promovendo e consolidando um conjunto de ações na área da saúde que se caracterizam numa estratégia para o desenvolvimento nacional. "O Sistema Único de Saúde deve garantir saúde a todos os brasileiros. Gerar conhecimento qualificado nesta área é fundamental para uma política efetiva de redução da dependência externa".

Durante o lançamento da pós, será apresentado o site da PGCEIS, no qual será possível acessar o edital de seleção.

Para ficar sempre por dentro do que está acontecendo, acesse a agenda do Campus Virtual Fiocruz.

Fonte: Renata Fontoura (ICC/Fiocruz Paraná)

Publicado em 10/04/2018

Programa de Mobilidade Acadêmica aceita inscrições até 22 de abril

De olho nos prazos! O edital de Mobilidade Acadêmica está aberto para envio de propostas até o dia 22 de abril.

O Programa de Mobilidade Acadêmica dá apoio financeiro para até 20 alunos, por ano, em nível de pós-graduação Stricto sensu. O objetivo é selecionar alunos de programas de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado da Fundação, que estejam regularmente matriculados e que tenham interesse em desenvolver projetos de pesquisa em suas unidades ou escritórios. Com isso, amplia-se a possibilidade de capacitação técnico-cientifica dos pós-graduandos, induzindo uma formação mais ampla e diversificada de profissionais da saúde.

Para participar, além de estar regularmente matriculado num programa de mestrado acadêmico, mestrado profissional ou doutorado, é preciso apresentar seu currículo e o de seu orientador atualizados na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).  

Para mais informações, acesse o edital completo* aqui. 

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: edu.internacional@fiocruz.br.

 

*Atualização em 11/04/2018.

Publicado em 03/04/2018

Não esqueça! Chamada para Pesquisador Visitante Sênior fica aberta até 8 de abril

Até o dia 8 de abril ficam abertas as inscrições para Pesquisador Visitante Sênior. Até lá, serão aceitos envios de propostas dos candidatos, via unidade/escritório proponente. 

O objetivo do edital é selecionar pesquisadores visitantes sênior para ampliar e dar densidade às atividades de pesquisa relacionadas à missão institucional articulada com o ensino, bem como com a assistência (ambulatorial, laboratorial) para unidades e escritórios da Fiocruz, instalados recentemente ou em áreas com menor densidade de cursos de pós-graduação stricto sensu.

A implementação do Plano de Atividades também visa captar recursos de forma independente, auxiliar a estruturação e fortalecer programas de pós-graduação nestas unidades, assim como a orientação de alunos de mestrado e doutorado.

Para saber mais, acesse o edital completo

Publicado em 16/03/2018

Mulheres que se constroem ao olharem as outras: aula inaugural da Fiocruz retrata o encarceramento feminino no Brasil

“É fácil reconhecer mulheres fortes. Elas são as que se constroem umas com as outras”. A mensagem que recebeu de sua aluna Raquel Viana foi mencionada pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, durante a abertura do ano letivo na Fundação – que aconteceu no Dia Internacional da Mulher (8/3). Com o tema Olhares femininos no cárcere, a aula inaugural promoveu um diálogo entre o estudo Nascer nas prisões, que teve a pesquisadora Maria do Carmo Leal (da Escola Nacional de Saúde Pública - Ensp/Fiocruz) como uma das coordenadoras; e a exposição Ausência, projeto autoral da fotógrafa Nana Moraes, que retratou mulheres presas.

O evento – coordenado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) – uniu professores, alunos e trabalhadores; ciência e arte; instituições públicas e a sociedade, provocando a reflexão sobre uma realidade social dura, complexa e injusta. O público lotou o auditório do Museu da Vida para assistir à aula que enfocou as condições de vida e de saúde da população encarcerada e também as relações das mulheres presas com seus filhos.


Políticas institucionais para fortalecer as políticas públicas

A presidente da Fiocruz comentou a importância do tema da aula inaugural para a área da saúde, destacando a importância da instituição no campo da educação e formação para o Sistema Único de Saúde (SUS). Nísia enfatizou a necessidade de construir agendas públicas. “Um projeto de país não pode descuidar da questão da equidade”, disse. Ela lembrou que a sociologia discute que “a prisão é um efeito dramático que expõe as vísceras da sociedade”.

Na ocasião, foram apresentadas iniciativas e ações no campo da educação na instituição. “Num momento de grande adversidade, como este que estamos passando, a preocupação da Fiocruz tem sido com a sustentação dos programas de pós-graduação e das atividades da instituição, no caminho de aprovar e também de avançar em políticas que de fato sejam efetivas e tenham impacto direto na sociedade”, afirmou Nísia.

Por sua vez, o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral Netto, lembrou que, apesar de avanços nos últimos anos, muito ainda tem que ser feito pela igualdade de gênero - não só na instituição, mas em todo o país, destacando a importância da luta diária contra todas as formas de discriminação. “Precisamos criar mecanismos que nos permitam encontrar novas formas de reduzir as desigualdades”.

Com o objetivo de articular as ações das diversas unidades da Fiocruz e fazer com que atendam à sociedade, Barral apresentou iniciativas na área da educação na Fiocruz, como o lançamento de editais de incentivo e fortalecimento do Programa de Integração e Divulgação Científica, a criação da Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional e a reedição do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. Clique aqui para saber mais sobre os editais.


Luta, resistência e construção de um novo tempo histórico

Participaram da aula como convidados: o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ), Roberto Leher; a presidente da Comissão da Mulher na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL) e o vereador do Rio, Reimont Luiz (PT). Ao falarem na abertura da cerimônia, todos destacaram o atual contexto histórico – marcado pelo acirramento político e diversas formas de intervenção e opressão social – e a necessidade de resistir para transformá-lo num novo tempo, mais inclusivo, igualitário e que represente o pleno exercício da democracia e da cidadania. Os convidados também destacaram o papel da Fundação e sua atuação em Manguinhos e na Maré, territórios marcados por desigualdades sociais, violência e violação de direitos humanos. 

Marielle disse: “Esse é um lugar pelo qual tenho muito apreço, muito carinho. Estando como presidente da Comissão da Mulher, penso que esse é um tempo de uma nova reflexão histórica, de um novo tempo histórico. Mulheres encarceradas, mulheres que ficam nas filas das prisões... Essa busca por diretos é pautada pela busca pelos direitos das mulheres. Nesse sentido, o tema da aula inaugural fala sobre a busca desse novo tempo histórico pela luta dos direitos humanos, num 8 de março que é um março de luta, de celebração. Eu sou das feministas históricas que agradecem às vozes que ocupam o lugar da resistência, desse lugar onde as mulheres são vítimas de estupro, da violência e precisam sim pensar numa nova sociedade. Como dizia Rosa Luxemburgo: que as flores nasçam do asfalto”.


Uma instituição comprometida com a equidade

O representante da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz (APG/Fiocruz), Jefferson Campos, falou sobre o processo formativo como lugar de inclusão. “Nossas pesquisas têm papel fundamental para garantir que as populações mais pobres tenham acesso ao tratamento indicado e a direitos. Nós, estudantes, precisamos ocupar novos espaços e levar adiante tais comprometimentos. Somente uma academia formada por olhares sociais diferentes poderá reconduzir o olhar sobre estas populações”, afirmou.  

A voz das mulheres reverberou na mesa de abertura. A representante do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, Maria Helena Barros, destacou a importância de ter, pela primeira vez em mais de um século uma mulher à frente da presidência da Fiocruz. “Precisamos agradecer a essas mulheres: a Maria do Carmo, que traz para dentro da academia pessoas que estão invisíveis, marginalizadas pela sociedade, e a Nana, que traz a leitura da arte e da poesia que existe dentro de toda mulher”, disse. Representando as trabalhadoras, a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychele Alves, leu uma mensagem da Fiocruz Pernambuco, afirmando: “Mulheres vamos florescer na diversidade”.


Nascer nas prisões

Uma das coordenadoras do estudo Nascer nas prisões, a pesquisadora Maria do Carmo Leal apresentou os principais dados da pesquisa. Foi a primeira vez que um estudo traçou o perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais das capitais do país, sendo possível conhecer as características e práticas relacionadas aos campos da atenção, gestação e parto durante a encarceramento. “O que a pesquisa mostrou é o sofrimento, a violação de direitos, entre outros pontos, que acabam atingindo não só essas mulheres, mas também seus filhos”, disse, destacando a grande vulnerabilidade destas mulheres. A pesquisa mostrou que 55% das mulheres tiveram menos consultas de pré-natal que o recomendado, 32% não foram testadas para sífilis e 4,6% das crianças nasceram com sífilis congênita. Foram ouvidas 241 mães e 200 grávidas: 45% com menos de 25 anos, 57% de cor parda, 53% com menos de oito anos de estudo e 83% com mais de um filho.

O trabalho da equipe que realizou o estudo ajudou a embasar a decisão inédita tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em fevereiro, de conceder habeas corpus coletivo a mães e gestantes que estejam em prisão preventiva, aceitando o argumento de que "confinar mulheres grávidas em estabelecimentos prisionais precários, subtraindo-lhes o acesso a programas de saúde pré-natais, assistência regular no parto e pós-parto, e ainda privando as crianças de condições adequadas a seu desenvolvimento, constitui tratamento desumano, cruel e degradante".


Desamadas

Dor. Saudade. Perda. Violência. Abandono. Perdão. Estas foram as palavras que Nana Moraes, fotógrafa e autora da exposição Ausência, usou em sua obra para retratar o sofrimento de mulheres presas e a manutenção dos vínculos familiares após o encarceramento. A exposição, segunda parte da trilogia Desamadas, foi criada para dar voz e forma a mulheres ditas “invisíveis” pela sociedade. A trilogia teve início em 2011, com o lançamento do livro Andorinhas, que narrava histórias de prostitutas de estrada. “Todas elas me falavam: não sou bandida. O que eu faço não é crime. Percebi ali que, mais estigmatizadas que as prostitutas, eram as mulheres presas”, afirmou.

Surgia então o Projeto Travessia, que deu origem à exposição. Nana levaria até a família das detentas uma foto atual delas e uma carta, e traria de volta uma foto da família e uma resposta à carta. Mas, antes, precisava que os familiares dessas presas autorizassem a ação. Das 17 famílias contatadas, apenas seis deram o aval. O material deste “reencontro” serviu de bordado para peças que toda casa abriga: cobertor, toalha de mesa, cortina, tapete, toalha de banho, manta de sofá. “Essas famílias foram rasgadas e descosturadas. Por isso, uni os retalhos com fotos, cartas e algumas palavras que li com frequência nas mensagens”, contou a fotógrafa.

Ela percebeu que, diferentemente dos homens presos, que sempre recebem visitas, mulheres presas tendem a ser trocadas por seus companheiros e, ainda, rechaçadas pela família. “A maioria delas é chefe de família. Quando uma é presa, suas famílias são destruídas imediatamente. Essas mulheres são punidas duplamente - como mães e como criminosas”, contou Nana. 


Olhares e vozes

O público participou da aula e o clima foi de emoção. Entre as falas, uma chamou a atenção: a de Rejane Barcelos. Mulher, negra, oriunda da comunidade e camelô, ela falou sobre o papel das instituições como a Fiocruz na redução das desigualdades sociais. “Acho importante chamar não só à reflexão, mas à ação, para não perpetuar esta situação das mulheres. Elas estão no presídio quando deveriam estar nas salas de aula, nos centros culturais. Não deveriam ser apenas objeto de pesquisa, mas terem condições para chegarem a ser pesquisadoras também. Do contrário, vamos continuar apenas produzindo estudos sobre mulheres da periferia em vez de transformar a realidade delas”, argumentou. Rejane falou também sobre racismo e escravidão. “Estas mulheres são chefes de família porque muitos homens negros também são presos e sofrem com o racismo da sociedade. Não temos acesso aos escritos libertários. Educadoras, profissionais da saúde e da cultura devem intervir nessa realidade para acabar com o isolamento de pessoas pretas, pobres e marginalizadas”, disse.

A presidente Nísia Trindade Lima encerrou a aula falando sobre a importância de refletir sobre as raízes da injustiça. “Esta aula mostra nossa indignação diante destes sofrimentos que são naturalizados. Precisamos somar vozes para combater a injustiça social que é, não só conjuntural, mas crônica”.

* Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) com informações de Leonardo Azevedo e Erika Farias (CCS/Fiocruz)

Publicado em 22/02/2018

Editora Fiocruz comemora 25 anos realizando o 1º Seminário Brasileiro de Edição Universitária e Acadêmica

Em maio de 2018, dentre as iniciativas em comemoração dos 25 anos da Editora Fiocruz, será realizado o 1º Seminário Brasileiro de Edição Universitária e Acadêmica e a 31ª Reunião Anual da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu). Com o tema central Edição acadêmica em perspectiva de diálogos, os eventos têm por objetivo promover reflexões, encontros e, principalmente, intercâmbios de saberes e práticas entre casas editoriais de instituições de ensino superior e institutos de pesquisa.

Serão debatidos temas como:

  • o livro acadêmico e seus conteúdos, seus leitores e mercados;
  • os distintos tipos de publicação científica, suas possibilidades, limites e incentivos;
  • os alcances dessas publicações;
  • os desafios de difundir local e globalmente o conhecimento que congregam;
  • cenários políticos e políticas para que melhores cenários sejam uma realidade.

A programação começará no dia 22 de maio, no campus sede da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ). Após os Diálogos de abertura, que trarão visões contemporâneas sobre os papéis do livro, os participantes vão subir a serra até Petrópolis, conhecida como Cidade Imperial. Com variadas rodas de conversa e atividades culturais, a programação seguirá até o dia 25 de maio no Palácio Itaboraí.

Confira a programação completa aqui.

Por Fernanda Marques (Editora Fiocruz)

Publicado em 25/01/2018

Educação aberta: centro europeu de pesquisa lança duas publicações que contribuem para a adoção de políticas públicas

Duas publicações sobre educação aberta foram lançados pelo Joint Research Centre (JRC) (Centro de Pesquisa Conjunta, em tradução livre). O JRC é o serviço de ciência e conhecimento da Comissão Europeia, que emprega cientistas de diversas áreas para realizar pesquisas que ofereçam apoio e aconselhamento científico independente à política da União Europeia (UE).

"Going Open" e "Policy Approaches to Open Education" ("Abordagens políticas para a educação aberta") resultam de um ano e meio de trabalho dos pesquisadores da JRC. Os relatórios tratam de políticas públicas adotadas e recomendadas por ministros da educação, pesquisadores e especialistas de toda a Europa, em prol da educação aberta (saiba mais sobre o conteúdo de cada estudo no fim da matéria).

O que é educação aberta?

De acordo com o projeto OpenEdu da JRC (2016), educação aberta é "Uma forma de educar, que se utiliza muitas vezes de tecnologias digitais. O objetivo é ampliar o acesso e a participação de todos, removendo barreiras e tornando a aprendizagem acessível, abundante e customizável para todos. A educação aberta oferece múltiplas formas de ensino e aprendizagem, construção e compartilhamento de conhecimento. Fornece também uma variedade de rotas de acesso à educação formal e não formal e liga ambas". 

Sendo assim, o conceito de educação aberta consiste numa educação mais colaborativa e coletiva, transparente e inclusiva. Através de políticas neste sentido, as instituições de ensino podem aumentar a qualidade e eficiência da educação, além de promover a igualdade. Uma das práticas que os países europeus vêm estudando e aplicando no ensino aberto é a da modernização da educação, por meio do uso da tecnologia e recursos digitais para oferecer amplo acesso à educação.

Saiba mais sobre o conteúdo dos relátorios e acesse os documentos completos

Going Open: traz recomendações de ações e medidas que podem ser aplicadas nos níveis regional, nacional e continental. Busca também oferecer uma visão ampla da educação aberta, como um conceito que pode nortear ações em diferentes níveis da sociedade e não apenas nas instituições de ensino. Os leitores encontrarão uma ferramenta com dez dimensões da educação aberta (foto), que podem ser adaptadas de acordo com sua realidade, estrutura e necessidades:

  • Dimensões centrais: acesso, conteúdo, pedagogia, reconhecimento, colaboração, pesquisa.
  • Dimensões transversais: estratégia, liderança, tecnologia e qualidade.

Policy Approaches to open education: apresenta estudos de caso de 28 países-membro da UE, contando como cada um deles lida com a educação aberta. A pesquisa resultou na identificação de quatro tipos principais de políticas:

  • Políticas que se concentram especificamente na abertura de educação através da promoção de recursos educacionais abertos (OER) e práticas educativas abertas (OEP).
  • Políticas relativas às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), em geral, para aprender com algum componente de educação aberta.
  • Políticas educacionais estratégicas abrangentes com algum componente de educação aberta.
  • Políticas projetadas como Planos de Governo Abertos nacionais com algum componente de educação aberta.

Por Flávia Lobato e Raphaela Fernandes (Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 04/12/2017

Alunos e orientadores celebram com alegria a conquista do 1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses

Reconhecimento institucional, aprendizado e crescimento pessoal, e o melhor da tradição da Fiocruz: a valorização dos campos da ciência, pesquisa e educação em saúde. Essa foi a tônica durante a cerimônia de entrega do 1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. A iniciativa, conduzida pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), foi celebrada pelos doutores e seus orientadores, homenageados no dia 4 de dezembro, às 9h, no Auditório do Museu da Vida.

O coordenador da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz (APG-Fiocruz), Jefferson Campos, o vice-presidente Manoel Barral, e a presidente Nísia Trindade Lima estiveram juntos na mesa de abertura.

Potência dos estudantes e reconhecimento institucional

Jefferson falou sobre a importância do reconhecimento institucional aos estudantes de uma forma ampla, não só em relação à sua potência acadêmica. “É importante aprofundar os processos de formação e participação contínua, o papel político e estratégico dos pós-graduandos na Fundação”, afirmou. Neste sentido, lembrou que o Congresso Interno contará na edição deste ano com representação dos estudantes e também que a APG-Fiocruz acaba de conquistar um espaço junto com o novo Centro de Apoio ao Discente.

Contribuição de alto nível para o campo da saúde

O vice-presidente Manoel Barral, por sua vez, destacou o diferencial do Prêmio. “Pedimos aos candidatos que escrevessem sobre a importância da sua tese para o campo da saúde como um todo e também que indicassem a contribuição do trabalho na perspectiva da comunicação social. Mais do que estimular o avanço do conhecimento, esta iniciativa tem o objetivo de fazer avançar o campo da saúde”.

Barral também mencionou a altíssima qualidade dos trabalhos apresentados em quatro categorias. “Sabemos que as regras permitem até que a banca não indique vencedores. Mas, felizmente, já nesta primeira edição do Prêmio começamos de uma forma muito sólida, com trabalhos de altíssima qualidade. Isso sinaliza o nível exigido nas próximas edições”, disse. Ele agradeceu à Coordenação Geral de Educação, especialmente a sua coordenadora Cristina Guilam, a Eduarda Cesse e Isabella Delgado, que se dedicaram à plena realização desta iniciativa.

Além disso, anunciou que está sendo desenvolvida uma área de prêmios e homenagens no Campus Virtual Fiocruz e de divulgação de vídeos produzidos pelo Canal Saúde com esta finalidade.

Autoavaliação, legado e atualização da agenda Fiocruz

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou que a premiação é uma oportunidade de refletir sobre os rumos da pós-graduação da Fiocruz, cujos programas têm garantido a elevação das notas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência de fomento, vinculada ao Ministério de Educação. “Também acredito que o espírito do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses está na capacidade de autoavaliação dos alunos e dos professores, modelo que já vem sendo bastante adotado internacionalmente”, afirmou.

Ela lembrou que esta primeira edição coincide com o Ano Oswaldo Cruz, que relembra o centenário do falecimento do fundador da instituição. “Estamos também reverenciando o legado que ele nos deixou e de atualizando a agenda Fiocruz de ciência, pesquisa e educação, tripé que assenta esta casa, pensando também em inovação”.

Premiados celebram iniciativa em clima de alegria

O Prêmio Oswaldo Cruz de Teses contemplou vencedores de quatro áreas temáticas e entregou menções honrosas a seis estudantes e seus orientadores. Do palco, falaram com alegria sobre a premiação, destacando a valorização dos estudantes, as novas oportunidades que se abriram, as experiências de campo que dialogam com os cientistas da Fiocruz e os processos de aprendizado, crescimento e de transformação pessoal.

Durante o evento, também foram homenageados os estudantes da Fiocruz que se destacaram no Prêmio Capes de Tese 2017. Nísia lembrou que entrega do grande prêmio da Capes acontecerá no dia 7 de dezembro e que está na torcida para que mais uma vez seja reconhecida a diversidade da produção da Fiocruz e sua contribuição às ciências e aos direitos no país.

A presidente também falou sobre o programa de mobilidade acadêmica, que promove o “equilíbrio entre os vários institutos da Fiocruz e sua contribuição para o SUS e a democracia”.

Por fim, Nísia anunciou que no ano que vem será lançado um programa de bolsas de incentivo e a recém-doutores.

1º Prêmio Oswaldo Cruz de Teses (2017)

Saúde Coletiva
1º lugar: Mauricio Lisboa Nobre
Orientadora: Euzenir Nunes Sarno
Tese: Estratégias para bloquear a transmissão da hanseníase em município hiperendêmico – Mossoró/RN

Medicina
1º lugar: Bruno Jorge de Andrade Silva
Orientadora: Roberta Olmo Pinheiro
Tese: Mecanismos de regulação autofágica em pacientes com hanseníase e seu papel na imunopatogênese da reação reversa em pacientes multibacilares

Ciências Biológicas Aplicadas à Saúde e Biomedicina
1º lugar: Caroline Xavier de Carvalho
Orientador: Milton Ozório Moraes
Tese: Influência genética durante a infecção por dengue: polimorfismos de base única associados a dengue grave e seus efeitos funcionais

Ciências Humanas e Sociais
1º lugar: Gabriel Lopes Anaya
Orientadora: Magali Romero Sá
Tese: Anopheles Gambiae: do invasor silencioso ao "feroz mosquito africano" no Brasil (1930-1940)

Menções honrosas
Beatriz Coronato Nunes (IOC); Carla Costa Garcia (Icict); Dhelio Batista Pereira (INI); Raquel Martins Lana (Ensp); Sheila Soares de Assis (IOC); Renata dos Santos Almeida (Fiocruz Pernambuco)

Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) |  Fotos: Peter Ilicciev

Publicado em 29/11/2017

Fiocruz Brasília promove workshop sobre Contribuições da Bioinformática para Leishmaniose

Nesta quinta-feira, dia 30 de novembro, a Fiocruz Brasília promove por meio do Colaboratório Ciência, Tecnologia e Sociedade, o workshop Contribuições da Bioinformática para Leishmaniose. A programação, que tem início às 8h30, conta com apresentações de pesquisadores das unidades da Fiocruz em Brasília, Rondônia, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, além de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Butantan.

A pesquisadora Tainá Raiol espera que o worskhop promova a interação entre pesquisadores das duas áreas, com compartilhamento de conhecimento e desenvolvimento de pesquisas colaborativas para se melhorar o quadro epidemiológico da doença no Brasil.

A atividade é gratuita, aberta ao público e será realizada no auditório interno da instituição. As inscrições podem ser realizadas até esta quarta-feira (29/11). Clique aqui.

O evento também será transmitido ao vivo pelo facebook da Fiocruz Brasília (saiba mais).

Leishmaniose

As leishmanioses atingem cerca de 12 milhões de pessoas em 98 países, e há 350 milhões sob o risco de infecção, em especial em regiões pobres. Os casos são associados a má nutrição, moradia precária e deficiência imunológica.

A bioinformática é utilizada há mais de 10 anos para processar e analisar grandes volumes de dados em saúde, possibilitando a integração de resultados de diferentes pesquisas pelo mundo. Desde a publicação do genoma da Leishmania major em 2005, foi iniciada a era pós-genômica no estudo desses parasitas. Impulsionados pelos avanços tecnológicos nos métodos de Biologia Molecular e Bioinformática, projetos genomas estruturais e funcionais estão em desenvolvimento, e com potencial para derivarem outras pesquisas científicas a partir de seus resultados.

Workshop Contribuições da Bioinformática para Leishmaniose

Data: 30 de novembro
Horário: a partir das 8h30
Local: Auditório Interno da Fiocruz Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A, SC4, Brasília-DF - CEP: 70910-900)
Tel.: (61) 3329-4501

Mais informações:
Assessoria de Comunicação da Fiocruz Brasília
Tel.: (61) 3329 4581 | 99955-7854
E-mail: ascombrasilia@fiocruz.br

Fonte: Fiocruz Brasília (Mariella de Oliveira-Costa) | Foto: Suzana Côrte Real (IOC/Fiocruz)

Publicado em 28/11/2017

Seminário debate acessibilidade em comunicação, informação e saúde

O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz) realiza, no dia 30 de novembro, das 9h às 12h30, o seminário Dois anos do Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade do Icict/Fiocruz: experiências e novos desafios para comunicação, informação e saúde, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

O objetivo é discutir os desafios para a realização de pesquisa e o desenvolvimento de práticas comunicacionais e informacionais acessíveis em saúde, reunindo diferentes experiências para a inclusão e a garantia dos direitos de pessoas com deficiência. Conteúdos como os resultados da pesquisa Compreensão de conteúdo multimídia na web por deficientes auditivos pré-linguísticos: um estudo de caso com campanhas de saúde, o processo de implementação de acessibilidade no Portal Dataprev e os desafios para acessibilidade a pessoas cegas em serviços de atendimento em saúde estão entre os temas a serem abordados.

O evento marca o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, e comemora também o segundo aniversário do GT Acessibilidade do Icict/Fiocruz. Participam do debate: Alexandre Clécius (instrutor e intérpretes de Libras); Virgínia Vendramini (artista plástica e professora aposentada); Ney Cavalcante (professor e coordenador da Alumni Coppead e ESPM); e Fabio Gameleira (Analista de Tecnologia da Informação da Dataprev).

O seminário contará com intérpretes da Língua Brasileira de Sinais(Libras) e terá transmissão online pela VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. Para participar, é necessário se inscrever pelo site de eventos do Icict/Fiocruz.

Seminário Dois anos do Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade do Icict/Fiocruz: experiências e novos desafios para comunicação, informação e saúde
Data: 30 de novembro de 2017
Horário: 9h às 12h30
Local: Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro
Transmissão online: www.youtube.com/videosaudefio

Fonte: Icict/Fiocruz | Foto: Flickr Agência Brasília

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