Estão abertas até 15/5 as inscrições para o Curso de Especialização em Gestão de Redes de Atenção à Saúde, na modalidade à distância. Há 600 vagas para profissionais de nível superior que atuem como gestores ou técnicos, nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), além de profissionais e professores das áreas de planejamento e gestão em saúde de todo o Brasil. A especialização é oferecida pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) e coordenada pela pesquisadora Rosana Kuschnir.
Em sua última edição, o curso recebeu 25 mil inscrições online. Rosana diz que a procura mostra a importância da área: “Este curso é fruto de parceria da Ensp/Fiocruz com o Ministério da Saúde. O objetivo é dar suporte à constituição de redes de atenção, estratégia central para o alcance dos objetivos do SUS, buscando garantir atenção integral e de qualidade, além de maior eficiência na produção do cuidado. O foco é em planejamento e gestão, especialmente nas dimensões de diagnóstico e desenho de estratégias de intervenção, organização da atenção e sua gestão, com ênfase na utilização de mecanismos de coordenação".
O curso visa apoiar a política de constituição de redes e de (re)instituição do espaço regional, por meio de formação de concepção sistêmica, propiciando a compreensão do processo de construção das redes em suas diferentes dimensões, e da provisão de base conceitual e instrumental que habilite ao planejamento e gestão de redes de atenção à saúde.
De acordo com a coordenadora, a avaliação dos ex-alunos e a qualidade dos trabalhos de conclusão de curso apresentados têm demonstrado o alcance dos objetivos. "Estamos imensamente orgulhosos de nossos alunos e da nossa equipe de tutores e orientadores de aprendizagem", diz.
Confira o edital e o link de inscrição.
Fonte: Ensp/Fiocruz
Começaram hoje (5/5) as aulas do Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE). O curso, oferecido em rede nacional, visa formar profissionais de saúde que atuam na Saúde da Família/Atenção Básica nos diversos municípios brasileiros, e também estimular a produção de novos conhecimentos e inovações na atenção básica no país. Reunindo 18 instituições de ensino e pesquisa que atuam no Brasil, o PROFSAÚDE é uma proposta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), sob a liderança da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A Coordenação Acadêmica Nacional é compartilhada por Luiz Augusto Facchini (Abrasco), Maria Cristina Rodrigues Guilam e Carla Pacheco Teixeira (ambas da Fiocruz).
Segundo Guilam, esta iniciativa contribui de forma significativa para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), na medida em que integra instituições acadêmicas e gestores da saúde pública considerando as diversidades regionais e locais. "O PROFSAÚDE é conduzido por docentes qualificados e titulados na área, que atuam como preceptores na formação de médicos, enfermeiros, dentistas e outros profissionais de saúde. Por isso, tem um forte conteúdo de educação. Uma característica importante do curso é ter o SUS como campo de prática. Sendo assim, a experiência profissional do aluno é muito valorizada".
Dada sua abrangência, o PROFSAÚDE é um curso semipresencial: são 832 horas em trabalho online e 128 horas para desenvolver trabalhos em encontro físico-presencial com os participantes de cada uma das universidades. Para isso, as atividades de educação à distância serão desenvolvidas na plataforma de cursos do Campus Virtual Fiocruz, como explica o consultor em tecnologias educacionais, Eduardo Xavier. “Com o lançamento do Campus Virtual Fiocruz no ano passado, a Fiocruz ampliou a sua capacidade de ofertar cursos à distância com base no uso do software livre Moodle. Este software livre favorece as ações educativas em rede, já que professores e alunos podem se integrar num ambiente virtual de aprendizagem, podendo trocar conhecimentos de forma simultânea e colaborativa. No caso do PROFSAÚDE, essa escolha é particularmente importante, uma vez que a Fiocruz está atendendo a várias turmas formadas por alunos de diversas instituições e estados brasileiros". Ele lembra ainda que a iniciativa demonstra a capacidade de articulação da Fiocruz e de seus diversos parceiros, como a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).
Sobre o Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE)
Com a chancela da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Fiocruz, trata-se de uma proposta de curso em rede nacional, que reúne 18 instituições de ensino e pesquisa que atuam no Brasil.
O objetivo do mestrado é formar profissionais de saúde que atuam na Saúde da Família/Atenção Básica nos diversos municípios brasileiros. O PROFSAÚDE também tem o papel de estimular a produção de novos conhecimentos e inovações na atenção básica no país, considerando as diversidades regionais e locais, ao integrar instituições acadêmicas e gestores da saúde pública.
Com isso, espera-se contribuir para iniciativas defensoras do Sistema Único de Saúde (SUS), afirmando os valores constitucionais de universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação social. O programa visa favorecer a superação de obstáculos estruturais, para consolidar a Estratégia de Saúde da Família como política pública efetiva e que também está alinhado aos objetivos do Programa Mais Médicos.
O Mestrado Profissional em Saúde da Família tem duração mínima de 18 meses e máxima de 24 meses, com carga horária total de 960 horas. São 42 créditos distribuídos entre 32 créditos para as disciplinas obrigatórias (480 horas) e 10 créditos para disciplinas eletivas (150 horas) e 22 créditos para dissertação (330 horas).
Contato
Professores e alunos que precisarem esclarecer dúvidas sobre a plataforma de cursos do Campus Virtual Fiocruz, devem enviar um e-mail para: suporte.campus@fiocruz.br
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participou hoje (19/4) do Encontro de Parceiros Globais da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs). O evento, realizado na sede da Organização, em Genebra, marca o lançamento do 4º Relatório da OMS sobre Doenças Tropicais Negligenciadas.
Representantes de estados membros, agências doadoras, fundações, o setor privado, organizações não governamentais, academia, entre outros, participaram do encontro. Entre os destaques estão a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, os ministros da saúde de vários países e o copresidente da Fundação Bill e Melinda Gates, Bill Gates. Na ocasião, foi feito um balanço dos avanços na área avanços na área na última década e planejadas ações que podem ser tomadas pela comunidade internacional após 2020.
Segundo a OMS, o tema Colaborar. Acelerar. Eliminar resume “uma colaboração informal exemplar com a OMS desde a realização do primeiro encontro de parceiros em 2007, que marcou um ‘ponto de virada’ nos esforços globais para controlar e eliminar doenças relacionadas a pobreza”.
A presidente da Fiocruz participou de dois painéis: a mesa Colaborar sobre progressos e desafios na área de DTNs nos últimos dez anos e Cobertura de saúde universal e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Além de participar da reunião, Nísia se reuniu com dirigentes da Fundação Gates, com funcionários brasileiros da Organização Mundial de Saúde e com membros do corpo diplomático brasileiro.
Durante a abertura do evento, Nísia disse ser "importante pensar em populações negligenciadas, mais do que em doenças negligenciadas. O setor sanitário precisa atuar em coordernação com outros setores, garantindo acesso gratuito a serviços de qualidade, que levem à promoção e à educação da saúde".
Rede de parceiros da Fiocruz oferece cursos sobre Doenças Tropicais Negligenciadas
A Fiocruz é parceira da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e seu Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP) e da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). Esta rede oferece diversos cursos sobre doenças tropicais negligenciadas, tanto em português como em espanhol e inglês.
Confira abaixo os cursos disponíveis e em desenvolvimento
Português
Espanhol
Inglês
Cursos em desenvolvimento
Com informações de André Costa (CCS/Fiocruz)
O prazo para envio de propostas para a Seleção Pública de Professores-Pesquisadores Visitantes Seniores vai até amanhã 18/4 (terça-feira). Serão disponibilizadas até seis bolsas para projetos que contribuam na estruturação e fortalecimento de programas de pós-graduação com base em projetos de pesquisa para uma das seguintes unidades/escritórios: Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia.
As propostas devem ser enviadas exclusivamente pela internet, em arquivo PDF, para: cgpg@fiocruz.br.
Mais informações
Tel.: (21) 3885-1607
E-mail: cgpg@fiocruz.br
Fonte: CCS/Fiocruz
O Ministério da Educação (MEC) publicou, no Diário Oficial da União (13/3), o credenciamento da Escola de Governo da Fiocruz pelo prazo de oito anos. A Portaria N.º 331/2017 regulariza a oferta de cursos de pós-graduação Lato sensu, presenciais e a distância, oferecidos pelas unidades da instituição — que, a cada ano, oferece cerca de 50 cursos Lato sensu. Em 2016, mais de 5 mil estudantes concluíram a especialização na Fundação.
O credenciamento garante a validade de todos os certificados de cursos Lato sensu emitidos pela Fiocruz até hoje. Além disso, garantirá maior governabilidade institucional para o planejamento da oferta de cursos da modalidade, possibilitando a definição de metas institucionais para este segmento do ensino.
Acesse a área de cursos de especialização do Campus Virtual Fiocruz
Integração
O processo de credenciamento foi iniciado em maio de 2015, sendo coordenado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), com participação de profissionais de diferentes áreas e unidades da instituição. Em setembro de 2016, a Secretaria de Regulação do Ensino Superior (Seres/MEC) encaminhou parecer favorável ao credenciamento da Fundação como Escola de Governo ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Durante todo o processo, foram realizadas oficinas e ações integradas entre a VPEIC e as unidades.
Em encontros realizados com representantes da comunidade da Fundação, avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já tinham destacado a forma como a Fiocruz se preparou para o processo, ressaltando a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional 2016-2020 e o engajamento demonstrado pelos trabalhadores da instituição de diversos segmentos.
Comissão Própria de Avaliação (CPA)
Um fruto importante deste processo foi a criação da Comissão Própria de Avaliação (CPA), responsável por coordenar e implementar o processo de autoavaliação institucional relacionada à oferta de cursos de pós-graduação Lato sensu pelas unidades da Fundação. O órgão tem uma página no Portal Fiocruz: portal.fiocruz.br/cpa. Nessa área, é possível conhecer um pouco mais sobre a Comissão: sua estrutura, composição e competências, além de ter acesso a documentos relacionados ao trabalho da CPA.
Clique aqui para ter acesso à Portaria e aqui para a retificação publicada no dia 6/4.
Fonte: Leonardo Azevedo (CCS/Fiocruz)
Nos dias 27/3 e 28/3, autores e professores do Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE) participaram de uma Oficina, organizada pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O encontro foi realizado na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro, e reuniu cerca de 150 pessoas: responsáveis nacionais, autores dos cursos, professores das 18 instituições associadas ao PROFSAÚDE, incluindo o corpo docente da Fiocruz em todo o país, e coordenadores locais da iniciativa.
À frente da Coordenação Acadêmica Nacional, Maria Cristina Guilam comenta o objetivo da Oficina. “O PROFSAÚDE será todo à distância. Então, buscamos ter este momento de integração entre os colaboradores para que eles possam perceber que fazem parte de um corpo único”.
Na primeira parte do encontro, autores e professores das disciplinas tiveram a oportunidade de conhecer a concepção pedagógica, a estrutura do curso e o papel do regente. Num segundo momento, foram formados grupos de trabalho que discutiram a integração e a organização de disciplinas. A professora Vera Lucia Kodjaoglanian, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, mostrou-se satisfeita com a troca de experiências, que considera fundamental diante de um grande projeto como o PROFSAÚDE. "Graças ao envolvimento de todos os atores que trabalharam para elaborar a disciplina, desenvolvemos o sentido de pertencimento ao grupo. Também foi uma oportunidade para ampliar nossa visão do conteúdo interno a ser trabalhado e tirar dúvidas. Como havia regentes das mais diversas regiões do Brasil, pudemos conhecer outras estratégias, considerando os diferentes contextos apresentados. Compartilhamos saberes e fazeres, e ajustamos, coletivamente, o plano de ensino", afirmou.
O encontro foi encerrado com uma mesa para alinhamento dos encontros presenciais.
As aulas do PROFSAÚDE estão previstas para começar no dia 5/5.
Sobre o Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE)
Com a chancela da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Fiocruz, trata-se de uma proposta de curso em rede nacional, que reúne 18 instituições de ensino e pesquisa que atuam no Brasil.
O objetivo do mestrado é formar profissionais de saúde que atuam na Saúde da Família/Atenção Básica nos diversos municípios brasileiros. O PROFSAÚDE também tem o papel de estimular a produção de novos conhecimentos e inovações na atenção básica no país, considerando as diversidades regionais e locais, ao integrar instituições acadêmicas e gestores da saúde pública. Com isso, espera-se contribuir para iniciativas defensoras do Sistema Único de Saúde (SUS), afirmando os valores constitucionais de universalidade, integralidade, equidade, descentralização e participação social.
À frente da Coordenação Acadêmica Nacional estão Luiz Augusto Facchini (Abrasco), Maria Cristina Rodrigues Guilam e Carla Pacheco Teixeira (ambas da Fiocruz). O programa visa favorecer a superação de obstáculos estruturais, para consolidar a Estratégia de Saúde da Família como política pública efetiva e que também está alinhado aos objetivos do Programa Mais Médicos.
O Mestrado Profissional em Saúde da Família tem duração mínima de 18 meses e máxima de 24 meses, com carga horária total de 960 horas. São 42 créditos distribuídos entre 32 créditos para as disciplinas obrigatórias (480 horas) e 10 créditos para disciplinas eletivas (150 horas) e 22 créditos para dissertação (330 horas).
O curso é semipresencial: do total de 960 horas, 832 horas são desenvolvidas em trabalho online e 128 horas para desenvolver trabalhos em encontro físico-presencial com os participantes de cada uma das universidades.
As atividades EAD serão desenvolvidas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Open Source Moodle (Modular Object Oriented Distance Learning – Objeto Modular Orientado ao Ensino a Distância), por ser um software livre de ambiente colaborativo de aprendizagem, que possibilita ações educativas compartilhadas através da utilização de tecnologia, onde todos sujeitos envolvidos podem atuar simultaneamente. Este software pode ser utilizado em qualquer sistema operacional, além de ter as características da adaptabilidade e usabilidade.
É o momento de escrever a história do futuro, pensar metodologias ativas que estimulem, provoquem e promovam de fato o aprendizado. Em síntese, este é o desafio a ser superado na educação em saúde, como destacou o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto, durante aula inaugural que abriu o ano letivo da Escola Fiocruz de Governo no dia 22/3. “Estamos capacitando pessoas para responder provas e não para ação”, criticou ele, ao apresentar dados da publicação “Mestres e Doutores-2014”. Segundo as informações da publicação, 50% dos mestres e doutores formados no Brasil estão em atividade educacional. “Mas não foram preparados para tanto, não se discute uma pedagogia mais moderna, repete-se a velha fórmula: aluno sentado, professor falando”, disse o vice-presidente.
Barral apresentou aferições de atividades cerebrais feitas por um estudo que acompanhou estudantes de engenharia. O pico das atividades ocorre em aulas de laboratórios, seguida por ações em casa e, por último, na sala de aula, onde a atividade registrada é mínima, quase uma linha contínua. Ele citou o “caso Fátima”, de uma aluna americana, aprovada com boas notas em diversas matérias, inclusive química, mas que não soube responder algumas questões propostas por examinadores durante um estudo. Questionada sobre como obteve boas notas, Fátima disse que o professor mudava a entonação da voz quando o assunto estaria na prova. Ela decorava as respostas. “Não importa o tempo de permanência na escola, mas o quanto se aprende”, observou.
No ano passado, a Fiocruz titulou 159 doutores, número superior ao de muitos países da América Latina em todos os campos do conhecimento. Barral destacou que o esforço deve prosseguir, mas que também é preciso olhar com atenção os diferentes níveis do setor de saúde, pois as qualificações necessárias para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) devem estar na mira da Fiocruz. O vice-presidente citou que uma tese defendida na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) apontou que 15 secretarias estaduais de saúde relataram carência de recursos humanos especializados em vigilância sanitária. "Para atender essa demanda, só uma expansão em larga escala com educação à distância, modernização pedagógica e avaliação constante", afirmou.
A mesa de abertura do ano letivo da Escola Fiocruz de Governo foi composta por Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz; Manoel Barral-Netto, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz; Gerson Penna, diretor da Fiocruz Brasília e Fabiana Damásio, diretora executiva da Escola.
A presidente lembrou que ciência, saúde e educação são eixos norteadores da Fiocruz. Ela destacou que a educação deve ser pensada de uma forma mais global. "É importante compreender a Fiocruz como um projeto coletivo, na sua relação com o território e na construção efetiva da cidadania. O SUS é expressão de um projeto civilizatório", destacou.
A diretora executiva da Escola Fiocruz de Governo, Fabiana Damásio, deu boas-vindas aos alunos dos cursos de mestrado profissional em Políticas Públicas em Saúde e aos de especialização em Saúde Coletiva. Já o diretor da Fiocruz Brasília, Gerson Penna, informou que, em 2016, cerca de 79,6 mil pessoas passaram pela Escola Fiocruz de Governo participando de cursos, seminários e atividades internas e externas.
Transmitida ao vivo pelo facebook da Fiocruz Brasília, a aula inaugural teve mais de mil acessos e pode ser vista através deste link. Assista!
Fonte: Valéria Vasconcelos Padrão (Ascom/Fiocruz Brasília)
Até o dia 17/3 (sexta-feira) a meia-noite, estão abertas as inscrições para o curso Foresight: métodos e aplicações em ciência, tecnologia e inovação, cujo objetivo é formar profissionais da instituição nas técnicas e ferramentas dos estudos de futuro. O curso é oferecido pelo Centro de Estudos Estratégicos (CEE) e a Escola Corporativa, ambos da Fiocruz, em parceria com o Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação da Universidade de Campinas (Geopi/Unicamp).
O foresight é uma abordagem metodológica adotada por organizações de pesquisa, governos e empresas em todo o mundo, na produção de informação qualificada para gestão estratégica e planejamento de longo prazo. Esses estudos ampliam a capacidade institucional de dialogar com a sociedade e influenciar cenários positivamente.
Sobre o curso
O curso vai apresentar e discutir a origem, os conceitos e a finalidade dos estudos de foresight, as metodologias já aplicadas e consolidadas e estudos de casos, em especial, os que envolvem organizações públicas. Há 35 vagas, destinadas à capacitação de profissionais das diversas áreas da Fiocruz, especialmente aquelas relacionadas à gestão da inovação, gestão da informação e ao planejamento estratégico. Os inscritos passarão por processo de seleção, que constará de análise da ficha de inscrição (que deverá incluir uma justificativa para a solicitação) e entrevista. A inscrição deverá ser feita mediante aprovação da respectiva direção de unidade. Os interessados devem preencher ficha de inscrição, conforme as instruções, obter o "de acordo" do diretor da Unidade e enviar por e-mail para escolacorporativa@fiocruz.br, no prazo estipulado.
As aulas acontecem de 3/4/2017 a 22/5/2017, e serão ministradas às segundas-feiras, das 9h às 17h. Serão realizados sete encontros na sede do CEE/Fiocruz (Prédio da Expansão, Rio de Janeiro), totalizando 56 horas.
Fiocruz do futuro
A iniciativa de promover o curso Foresight: métodos e aplicações em ciência, tecnologia e inovação alinha-se com as estratégias de construção da "Fiocruz do futuro". Concebido como espaço de produção e articulação de conhecimentos, o CEE/Fiocruz assumiu como um de seus eixos de atuação o desenvolvimento de estudos prospectivos, para identificar e antecipar cenários que podem afetar o desenvolvimento da instituição e do país, como explica o coordenador do Centro, Antonio Ivo de Carvalho. “Queremos iniciar uma cultura de prospecção na Fiocruz e criar uma rede de profissionais que atuem nos estudos de futuro”, diz.
CURSO FORESIGHT: MÉTODOS E APLICAÇÕES EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Realização: CEE/Fiocruz e Escola Corporativa/Fiocruz, em parceria com a Geopi/Unicamp
Público: Profissionais da Fiocruz
Período de inscrições: 6/3 a 17/3/2017
Como proceder
Seleção
Análise da ficha de inscrição e entrevista: 22/3/2017 a 28/3/2017
Número de vagas: 35, sendo 25 presenciais e 10 à distância, destinadas às regionais
Resultado: 29/3/2017
Período do curso: 3/4 a 22/5/2017 (Sete encontros sequenciais, às segundas-feiras)
Horário: das 9h às 17h
Local: CEE-Fiocruz (Prédio da Expansão, sala 1007)
Programa do curso: acesse aqui e cartaz do curso
Mais informações
E-mail: cee@fiocruz.br
Tel.: 3882-9133
O enfrentamento da crise de zika e o papel dos cientistas brasileiros nas descobertas sobre o vírus desde 2015 foram temas das palestras que marcaram a Aula Inaugural da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última sexta (10/3), em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Integrada aos eventos da semana do Dia Internacional da Mulher (8/3), a abertura do ano letivo da Fiocruz contou com a presença de duas pesquisadoras que se destacaram durante a emergência de saúde pública internacional: a epidemiologista Celina Turchi, da Fiocruz Pernambuco, e a virologista Ana Maria Bispo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A abertura da Aula Inaugural teve a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral Netto; da presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Justa Helena Franco; e da presidente da Associação de Pós-Graduandos (APG) da Fiocruz, Maria Fantinatti.
Em sua apresentação, a presidente Nísia Trindade Lima destacou o protagonismo da Fiocruz no combate ao vírus zika e os esforços de sua gestão para priorizar a vigilância em saúde, cumprindo a missão institucional de colocar a ciência a serviço da sociedade. Aproveitando a semana do Dia Internacional da Mulher, Nísia também destacou os avanços da agenda de equidade de gênero na Fundação e homenageou não somente as mulheres cientistas, mas as mulheres e mães vítimas do vírus zika. “Temos que lembrar que essa é uma doença que atingiu de uma maneira muito forte, com implicações muito profundas, as mulheres ‘severinas’ deste país”, disse a presidente, se referindo à expressão consagrada pelo poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999). “Nós, mulheres da Ciência, avançamos em muitos direitos. Mas há muitas mulheres ‘severinas’ em nosso país que precisam e merecem o nosso respeito. Elas têm o mesmo direito de nascer, de amar e de viver”, completou.
O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral Netto, ressaltou o número crescente de atividades da Fundação no que se refere à formação de recursos humanos. Ele afirmou, ainda, que é preciso integrar, de forma harmônica, as ações realizadas na instituição, para garantir que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja forte e atuante. “Não podemos esquecer que no ano passado a Fiocruz titulou mais de 160 doutores. Este é um número que impressiona, pois é maior que de vários países da América Latina”, disse Barral.
Zika e microcefalia
Eleita em dezembro de 2016 uma das dez personalidades do ano na Ciência pela revista britância Nature, a pesquisadora Celina Turchi (Fiocruz Pernambuco) apresentou um pouco mais do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (Merg) durante a epidemia de microcefalia que assolou o país no ano passado, principalmente os estados do Nordeste. O Merg foi responsável pela comprovação da relação entre o vírus zika e a microcefalia em bebês.
Entre os principais desafios, Celina relatou a falta de clareza sobre a causa do número de recém-nascidos com comprometimento neurológico, a inexistência de literatura científica e de testes laboratoriais disponíveis. A pesquisadora descreveu todo o trabalho realizado por profissionais de diferentes áreas, como epidemiologistas, médicos e biólogos. “Diante da tragédia social que estávamos vivendo, tivemos a oportunidade de integrar os protocolos de pesquisa de diferentes áreas, além de compartilhar resultados com outros pesquisadores e instituições, na luta por respostas rápidas à epidemia”.
A pesquisadora também enfatizou o trabalho realizado em maternidades do estado de Pernambuco. “Em conjunto com as secretarias de saúde, nós conseguimos harmonizar o protocolo de pesquisa, com ações que se mantiveram. Assim, o Grupo de Pesquisa também colaborou no treinamento dos profissionais das maternidades nas atividades de vigilância e monitoramento dos casos de microcefalia neonatal”.
Conquistas da ciência brasileira
Virologista do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Ana Maria Bispo celebrou a chance de compartilhar informações das pesquisas científicas sobre o vírus zika com estudantes e colegas pesquisadores durante a Aula Inaugural. Após um breve histórico do vírus e da doença no mundo, Ana Bispo destacou a importância do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), enquanto laboratório de referência do Ministério da Saúde, no enfrentamento do vírus zika no Brasil. A virologista também ressaltou os projetos em colaboração com a União Europeia, Canadá e Organização Mundial de Saúde (OMS) para investigar o vírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em março de 2015, na Bahia. “Estas pesquisas são oportunidades de entender a dinâmica do vírus, incluindo o papel do vetor na sua transmissão. Ninguém estava preparado para a chegada do vírus zika e para as suas consequências. Ainda temos muitas perguntas sem respostas”, explicou Ana Bispo.
Entre as conquistas da ciência brasileira em relação ao vírus, Ana Maria Bispo destacou as descobertas sobre os efeitos do zika em gestantes e em recém-nascidos e o desenvolvimento de um teste rápido e de custo baixo para o diagnóstico de zika, dengue e chikungunya, já que muitos de seus sintomas se confundem nos estágios iniciais das doenças. De acordo com a cientista do IOC/Fiocruz, mesmo com todas as dificuldades de recursos, “a epidemia de zika revelou a capacidade dos cientistas brasileiros de responder em curto tempo a uma emergência grave de saúde”. Ela afirmou que “houve uma sensibilidade muito grande de diferentes áreas da comunidade científica, que se articulou e se uniu, em parcerias locais e internacionais, para direcionar seus esforços para o enfrentamento da epidemia de zika. Nós avançamos muito, mas ainda nos restam grandes desafios, como o desenvolvimento de testes sorológicos específicos e de uma vacina eficaz”.
Fonte: César Guerra Chevrand e Leonardo Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)
A Fiocruz abre seu ano letivo nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. O evento terá duas importantes cientistas brasileiras como palestrantes: Celina Turchi (Fiocruz Pernambuco) e Ana Maria Bispo (Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz), que se destacaram pelas pesquisas que estabeleceram relações entre o vírus Zika e os casos de microcefalia em bebês no Brasil. A aula inaugural, intitulada A Ciência brasileira e o enfrentamento da situação de emergência em saúde, acontecerá nesta sexta-feira, dia 10/3, às 9h30, no Auditório do Museu da Vida (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos – Rio de Janeiro – RJ) .
Os diversos institutos da Fiocruz também promovem aulas inaugurais, de acordo com o seu perfil institucional, áreas e temas de interesse. Confira a seguir a programação do ano letivo na Fundação, em suas diversas unidades, e participe!
SEGUNDA-FEIRA (6/3)
Fiocruz Amazonas
Fatores de virulência do Toxoplasma gondii e imunomarcadores de resistência do hospedeiro com ênfase em aspectos da biologia celular e Imunologia
José Roberto Mineo, professor titular de imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia
Salão Canoas, às 9h
Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB)
O cotidiano do biotério na ciência e no ensino
Klena Sarges, líder do Serviço de Criação de Roedores e Lagomorfos (ICTB)
Sala de aula do ICTB, às 9h
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)
Molecular Pathology - Bridging the gap between clinical disease and molecular pathogenesis
Matti Kiupel, chefe do Departamento de Anatomia Patológica da Michigan State University e pesquisador do Departamento de Patobiologia e Investigação Diagnóstica do Diagnostic Center for Population and Animal Health (EUA)
Auditório do Pavilhão de Ensino do INI, às 10h
TERÇA-FEIRA (7/3)
Fiocruz Bahia
Autonomia intelectual
Waldomiro José da Silva Filho, professor de filosofia da Universidade Federal da Bahia e presidente da Sociedade Brasileira de Filosofia Analítica
Auditório Aluízio Prata, às 9h
Fiocruz Minas
Desenvolvimento e teste de vacina inativada tetravalente em dose única contra dengue
Jorge Elias Kalil Filho, pesquisador do Instituto Butantan
Auditório da Fiocruz Minas, às 14h
QUINTA-FEIRA (9/3)
Farmanguinhos - Mestrado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica
Ativos intangíveis: o desafio da gestão do conhecimento em tempos de big data
Marcos Cavalcanti, professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ e pesquisador do Centro de Referência em Inteligência Empresarial da UFRJ
Auditório da Dirac (no campus sede da Fiocruz, em Manguinhos), às 9h
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – teoria, estrutura e organização
Geraldo Lucchese, doutor em saúde pública pela Fiocruz, com experiência na área de Saúde Coletiva e atuação nas áreas de políticas e serviços de saúde e vigilância sanitária
Auditório do INCQS, 14h
SEXTA-FEIRA (10/3)
Aula Inaugural da Fiocruz: A ciência brasileira e o enfrentamento da situação de emergência em saúde
Celina Turchi é graduada em medicina pela Universidade Federal da Goiás (UFG). Cursou o mestrado em epidemiologia na London School of Hygiene & Tropical Medicine (Reino Unido) e o doutorado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo. Aposentou-se como professora titular do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG no Departamento de Saúde Coletiva. É pesquisadora e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ 1C) e foi membro do Comitê Assessor do CNPq (2004-2010). Celina também é pesquisadora do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde e membro do Comitê Gestor. Desde 2014, atua como pesquisadora na Fiocruz Pernambuco com Bolsa de Especialista Visitante. É orientadora dos seguintes programas de pós-graduação: Medicina Tropical e Saúde Pública em Doenças Infecciosas (UFG), Universidade Federal de Pernambuco e Fiocruz Pernambuco. Tem experiência na área de Epidemiologia das Doenças Infecciosas. Em 2016, Celina Turchi foi eleita uma das dez personalidades do ano na ciência pela revista britânica Nature por seu trabalho para o estabelecimento da relação entre o vírus Zika e a microcefalia em bebês.
Ana Maria Bispo é bacharel em ciências biológicas. Fez mestrado em ciências na Fiocruz (1994), onde cursou biologia celular e molecular. Doutorou-se também em ciências, na área de Virologia, na Fiocruz (2001). Entre 1985 e 2005, foi pesquisadora do Departamento de Virologia da Fiocruz, atuando em linhas de pesquisa na área de vigilância e epidemiologia molecular de poliovírus, vírus da febre amarela e dengue. De 2005 a 2010, foi contratada como Assessora Regional da Organização Panamericana da Saúde (Opas/OMS) em Washington (EUA), para coordenar a Rede de Laboratórios Nacionais e Regionais que apoiam os programas de imunizações dos países da Região das Américas (especificamente as redes de laboratórios de sarampo, rubéola, pólio, rotavírus e HPV). Em março de 2010, volta ao Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz, retomando as linhas de pesquisa relacionadas a estudos de vigilância virológica, sorológica, epidemiologia molecular, patogenia e formas atípicas dos vírus dengue e outros arbovírus de importância epidemiológica no estado do Rio de Janeiro (Brasil). Em novembro de 2015, Ana Maria Bispo liderou a equipe que detectou de forma inédita no mundo a presença do vírus Zika em amostras de líquido amniótico de duas gestantes com fetos apresentando microcefalia – sendo a primeira associação entre o vírus Zika e os casos de microcefalia no país.
Auditório do Museu da Vida (campus sede da Fiocruz, em Manguinhos), às 9h30
Farmanguinhos - Pós-graduação Lato sensu em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos
A inovação em medicamentos da biodiversidade a partir de um novo paradigma
Glauco de Kruse Villas Bôas, coordenador científico do curso
Sala de Conferência de Farmanguinhos, às 10h