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Publicado em 04/07/2018

EPSJV abre inscrições para curso de qualificação profissional no cuidado à pessoa idosa

A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) está oferecendo 30 vagas para seu curso de qualificação profissional no cuidado à pessoa idosa. O objetivo é capacitar trabalhadores para cuidarem de idosos, na rede de serviços, na família e na comunidade, de modo a promover sua qualidade de vida, participação social e também de contribuir para a defesa de seus direitos. As inscrições vão até o dia 3 de agosto.

O curso está dividido em duas fases. Na primeira, os alunos terão conhecimentos básicos sobre envelhecimento e cuidado através de aulas teóricas, oficinas, exercícios e visitas a instituições. Na seguinte, os participantes farão estágio curricular em serviços de cuidado à pessoa idosa.

Para se candidatar, é necessário ser maior de 18 anos, e ter concluído o ensino fundamental e entregar, pessoalmente, os seguintes documentos: 

  • Formulário de Inscrição
  • Carta de apresentação da instituição (se funcionário)
  • Cópia do certificado do Ensino Fundamental
  • Cópia da carteira de identidade
  • Cópia do CPF
  • Cópia do comprovante de residência
  • 2 (duas) fotos recentes 3x4

Os candidatos deverão entregar os documentos exigidos para a inscrição  pessoalmente, até o último dia de inscrição, na Secretaria Escolar.

 

 

Publicado em 02/07/2018

Fiocruz oferece 43 vagas para mestrado em condições de vida e situações de saúde na Amazônia

O mestrado acadêmico em condições de vida e situações de saúde na Amazônia (PPGVIDA) tem 43 vagas abertas para o segundo semestre. As inscrições devem ser feitas nos dias 4 e 5 de julho.

Oferecido pela Fiocruz Amazônia, o curso é composto por quatro disciplinas: Espaço saúde e ambiente na Amazônia; Educação e promoção da saúde; Políticas, sistemas e serviços de saúde; Vetores de importância em saúde pública na Amazônia.

Os candidatos devem se inscrever em apenas uma das seguintes categorias:

  • Alunos de outros cursos de pós-graduação Stricto sensu da Fiocruz
  • Alunos de outros cursos de pós-graduação Stricto sensu de outras instituições públicas e/ou privadas
  • Alunos de curso de pós-graduação Lato sensu da Fiocruz
  • Alunos de outros cursos de pós-graduação Lato sensu de outras instituições públicas e/ou privadas
  • Candidatos com curso de pós-graduação Lato sensu concluído, que não estejam no momento da inscrição fazendo outro curso de Lato sensu ou cursando Stricto sensu.

A lista dos candidatos selecionados será divulgada no dia 20 de julho de 2018, na Plataforma Siga e no site da Fiocruz Amazônia.

Para saber mais sobre o mestrado e como se inscrever, acesse o edital aqui.

Publicado em 26/06/2018

Guia educacional aborda o uso de drogas entre jovens e adolescentes

Em alusão ao Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas (26/6), o Campus Virtual Fiocruz destaca o guia educacional Drogas: as histórias que não te contaram, guia para auxiliar pais e professores a abordarem o tema na família e na escola junto a adolescentes e jovens. Com ilustrações, personagens e uma leitura didática, o material, publicado pelo Instituto Igarapé, levanta questões sobre prevenção e proteção contra o uso de drogas.  

O guia, de autoria de Ilona Szabó, foi criado para promover a reflexão, o questionamento e o desenvolvimento sócio-emocional na juventude. A ideia é compreender os comportamentos coletivos e individuais na sociedade, a fim de provocar um pensamento crítico sobre o uso das drogas.

Questão de saúde: uso de medicamentos contra dor cresce 465% no Brasil

O lançamnento do guia contou com a participação do pesquisador Francisco Inácio Bastos, do Laboratório de Informação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz). Ele abordou uma questão preocupante em relação ao uso e abuso de drogas: o alto índice de vendas de opiáceos, a partir de prescrições médicas entre 2009 e 2015 no Brasil.

Mas o que são opiáceos?

Opiáceos (ou opióides) são utilizados em especial para combater dores crônicas e debilitantes de pacientes com câncer ou lúpus, também são encontrados diluídos na formulação química de medicamentos como os analgésicos (medicamentos que aliviam a dor), anestésicos (aqueles que reduzem ou eliminam a sensibilidade geral ou local) e até em xaropes para controlar a tosse, podendo ser usados para tratar dores de coluna, enxaqueca, dores nas articulações, dentre outras. O uso constante pode levar à dependência e o abuso desse tipo de drogas, à morte.

Neste sentido, Bastos alertou sobre a disseminação do consumo deste tipo de droga na adolescência. “E é apenas uma fração do problema, que o governo consegue capturar. Nos surpreendemos também com o crescimento no uso de opiáceos e opióides sem prescrição entre os jovens”, relatou.

Um alerta mundial

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje o relatório internacional World Drug Reportque apontou a propagação do uso dos opiáceos em todo o mundo. Os dados são alarmantes: com uma produção de aproximadamente 87 toneladas em 2016, a substância é a grande responsável por 76% das mortes em transtornos por uso de drogas. Por isso é cada vez mais importante refletir e difundir o tema. 

Por Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz)
* Com informações do Icict/Fiocruz

Publicado em 19/06/2018

Farmanguinhos oferece mestrado profissional em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica

Já está disponível o edital do Mestrado Profissional do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz): o curso em gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. A chamada é para o ano de 2019 e as inscrições começam no próximo dia 2 de julho. 

O objetivo deste mestrado é formar recursos humanos em ciência e tecnologia, qualificando os alunos nas áreas envolvidas no processo industrial farmacêutico — que vão da concepção à produção de medicamentos, passando pelas diversas áreas de gestão relacionadas à produção. 

Os candidatos devem ser graduados em cursos superiores econhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e de áreas relacionadas às duas linhas de pesquisa do mestrado:

  • Gestão tecnológica da pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica
  • Pesquisa e desenvolvimento para prospecção de produtos farmacêuticos – P&D

Para mais informações sobre o curso, clique aqui.

Publicado em 15/06/2018

Lançado o edital do mestrado profissional em saúde da família (Profsaúde)

Já está disponível o edital do Mestrado Profissional em Saúde da Família (Profsaúde). As inscrições começam no dia 2 de agosto de 2018. 

O objetivo do curso é formar profissionais de saúde para exercerem atividades de docência, preceptoria e gestão, além de atividades de investigação e de ensino nas unidades de saúde. O foco é fortalecer a produção do conhecimento e ensino na Saúde da Família, contemplando as diversas regionais do país. 

A pós-graduação também qualificará profissionais do Programa Mais Médicos para o trabalho, articulando elementos da educação, atenção, gestão e investigação no aprimoramento da Estratégia Saúde da Família (ESF). Por fim, o programa visa estabelecer uma relação integradora entre o serviço de saúde, os trabalhadores e os usuários.

As vagas são destinadas a médicos com atuação em docência, preceptoria, tutoria de residências médicas ou atuação em atenção básica. A admissão do curso será realizado por um exame nacional, conforme regulamento.

Confira mais informações e acompanhe a abertura das inscrições por aqui.

Publicado em 14/06/2018

Capes cria grupo para regulamentar EAD na pós-graduação Stricto sensu

No dia 5 de junho, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou a Portaria 132, por meio da qual cria um Grupo de Trabalho para regulamentar a Educação à Distância (EAD) na pós-graduação Stricto sensu. O grupo será coordenado pela Diretoria de Educação à Distância e pela Diretoria de Avaliação da Capes, e atuará durante 90 dias, prazo que pode ser prorrogado. Será composto, ainda, por membros da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) e do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Duas entidades que defendem os interesses do mercado na educação também vão participar do GT: a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) e a Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed). A primeira é a entidade patronal do ensino superior privado. Já a Abed é uma associação composta por docentes de instituições privadas e públicas que busca “estimular a prática e o desenvolvimento de projetos em educação a distância em todas as suas formas”.

Olgaíses Maués, 3ª vice-presidente do Andes-SN é uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política Educacional. Ela afirma que a Portaria da Capes oficializa o uso de EAD na pós-graduação Stricto sensu, o que significa maior uso do fundo público pela iniciativa privada: “EAD é um grande filão da iniciativa privada, e agora ele vai chegar de vez à pós-graduação Stricto sensu. É mais um nicho de mercado para a iniciativa privada lucrar com a educação pública”, critica.

Neste sentido, ela diz que é importante acompanhar de perto as normas que serão elaboradas pelo GT. "A comissão é formada apenas por entidades da oficialidade e do mercado. Há ausência de representações de docentes, de servidores e de estudantes, além de associações científicas no debate, o que é lamentável. Não serão levados em conta posições de quem vivencia na prática as consequências da EAD, como a precariedade do trabalho”, completa Olgaíses.

Fonte: Andes-SN

Publicado em 13/06/2018

Confira os projetos selecionados no edital de divulgação científica

Oba! Saiu o resultado final das propostas aprovadas pelo edital de projetos em Divulgação Científica, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). 

O objetivo é inspirar um grande número de cientistas da instituição – de todas as idades, de níveis acadêmicos diferenciados (estudantes, jovens cientistas, pesquisadores sênior) e de distintas áreas do conhecimento – e sensibilizar seu protagonismo no processo de mediação entre ciência e sociedade, incrementando o diálogo com os cidadãos. 

Se você foi selecionado, fique atento: os coordenadores dos projetos aprovados receberão uma mensagem individual, com o orçamento aprovado e as orientações para a formalização, junto à Fiotec, para iniciar a execução do edital. 

Acesse a lista dos aprovados aqui

Publicado em 11/06/2018

Saiba o que aconteceu no Primeiro Hackaton de Divulgação Científica em Saúde da Fiocruz

Juntar pessoas interessadas, com backgrounds diferentes, para colaborar no desenvolvimento de projetos criativos e inovadores. Este foi o principal objetivo do Primeiro Hackaton da Divulgação Científica em Saúde, segundo a consultora do Instituto D’Or na área, Catarina Chagas. Ela coordenou a maratona, realizada nos dias 4 e 5 de junho, junto com Luisa Massarani, assessora a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação  da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz). A Tenda da Ciência na Fiocruz foi o palco do evento que — além de estimular o desenvolvimento de projetos — promoveu diálogos e trocas de experiências entre diversos atores desta cena.

Durante a abertura, Massarani, que coordena o INCT Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, comentou a importância das iniciativas neste sentido, no atual cenário de crise. “Neste momento, fazer divulgação científica no Brasil é uma questão de sobrevivência”, afirmou, referindo-se aos recentes cortes na ciência e na saúde. Ela lembrou ainda sobre os investimentos que a Fiocruz tem feito na área: “Na semana passada, por exemplo, 12 projetos de divulgação foram aprovados no nosso Edital de Divulgação Científica".

Reflexões e provocações

Em seguida, foi a vez de reunir uma turma de peso: o físico e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira; o neurocientista do Instituto D’Or e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Stevens Rehen; e a jornalista do Museu da Vida/Fiocruz,  Carla Almeida. Eles participaram da roda de conversa “Reflexões e provocações sobre a prática da divulgação científica”, trocando ideias com o público sobre fazer, divulgar e possibilitar o acesso à ciência. A atividade foi mediada pela jornalista Fernanda Marques, que é assessora de comunicação com passagem por diversos veículos e áreas da Fiocruz. 

Ildeu contou que desde criança queria ser um divulgador: “Fiquei fascinado pela ideia de, além de fazer ciência, contar às pessoas como fazer”. Ao longo de sua fala, o presidente da SBPC destacou o caráter político da divulgação científica, que gera benefícios para toda a sociedade, e comparou a realidade nacional à internacional. “No Brasil, portas estão se fechando para nós. Em países mais desenvolvidos, a prática da ciência está muito mais inserida na cultura do que aqui”. Segundo ele, apesar do crescimento de espaços e museus de ciência em cidades brasileiras, ainda é preciso inovar e gerar novas soluções para se fazer divulgação. “As pessoas devem poder ter a sensação do que é ciência. Não é preciso um doutorado no exterior para isso”, convocou.

Já o neurocientista Stevens Rehen disse que é um cientista que gosta de ir além da produção de artigos. “Aprendemos a contar histórias da melhor maneira... E o que são artigos científicos, se não histórias?”. Questionado pela mediadora sobre como os pesquisadores se beneficiam ao se engajarem na divulgação do próprio trabalho, respondeu que são muitos como, por exemplo, ampliar a rede de contatos e atrair mais financiamento.

A divulgação científica é fascinante por ser plural, acredita a jornalista Carla Almeida, que também fez parte da roda. Para ela, qualquer tentativa de estreitar os laços entre ciência e sociedade faz parte desta atividade. “Está longe de haver um consenso, entre estudiosos, sobre o que é divulgação da ciência. Melhor do que tentar definir é, talvez, pensar maneiras novas e eficientes de se fazer”, disse.

Relatos de experiências

E foi desta forma que a maratona seguiu, apresentando diversas práticas de divulgação científica, durante a atividade “Divulgação científica fora da caixa: relatos de experiências”. Os convidados abordaram como humor, arte, dança, design, itinerâncias, jogos, infográficos e a comunicação através do contato direto com o público e também pelas mídias sociais potencializam a aproximação do público e a difusão do conhecimento científico.

Jéssica Norberto, da Fundação Cecierj, contou como os museus itinerantes de ciência são importantes, principalmente para populações carentes. “Quem vai às ruas sabe como é único ver quem não pode chegar a espaços científico-culturais ter contato com a ciência”. 

Quem também falou sobre o papel educativo do trabalho foi o coordenador do Polo de Jogos e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz), Marcelo de Vasconcellos. Ele enumerou os elementos necessários a um bom jogo: conteúdo de qualidade, um bom visual, além de uma dinâmica que faça pos participantes interagirem de fato. “É a mágica do jogo”, disse, destacando a contribuição dos games para a educação de crianças, jovens e adultos.

Ouro para a ciência: projetos de rap e carona com pesquisadores vencem a maratona

Além dessa rica troca entre os convidados, participantes da maratona e público em geral, o Hackaton premiou dois dos 30 projetos criativos e inovadores em divulgação científica selecionados para a maratona. Os venecedores — "Rap e ciência" e "Carona com ciência" —conquistaram apoio financeiro.

O primeiro usa a linguagem do rap para divulgar temas científicos. A jornalista Renata Fontanetto, representante do grupo, comentou a importância do evento. “É uma iniciativa louvável! Reúne gente que acredita, que quer fazer diferente: é quase como uma célula de resistência, num cenário de profundos cortes para a ciência nacional”.

O cientista Leandro Lobo também ressaltou as contribuições da maratona para seu grupo, premiado pelo projeto "Carona com Ciência". “Foi uma oportunidade incrível, foi essencial conhecer outras experiências, o que acabou mudando para melhor a ideia inicial”, contou. O grupo propôs a criação de um novo canal de vídeos, que entrevista cientistas com o objetivo de levar seus conhecimentos para o grande público, de uma forma mais pessoal e descontraída. Uma prova de que o Hackaton fez com que seus participantes embarcassem numa viagem muito criativa pelo campo da divulgação científica. 

Por Valentina Leite e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 07/06/2018

Abertura de dados para pesquisa será discutida na Fiocruz

Um novo fazer científico, mais colaborativo, transparente e sustentável. É o que promete a Ciência Aberta, um movimento que propõe a abertura de processo de produção do conhecimento. Para discutir na Fiocruz a abertura de dados para pesquisa, o diretor de documentação da Universidade do Minho (Portugal), Eloy Rodrigues, referência mundial sobre o tema, comenta o panorama europeu no evento Abertura de dados para pesquisa na Fiocruz: perspectivas de um novo paradigma da Ciência.

Além de Rodrigues, também discutirão as diversas dimensões da abertura de dados para pesquisa em saúde: o coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Mauricio Barreto; o advogado especialista em proteção de dados e privacidade, Danilo Doneda; e a pesquisadora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), Vanessa Arruda. O encontro será no dia 15 de junho, das 9h às 13h, no auditório do Museu da Vida, no Campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro.

Agenda institucional

O evento marca o início da discussão com a comunidade da Fiocruz sobre a abertura de dados para pesquisa na instituição. Na ocasião, será apresentado o Termo de Referência: Gestão e Abertura de Dados para Pesquisa na Fiocruz, documento elaborado pelo Grupo de Trabalho em Ciência Aberta (GTCA) para subsidiar o início do debate sobre a temática.

A visão estratégica da Fiocruz sobre a abertura de dados será apresentada no início do evento pelo vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da instituição, Manoel Barral. Em seguida, a coordenadora de Informação e Comunicação da VPEIC e do GTCA, Paula Xavier, vai dar um panorama geral sobre o assunto.

O GTCA

O Grupo de Trabalho em Ciência Aberta da Fiocruz (GTCA) foi iniciado em março de 2017, sob coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e financiamento do Ministério da Saúde, por meio da Plataforma Zika, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia).

O GTCA também está vinculado ao Observatório em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, da Fiocruz, e já produziu o livro “Ciência aberta e dados abertos: mapeamento e análise de políticas, infraestruturas e estratégias em perspectiva nacional e internacional”, que sistematiza e analisa as experiências de oito países e da União Europeia em dados abertos.

Confira a programação do evento na nossa agenda

Por Leonardo Azevedo (CCS/Fiocruz)

Publicado em 06/06/2018

Fiocruz prepara candidatura do Castelo a patrimônio da Unesco

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1981, o Pavilhão Mourisco da Fundação Oswaldo Cruz também será postulante a candidato a Patrimônio Cultural Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No ano em que o Castelo completa o seu centenário, um grupo de trabalho no âmbito da Presidência e da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) foi formado com o objetivo de elaborar o dossiê da sua candidatura. 

De acordo com a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, tentar obter para o Castelo esse reconhecimento como patrimônio da Unesco é reafirmar hoje essa visão ampla idealizada por Oswaldo Cruz, do espaço como um monumento da ciência brasileira.

"Para celebrar os 100 anos da finalização da construção do nosso Pavilhão Mourisco, o Conselho Deliberativo da Fundação decidiu encaminhar a Unesco o reconhecimento de nosso Castelo de Manguinhos como um símbolo da ciência brasileira e do fazer científico em contextos muito adversos. O Brasil do início do século 20, recém saído da escravidão, com muita dificuldade para o desenvolvimento amplo de projetos científicos, viu no Castelo a institucionalização de uma ciência no campo biomédico, atendendo a grandes questões de saúde pública. Uma ciência constituída na periferia do capitalismo, uma ciência que se deparou com grandes necessidades sanitárias nos portos e na capital da República, na época, o Rio de Janeiro", declarou Nísia.

A Convenção do Patrimônio Mundial define patrimônio cultural como monumentos, grupos de edificações ou sítios de Valor Universal Excepcional. O desafio do Grupo de Trabalho da Fiocruz é elaborar o dossiê da candidatura tendo como premissa o Castelo Mourisco como símbolo internacional da ciência e da saúde. Construído entre 1905 e 1918, o Pavilhão Mourisco é considerado um marco no desenvolvimento dos campos da ciência e da saúde no Brasil e na América Latina.

Diretor da Casa de Oswaldo Cruz e coordenador da comissão do Conselho Deliberativo da Fiocruz responsável pelo tema, Paulo Elian destacou o reconhecimento internacional da instituição desde o início do século 20, quando cientistas como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas construíram o principal centro de pesquisas da América Latina dedicado ao estudo das doenças tropicais.

“Ao longo destes mais de cem anos, a Fiocruz se tornou mais complexa, mas manteve-se fiel a ‘matriz original’’ concebida pelos pioneiros e incorporou ao ‘ethos institucional’ valores e princípios que reservam à história e ao patrimônio um lugar de destaque. A candidatura do Castelo à Patrimônio Cultural Mundial, por toda sua dimensão simbólica e material, é coerente com uma ciência que não admite fronteiras disciplinares e geográficas, sempre na direção de um conhecimento a serviço do desenvolvimento e bem-estar dos povos”, afirmou Paulo Elian.

Vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da COC e coordenador do Grupo de Trabalho que prepara o dossiê da candidatura, Marcos José Pinheiro reafirmou o histórico da Fiocruz como como uma “instituição muito ativa e propositiva de ações de salvaguarda de seus acervos”. Além das iniciativas permanentes de preservação e do tombamento de seu patrimônio eclético e moderno no campus de Manguinhos (RJ), Marcos também ressaltou a aprovação, em março deste ano, de sua Política de Preservação de Acervos Científico e Culturais.

“Propor o Castelo como patrimônio do mundo é uma ação esperada e coerente por parte de uma instituição como a Fiocruz, e deve constituir-se como importante marco na preservação e valorização do patrimônio da ciência e da saúde. O processo para essa candidatura em suas diversas fases envolverá intensa mobilização no âmbito institucional, e não somente com aqueles diretamente ligados à salvaguarda do patrimônio cultural, por ser iminentemente interdisciplinar e por abarcar ampla articulação técnica e política com diversos setores e esferas no âmbito nacional e internacional”, explicou Marcos José.

Para concorrer à Lista do Patrimônio Mundial, a candidatura deve provar o Valor Universal Excepcional de um bem – natural, cultural ou misto – e, primeiro, ser incluído na lista do Estado-parte, que poderá indicá-lo à Unesco. No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é a instância nacional responsável pelas candidaturas, atuando como órgão central e condutor de todo o processo. De acordo com o órgão das Nações Unidas, o “propósito básico das candidaturas é dizer em que consiste um bem, por que ele demonstra potencial Valor Universal Excepcional, e como esse valor será sustentado, protegido, conservado, gerido, monitorado e comunicado”.

Todo o processo de candidatura precisa obedecer rigorosamente às orientações da Unesco, em especial a Convenção do Patrimônio Mundial (antes Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, 1972) e as Orientações Técnicas para a implementação da Convenção do Patrimônio Mundial (WHC. 11/01, agosto de 2011). Uma série de manuais de referência também ampara o complexo andamento da candidatura. A estimativa é de que o processo dure pelo menos dois anos.

Fonte: César Guerra Chevrand (COC/Fiocruz) / Foto: Peter Ilicciev

 

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