Acolher é o ato de oferecer refúgio, conforto e hospitalidade. E foi assim, com esse sentimento, que a Fiocruz deu início às atividades de seus cursos de residência 2021. Aulas inaugurais e outros encontros de integração marcaram o início das novas turmas com debates de temas relevantes, particularmente neste momento de tanto trabalho, tensão e estresse que esses profissionais de saúde, que atuam na ponta do atendimento, estão vivenciando. Confira alguns eventos e temas realizados.
Residências são formações oferecidas em nível de especialização, com treinamento em serviço e voltadas a inúmeros profissionais que atuam na área. A Fiocruz tem décadas de tradição nesta oferta e anualmente abre inscrições para seus cursos. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, em encontro na Fiocruz Brasília, comentou que a residência é uma etapa de relevo na trajetória dos estudantes. Para ela, é quando se tem contato com a força do nosso sistema de saúde e também com suas contradições. Ela ressaltou também que o residente precisa lidar com uma série de emoções, das alegrias às dúvidas quanto à sua vocação. “É um período intenso com todo o dinamismo da entrada no mundo do trabalho e da prática profissional. Uma fase de muitos aprendizados e desafios”, enfatizou Cristiani.
Já a coordenadora adjunta de Residências em Saúde, da Coordenação Geral de Educação, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/Vpeic/Fiocruz), Adriana Coser Gutiérrez, lembrou que sempre na primeira semana de março, em todo o Brasil, se inagura o calendário das novas turmas dos programas de residências em saúde, sendo esse rito uma atividade já tradicional para a Fiocruz. "Não realizamos somente a abertura das turmas, mas proporcionamos um momento de acolhida aos novos residentes. É com muita alegria e expectativas que começamos mais essa etapa, sobretudo com todos os desafios e aprendizados que a pandemia de Covid-19 trouxe para os profissionais de saúde. Neste ano, seguimos mantendo grande parte das ofertas dos nossos programas e com a taxa de ocupação de todas as vagas, pois foi grande a procura pelos nossos cursos. Para nós isso demonstra que a Fiocruz é uma instituição atenta a qualificar novos trabalhadores de saúde para as necessidades atuais do SUS", comentou ela.
A aula magna Atributos da Atenção Primária à Saúde, foi realizada em 28 de fevereiro, pelos Programas Residência em Medicina de Família e Comunidade, Enfermagem de Familia e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família oferecidos, respectivamente, pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em parceria com a Fundação Oswaldo (Cruz). A aula magna foi proferida pelo médico geral familiar e Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e do Vale do Tejo, Portugal, Luis Pisco.
Assista ao encontro:
Semana de Integração das Residências do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz)
A Semana de Integração dos programas de residência do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), foi realizada em 1° de março, reuniu centenas de alunos e contou com participação de especialistas da área para debater temas como o SUS na pré e pós-pandemia (José Temporão); a saúde mental dos profissionais de saúde em tempos de pandemia (Maria Paula Gomes); sistema de cotas (Roseli Rocha); atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violências (Rachel Niskier); prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (Natalie Del Vecchio); notificações de importância epidemiológica (Marcelle Piazi); segurança e qualidade hospitalar (Maria Beatriz Carvalho); lazer, cultura e educação no hospital (Maria Magdalena Oliveira).
Assista às palestras que aconteceram na parte da manhã e da tarde do dia 1° de março:
Também em 1° de março, aconteceu o Acolhimento dos Residentes, promovido pela Fiocruz Brasília, com encontro entre os ingressantes e os egressos dos cursos no painel “Potencial e desafio da residência para o fortalecimento do SUS”, com palestras da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado; da coordenadora adjunta das Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser; e da coordenadora geral dos Programas Integrados de Residência de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família da Fesf-SUS, Grace Rosa.
Confira a matéria publicada pela Fiocruz Brasília: Acolhimento dos residentes reúne mais de 250 participantes em painel online sobre potenciais e desafios para fortalecer o SUS
Os novos alunos dos Programas de Residência Médica em Infectologia e de Residência Multiprofissional em Doenças Infecciosas e Parasitárias do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) foram recepcionados em 1° de março pelos coordenadores das residências oferecidas pela unidade: Suze Sant’Anna, coordenadora do programa de Pós-graduação Lato sensu, Alberto dos Santos Lemos, coordenador da Residência Médica, e Maria do Socorro Ferraz Machado, coordenadora do programa da Residência Multiprofissional. Além disso, Celina Mannarino comandou uma roda de conversa de acolhimento.
Confira mais detalhes em: Programas de Residência do INI recepcionam alunos das turmas 2021
Os alunos participaram ainda da aula de abertura do ano letivo do INI/Fiocruz, voltada a todos os programas de pós-Graduação Stricto e Lato sensu da unidade. A primeira palestra foi sobre as respostas da Fiocruz e do INI à pandemia (Paulo Buss) e a segunda apresentou a pesquisa clínica no Instituto. Assista:
Tudo ficou diferente com a chegada do novo coronavírus. Distanciamento social físico, uso de máscaras, milhões de pessoas contaminadas, crise nos sistemas de saúde e números de mortes crescendo a cada dia. Em tempo recorde, foram produzidas diversas vacinas, que representam a expertise de pesquisadores de todos os cantos do mundo aliada a décadas de pesquisas e inovação tecnológica. A expectativa pelo início da imunização de cada grupo traz também esperança. Para atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais envolvidas na cadeia de vacinação da Covid-19, bem como outros profissionais de saúde, da comunicação e demais interessados no tema, o Campus Virtual Fiocruz – em parceria com o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon/UFMG) e com o apoio do Programa Nacional de Imunização do Ministério da saúde (PNI) – lança hoje o curso Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos.
O curso é composto de 5 módulos e 19 aulas, distribuídos em uma carga horária de 50h. A formação é online, gratuita, autoinstrucional (não conta com tutoria) e pode ser cursada conforme a necessidade do participante. Além das aulas, o participante tem acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ). Vale ressaltar que para obter o certificado, o aluno deve fazer cumprir a carga horária do curso e atingir 70% de pontuação na avaliação final.
Entre outras questões, ao final da formação, espera-se que o participante seja capaz de contextualizar a importância das vacinas; conheça a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; entenda as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; tenha conhecimento das especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda possa orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.
Profissionais de saúde devem estar seguros quanto aos protocolos e procedimentos da imunização
Até 4 de março, mais de 7,5 milhões de doses já foram aplicadas no país, o que representa cerca de 4,6% da população brasileira, segundo dados do MonitoraCovid19, da Fiocruz. Os números explicitam que, devido as dimensões continentais de nosso país, ainda há muito trabalho. Portanto, faz-se necessário um grande esforço por parte dos gestores, além de ser extremamente importante que os profissionais de saúde envolvidos na cadeia de vacinação estejam seguros quanto aos protocolos e procedimentos da imunização.
Para o diretor e professor titular do Nescon, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (Nescon/FM/UFMG), e analista em C&T da Fiocruz, Francisco Campos, com essa iniciativa, a Fundação, por meio do seu Campus Virtual e em parceria com instituições do porte da UFMG, cumpre, em mais uma frente, seu compromisso com a saúde e com a vida. Segundo ele, o fruto de todo o esforço é uma formação moderna, atraente, de navegação fácil e atualizada pelas normas do Ministério da Saúde, que apoiou a sua execução.
“O curso é resultado de um hercúleo trabalho para certificar mais de 100 mil profissionais de saúde que atuam nas quase 40 mil salas de vacina de todo o país, e para onde acorrem, ansiosamente, nossos concidadãos. Dessa forma, alia à produção de vacinas, ao desenvolvimento de testes e às pesquisas clínicas e de saúde pública uma contribuição educacional que poderá ser relevante para esses milhares de profissionais que estão com a “mão na massa”, assegurou Campos.
Curso integra conjunto de iniciativas educacionais da Fiocruz no combate à pandemia
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou que o curso integra um conjunto de iniciativas educacionais que a Fiocruz vem promovendo para a qualificação dos profissionais do SUS no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Segundo Cristiani, são diversas as linhas de enfrentamento da pandemia promovidas pela Fundação, sendo as ações educacionais transversais a todas elas. Portanto, apontou, “essa atualização é fundamental para a efetividade da campanha de vacinação e o controle da doença. É importante ressaltar que, além da disponibilidade de vacinas para todos, precisamos de profissionais qualificados na Atenção Primária à Saúde nos diferentes municípios do país. O curso é resultante de uma grande parceria e sua elaboração contou com a participação de profissionais de várias unidades da Fiocruz”, comentou.
“Nosso curso oferece um conteúdo extremamente relevante e atual, com recursos educacionais que promovem maior interação com os alunos, como infográficos, animações em 3D, podcasts, vídeos, entre outros”, adiantou a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel. Ela revelou ainda que o processo de desenvolvimento da formação representou um desafio enorme: “Queríamos compartilhar conhecimento o mais rápido possível para os profissionais e a população, mas as vacinas ainda estavam em testes, algumas na fase 3, e tínhamos que garantir a informação segura, comprovada e em constante validação”.
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Carissa Etienne, segue reiterando, em diferentes debates com representantes e líderes mundiais, que o acesso às vacinas nas Américas seja uma “prioridade global”. Recentemente, ela destacou que a região foi mais atingida pela pandemia do que qualquer outra e milhões continuam vulneráveis à infecção e à morte. “O poder de salvar vidas das vacinas não deve ser um privilégio de poucos, mas um direito de todos – especialmente dos países em maior risco como os das Américas, que continua sendo o epicentro da pandemia. Estamos no início de uma das maiores campanhas de imunização de nossa vida - um esforço ambicioso que exige que os profissionais de saúde e outros setores trabalhem juntos”, declarou ela.
Conheça os assuntos abordados e a estrutura do curso
O objetivo do curso é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes profissionais de saúde envolvidas na cadeia de vacinação para Covid-19 no atual contexto da pandemia. Ao final do curso, espera-se que o aluno seja capaz de conhecer os aspectos gerais da Covid-19 no Brasil e no mundo; os aspectos e particularidades da vacina - composição; organização e distribuição; conservação e armazenamento; sistemas de registros; informações sobre segurança; além de conhecer os protocolos específicos de vacinação.
Módulo 1 - Introdução às vacinas: conceitos, desafios e desenvolvimento
Módulo 2- Vacinas Covid‑19: produção, transporte, conservação e armazenamento
Módulo 3 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos
Módulo 4 - Sala de Vacina Covid‑19: organização e procedimentos para populações vulnerabilizadas
Módulo 5 - Vacinas e vigilância
Assista ao vídeo de divulgação do novo curso
Somente nos primeiros meses de 2021, foram registrados 7,8 mil novos casos oficiais da Covid-19 entre pessoas em privação de liberdade e trabalhadores desses estabelecimentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Juntos, os estabelecimentos dos sistemas prisional e socioeducativo já contabilizaram cerca de 69 mil ocorrências da doença desde o início da pandemia. Os dados são preocupantes e apontam ainda grande necessidade de atenção a esse grupo. Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional segue com inscrições abertas. Quase 4 mil pessoas já fizeram o curso. Não perca a oportunidade
O curso de atualização autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional é oferecido pelo Campus Virtual Fiocruz na modalidade à distância. Ele é composto de duas unidades – Coronavírus e o sistema prisional e Plano de Contingência no ambiente prisional –, com carga horária total de 15h. A formação é voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área. A iniciativa integra o rol de cursos disponíveis no CVF que tratam das questões relacionadas ao coronavírus.
De acordo com o monitoramento, são 46.901 os registros da doença entre pessoas presas e 15.450 entre servidores desses estabelecimentos, com 253 óbitos. No sistema socioeducativo, 1.541 adolescentes em privação de liberdade foram contaminados, além de 5.104 servidores, com 32 mortes registradas. O acompanhamento sobre a situação da pandemia nessas instituições é feito pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), a partir de dados disponibilizados pelas autoridades locais. O acompanhamento é realizado com o auxílio do programa Fazendo Justiça, parceria do CNJ com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública para a superação de desafios estruturais nos sistemas de privação de liberdade.
Tais dados embasam a demanda por uma formação voltada às especificidades da população privada de liberdade, que historicamente é reconhecida por ser exposta à carga elevada de doenças infecciosas, respiratórias e outras comorbidade, como HIV, vírus da hepatite C e a tuberculose.
Em breve, o Campus Virtual Fiocruz lançará novas formações relacionadas ao coronavírus. A primeiras delas será o curso Vacinação: Protocolos e procedimentos, cujo objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. Acompanhe as nossas notícias!
Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional
Coronavírus e o sistema prisional:
Plano de Contingência no ambiente prisional:
Conheça outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de Covid-19
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle
Planejamento escolar local na transpandemia
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19
Caminhos e conexões no ensino remoto
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Saiba mais sobre novos cursos que serão lançados em 2021:
Vacinação: Protocolos e procedimentos
Seu objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. O curso está dividido em quatro módulos: História e produção de vacinas e as vacinas Covid-19; Produção, transporte, conservação e armazenamento; Sala de Vacina Covid-19: organização e procedimentos; e Vacina e vigilância: questões clínicas e sistemas de registros.
Introdução ao SUS (nome preliminar)
O curso visa apresentar as bases de criação do Sistema Único de Saúde, bem como tratar de suas questões estruturais e a forma de organização da atenção à saúde em seus diferentes níveis e também das vigilâncias em saúde. Ele será aberto a todos os interessados no tema. A formação é dividida em três módulos: Movimento sanitário, criação e configuração do SUS; Condições estruturais para o desenvolvimento do SUS; e Organização da atenção e das vigilâncias em saúde
História da Saúde Pública no Brasil
O curso visa contribuir para a formação de profissionais e estudiosos da saúde pública críticos e reflexivos, cientes dos desafios relativos à formulação e implantação de políticas setoriais e das diferentes questões concernentes às práticas profissionais do campo. Inicialmente, ele será voltado a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. Durante o curso serão discutidas as formas como, em diferentes contextos, a assistência à saúde foi organizada; o modo como se enfrentou epidemias e se organizou serviços de saúde.
A Casa de Oswaldo Cruz recebe, em 19 de março, às 14h, o professor Marcos Napolitano, da Universidade de São Paulo (USP), para a aula inaugural Negacionismos e revisionismos ideológicos: o conhecimento histórico em xeque. A atividade, que abre o ano letivo dos cursos de pós-graduação das áreas de história, patrimônio cultural e divulgação científica da instituição, será transmitida ao vivo pela página da Casa no Facebook. O encontro é aberto a todos os interessados.
"Eu pretendo apresentar a discussão atual sobre o negacionismo, que é um fenômeno relativamente novo na conjuntura brasileira. [A aula vai abordar] não somente o negacionismo histórico, mas [também] os negacionismos científicos, que vêm tomando conta do debate público, e também discutir as fronteiras entre o revisionismo historiográfico e o revisionismo ideológico", afirma Marcos Napolitano, destacando a importância do tema no contexto atual.
Especialista no período do Brasil Republicano, com ênfase no regime militar, e na área de história da cultura, com ênfase nas relações entre história e música popular e história e cinema, Marcos Francisco Napolitano de Eugênio é doutor e mestre em História Social pela USP, instituição da qual é docente. Foi professor no Departamento de História da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entre 1994 e 2004 e professor visitante do Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL) da Universidade de Paris III, em 2009.
O curso de Formação de Educadores Populares para a Promoção da Economia Social e Solidária em Tempos Covid-19 recebe inscrições até 3 de março. Ele é oferecido pela Escola de Governo Fiocruz – Brasília, em parceria com o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece). As inscrições devem ser feitas por meio do Campus Virtual Fiocruz. Voltado a todos os interessados em multiplicar conceitos e práticas da economia solidária nos territórios, em especial no Distrito Federal (DF), a formação é online e as atividades incluem orientações para que os alunos viabilizem ações locais em suas comunidades. A aula inaugural do curso será realizada nesta terça-feira, 23 de fevereiro, a partir das 16h, no canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Na ocasião, haverá o lançamento do Fundo de Resiliência Solidária do DF e palestra do professor Ladislau Dowbor, com o tema “Economia solidária no enfrentamento das consequências socioeconômicas da Covid-19”. Acompanhe!
O curso é dividido em três módulos: “A pandemia de Covid-19 e os novos paradigmas da economia”; “Economia social e solidária: economia circular – autogestão e autonomia popular”; e “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2030 e a intersetorialidade entre as políticas públicas: não deixar ninguém para trás!”. As aulas online serão realizadas de 4 de março a 1º de abril, sempre às quintas-feiras, das 14h às 18h. Confira a programação aqui.
As crises sanitária e econômica ocasionadas pela Covid-19 revelaram ainda mais a necessidade de um modelo de gestão territorial que fortaleça as comunidades e sua resiliência, com inclusão social, cooperativismo e iniciativas a partir dos recursos existentes nos territórios. Nesse contexto, a economia solidária é uma alternativa que pode ampliar a estrutura para uma economia e um mercado de trabalho organizados a partir das necessidades locais, promovendo a coesão social e uma governança local participativa, com produção mais sustentável e melhor distribuição das riquezas. “O objetivo do curso é disseminar práticas de organização produtiva cooperativa e solidária em comunidades vulneráveis, para que tenhamos a população mobilizada e organizada em empreendimentos sociais que gerem trabalho e renda”, afirma o responsável pela iniciativa, o professor Wagner Martins, que também é o coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz Brasília.
Os princípios da economia solidária podem ampliar as oportunidades para o desenvolvimento local, por meio de uma economia mais justa e humanizada, com políticas que assegurem o bem-estar da comunidade, em especial das populações vulnerabilizadas. O curso abordará, ainda, alternativas de sistemas financeiros que ampliem as oportunidades de investimento e geração de renda para as comunidades, e visa apoiar projetos de implantação da Agenda 2030, voltados à construção de territórios mais saudáveis e sustentáveis.
O Curso integra um projeto desenvolvido pelo Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece), entidade gestora do Banco Comunitário da Estrutural, com alunas da Especialização em Governança Territorial para o Desenvolvimento Saudável e Sustentável, realizada pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) – Campus Estrutural e pela Fiocruz Brasília. Esse projeto foi um dos selecionados pelo Programa Inova Fiocruz.
Lançamento do curso e do Fundo de Resiliência Solidária do DF
A aula inaugural do Curso será realizada no dia 23 de fevereiro, das 16h às 18h, no no canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Na ocasião, haverá o lançamento do Fundo de Resiliência Solidária do DF e palestra do professor Ladislau Dowbor, com o tema “Economia solidária no enfrentamento das consequências socioeconômicas da Covid-19”.
Participarão do lançamento: Flora Fonseca, gestora de comunicação do Comitê Estrutural; Leonora Mol, fundadora do Banco do Bem; Joaquim Melo, fundador do Banco Palmas; Abadia Teixeira, presidente do Mece e Banco Comunitário da Estrutural; Martin Hahn, diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil; Paloma Casero, diretora do Banco Mundial para o Brasil; Morgan Doyle, representante do Grupo BID no Brasil; André Clemente Lara de Oliveira, secretário de Economia do DF; Mayara Rocha, secretária de Desenvolvimento Social do DF; e Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.
Conheça o palestrante
Dowbor é formado em economia política pela Universidade de Lausanne (Suíça) e doutor em ciências econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia (Polônia). Atualmente, é professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi consultor de diversas agências das Nações Unidas e governos, além de Sebrae e outras organizações do sistema “S”. Atua como conselheiro no Instituto Polis, IDEC, Instituto Paulo Freire, Conselho da Cidade de São Paulo e outras instituições. Sua área principal de atuação é o ensino e a organização de sistemas de planejamento. É autor e coautor de cerca de 40 livros. Saiba mais sobre o palestrante em dowbor.org.
O Fundo de Resiliência Solidária (FRS) é uma das metas do projeto “A construção de capacidades sociais para o enfrentamento da Covid-19 e suas consequências nos territórios pós-pandemia”, financiado pelo Programa Ideias Inovadoras (Inova) da Fiocruz, por meio do edital “Ideias e Produtos Inovadores – Covid-19”. O edital foi criado para apoiar propostas que possam trazer ações, decisões e respostas rápidas, no contexto da pandemia de Covid-19.
O projeto é uma iniciativa de alunas do curso de especialização em Governança Territorial para o Desenvolvimento Saudável e Sustentável, realizado pela Fiocruz Brasília e pelo Instituto Federal de Brasília (IFB/Campus Estrutural), em parceria com o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece), entidade gestora do Banco Comunitário da Estrutural.
O objetivo principal do Fundo é auxiliar pessoas de comunidades de maior vulnerabilidade social, severamente afetadas pelos impactos socioeconômicos da Covid-19. O FRS foi pensado como estratégia na forma de apoio a empreendimentos sociais e cooperativos que gerem renda e trabalho para fortalecer comunidades vulneráveis do DF, por meio da arrecadação de fundos a serem reinvestidos nas comunidades com foco na economia solidária.
Estão abertas as inscrições para o curso de Iniciação à Ciência em Animais de Laboratório. Com um total de 60 vagas, a formação, que é livre e será oferecida de maneira remota, busca capacitar profissionais para atuarem em instalações de criação animal (biotérios). O curso aborda conceitos básicos e fundamentais para uma ampla compreensão acerca do trabalho desenvolvido em áreas de criação de animais de laboratório, visando ao bem-estar animal. Ele é oferecido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) e as inscrições podem ser feitas até 8 de março.
O uso ético de animais de laboratório em pesquisas no campo da saúde é de fundamental importância para a pesquisa biomédica, na busca de tratamento e cura de doenças, no desenvolvimento de fármacos e vacinas, assim como no apropriado controle de qualidade de eficácia.
O curso visa a apresentar as espécies, as condições para a criação e a manutenção de animais de laboratório; a estrutura física e os equipamentos específicos de um biotério; os mecanismos de controle da qualidade animal e de desenvolvimento animal; bem como identificar as técnicas de manejo animal e os procedimentos para o cumprimento de um programa de criação para a pesquisa.
Vale ressaltar que não há aulas práticas com manuseio de animais nos cursos ministrados pelo ICTB/Fiocruz, evitando, assim, situações de estresse para os animais. Para tanto, são usados métodos alternativos ao uso de animais para fins didáticos, como reproduções tridimensionais, simuladores, filmes e visitas técnicas para observação (em caso de cursos presenciais).
Proporcionar a qualificação de profissionais que atuam, desejam atuar ou que necessitem de conhecimentos na Ciência em Animais de Laboratório é procedimento estratégico para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, e para a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Esses conhecimentos fazem do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos uma referência nacional para a formação de profissionais na referida área.
O curso está sob a coordenação-geral de Etinete Nascimento Gonçalves e coordenação técnica de Klena Sarges. Ele é voltado a profissionais egressos do Ensino Médio; a técnicos em biotérios; aos profissionais que atuam ou desejam atuar em biotérios; e aos que estão se graduando em carreiras da área da saúde.
As aulas serão remotas, ou seja, acontecerão ao vivo por meio da internet. Os alunos devem acompanhar durante o horário marcado (atividade síncrona). Para tanto, é necessário que os inscritos possuam equipamentos para acompanhar as aulas e acesso à internet.
O curso terá uma carga horária de 30h e será ministrado diariamente, de segunda à sexta-feira, das 13h30 às 16h30, via Plataforma Zoom, de 8 de março a 19 de março de 2021.
"Somos todos aprendentes!" Foi assim que a pesquisadora emérita e professora da Fiocruz, Cecília Minayo, iniciou a sua apresentação no 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo, realizado no âmbito do Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde. Além dela, a tarde de debates contou com palestras do professor e epidemiologista Naomar de Almeida Filho e do pesquisador Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde (Nutes/UFRJ). Durante a atividade, que marcou o encerramento do curso, aconteceu também uma grande homenagem a Cecília Minayo. Assista ao vídeo do encontro, disponível na íntegra, no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.
O Curso Internacional buscou contribuir para a consolidação das funções da Escola de Governo da Fundação, trazendo para a discussão temas candentes da área das ciências sociais e humanas e políticas de educação em saúde. Ele cumpriu o papel de disseminador de temas educacionais com vistas a embasar discussões e reflexões sobre a prática pedagógica docente no âmbito da Fiocruz e das Escolas de Saúde.
Seu público-alvo foram docentes da Fundação, das Escolas e Centros Formadores das Redes de Formação em Saúde Pública (RedEscola), da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), das Escolas de Saúde Pública do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf), da Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, da Rede Latino-Americana de Escolas de Saúde Pública, além de professores universitários, estudantes de pós-graduação e outros profissionais envolvidos no tema.
Todas as sete apresentações foram gravadas e estão disponíveis para acesso no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.
Educação e desigualdades no mundo contemporâneo
A mesa de encerramento reuniu Naomar de Almeida Filho e Gustavo Figueiredo em torno da questão da educação e das desigualdades no mundo contemporâneo. Os debates foram mediados por Terezinha de Lisieux Quesado Fagundes, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Abrindo as apresentações, Terezinha lembrou que, junto com a educação, a questão da desigualdade permeou todas as discussões realizadas durante o curso. Ela ressaltou a importância do papel da educação e das ciências sociais e humanas para a superação das desigualdades. "Nós, das áreas da saúde, educação e social, devemos nos unir aos esforços já existentes em outras áreas para diminuir, superar e, se for o caso, acabar com tantas desigualdades que se manifestam na questão do trabalho, assim como nas questões de gênero, sexo, raça, colonialização e da própria educação, que foram abordadas e debatidas nos seis webinários anteriores promovidos pelo curso".
Durante sua fala, Naomar mencionou que a educação deveria ter sido o quarto pilar da saúde coletiva, além da epidemiologia, das ciências humanas e sociais em saúde, e da política, gestão e planejamento. Mas, por uma série de circunstâncias, a educação não assumiu tal lugar. De acordo com ele, "quando buscamos as raízes das desigualdades e iniquidades em saúde, descobrimos que existe uma fonte primária que é a desigualdade em educação. E isso vem me incentivando muito nesse processo de discussão. Do ponto de vista de reprodução da sociedade, a educação é eixo, centro e estrutura de base para a compreensão dessa questão", defendeu.
Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nutes/UFRJ), fez sua exposição a partir de resultados de projetos de pesquisa que vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, entre eles, sobre processo de formação política no enfrentamento das desigualdades sociais; e a formação pedagógica de doentes na saúde em busca de um modelo com novos padrões de ensino-aprendizagem para as escolas de governo em saúde. Durante a exposição, ele buscou articular questões referenciais das ciências humanas, da saúde, sociais e políticas e argumentou que as desigualdades na educação também são reflexos de outras desigualdades que fazem parte da estrutura patriarcal do Estado brasileiro, e também da maioria dos Estados latino-americanos e muitos Estados africanos.
Pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes
"O que é pesquisa?”, questionou Cecília Minayo, apontando que a mesma é uma curiosidade colocada em prática. A pesquisa se propõe a resolver um problema da vida real no longo ou curto prazo. Além do mais, toda ela traz conhecimento novo, renova o saber e permite o desenvolvimento humano. Com muito humor, Cecília defendeu que todo professor é um aprendente com um pouco mais de juízo do que os alunos.
“O ensino baseado em pesquisa mostra que o verdadeiro ensino é aquele que responde à necessidade do indivíduo. Mas não para aumentar o individualismos e, sim, para que os alunos assumam a responsabilidade pelo seu aprendizado, desenvolvam o pensamento crítico. Portanto, o professor aparece como uma figura central capaz mediar, motivar, facilitar e estimular a problematização”. Cecília encerrou dizendo que “pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes”.
"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"
Tania Celeste, responsável pela elaboração e condução do Curso Internacional encerrou o último encontro com uma grande homenagem a Cecília Minayo em nome da Fiocruz, do grupo de trabalho, alunos do curso e integrantes da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação. “Temos muito a agradecer em nome da ciência e da saúde brasileira, latino-americana e também de outros países do mundo pelo seu talento e competência; e sua contribuição em variadas esferas da vida brasileira que ela dialoga”, disse. Tânia lembrou de Itabira, cidade natal de Cecília, que também foi berço do poeta Carlos Drummond de Andrade. Para tanto, trouxe pequenos recortes de suas poesias, que, em seu entendimento, versam com toda obra e colaboração de Cecília: "Perder tempo é aprender coisas que não interessam. Priva-nos de descobrir coisas interessantes" e "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo".
“Temos muito orgulho e admiração por Cecília, uma mulher forte, engajada, com enorme capacidade de trabalho e afeto”, disse Tania, lembrando sua rica vivência pessoal com Cecília. Ela acredita que sua obra traga para as pessoas a mesma sensação que ela sente no convívio: amparo... instigação. “Cecília desafia, mas traz questões que nos ajudam a buscar as melhores ferramentas para os nossos estudos, fazendo isso sempre com muita ciência e engajamento. Por isso digo: Cecília, seus ensinamentos fertilizam os caminhos da ciência pela vida, indicando sempre novos caminhos às gerações que a sucedem. A você, o nosso emocionado e carinhoso obrigada!”.
Assista a íntegra do 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo:
Assista aos outros temas debatidos durante o Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde:
6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Português
6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Español
5º Webinario | Decolonialidade e o cotidiano na sala de aula - Português
5º Webinario | Decolonialidad y el cotidiano em el aula - Español
4º Webinario | Formação e trabalho em saúde no Brasil - Português
4º Webinario | Formación y trabajo em salud em Brasil - Español
3º Webinario | O Caráter Interdisciplinar da Educação - Português
3º Webinario | El carácter interdisciplinar de la educación - Español
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A pandemia de Covid-19 provocou impactos sem precedentes no desenvolvimento escolar em todo o mundo. Gestores, autoridades de saúde e profissionais da educação estudam maneiras de retornar às atividades nas escolas com segurança. A Fiocruz vem atuando em diversas frentes, com a publicação de manuais, a elaboração de cursos e a realização de debates que auxiliem nesse processo. Na próxima segunda-feira, 8/2, às 18h, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar o seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas. Ele é aberto ao público e será transmitido pelo Youtube. Recentemente, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) publicou a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. Além disso, o Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para o curso online e gratuito Caminhos e conexões no ensino remoto, voltado a docentes e profissionais da área de educação.
Confira todas as iniciativas
O seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas será transmitido online pelo canal da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC/Fiocruz no Youtube. A atividade conta com a presença da pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo, do médico sanitarista Gonzalo Vecina, e as professoras Deise Vianna, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Claudia Vieira, que atua na rede pública de ensino.
A iniciativa faz parte de um ciclo de seminários virtuais, que discutiram temas como os desafios das aulas em casa, biossegurança, reabertura das escolas e planejamento escolar local. A íntegra dos encontros realizados está disponível. O projeto é realizado pelo IOC, com o apoio do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, em parceria com a Rede de Programas de Pós-graduação em Ensino do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Cecierj. A realização do ciclo é um dos desdobramentos do documento elaborado por pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições de ensino e pesquisa, que sugere ações de promoção da saúde ambiental e estratégias para reconfiguração do espaço escolar e do processo de aprendizagem.
O curso Caminhos e conexões no ensino remoto é o tema da formação oferecida pelo Campus Virtual Fiocruz, voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.
Ele foi desenvolvido para colaborar com a retomada das atividades de ensino e em atenção à necessidade do professor por informações rápidas e práticas. No entanto, com a persistência da pandemia, a formação continua sendo necessária, visto que o curso traz um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que podem apoiar a realização de disciplinas ou outras ações educacionais na modalidade de educação remota. Ele está estruturado em formato de guia e é dividido em quatro seções independentes, que podem ser acessadas de acordo com a preferência ou necessidade de cada usuário.
A volta às aulas em meio à pandemia traz muitas dúvidas e inseguranças por parte de gestores, professores, comunidade escolar, alunos e também seus familiares. Para nortear decisões de gestores e auxiliar no esclarecimento de dúvidas, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) lançou, em janeiro de 2021, a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. O documento, elaborado com o apoio institucional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), traz normas e diretrizes, cujo objetivo é orientar sobre a retomada das atividades presenciais e contribuir para a tomada de decisão. Sua proposta é disponibilizar informações facilmente acessíveis para escolas públicas, destacando a comunicação sobre os mecanismos de transmissão da Covid-19 e a implementação de boas práticas que possam contribuir para a promoção da saúde e a prevenção dessa doença nas escolas.
*Com informações de Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)
*Imagem: Freepik
A pandemia não dá trégua. A vacina chegou, os grupos prioritários já estão sendo imunizados, mas essa ainda não é uma realidade para toda a população. Portanto, é preciso continuar cumprindo as normas de distanciamento social, bem como a indicação do uso de máscara e lavagem frequente das mãos. Outra questão extremamente relevante para o enfrentamento à Covid-19, sobretudo aos profissionais de saúde, é a capacitação. O Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para diversos cursos, online e gratuitos, sobre a temática, além de muitos outros. Confira, inscreva-se e acompanhe as novidades!
Novos cursos já estão em desenvolvimento e serão lançados no primeiro trimestre de 2021. Um deles é sobre os protocolos e procedimentos para a vacinação, cujo objetivo é atualizar e capacitar equipes no contexto da emergência sanitária.
Os interessados nas diversas formações oferecidas pela Fiocruz podem acompanhar as oportunidades na área Cursos > Inscrição e seleção > Inscrições abertas do portal Campus Virtual Fiocruz.
Cursos online desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz sobre Covid-19
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Para tanto, a Fiocruz lançou o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população.
Covid-19 e saúde no sistema prisional
Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, a Fiocruz lançou o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Confira outras iniciativas com inscrições abertas
Bem-Viver: Saúde Mental Indígena
O curso está com inscrições abertas até 18 de fevereiro. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, tem como objetivo construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. A formação foi desenvolvida pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e integra o projeto “Juntos contra a Covid-19 e na proteção de crianças e adolescentes indígenas na Amazônia Brasileira”, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), do qual participam a Fiocruz e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
Educação remota para docentes e profissionais da educação
"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema do curso voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si.
Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.
Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde
O curso online Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde é voltado, prioritariamente, a profissionais da área de saúde, para que ofereçam um atendimento mais inclusivo e acessível a pessoas com deficiência (PCD) — em especial a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Apesar do foco nos profissionais da área, ele é aberto aos interessados em conhecer mais sobre práticas inclusivas.
O curso Básico de Boas Práticas Clínicas é uma formação, online e gratuita. Ele visa atualizar profissionais que atuam em pesquisa clínica sobre as diretrizes das Boas Práticas Clínicas (BPC), cujo objetivo é garantir a condução ética e a base científica dos estudos clínicos desde sua concepção até a divulgação de resultados. O público-alvo são profissionais com nível superior ou médio que estejam envolvidos em pesquisa clínica. A carga horária total da formação é de 40h.
Com quase dois mil inscritos, o curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena prorrogou as inscrições até 25 de fevereiro. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, tem como objetivo construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. O conteúdo já está disponível aos inscritos!
A formação é composta de cinco módulos, com carga horária de 60h, e trata de aspectos relacionados à saúde mental e fatores psicossociais que já eram enfrentados pelas populações, mas que se intensificaram no período da Covid-19.
Leia +: Fiocruz lança nova formação online voltada à saúde mental indígena no contexto da Covid-19
O curso foi desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), que vem buscando implementar ações que ajudem a mitigar tais efeitos. Ele integra o projeto “Juntos contra a Covid-19 e na proteção de crianças e adolescentes indígenas na Amazônia Brasileira”, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), do qual participam a Fiocruz e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Além da formação, uma série de outras ações integra essa articulação maior que tem o objetivo de oferecer apoio aos Povos Indígenas da Amazônia brasileira na prevenção e mitigação dos impactos da Covid-19. Ele é financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e prevê que mais de 27 mil famílias indígenas sejam beneficiadas.
Temas abordados na formação:
* Grace Soares é jornalista e consultora da Fiocruz no projeto do curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena
** matéria publicada em 26/1/2021 e atualizada em 22/2/2021