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Publicado em 20/10/2022

Fiocruz realiza Semana Internacional do Acesso Aberto 2022

Autor(a): 
Fabiano Gama

Entre os dias 24 e 27 de outubro, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) e outras unidades da Fundação Oswaldo Cruz participam da Semana Internacional do Acesso Aberto 2022. Com o tema ‘Acesso Aberto para a Justiça Climática’, a comunidade científica que atua com a informação e o compartilhamento do conhecimento aberto busca mobilizar a sociedade, de maneira coletiva, em torno de temas importantes para a saúde, a vida e os direitos humanos. O Icict promove, dentro deste calendário, duas atividades online para discutir temas como Ciência Aberta, justiça climática e democracia na sociedade digital, que serão transmitidas pelo canal da VideoSaúde no Youtube.

Ao todo, seis atividades da Fiocruz estarão na programação da Semana do Acesso Aberto 2022.

O Icict participa de mesas no dia 24 de outubro, às 9h, na Apresentação das Plataformas para gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa na Fiocruz: Arca Dados e FioDMP.

Na terça-feira, 25 de outubro, às 14h, haverá o debate ‘Desafios do Acesso Aberto para a Justiça Climática’, organizado pela Rede de Bibliotecas da Fiocruz em conjunto com a Seção de Informação do Centro de Tecnologia da Informação e da Comunicação (CTIC/Icict).

Serão três debatedores nesta sessão: Diego Xavier, pesquisador do Laboratório de Informação e Saúde (LIS/Icict), onde funciona o Observatório Clima e Saúde, iniciativa de pesquisa que contempla muitos dados e indicadores científicos relacionados ao tema; Leonardo Castro, que atua com o tema no Núcleo de Ciência Aberta da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) e na Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS); E a pesquisadora e docente Mariangela Fujita, da Unesp, onde pesquisa temas relacionados à Ciência Aberta e organização do conhecimento.

A ideia do debate é compreender o papel da ciência cidadã e como os princípios do acesso aberto contribuem para a questão da justiça climática. A moderação será de Muriel Saragoussi, do Instituto Leônidas e Maria Deane/Fiocruz Amazônia.

Para participar deste encontro, é necessário realizar a inscrição na página do evento, para envio de certificados após o final da Semana do Acesso Aberto, uma vez que o evento também integra o XVI Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz.

Na quarta-feira, 26 de outubro, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde (Reciis), periódico editado pelo Icict, estará na mesa de Periódicos em acesso aberto da Fiocruz, a partir das 9h30, para discutir desafios e perspectivas para o aumento da visibilidade e impacto das pesquisas. Nesta ocasião, será apresentado o novo portal de Periódicos da Fiocruz.

Também na quarta-feira, 26 de outubro, às 14h, será realizada uma aula aberta do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS). Com o tema ‘Democracia e soberania na sociedade digital’, o seminário é alusivo ao Bicentenário da Independência, marco de 200 anos da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. O evento integra a disciplina Fundamentos da Informação, Comunicação e Saúde II, ministrada pelos docentes Rodrigo Murtinho, Renata Gracie e Viviane Veiga, do PPGICS.

E na quinta, 27 de outubro, haverá o evento ‘Gestão de Dados de pesquisa no âmbito da Ciência Aberta’, organizado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Participa Viviane Veiga, pesquisadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz e docente do PPGICS. Inscrições no site da EPSJV.

Participam desta aula Pascal Aventurier, pesquisador do Institut de Recherche pour le Développement (IRD) – instituição de pesquisa em ciências sociais sediada na França; Ligia Bahia, pesquisadora e docente do Instituto de Estudos de Ciência Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e Tarcízio Silva, que é fellow de Tecnologia e Sociedade da Fundação Mozilla e pesquisa temas como o problema do racismo em algoritmos, inteligência artificial e outras formas de discriminação nas redes digitais.

“Nesta disciplina abordamos três dimensões de políticas que têm grande impacto na saúde: as políticas de informação/dados, de informação científica e de comunicação. Com isso, o objetivo deste debate é trazer temas atuais relacionados a estas três áreas na ocasião da Semana do Acesso Aberto e do Bicentenário da Independência. Propomos uma discussão sobre a soberania na sociedade digital, trazendo uma reflexão sobre como a Ciência Aberta, de um lado, e a lógica dos algoritmos e redes digitais e a Open Health, de outro, têm implicações para nossa sociedade”, explica Rodrigo Murtinho, diretor do Icict, que está entre os organizadores.

Os eventos são abertos ao público e terão transmissão online pela Vídeo Saúde Distribuidora.

As atividades do XVI Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz continuam nos dias 3 e 4 de novembro e a programação completa será divulgada em breve no site do Icict.

Publicado em 19/10/2022

Wilson Savino e mais 11 cientistas são premiadas na Semana da Educação Fiocruz

Autor(a): 
Fabiano Gama e Isabela Schincariol

"Savino plantou sementes que se tornaram árvores, que deram outras sementes, que também se transformaram em árvores e deram outras sementes.... formando, assim, um belo jardim que se espalha pelo planeta", disse Daniela da Cruz, ex-aluna e docente do Instituto Oswaldo Cruz no Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, durante a entrega da Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional 2022 ao professor e pesquisador Wilson Savino. O evento Semana da Educação Fiocruz outorgou também o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses a 11 doutoras contempladas nesta edição, todas mulheres, fato que gerou alegria e entusiasmo entre os participantes do encontro. O vídeo da cerimônia, que aconteceu de maneira híbrida, está disponível na íntegra no canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube.

Encontro exalta a importância dos educadores para o país

Iniciando o evento, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou o momento de celebração, de pensar os caminhos da educação e homenagear pesquisas de qualidade, além de ser uma oportunidade de consagração a todos que se dedicam à educação na Fiocruz. "Vejo que a trajetória institucional da Fundação - consolidada a partir de um intenso diálogo entre muitas diferenças e divergências ao longo do tempo -, sedimentando um caminho bastante sólido no qual consensos foram estabelecidos e a força do nosso trabalho vem resultando no amadurecimento e na valorização dessa nossa missão”, comentou. 

Além de Nísia, a mesa de abertura contou as presenças da coordenadora-geral Adjunta de Educação, Eduarda Cesse, da diretora do Sindicato Nacional dos Servidores da Fiocruz (Asfoc-SN), Michelly Alves, da aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação de Biodiversidade e Saúde e coordenadora-geral da Associação de Pós-graduando da Fiocruz (APG/Fiocruz-RJ), Gabriela Soares, e da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, que exaltou a importância dos educadores para o país. "Ver a trajetória de Savino nos impressiona. Ao longo de décadas, ele formou dezenas e dezenas de jovens pesquisadores com uma dedicação extraordinária. A presença do orientador, do professor é muito decisiva na escolha profissional das pessoas. É uma alegria vê-lo receber esse prêmio, e eu estendo meus cumprimentos aos demais docentes e orientadores das profissionais premiadas. É importante destacar o esforço coletivo de vocês, das famílias, dos colegas de trabalho, sobretudo dos orientadores e professores, para que concluíssem as teses em meio a um período tão difícil como a pandemia. Desejo sucesso na trajetória profissional!, aspirou Cristiani. 

Sobre a autodescrição feita pelos participantes da mesa de abertura durante o evento, a presidente Nísia enfatizou a adoção da ação explicando que essa é uma diretriz importantíssima e faz parte da Política da Fiocruz para Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, inclusive com um comitê específico criado para esse fim na nossa insitutição. "Como bem disse Michelly Alves em sua fala, aos poucos vamos nos acostumando com aquilo que deveríamos estar sempre atentos, que são as diferenças, as diferentes formas de relação e de estar nessa vida com tantos desafios".

Uma vida dedicada ao binômio ciência-educação

Wilson Savino, pesquisador titular em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o eleito à Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional 2022. A honraria foi entregue pelas mãos da presidente Nísia, enquanto todo o auditório o aplaudia de pé. Daniela Arêas Mendes da Cruz fez, sua ex-aluna e companheira de trabalho fez uma apresentação sobre a vida e a carreira acadêmica do premiado ressaltando sua "dedicação à ciência, à educação e, como ele gosta de dizer, à formação de cabeças pensantes", comentou ela, citando ainda diferentes números que destacam a contribuição de Savino na formação de alunos em diversos programas de pós-graduação pelo Brasil e exterior. "Sei que seu maior orgulho é olhar as pessoas que formou ou ajudou a formar e vê-las formando novos alunos".

Segundo Savino, a percepção sobre a centralidade dos processos educacionais surgiu em sua vida de forma definitiva a partir da leitura de dois livros: Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, e Educação como Prática de Liberdade, de Paulo Freire, os quais ele recomenda fortemente a leitura. Ele contou que decidiu tornar-se cientista ainda na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na época Universidade do Estado da Guanabara (UEG), em 1973. Antes de terminar, transferiu-se para o curso de Ciências Biológicas, graduando-se em 1974. Nessa época, deu seus primeiros passos para a docência, atuando como monitor de Biofísica. "Claramente, ali estava plantado dentro de mim o germe da educação, já contendo a influência paulofreiriana da apropriação da liberdade através da Educação", comentou. Desde então, atua como professor, resultando hoje em sua sólida contribuição para a educação no campo da saúde. Em 1975, ingressou no mestrado em Histologia e Embriologia, no qual dois anos depois tornou-se professor assistente. Em seguida, fez doutorado em no Programa de Histologia da Universidade de São Paulo e desenvolveu a parte experimental de sua tese no Hospital Necker, da Universidade René Descartes, Paris, e, em seguida, o estágio de pós-doutorado no mesmo local. 

Em 1985, Savino foi para Fiocruz e, em 1986, passou a integrar oficialmente o Departamento de Imunologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). "Foi aqui na Fundação que consolidei minhas ações no campo da ciência e da educação, considerando o termo educação de maneira ampla". Um dos primeiros projetos desenvolvidos - e ainda em curso - foi a criação do Laboratório de Pesquisas sobre o Timo (LPT), que, segundo ele, foi um divisor de águas em sua vida acadêmica. Em 2013, Savino foi eleito diretor do IOC/Fiocruz. Em paralelo às atividades de pesquisa, durante toda a sua vida ele esteve ainda envolvido no ensino, particularmente coordenando disciplinas de pós-graduação na Fiocruz e orientando alunos. Desde que entrou na Fundação sempre participou também de forma ativa da política de ciência e tecnologia, em nível institucional e nacional. 

Criou o Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC/Fiocruz, juntamente com Eloi Garcia e Renato Cordeiro, o qual teve início em março de 1989 e até hoje é considerado de excelência internacional pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Organizou dezenas de reuniões científicas e congressos nacionais e internacionais, buscando o compartilhamento de conhecimento por parte de pesquisadores e estudantes, além de fomentar a interação entre laboratórios brasileiros e estrangeiros. Como presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, entre 1993 e 1995, criou o primeiro diretório de laboratórios de imunologia, hoje disponível no endereço SBI.

Wilson Savino agradeceu o recebimento da honraria "à Fiocruz, em particular ao Laboratório de Pesquisa sobre Timo (LPT) e, especialmente a todos os alunos e alunas que tive, com os quais muito aprendi e sigo aprendendo, pois sem alunos não há orientador”. Ele aproveitou o momento para homenagear também sua família, que tanto o apoiou ao longo de sua vida: “Meus pais, irmãos e filhos. Três gerações de Savinos que me influenciaram e influenciam de forma central a vida", concluiu.

Em 2003, ele foi nomeado membro titular da Academia Brasileira de Ciências, e, em 2020, eleito para a Academia Mundial de Ciências (TWAS). Em 2008, recebeu o título de Huésped de Honor da Universidade Nacional de Rosário, Argentina. Já em 2013, foi contemplado com o título de Chevalier dans l’Ordre des Palmes Académiques, concedido pelo Ministério da Educação Superior e Pesquisa da França, e a Medalha Louis Leloir pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina pelo trabalho cooperativo em ciência e educação com aquele país. A participação da formulação de políticas de pesquisa e formação de recursos humanos no plano na América Latina resultaram, em 2020, na outorga do Prêmio Dr. Eduardo Charreau de Cooperação Científico-Tecnológica Regional conferido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina. Em 2019, recebeu o título de Doutor honoris causa, outorgado pela Universidade Sorbonne, Paris

Dedicação e resiliência foram pontos fundamentais no desenvolvimento das pesquisas de cada uma das contempladas no Prêmio

As 11 alunas contempladas na edição 2022 do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses - 4 premiadas e 7 menções honrosas - discorreram sobre suas trajetórias, especialmente sobre os percalços e dificuldades para chegarem ao doutorado e, sobretudo, concluí-lo. Baixo financiamento para as pesquisas, sobrecarga de trabalho em diversos âmbitos e restrições ocasionadas pela pandemia de Covid-19 foram desafios comentados por quase todas elas durante o processo de desenvolvimento de suas teses. No entanto, o incentivo de seus orientandos, o amor e incentivo dos filhos e família, além da fé na ciência foram o esteio que as mantiveram firmes no caminho da pesquisa.

A doutora Jéssica Vasques Raposo Vedovi, admitiu que a caminhada da pós-graduação no Brasil é praticamente impossível sem o suporte familiar, inclusive no aspecto financeiro. "Mesmo antes da pandemia de Covid-19 já não era tarefa fácil desenvolver pesquisa aqui", disse ela, apontando que as questões políticas, de educação e financeiras são entraves no país: "Precisamos realmente querer fazer ciência no Brasil para seguir em frente. Estar aqui hoje é muito emocionante, pois mesmo com os pensamentos de desistência que passam pela nossa cabeça, ouvir sobre a história do doutor Savino e ver essa mesa repleta de mulheres na ciência me incentiva e me inspira a continuar. Se até alguns dias eu pensava em desistir, hoje eu tenho a certeza de que é isso que quero para a minha vida toda!", revelou ela. Jéssica foi contemplada com a menção honrosa no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses, na categoria Medicina. Seu trabalho, intitulado "Betaherpesvírus humano 5, 6 e 7 em pacientes transplantados e atividade antiviral do crispr/cas9 anti- alphaherpesvírus humano 1", se desenvolveu no âmbito do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e foi orientado por Vanessa Salete de Paula. 

Também esteve presente na cerimônia, a professora e Pesquisadora Emérita da Fiocruz, Cecília Minayo, que orientou o trabalho de Rosilene Aparecida dos Santos, intitulado "Crianças que não veem o sol" e desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Cecília, que também foi contemplada com a Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional na edição de 2019, destacou a garra e sensibilidade de sua aluna, e a importância desse trabalho de pesquisa para a vida das crianças internadas e dos trabalhadores do IFF/Fiocruz. Ela fez ainda uma homenagem especial aos trabalhadores do Instituto salientando o quanto trabalham, apesar do pouco recurso que têm. 

No alto de seus 84 anos, Cecília se orgulha de continuar trabalhando, como ela disse, "diuturnamente em pesquisa". Ela concluiu dizendo sentir-se muito contente "em ver que o "mulheril" está crescendo na ciência. Foi o que vi hoje aqui", disse Cecília Minayo alegremente. 

Confira a lista completa das contempladas na edição 2022 do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses:

Ciências Biológicas Aplicadas e Biomedicina

Premiada:

  • Priscila Silva Grijó Farani – Regulação de miRNAs em modelo experimental de doença de Chagas frente à terapia com Benznidazol e Pentoxifilina: relação com a cardiomiopatia chagásica crônica. Orientador Otacilio da Cruz Moreira e coorientadora Joseli Lannes Vieira. Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Menção Honrosa:

  • Sara Nunes de Oliveira Araujo – O papel do miR-193B e miR-205 na exposição in vitro de diferentes células humanas à leishmania braziliensis. Orientadora Natalia Machado Tavares. Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana, do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia).
  • Morganna Costa Lima – Neuroinflamação e Síndrome Congênita do Zika: estudo da assinatura imune em líquido cefalorraquidiano (LCR) de crianças com microcefalia e da infecção de células neuronais e endoteliais vasculares in vitro. Orientador Rafael Freitas de Oliveira Franca e coorientadoras Clarice Neuenschwander Lins de Morais e Elisa de Almeida Neves Azevedo. Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia em Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco).

Ciências Humanas e Sociais

Premiada:

  • Laís Barbosa Patrocino – Divulgação não autorizada de imagens íntimas: experiências de mulheres e de cuidados em saúde. Orientadora Paula Dias Bevilacqua. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).

Menção Honrosa:

  • Kátia Maria Barreto Souto – Participação social, políticas públicas e os caminhos da (para a) democracia participativa: trajetórias das políticas de saúde das mulheres, saúde do homem e saúde LGBT. Brasil. 2003-2019. Orientadora Marcelo Rasga Moreira. Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Medicina

Premiada:

  • Fernanda Silva Medeiros – Estudo do polimorfismo, expressão gênica e proteica do antígeno leucocitário humano g (hla-g) e do transportador associado ao processamento de antígeno (tap) em mulheres com lesão cervical infectadas por HPV. Orientadora Norma Lucena Cavalcanti Licinio da Silva. Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia em Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco).

Menção Honrosa:

  • Mariana Lourenço Freire – Desenvolvimento e validação de técnica imuno-histoquímica utilizando anticorpo monoclonal para o diagnóstico da leishmaniose cutânea. Orientador Edward José de Oliveira e coorientador Marcelo Antonio Pascoal Xavier. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).
  • Jéssica Vasques Raposo Vedovi – Betaherpesvírus humano 5, 6 e 7 em pacientes transplantados e atividade antiviral do crispr/cas9 anti- alphaherpesvírus humano 1. Orientadora Vanessa Salete de Paula. Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Saúde Coletiva

Premiada:

  • Rosilene Aparecida dos Santos – Crianças que não veem o sol. Orientadora Maria Cecília de Souza Minayo. Programa de Pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Menção Honrosa:

  • Gabriella Marques Bernardes. Multimorbidade entre idosos no Brasil: gastos em saúde, mortalidade e desigualdades socioeconômicas. Orientadora Fabíola Bof de Andrade. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).
  • Michele Rocha de Araujo El Kadri. Da atenção básica à atenção especializada e de urgência regional: os modos de fazer saúde na Amazônia das águas. Orientador Carlos Machado de Freitas. Programa de Pós-graduação em Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Logo após o vídeo, confira uma galeria de fotos do evento, tiradas por Peter Illiciev

Assista na íntegra ao vídeo da Semana da Educação 2022: 

Publicado em 03/10/2022

Encontro de divulgação científica debate periódicos científicos

Autor(a): 
Fabiano Gama

O 4º Encontro Virtual de Divulgação Científica, iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e do Fórum de Divulgação Científica da Fiocruz, traz para debate o tema Periódicos Científicos. O evento está marcado para o dia 5 de outubro, às 14h, com transmissão pelo canal da VideoSaúde no YouTube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Os encontros virtuais visam reunir pesquisadores, professores e profissionais de diferentes áreas no debate sobre questões relacionadas ao cenário da divulgação de ciência na instituição, sem perder de vista o panorama brasileiro.

A quarta edição de 2022 do encontro contará com a presença da (cargo) da Casa de Oswaldo Cruz, Roberta Cerqueira; da (cargo), do Programa de Computação Científica da VPEIC, Marília Sá Carvalho; e da (cargo), da Agência Bori, Natália Flores. O encontro será mediado pela (cargo) da Ensp, Luciana Dias de Lima.

O evento já realizou outros encontros com debates importantes. Confira abaixo os assuntos e acesse os vídeos dos encontros anteriores:

No primeiro encontro, foi debatido o tema Vacinas e Vacinações.

O segundo trouxe uma conversa sobre Inclusão e Acessibilidade.

O terceiro encontro virutal abordou o assunto Ciência Cidadã.

Fique atento ao quarto encontro, que será realizado no dia 5 de outubro, às 14h, com o tema Periódicos Científicos.

Publicado em 27/09/2022

Campus Virtual comemora 6 anos de formação para o SUS

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Neste 27 de setembro, o Campus Virtual Fiocruz comemora mais um aniversário. De 2016 para cá muito se fez. Planejamos, formulamos, crescemos, aprendemos, superamos as dificuldades da pandemia, mas, sobretudo, mantivemos a inovação e criação: seguimos firmes como uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Os últimos seis anos foram especiais para nós. Somamos atualmente quase de 450 mil alunos inscritos em cursos disponíveis na nossa plataforma. Desenvolvemos 30 cursos próprios, 11 deles sobre a temática da Covid-19, que juntos somam cerca de 150 mil alunos.

O Campus é uma coordenação ligada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Demos início a nossas atividades como uma plataforma que integra as informações de toda a comunidade acadêmica, como alunos, docentes e profissionais envolvidos nas atividades de ensino, ampliando ainda o acesso à informação para a sociedade em geral. A educação na Fundação tem caráter estratégico para a formação de quadros em saúde para o SUS e o Sistema de Ciência e Tecnologia do país. Dessa forma, o Campus Virtual está alinhado a esses princípios e vem desenvolvendo uma gama de cursos sobre diferentes temas, oferecidos à distância, que, por suas características e possibilidades de formação em escala, agilidade e abrangência, vem alcançando, dia após dia, cada vez mais profissionais em todo o Brasil e outros países.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, lembrou do significado especial que o aniversário do Campus tem para ela: "Eu estava à frente da vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação quando o CVF foi lançado, em 2016. Por meio da coordenação de Ana Furniel e dos vices de educação Manoel Barral Netto e, atualmente, por Cristiani Vieira Machado, a rede só fez crescer, alcançando resultados expressivos”, comentou. Nísia destacou ainda a atuação do Campus desde o início da pandemia e ressaltou seu expressivo crescimento. Para ela, “seis anos depois não há dúvida de que a aposta no Campus Virtual foi exitosa”.

Mais de mil diferentes cursos utilizaram nossas plataformas para sua oferta, desde a inscrição, passando pelo gerenciamento das aulas, comunidades e Ambientes Virtuais de Aprendizagem, até à certificação. Destes, cerca de 500 foram oferecidos à distância.

No que tange às ações educacionais da Fiocruz no Stricto e Lato sensu, o Campus Virtual auxiliou a instituição na adaptação ao ensino remoto e ao uso de plataformas virtuais, permitindo a continuidade da oferta de seus cursos durante a pandemia, nos diferentes níveis de formação; e também a implementação de disciplinas transversais na pós-graduação por meio de nossas plataformas, inclusive para cursos internacionais.

“A expansão do Campus não se refere somente ao aumento do número de acessos por parte da comunidade interna da Fiocruz e do público externo. Houve, sobretudo, um importante aumento do conjunto de atividades oferecidas pelo Campus”, disse a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado. O campus é uma plataforma que engloba o conhecimento do que está sendo feito na educação na Fiocruz, os cursos nos diversos níveis de formação, notícias, além de formações próprias, que têm enorme relevância, pois alcançam um grande volume de profissionais em todo país. “Ele possibilita a ligação de ambientes virtuais de aprendizagem para todos os cursos da Fiocruz, dando suporte nessa perspectiva da educação híbrida, mesmo que os cursos que sejam presenciais. Essa ação tem sido muito importante, por exemplo, na oferta de disciplinas que atendem às várias unidades da Fiocruz pelo país, e também na cooperação internacional”, disse ela.

Frente aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, o Campus Virtual Fiocruz aumentou também sua capacidade tecnológica, especialmente para o suporte de acessos simultâneos, possibilitando a realização de aulas, aplicação de provas e cursos síncronos, ou seja, para a conexão de um grande número de pessoas ao mesmo tempo.

Desenvolvemos diferentes cursos, todos produzidos em colaboração com conceituados especialistas da Fiocruz e outras instituições de ensino e pesquisa de renome. Alguns desses cursos integram também a The Global Health Network (TGHN) e estão disponíveis em três línguas. A parceria com a TGHN visa fortalecer a presença da Fiocruz nessa plataforma internacional de ensino remoto e integra um projeto mais amplo, que busca avigorar o papel da Fundação como instituição de pesquisa na área da saúde pública com vocação para cooperar e compartilhar seu conhecimento com pesquisadores de todo o mundo.

Segundo a Coordenadora do Campus, “ temos um compromisso com os princípios do acesso aberto da instituição, queremos garantir além também cursos com acessibilidade, nosso grande desafio”.

Entre os cursos mais procurados estão o curso de Manejo da Covid-19, que já está em sua segunda edição e contabiliza cerca de 70 mil inscritos, tendo sido lançado no segundo mês de pandemia; e o curso de “Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos” - lançado no início da imunização contra a Covid-19 em nosso país, e que soma quase 43 mil inscritos.

Educare completa 3 anos: uso coletivo de materiais comuns

Setembro é também o mês de aniversário da Plataforma Educare, que, em 2022, completa três anos. Com significativo crescimento durante a pandemia, este espaço de recursos educacionais abertos (REA) oferece centenas de materiais e é voltado ao aprendizado e compartilhamento do conhecimento. Os cerca de mil materiais estão disponíveis de forma livre, conforme a Política de Acesso Aberto da Fiocruz.

A chegada da pandemia potencializou o número de materiais cadastrados nesse ecossistema digital da Fiocruz, em especial as inserções sobre a temática da Covid-19. Por meio do Educare, o Campus Virtual Fiocruz vem consolidando, cotidianamente, as práticas de Educação Aberta na instituição e oportunizando a aprendizagem de forma ampla e irrestrita. Atualmente, o Educare reúne quase mil aulas, cursos completos, animações em 3D, FAQs, vídeos, exercícios, podcasts, apresentações, jogos e iniciativas voltadas ao aprendizado e compartilhamento do conhecimento.

O Campus Virtual Fiocruz e as redes sociais

Como em todas as áreas, os ambientes virtuais de interação social também vão se transformando e se adaptando de acordo com as novas necessidades ou tendências mundiais. Desde a sua criação, o Campus, que traz em seu nome o DNA do que é ou pode ser desenvolvido de forma cibernética, conta com um portal, que agrega informações diversas e abrangentes sobre a educação na Fiocruz, além de uma grande área de notícias. Buscando mais visibilidade para suas ações e agilidade na comunicação, o CVF - que possui canal e página no Facebook, com quase 25 mil seguidores, e no Youtube, com uma média de 3 mil inscritos -, acaba de criar um perfil na rede social Instagram: @campusvirtualfiocruz Nos acompanhe por lá também!!!

 

Publicado em 20/09/2022

Canal Saúde fala sobre aniversário do Campus Virtual

Autor(a): 
Fabiano Gama

O Boletim Ciência, que faz parte da série Fomento à Ciência, do Canal Saúde, apresentou o Campus Virtual da Fiocruz, a rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde, onde pessoas e instituições parceiras compartilham serviços e atividades. O programa foi feito no âmbito das comemorações de seis anos do CVF. A coordenadora do Campus Virtual, Ana Furniel, que também é Coordenadora adjunta dos Cursos de Qualificação e EAD da Fiocruz, lembrou o momento de criação da plataforma, falou sobre suas diversas formas de oferta e sobre a importância da formação de profissionais para o SUS.

O Campus Virtual da Fiocruz está no ar desde 27 de setembro de 2016. É uma rede de conhecimento e aprendizagem que compartilha serviços e cursos produzidos em parceria com unidades da Fiocruz e de outras instituições de pesquisa.

Ligado à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic) da Fiocruz, a plataforma contabiliza mais de 450 mil alunos inscritos nos seus diversos cursos disponíveis.

“A educação tem um caráter estratégico na Fiocruz, justamente na formação desses profissionais, tanto para o SUS quanto para o Sistema de Ciências e Tecnologia". Ana Furniel explicou que o Campus Virtual foi criado para fazer a integração das ações de ensino na Fiocruz.

Confira a entrevista completa:

 

Publicado em 06/09/2022

Mostra Audiovisual Estudantil está com inscrições abertas

Autor(a): 
Fabiano Gama

Realizada desde 2011, a Mostra Audiovisual Estudantil Joaquim Venâncio reúne alunos e professores do ensino fundamental e médio em um encontro voltado à exibição da produção audiovisual estudantil. Em 2022, a Mostra chega à sua 10ª edição e será realizada nos dias 16 e 17 de novembro em formato híbrido (online e presencial - Av. Brasil, 4365, em Manguinhos, no Rio de Janeiro). As inscrições podem ser feitas até 1º de outubro.

O evento busca aproximar alunos de escolas públicas – historicamente distantes de processos de utilização de tecnologias – ao exercício da investigação, do pensamento, indo além do tecnicismo e da preocupação exclusiva com o produto final, provocando a discussão acerca das produções audiovisuais e de sua homogeneização.

A programação contempla o debate com diretores e produtores do cinema nacional, com educadores ligados à difusão e implementação de projetos de educação audiovisual no país, bem como a realização de oficinas dedicadas à exploração lúdica de gêneros e técnicas diversas (luz, som, sonoplastia, animação, roteiro, videoclipe, etc).

Serão aceitos vídeos curtos entre 10 segundos e 15 minutos. Devido ao período da pandemia do Covid-19, essa edição aceitará vídeos produzidos nos anos de 2018, 2019, 2020, 2021 e 2022. Vídeos produzidos por alunos em ambiente escolar também podem ser encaminhados.

Os vídeos em outros idiomas deverão incluir legendas em português, e a legenda no idioma original também deverá ser enviada.

Publicado em 16/08/2022

Encontro de divulgação científica debaterá ciência cidadã 

Autor(a): 
CCS/Fiocruz

A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) promoverá no dia 18 de agosto, às 14h, o 3º encontro virtual de divulgação científica. O tema desta edição é Ciência Cidadã. A transmissão da mesa de debate pode ser acompanhada pelo canal da VideoSaúde Distribuidora no Youtube, com tradução para Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os encontros visam reunir pesquisadores, professores e profissionais de diferentes áreas para debater as questões relacionadas ao cenário da divulgação de ciência na instituição.

A iniciativa contará com a participação da coordenadora da Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fiocruz, Marcia Chame; do pesquisador da Fiocruz Pernambuco, André Monteiro; e da pesquisadora da UFRJ, Sarita Albagli. O encontro será mediado pela coordenadora de Informação e Comunicação da VPEIC, Vanessa Jorge.

Publicado em 08/08/2022

Fiocruz lança curso trilíngue sobre Emergências de saúde pública e sociedade civil

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Acaba de entrar no ar o curso trilíngue, online e gratuito, Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil. A formação está disponível em português, pelo Campus Virtual Fiocruz, e em inglês e espanhol, por meio da plataforma The Global Health Network (TGHN). Seu objetivo é promover o diálogo entre conhecimentos técnico-científicos já consolidados e as experiências sobre eventos extraordinários de risco à saúde pública protagonizados pela sociedade civil organizada.

Inscreva-se já - Português
Inscreva-se já - Inglês
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Esta iniciativa, do Campus Virtual em parceria com a THGN, integra o catálogo de cursos da Fundação no Hub Fiocruz na plataforma internacional.  

Etnografia virtual de movimentos sociais no enfrentamento da Covid-19

O curso em inglês e espanhol foi lançado nesta segunda-feira, 8/8/22, durante o seminário virtual Participação social e emergências sanitárias. Na ocasião, também foi lançado o material que traz os resultados da pesquisa Etnografia virtual de movimentos sociais no enfrentamento da Covid-19: Experiências coletivas e comunitáris na América Latina (também disponível em inglês e espanhol). O estudo — que buscou conhecer as estratégias organizadas pelas populações vulnerabilizadas e que foram amplamente afetadas pela pandemia da Covid-19 na América Latina, com foco no Brasil, México e Equador — foi desenvolvido em três grandes etapas. A primeira compreendeu um amplo levantamento de movimentos sociais de populações vulnerabilizadas historicamente constituídos nos três países foco. A segunda, selecionou os movimentos sociais que são ativos na internet e nas redes sociais e que conduziram ações específicas de contingenciamento da pandemia frente às populações que representam; e a terceira tratou de uma etnografia virtual, por meio de estudos de caso no Brasil, México e Equador de povos indígenas e populações não indígenas em contextos urbanos, com abrangência nacional e local, durante o período de março de 2020 (início da pandemia) a junho de 2021. 

O projeto também é fruto de uma parceria entre a Fiocruz e a The Global Health Network (Universidade de Oxford) e foi financiado pelo projeto Covid-19: Strengthening Global Research Collaboration and Impact by Sharing Methods, Tools and Knowledge Between Countries, Networks and Organisations, e teve a colaboração em rede com centros de pesquisa no Brasil, México e Equador. Ele foi desenvolvido sob a coordenação-geral dos pesquisadores da Fiocruz Flávia Bueno e Gustavo Matta, e a coordenação técnica de Juliana Kabad.

Acesse o documento: Português — Inglês — Espanhol

Durante a mesa de abertura do evento, o coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Emergências em Saúde Pública, ligado ao Centro de Estudos Estratégicos Antônio Ivo de Carvalho (Niesp/CEE/Fiocruz) e um dos responsáveis pela pesquisa, Gustavo Matta, destacou a relevância da participação social para a Fiocruz. Segundo ele, "essa é uma discussão bastante cara para nós, e tentamos abrangê-la sob uma perspectiva mais crítica, inclusiva e sinérgica entre pesquisadores, atores, autoridades sanitárias e movimentos sociais, como os que estão aqui conosco hoje". Gustavo comentou ainda que o Niesp realiza pesquisas e atividades relacionadas à emergências sanitárias a partir de uma visão das ciências sociais e ciências humanas, sendo a discussão da participação social, e a concepção de engajamento público e comunitário, um dos eixos fundamentais desse trabalho.

Já a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, lembrou com tristeza que a América Latina responde por mais de 27% das mortes por Covid-19, ressaltando que as populações foram desigualmente afetadas e, para ela, "todas as desigualdades estruturais que nós experimentamos na nossa trajetória foram expressas de forma contundente nesta emergência sanitária". Cristiani apontou ainda que a participação social é um elemento fundamental para as políticas públicas e, muito mais do que isso, para a própria efetividade da democracia. Ela falou ainda sobre o orgulho que sente com a construção do curso 'Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil', "não somente pela forma como ele foi feito, mas especialmente pelo seu desenvolvimento com diálogo e a inserção de outros países". 

Assista ao seminário virtual em português: 


Para assistir ao seminário virtual em espanhol, clique aqui.

Conheça o curso Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil

A ideia central da formação é oferecer instrumentos a partir do conhecimento dialogado, que propiciem a garantia do direito à saúde e à informação, bem como estabelecer trocas com os movimentos sociais e colaborar com a sua atuação como mediadores e produtores de conhecimento. Ele é composto de nove aulas que somam uma carga horária de 30h, e é voltado a representantes e envolvidos com movimentos sociais, mas aberto também a todos interessados nessa temática. 

A plataforma The Global Health Network (TGHN)

A inserção deste curso na TGHN faz parte da iniciativa de fortalecimento da presença da Fiocruz nessa plataforma de ensino remoto e integra um projeto mais amplo, que visa fortalecer o papel da Fundação como instituição de pesquisa na área da saúde pública com vocação para cooperar e compartilhar seu conhecimento com pesquisadores de todo o mundo. A ideia central é alcançar o máximo de pessoas possíveis em toda a América Latina e estabelecer um diálogo profícuo entre pesquisadores, sociedade civil e trabalhadores de saúde. 

A The Global Health Network (TGHN) é um ambiente digital internacional destinado à promoção da ciência. Há cerca de quatro anos, a Fiocruz tem um Hub na plataforma, fruto de um acordo firmado entre a Fundação e a Universidade de Oxford.  Esse espaço colaborativo e de acesso aberto da Fundação na plataforma TGHN visa fortalecer redes e melhorar as capacidades de pesquisa em saúde pública regional e globalmente, propiciando um potente ambiente virtual no qual profissionais, estudantes e pesquisadores podem compartilhar experiências, conhecimentos, recursos e ferramentas de pesquisa.

Publicado em 19/07/2022

Fiocruz realiza I Encontro da Rede Brasileira de Repositórios Digitais em agosto

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

Com o intuito de promover ações conjuntas e integradas, os repositórios científicos brasileiros promovem, em agosto, o primeiro evento nacional da área. Trata-se do “I Encontro da Rede Brasileira de Repositórios Digitais”, que será realizado entre os dias 9 e 11 de agosto, das 9h às 13h, promovendo a troca de experiências e reflexões sobre os repositórios digitais.

O evento é promovido em parceria entre o Icict/Fiocruz, Ibict e as Redes Regionais de Repositórios, e terá transmissão online pelo canal da Videosaude. O tema central é Ciência Aberta e Repositórios Digitais, tendo como principal objetivo destacar a importância do trabalho em rede, promover a troca de experiências e a valorização das instituições que possuem repositórios digitais (Institucionais e de Dados), além da atuação pela Ciência Aberta.

Programação e inscrições

O Encontro será organizado por mesas-redondas temáticas. No dia 09 de agosto, após a mesa de abertura, será realizada a mesa 'As Instituições e as práticas de Ciência Aberta'; Nos dias seguintes, serão duas mesas-redondas por sessão: no dia 10 de agosto: 'Preservação Digital de Repositórios' e 'Repositórios de Dados de Pesquisa'; e no dia 11 de agosto, as mesas Incubadora de Repositórios de Dados e Curadoria e Qualidade nos Repositórios. A mediação das mesas será feita pelas coordenadoras das redes regionais. Confira aqui o programa completo do evento ou no menu lateral da página.

O evento é aberto ao público mediante inscrições no site do evento. Apenas os participantes inscritos e confirmados pela plataforma receberão certificado de participação após o encerramento do evento.

Articulação em rede

O Icict/Fiocruz coordena a Rede Sudeste de Repositórios Digitais, criada em 3 de outubro de 2017 no evento Pré-ConfOA, que antecedeu a 8ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (ConfOA) realizada na Fiocruz. Através da assinatura da “Carta do Rio”, as instituições de ensino e pesquisa passaram a compor a Rede que integra a Rede Brasileira de Repositórios Digitais, coordenada pelo Ibict. Atualmente a Rede Sudeste é composta por 80 Instituições e tem como objetivo promover o compartilhamento de informações e experiências sobre Repositórios, através da realização de reuniões, eventos e cursos.

A Rede Brasileira de Repositórios Digitais

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) é a instância responsável pela coordenação da Rede Brasileira de Repositórios Digitais que é constituída pelas Redes Regionais Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As Redes Regionais reúnem as instituições de ensino e pesquisa, públicas e privadas do Brasil que atuam nos seus contextos com o objetivo de promover a criação, otimização, sustentabilidade dos repositórios digitais, fortalecendo o trabalho cooperativo para o alinhamento com a Ciência Aberta e com as políticas de acesso aberto em âmbito nacional e internacional.

I Encontro da Rede Brasileira de Repositórios Digitais
Temática: Repositórios Digitais e Ciência Aberta
Programação completa: Disponível em PDF - clique aqui.
Inscrições: https://doity.com.br/i-encontro-da-rede-brasileira-de-respositorios-digitais
Transmissão online: www.youtube.com/videosaudedistribuidoradafiocruz

Publicado em 15/07/2022

Vice-presidente de Educação fala sobre sistemas de saúde mundiais em entrevista ao Canal Saúde

Autor(a): 
Fabiano Gama*

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Machado, falou sobre o funcionamento dos sistemas de saúde públicos em alguns países. A temática foi tratada no programa Sala de Convidados, em 14 de julho. A entrevista está disponível no site do Canal Saúde e também no canal do Youtube.

Durante a pandemia, percebemos a importância de se ter um sistema universal de saúde. Também vimos que muitos países com economia forte não ofereceram amparo igualitário no acesso ao atendimento médico e à vacinação.

Como o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, não há igual, cerca de 80% da população depende exclusivamente dele. O sistema de saúde pelo mundo enfrenta muitos desafios, mas também pode servir de exemplo para o aprimoramento da nossa saúde pública.

Cristiani Machado destaca que um sistema universal significa que a saúde é conhecida como um direito de todos. “Todas as pessoas podem acessar serviços e ações de saúde conforme a sua necessidade, sem ter que pagar por isso, independentemente do problema de saúde que ela tenha”, afirma Cristiani.

O sistema de saúde do Brasil foi inspirado no sistema de saúde inglês, criado no pós-guerra, por ser um sistema universal, abrangente, financiado por impostos gerais. Mais do que isso, o SUS foi criado no âmbito de uma concepção de seguridade social, com a lógica de direito e não de caridade.

“O SUS foi proposto no meio dos debates de redemocratização do país, com a participação de movimentos sociais, do movimento sanitário brasileiro, que fazia uma crítica das políticas sociais e daquele sistema de saúde que era ineficiente, caro e atendia só uma parte da população brasileira”, explica Cristiani.

“Temos que enfrentar os desafios do SUS para aprimorá-lo, para superar os problemas. A perspectiva de um sistema universal que nós temos é muito relevante para o nosso país, orienta Cristiani Machado.

 

 

*Com informações do Canal Saúde.

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