Estão abertas as inscrições para o curso de Iniciação à Ciência em Animais de Laboratório. Com um total de 60 vagas, a formação, que é livre e será oferecida de maneira remota, busca capacitar profissionais para atuarem em instalações de criação animal (biotérios). O curso aborda conceitos básicos e fundamentais para uma ampla compreensão acerca do trabalho desenvolvido em áreas de criação de animais de laboratório, visando ao bem-estar animal. Ele é oferecido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) e as inscrições podem ser feitas até 8 de março.
O uso ético de animais de laboratório em pesquisas no campo da saúde é de fundamental importância para a pesquisa biomédica, na busca de tratamento e cura de doenças, no desenvolvimento de fármacos e vacinas, assim como no apropriado controle de qualidade de eficácia.
O curso visa a apresentar as espécies, as condições para a criação e a manutenção de animais de laboratório; a estrutura física e os equipamentos específicos de um biotério; os mecanismos de controle da qualidade animal e de desenvolvimento animal; bem como identificar as técnicas de manejo animal e os procedimentos para o cumprimento de um programa de criação para a pesquisa.
Vale ressaltar que não há aulas práticas com manuseio de animais nos cursos ministrados pelo ICTB/Fiocruz, evitando, assim, situações de estresse para os animais. Para tanto, são usados métodos alternativos ao uso de animais para fins didáticos, como reproduções tridimensionais, simuladores, filmes e visitas técnicas para observação (em caso de cursos presenciais).
Proporcionar a qualificação de profissionais que atuam, desejam atuar ou que necessitem de conhecimentos na Ciência em Animais de Laboratório é procedimento estratégico para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, e para a melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Esses conhecimentos fazem do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos uma referência nacional para a formação de profissionais na referida área.
O curso está sob a coordenação-geral de Etinete Nascimento Gonçalves e coordenação técnica de Klena Sarges. Ele é voltado a profissionais egressos do Ensino Médio; a técnicos em biotérios; aos profissionais que atuam ou desejam atuar em biotérios; e aos que estão se graduando em carreiras da área da saúde.
As aulas serão remotas, ou seja, acontecerão ao vivo por meio da internet. Os alunos devem acompanhar durante o horário marcado (atividade síncrona). Para tanto, é necessário que os inscritos possuam equipamentos para acompanhar as aulas e acesso à internet.
O curso terá uma carga horária de 30h e será ministrado diariamente, de segunda à sexta-feira, das 13h30 às 16h30, via Plataforma Zoom, de 8 de março a 19 de março de 2021.
"Somos todos aprendentes!" Foi assim que a pesquisadora emérita e professora da Fiocruz, Cecília Minayo, iniciou a sua apresentação no 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo, realizado no âmbito do Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde. Além dela, a tarde de debates contou com palestras do professor e epidemiologista Naomar de Almeida Filho e do pesquisador Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde (Nutes/UFRJ). Durante a atividade, que marcou o encerramento do curso, aconteceu também uma grande homenagem a Cecília Minayo. Assista ao vídeo do encontro, disponível na íntegra, no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.
O Curso Internacional buscou contribuir para a consolidação das funções da Escola de Governo da Fundação, trazendo para a discussão temas candentes da área das ciências sociais e humanas e políticas de educação em saúde. Ele cumpriu o papel de disseminador de temas educacionais com vistas a embasar discussões e reflexões sobre a prática pedagógica docente no âmbito da Fiocruz e das Escolas de Saúde.
Seu público-alvo foram docentes da Fundação, das Escolas e Centros Formadores das Redes de Formação em Saúde Pública (RedEscola), da Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), das Escolas de Saúde Pública do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf), da Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, da Rede Latino-Americana de Escolas de Saúde Pública, além de professores universitários, estudantes de pós-graduação e outros profissionais envolvidos no tema.
Todas as sete apresentações foram gravadas e estão disponíveis para acesso no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube.
Educação e desigualdades no mundo contemporâneo
A mesa de encerramento reuniu Naomar de Almeida Filho e Gustavo Figueiredo em torno da questão da educação e das desigualdades no mundo contemporâneo. Os debates foram mediados por Terezinha de Lisieux Quesado Fagundes, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Abrindo as apresentações, Terezinha lembrou que, junto com a educação, a questão da desigualdade permeou todas as discussões realizadas durante o curso. Ela ressaltou a importância do papel da educação e das ciências sociais e humanas para a superação das desigualdades. "Nós, das áreas da saúde, educação e social, devemos nos unir aos esforços já existentes em outras áreas para diminuir, superar e, se for o caso, acabar com tantas desigualdades que se manifestam na questão do trabalho, assim como nas questões de gênero, sexo, raça, colonialização e da própria educação, que foram abordadas e debatidas nos seis webinários anteriores promovidos pelo curso".
Durante sua fala, Naomar mencionou que a educação deveria ter sido o quarto pilar da saúde coletiva, além da epidemiologia, das ciências humanas e sociais em saúde, e da política, gestão e planejamento. Mas, por uma série de circunstâncias, a educação não assumiu tal lugar. De acordo com ele, "quando buscamos as raízes das desigualdades e iniquidades em saúde, descobrimos que existe uma fonte primária que é a desigualdade em educação. E isso vem me incentivando muito nesse processo de discussão. Do ponto de vista de reprodução da sociedade, a educação é eixo, centro e estrutura de base para a compreensão dessa questão", defendeu.
Gustavo Figueiredo, do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nutes/UFRJ), fez sua exposição a partir de resultados de projetos de pesquisa que vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, entre eles, sobre processo de formação política no enfrentamento das desigualdades sociais; e a formação pedagógica de doentes na saúde em busca de um modelo com novos padrões de ensino-aprendizagem para as escolas de governo em saúde. Durante a exposição, ele buscou articular questões referenciais das ciências humanas, da saúde, sociais e políticas e argumentou que as desigualdades na educação também são reflexos de outras desigualdades que fazem parte da estrutura patriarcal do Estado brasileiro, e também da maioria dos Estados latino-americanos e muitos Estados africanos.
Pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes
"O que é pesquisa?”, questionou Cecília Minayo, apontando que a mesma é uma curiosidade colocada em prática. A pesquisa se propõe a resolver um problema da vida real no longo ou curto prazo. Além do mais, toda ela traz conhecimento novo, renova o saber e permite o desenvolvimento humano. Com muito humor, Cecília defendeu que todo professor é um aprendente com um pouco mais de juízo do que os alunos.
“O ensino baseado em pesquisa mostra que o verdadeiro ensino é aquele que responde à necessidade do indivíduo. Mas não para aumentar o individualismos e, sim, para que os alunos assumam a responsabilidade pelo seu aprendizado, desenvolvam o pensamento crítico. Portanto, o professor aparece como uma figura central capaz mediar, motivar, facilitar e estimular a problematização”. Cecília encerrou dizendo que “pensar o ensino é pensar em como podemos nos reavivar como seres aprendentes”.
"Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo"
Tania Celeste, responsável pela elaboração e condução do Curso Internacional encerrou o último encontro com uma grande homenagem a Cecília Minayo em nome da Fiocruz, do grupo de trabalho, alunos do curso e integrantes da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação. “Temos muito a agradecer em nome da ciência e da saúde brasileira, latino-americana e também de outros países do mundo pelo seu talento e competência; e sua contribuição em variadas esferas da vida brasileira que ela dialoga”, disse. Tânia lembrou de Itabira, cidade natal de Cecília, que também foi berço do poeta Carlos Drummond de Andrade. Para tanto, trouxe pequenos recortes de suas poesias, que, em seu entendimento, versam com toda obra e colaboração de Cecília: "Perder tempo é aprender coisas que não interessam. Priva-nos de descobrir coisas interessantes" e "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo".
“Temos muito orgulho e admiração por Cecília, uma mulher forte, engajada, com enorme capacidade de trabalho e afeto”, disse Tania, lembrando sua rica vivência pessoal com Cecília. Ela acredita que sua obra traga para as pessoas a mesma sensação que ela sente no convívio: amparo... instigação. “Cecília desafia, mas traz questões que nos ajudam a buscar as melhores ferramentas para os nossos estudos, fazendo isso sempre com muita ciência e engajamento. Por isso digo: Cecília, seus ensinamentos fertilizam os caminhos da ciência pela vida, indicando sempre novos caminhos às gerações que a sucedem. A você, o nosso emocionado e carinhoso obrigada!”.
Assista a íntegra do 7º Webinário Educação e desigualdades no mundo contemporâneo:
Assista aos outros temas debatidos durante o Curso Internacional sobre a Interdisciplinaridade das Ciências Humanas para a formação docente em Saúde:
6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Português
6º Webinario | Educação Permanente em Saúde - Español
5º Webinario | Decolonialidade e o cotidiano na sala de aula - Português
5º Webinario | Decolonialidad y el cotidiano em el aula - Español
4º Webinario | Formação e trabalho em saúde no Brasil - Português
4º Webinario | Formación y trabajo em salud em Brasil - Español
3º Webinario | O Caráter Interdisciplinar da Educação - Português
3º Webinario | El carácter interdisciplinar de la educación - Español
2º Webinario | Contribuições das Ciências Sociais e Humanas para Formação e o Trabalho Docente
1º Webinario | Formação, Trabalho e Identidade Docente
A pandemia de Covid-19 provocou impactos sem precedentes no desenvolvimento escolar em todo o mundo. Gestores, autoridades de saúde e profissionais da educação estudam maneiras de retornar às atividades nas escolas com segurança. A Fiocruz vem atuando em diversas frentes, com a publicação de manuais, a elaboração de cursos e a realização de debates que auxiliem nesse processo. Na próxima segunda-feira, 8/2, às 18h, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar o seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas. Ele é aberto ao público e será transmitido pelo Youtube. Recentemente, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) publicou a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. Além disso, o Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para o curso online e gratuito Caminhos e conexões no ensino remoto, voltado a docentes e profissionais da área de educação.
Confira todas as iniciativas
O seminário online Vacinas para Covid-19 e o retorno seguro às aulas: desafios e perspectivas será transmitido online pelo canal da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC/Fiocruz no Youtube. A atividade conta com a presença da pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo, do médico sanitarista Gonzalo Vecina, e as professoras Deise Vianna, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Claudia Vieira, que atua na rede pública de ensino.
A iniciativa faz parte de um ciclo de seminários virtuais, que discutiram temas como os desafios das aulas em casa, biossegurança, reabertura das escolas e planejamento escolar local. A íntegra dos encontros realizados está disponível. O projeto é realizado pelo IOC, com o apoio do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, em parceria com a Rede de Programas de Pós-graduação em Ensino do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Cecierj. A realização do ciclo é um dos desdobramentos do documento elaborado por pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições de ensino e pesquisa, que sugere ações de promoção da saúde ambiental e estratégias para reconfiguração do espaço escolar e do processo de aprendizagem.
O curso Caminhos e conexões no ensino remoto é o tema da formação oferecida pelo Campus Virtual Fiocruz, voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.
Ele foi desenvolvido para colaborar com a retomada das atividades de ensino e em atenção à necessidade do professor por informações rápidas e práticas. No entanto, com a persistência da pandemia, a formação continua sendo necessária, visto que o curso traz um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que podem apoiar a realização de disciplinas ou outras ações educacionais na modalidade de educação remota. Ele está estruturado em formato de guia e é dividido em quatro seções independentes, que podem ser acessadas de acordo com a preferência ou necessidade de cada usuário.
A volta às aulas em meio à pandemia traz muitas dúvidas e inseguranças por parte de gestores, professores, comunidade escolar, alunos e também seus familiares. Para nortear decisões de gestores e auxiliar no esclarecimento de dúvidas, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) lançou, em janeiro de 2021, a 2° edição do Manual sobre biossegurança para reabertura de escolas no contexto da Covid-19. O documento, elaborado com o apoio institucional da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), traz normas e diretrizes, cujo objetivo é orientar sobre a retomada das atividades presenciais e contribuir para a tomada de decisão. Sua proposta é disponibilizar informações facilmente acessíveis para escolas públicas, destacando a comunicação sobre os mecanismos de transmissão da Covid-19 e a implementação de boas práticas que possam contribuir para a promoção da saúde e a prevenção dessa doença nas escolas.
*Com informações de Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)
*Imagem: Freepik
A pandemia não dá trégua. A vacina chegou, os grupos prioritários já estão sendo imunizados, mas essa ainda não é uma realidade para toda a população. Portanto, é preciso continuar cumprindo as normas de distanciamento social, bem como a indicação do uso de máscara e lavagem frequente das mãos. Outra questão extremamente relevante para o enfrentamento à Covid-19, sobretudo aos profissionais de saúde, é a capacitação. O Campus Virtual Fiocruz segue com inscrições abertas para diversos cursos, online e gratuitos, sobre a temática, além de muitos outros. Confira, inscreva-se e acompanhe as novidades!
Novos cursos já estão em desenvolvimento e serão lançados no primeiro trimestre de 2021. Um deles é sobre os protocolos e procedimentos para a vacinação, cujo objetivo é atualizar e capacitar equipes no contexto da emergência sanitária.
Os interessados nas diversas formações oferecidas pela Fiocruz podem acompanhar as oportunidades na área Cursos > Inscrição e seleção > Inscrições abertas do portal Campus Virtual Fiocruz.
Cursos online desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz sobre Covid-19
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Cada vez mais impactada pela Covid-19, a população indígena – que tradicionalmente é mais suscetível a novas doenças em função de suas condições socioculturais, econômicas e de saúde – precisa de múltiplos esforços para o enfrentamento desta pandemia. Para tanto, a Fiocruz lançou o curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas. Ele é online, gratuito, aberto a todos os interessados no tema, mas visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população.
Covid-19 e saúde no sistema prisional
Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, a Fiocruz lançou o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.
Confira outras iniciativas com inscrições abertas
Bem-Viver: Saúde Mental Indígena
O curso está com inscrições abertas até 18 de fevereiro. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, tem como objetivo construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. A formação foi desenvolvida pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e integra o projeto “Juntos contra a Covid-19 e na proteção de crianças e adolescentes indígenas na Amazônia Brasileira”, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), do qual participam a Fiocruz e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).
Educação remota para docentes e profissionais da educação
"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema do curso voltado a docentes e profissionais da área de educação. Seu objetivo é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados.
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Diálogo, produção colaborativa, conhecimento compartilhado, engajamento e diminuição de barreiras de acesso são alguns dos termos que permeiam os conceitos de Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos (REA). Tais práticas, cada vez mais urgentes e necessárias, especialmente neste momento de emergência sanitária global e imposição de isolamento social, são temas da última série que compõe a Formação Modular sobre Ciência Aberta. Ao todo, são oito cursos independentes entre si.
Concebida como uma das estratégias para apresentar o movimento da Ciência Aberta, a Formação Modular aborda práticas, expectativas e controvérsias da área. A Fiocruz é signatária do Plano de Acesso Aberto desde o ano de 2014, mostrando a importância da difusão da ciência e da produção científica no Brasil e no mundo.
Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde
O curso online Acessibilidade e os Princípios do SUS: formação básica para trabalhadores da saúde é voltado, prioritariamente, a profissionais da área de saúde, para que ofereçam um atendimento mais inclusivo e acessível a pessoas com deficiência (PCD) — em especial a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Apesar do foco nos profissionais da área, ele é aberto aos interessados em conhecer mais sobre práticas inclusivas.
O curso Básico de Boas Práticas Clínicas é uma formação, online e gratuita. Ele visa atualizar profissionais que atuam em pesquisa clínica sobre as diretrizes das Boas Práticas Clínicas (BPC), cujo objetivo é garantir a condução ética e a base científica dos estudos clínicos desde sua concepção até a divulgação de resultados. O público-alvo são profissionais com nível superior ou médio que estejam envolvidos em pesquisa clínica. A carga horária total da formação é de 40h.
Com quase dois mil inscritos, o curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena prorrogou as inscrições até 25 de fevereiro. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, tem como objetivo construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. O conteúdo já está disponível aos inscritos!
A formação é composta de cinco módulos, com carga horária de 60h, e trata de aspectos relacionados à saúde mental e fatores psicossociais que já eram enfrentados pelas populações, mas que se intensificaram no período da Covid-19.
Leia +: Fiocruz lança nova formação online voltada à saúde mental indígena no contexto da Covid-19
O curso foi desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), que vem buscando implementar ações que ajudem a mitigar tais efeitos. Ele integra o projeto “Juntos contra a Covid-19 e na proteção de crianças e adolescentes indígenas na Amazônia Brasileira”, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), do qual participam a Fiocruz e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Além da formação, uma série de outras ações integra essa articulação maior que tem o objetivo de oferecer apoio aos Povos Indígenas da Amazônia brasileira na prevenção e mitigação dos impactos da Covid-19. Ele é financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e prevê que mais de 27 mil famílias indígenas sejam beneficiadas.
Temas abordados na formação:
* Grace Soares é jornalista e consultora da Fiocruz no projeto do curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena
** matéria publicada em 26/1/2021 e atualizada em 22/2/2021
Risco de morte e prejuízos à saúde mental são dois significativos aspectos dos efeitos da pandemia entre as populações indígenas. Buscando implementar ações que ajudem a mitigar tais efeitos, o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) acaba de lançar o curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena, cujo objetivo é construir uma rede de apoio psicossocial voltada para essas populações vulnerabilizadas. Para tanto, busca formar diferentes profissionais ligados à saúde, educação, sistemas de proteção social (conselheiros tutelares, professores), assistência social e outros diretamente envolvidos na assistência das populações indígenas. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições podem ser feitas até 18 de fevereiro pelo Campus Virtual Fiocruz. O conteúdo ficará disponível aos inscritos a partir de 15 de janeiro.
A formação é composta de cinco módulos e trata de aspectos relacionados à saúde mental e fatores psicossociais que já eram enfrentados pelas populações, mas que se intensificaram no período da Covid-19. Segundo a pesquisadora da Fiocruz Amazônia e coordenadora do projeto na Fundação, Michele Kadri, um dos maiores desafios é conseguir produzir materiais de efetivamente alcancem um diálogo intercultural com todas as linguagens e diversidade, respeitando as suas especificidades.
Temas abordados na formação:
O curso integra o projeto “Juntos contra a Covid-19 e na proteção de crianças e adolescentes indígenas na Amazônia Brasileira”, do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), do qual participam a Fiocruz e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Além da formação, uma série de outras ações integra essa articulação maior que tem o objetivo de oferecer apoio aos Povos Indígenas da Amazônia brasileira na prevenção e mitigação dos impactos da Covid-19. Ele é financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e prevê que mais de 27 mil famílias indígenas sejam beneficiadas.
Diversidade cultural e étnica na construção da formação
Para a psicóloga e coordenadora do curso, Alessandra Pereira, a pandemia traz preocupações quanto à saúde indígena sob dois aspectos: o risco de morte e os prejuízos à saúde mental. “Culturalmente, os povos indígenas não fragmentam o conceito de saúde entre física e mental. Portanto, a linha de atuação proposta no curso centra-se no bem-viver e na saúde indígena”, disse ela.
Alessandra enfatizou ainda o fato de a formação ter sido elaborada em articulação com indígenas, que conferiram integração aos elementos e temas considerados necessários para o diálogo com tais povos – um grupo composto de 11 professores conteudistas e 8 revisores interculturais indígenas. A participação dos revisores, por toda sua vivência nas comunidades, disse Alessandra, foi um parâmetro importante que guiou a escolha da linguagem (visual e textual), do conteúdo, bem como das abordagens escolhidas para tratar os assuntos durante a formação.
“Preocupados em como iríamos lidar com tamanha diversidade étnica, buscamos pessoas que tivessem conhecimento e reconhecimento desses contextos sociais. Acionamos a Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos (Abipsi), já que a atuação do projeto se estende pelos estados do Amazonas, Acre, Pará, Roraima e Amapá, em oito áreas prioritárias, atingindo 90 diferentes etnias. Um trabalho que deve dialogar com nove famílias linguísticas: Tukano Oriental, Aruak, Maku, Tupi, Tikuna, Je, Karib, Pano e Katuquina”, explicou Alessandra.
* Grace Soares é jornalista e consultora da Fiocruz no projeto do curso Bem-Viver: Saúde Mental Indígena
Com o objetivo de facilitar a aplicação da metodologia de construção de mapas de evidências em temáticas da área da saúde, está disponível no Campus Virtual Fiocruz o curso “Mapas de Evidências: metodologia e aplicação” - uma iniciativa do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) como parte do Campus Virtual de Saúde Pública (CVSP/Opas), do nodo Brasil, coordenado pela Fiocruz. Os Mapas de Evidências são um método emergente de tradução do conhecimento que traz uma síntese (overview) sistemática da evidência científica em uma área/temática específica. O curso, gratuito e online, está com as inscrições abertas.
Segundo a gerente das áreas de Serviço Cooperativo de Informação e Fontes de Informação da Bireme/Opas/OMS, Carmem Verônica Mendes Abdala, o curso surgiu de uma demanda, um alto interesse sobre o que é mapa de evidências e sua metodologia. Para tanto, disse ela, “trazemos um passo a passo para quem quer aprender sobre essa ferramenta e também guiamos as pessoas na criação de novos mapas de evidência. Com a formação, visamos familiarizar interessados no tema a aplicar a metodologia em seus estudos de revisão e sistematização da informação” detalhou.
O curso tem 20h de carga horária e é composto de cinco aulas com conteúdos em vídeo e em pdf para os estudos ou consulta offline:
Carmen Verônica explicou que o mapa de evidência é uma metodologia internacional de avaliação de impacto, que foi adaptada pela Bireme. É um método reproduzível, transparente, com critérios de inclusão e exclusão explícitos. Ela relaciona intervenções com desfechos a partir de estudos de revisão. “De uma forma gráfica, o mapa tem a função de apresentar a sistematização da evidência que existe sobre um determinado tema. Nosso maior interesse com esse curso é facilitar a aplicação da metodologia na sistematização de evidências por outros grupos e consolidar esse material de apoio como recurso educacional”.
Estão abertas as inscrições para os cursos de verão oferecidos pela Fiocruz Mato Grosso do Sul até 17 de janeiro de 2021. São quatro cursos disponíveis com um total de 265 vagas: “Das plantas medicinais aos fitofármacos”, “Princípios para a atenção domiciliar na Atenção Primária”, “Propriedade intelectual aplicada no setor saúde”, e “Sistematização da assistência de enfermagem em doenças infecciosas e parasitárias (DIP). Eles são destinados a estudantes e profissionais da área da saúde e as vagas serão preenchidas por ordem de inscrição. As aulas serão realizados de forma virtual entre 25 e 29/1.
Vale ressaltar que as vagas são limitadas. Além disso, é necessário que o candidato tenha acesso à internet, bem como equipamento de microfone e câmera para a realização das aulas.
Das Plantas Medicinais aos Fitofármacos
O curso visa traçar um panorama da utilização de fitoterápicos e de plantas medicinais abordando desde os aspectos etnofarmacológicos até o processo de inovação em insumos farmacêuticos ativos (IFAs) e fitomedicamentos. Ele tem foco em ampliar o conhecimento sobre o tema de estudantes e profissionais que atuam na área de saúde, sobretudo na atenção primária, contextualizando o estado atual deste tema no Brasil e no SUS, assim como fomentar o uso dos fitoterápicos na APS.
Carga horária: 8h
Princípios para a Atenção Domiciliar na Atenção Primária
Trata-se de minicurso teórico composto por metodologias ativas de aprendizagem em sala virtual, desenvolvidas a partir situações-problema, com foco na formação de competências básicas para o cuidado ao paciente em casa, no primeiro nível de atenção domiciliar (AD). O conteúdo se divide em dois momentos, com estratégias de construção de processos de cuidado, considerando as especificidades do domicílio, os níveis de atenção e o envolvimento de todos os elementos relacionados ao processo de cuidado.
Carga Horária: 6h
Propriedade Intelectual Aplicada no Setor Saúde
Este curso busca enfatizar a importância da propriedade intelectual como estímulo à inovação e ao desenvolvimento econômico e social, além de abordar a constituição dos tipos de proteção dos ativos focando no setor saúde. De forma simplificada, serão abordados os conceitos básicos da proteção ao conhecimento gerado, utilizando marcas, documentos de patentes, indicação geográfica, desenho industrial e direitos de autor.
Carga horária: 6h
Sistematização da assistência de enfermagem em doenças infecciosas e parasitárias (DIP)
Esse curso possibilita aos enfermeiros uma visão geral e integrada dos conhecimentos pertinentes à abordagem das doenças infecciosas e parasitárias, de forma a agilizar e tornar mais eficaz o raciocínio clínico e a tomada de decisões.
Carga horária: 20h
Estão abertas as inscrições para as disciplinas de verão o Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). São duas as oportunidade: "Modernização, Cultura e Desigualdade no Brasil" e "O futuro do capitalismo e a saúde da população: leituras sobre crise, austeridade e mortalidade". O público-alvo das disciplinas são alunos de pós-graduação Stricto sensu da Fiocruz e de outras instituições, assim como outros alunos graduados. As inscrições vão até o dia 4 de janeiro de 2021.
Modernização, Cultura e Desigualdade no Brasil
A disciplina Modernização, Cultura e Desigualdade no Brasil é oferecida de forma concentrada, com 30h de carga horária, e será realizada no período de férias (janeiro/fevereiro). O curso abordará questões relativas à cultura, arte e sociedade no Brasil tal como se apresentam nos séculos XX e XXI, analisando, a partir dos conceitos de modernização, arcaísmo e desigualdade social, os movimentos artísticos e seus contextos sociopolíticos.
Seu objetivo é proporcionar elementos para uma análise crítica dos fenômenos culturais nos campos da educação e da saúde.
O futuro do capitalismo e a saúde da população: leituras sobre crise, austeridade e mortalidade
A disciplina O futuro do capitalismo e a saúde da população: leituras sobre crise, austeridade e mortalidade é oferecida de forma concentrada, com 30h de carga horária, e será realizada no período de férias (janeiro). O curso, que se insere no contexto de atividade do grupo de pesquisas “Demografia, Saúde e Sociedade” (Demos), apresentará uma contextualização sobre a crise econômica, medidas de austeridade fiscal e diferenciais de mortalidade na população.
Seu objetivo é discutir a mudança no padrão de mortalidade no contexto da crise econômica e das medidas austeras de enfrentamento da crise, lançando luz sobre as forças sociais e econômicas que explicam esta mudança, bem como avaliar a evidência do impacto da austeridade na saúde, por meio dos mecanismos de efeito social e efeito de saúde; e os indicadores de mortes por desespero e seus diferenciais sociodemográficos no contexto das crises econômicas.
Transmissão, vigilância, controle e prevenção da febre amarela. Esse é o primeiro curso da Fiocruz traduzido para o inglês e adaptado para a audiência da plataforma The Global Health Network (TGHN) - um espaço internacional da Fundação destinado a promover a ciência por meio da divulgação de suas ações, pesquisas, eventos e cursos. Esse ambiente digital é fruto de um acordo firmado, em 2019, entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford para a criação de um hub da instituição na plataforma. A formação, online e gratuita, foi desenvolvida pelo Campus Virtual Fiocruz e segue com inscrições abertas. O Curso também está disponível, em português e inglês, na TGHN. Acesse!
+ Em breve, novas formações oferecidas pelo CVF serão disponibilizadas na plataforma. A previsão é que em 2021 o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus, traduzido para o inglês, também integre a TGHN. Acompanhe nossas notícias!
A formação é oferecida em formato de microcurso e dirigida a profissionais de saúde que atuam em serviços de atenção básica ou similares de todo o mundo. A ideia é que, ao final do curso, o aluno seja capaz de reconhecer áreas de risco de transmissão da doença; identificar ciclos urbanos e silvestres; rever procedimentos de vigilância; definir os diferentes tipos de caso de febre amarela nos diferentes cenários epidemiológicos; encontrar informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da doença; e rever as medidas gerais de controle da febre amarela e formas de prevenção adicionais à vacina.
Neste momento de conquista junto à TGHN, a coordenadora do CVF, Ana Furniel, lembra que o curso foi desenvolvido com muita celeridade, no ano de 2018, em meio ao surto de febre amarela ocorrido no Brasil. “Precisávamos capacitar os profissionais em plena crise sanitária e elaboramos a formação em poucos meses. Além disso, ele foi pensado em formato de Cards, uma estratégia para ampliar o alcance e facilitar a divulgação do seu conteúdo”, comentou ela.
O curso foi produzido pelo Campus Virtual Fiocruz e a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), sob a responsabilidade de Ana Furniel e Vinicius de Oliveira, respectivamente, e teve o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Já o conteúdo foi elaborado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a coordenação acadêmica da pesquisadora Marília Santini.
O centro de treinamento da TGHN alcançou números bastante expressivos até o final de outubro de 2020, o que potencializa o alcance dos cursos da Fiocruz. Mais de 300 mil pessoas de cerca de 200 países realizaram os cursos disponibilizados no site. Como já dito anteriormente, a previsão é que em 2021, uma seleção de novos cursos da Fiocruz seja disponibilizada na TGHN.
Febre Amarela é tema de dois microcursos online do Campus Virtual Fiocruz
Além de Transmissão, vigilância, controle e prevenção, o microcurso Vacinação também integra o Programa de Formação em Febre Amarela elaborado pelo CVF e a UNA-SUS. Ambas são formações modulares e trazem conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento.
O microcurso Vacinação contra a Febre Amarela, que também segue com inscrições abertas - apresenta situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Porém qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante deve ser capaz de identificar as pessoas para as quais a vacina é recomendada; orientar os usuários nos casos controversos; orientar sobre eventos adversos; e identificar casos de eventos adversos.
*Matéria publicada pela Agência Fiocruz de Notícias, com informações de Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)