Somente nos primeiros meses de 2021, foram registrados 7,8 mil novos casos oficiais da Covid-19 entre pessoas em privação de liberdade e trabalhadores desses estabelecimentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Juntos, os estabelecimentos dos sistemas prisional e socioeducativo já contabilizaram cerca de 69 mil ocorrências da doença desde o início da pandemia. Os dados são preocupantes e apontam ainda grande necessidade de atenção a esse grupo. Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional segue com inscrições abertas. Quase 4 mil pessoas já fizeram o curso. Não perca a oportunidade
O curso de atualização autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional é oferecido pelo Campus Virtual Fiocruz na modalidade à distância. Ele é composto de duas unidades – Coronavírus e o sistema prisional e Plano de Contingência no ambiente prisional –, com carga horária total de 15h. A formação é voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área. A iniciativa integra o rol de cursos disponíveis no CVF que tratam das questões relacionadas ao coronavírus.
De acordo com o monitoramento, são 46.901 os registros da doença entre pessoas presas e 15.450 entre servidores desses estabelecimentos, com 253 óbitos. No sistema socioeducativo, 1.541 adolescentes em privação de liberdade foram contaminados, além de 5.104 servidores, com 32 mortes registradas. O acompanhamento sobre a situação da pandemia nessas instituições é feito pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), a partir de dados disponibilizados pelas autoridades locais. O acompanhamento é realizado com o auxílio do programa Fazendo Justiça, parceria do CNJ com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública para a superação de desafios estruturais nos sistemas de privação de liberdade.
Tais dados embasam a demanda por uma formação voltada às especificidades da população privada de liberdade, que historicamente é reconhecida por ser exposta à carga elevada de doenças infecciosas, respiratórias e outras comorbidade, como HIV, vírus da hepatite C e a tuberculose.
Em breve, o Campus Virtual Fiocruz lançará novas formações relacionadas ao coronavírus. A primeiras delas será o curso Vacinação: Protocolos e procedimentos, cujo objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. Acompanhe as nossas notícias!
Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional
Coronavírus e o sistema prisional:
Plano de Contingência no ambiente prisional:
Conheça outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de Covid-19
Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus
Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas
Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle
Planejamento escolar local na transpandemia
Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19
Caminhos e conexões no ensino remoto
Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos
Saiba mais sobre novos cursos que serão lançados em 2021:
Vacinação: Protocolos e procedimentos
Seu objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. O curso está dividido em quatro módulos: História e produção de vacinas e as vacinas Covid-19; Produção, transporte, conservação e armazenamento; Sala de Vacina Covid-19: organização e procedimentos; e Vacina e vigilância: questões clínicas e sistemas de registros.
Introdução ao SUS (nome preliminar)
O curso visa apresentar as bases de criação do Sistema Único de Saúde, bem como tratar de suas questões estruturais e a forma de organização da atenção à saúde em seus diferentes níveis e também das vigilâncias em saúde. Ele será aberto a todos os interessados no tema. A formação é dividida em três módulos: Movimento sanitário, criação e configuração do SUS; Condições estruturais para o desenvolvimento do SUS; e Organização da atenção e das vigilâncias em saúde
História da Saúde Pública no Brasil
O curso visa contribuir para a formação de profissionais e estudiosos da saúde pública críticos e reflexivos, cientes dos desafios relativos à formulação e implantação de políticas setoriais e das diferentes questões concernentes às práticas profissionais do campo. Inicialmente, ele será voltado a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. Durante o curso serão discutidas as formas como, em diferentes contextos, a assistência à saúde foi organizada; o modo como se enfrentou epidemias e se organizou serviços de saúde.
A maior pandemia dos últimos cem anos se espalhou rapidamente por todo o planeta, desafiando governos e colocando à prova sistemas de saúde bem diferentes entre si. O Brasil tinha um trunfo – a atenção básica –, construído ao longo de mais de três décadas até se capilarizar num país de dimensões continentais, virando exemplo a ser seguido por outras nações e carro-chefe do Sistema Único de Saúde (SUS) nos fóruns internacionais. A reportagem de capa desta edição da Revista Poli mostra cinco experiências exitosas de prefeituras que usaram a porta de entrada do SUS a seu favor durante a crise sanitária e aborda as implicações de isso não ter sido a regra até agora. Os especialistas ouvidos pela matéria discutem ainda o papel e as condições de trabalho dos trabalhadores técnicos desse nível de atenção. Leia a edição da Revista Poli na íntegra.
Num momento em que o país alcançou o triste marco das 250 mil mortes por Covid-19 em meio a patamares de circulação semelhantes aos de antes das primeiras quarentenas do ano passado, a campanha nacional de vacinação aparece como a principal luz no fim do túnel da crise. Mas quando todos os países do mundo estão atrás dos mesmos insumos, as fragilidades do complexo econômico-industrial da saúde se revelam. Esse é o fio puxado por outra reportagem, que tenta entender os entraves à aceleração da imunização contra o SARS-CoV-2 no Brasil. Na seção ‘Dicionário’, explicamos também o que é farmacovigilância, sua importância para o monitoramento da segurança de medicamentos e vacinas e como essa estrutura está organizada no Brasil, com dados sobre esse processo em relação à Covid-19.
Os 20 anos da Lei da Reforma Psiquiátrica, comemorados em abril, são o grande tema da entrevista desta edição e apsicóloga Gina Ferreira, idealizadora do programa ‘De volta para Casa’ num município, inspirando depois sua versão nacional. na conversa, ela traz exemplos concretos de como era a vida nos manicômios brasileiros e como aconteceu a transição para o novo modelo.
Falando em novidades, esta edição traz um panorama exclusivo sobre como anda a implementação do novo ensino médio. Pela lei, a reforma deveria ser implementada até 2022, mas o fechamento das escolas e a crise econômica agravada pela pandemia trazem dificuldades extras aos estados.
E a juventude também é o foco de outra reportagem, mas desta vez pelo abordagem do mercado de trabalho. A entrada nesse mundo nunca foi fácil no Brasil, mas de uns tempos para cá as vagas disponíveis estão mais precarizadas. Pesquisadores explicam o que está por trás do fenômeno.
O mês de março marca o início da maioria dos cursos de pós-graduação da Fiocruz. Em 2021, a Fundação, já adaptada em muitas frentes, segue firme com a formação em saúde – um de seus pilares, inclusive para o enfrentamento da pandemia. Muitos são os programas de doutorado, mestrado, residência e especialização voltados à formação profissional em diferentes áreas da saúde e para o Sistema Único de Saúde. Confira a agenda de aulas inaugurais da Fiocruz.
4 de março – 14h
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) - Pandemia de Covid-19: as respostas da Fiocruz e do INI
Palestrante: Paulo Buss, ex-presidente da Fiocruz e coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz). Mestre em Medicina Social e doutor em Ciências. É professor emérito da Fiocruz, membro titular da Academia Nacional de Medicina do Brasil e membro honorário da Academia Portuguesa de Medicina e da Academia Nacional de Medicina da Argentina. É Doutor Honoris Causa pela Universidade Isalud, da Argentina, e pela Universidade Nova de Lisboa, de Portugal. Foi presidente da Fiocruz por dois mandatos (2001-2008) e diretor da Ensp também por duas vezes (1989-1992 e 1998-2000), tendo também sido vice-diretor da Ensp (1985-1989) e vice-presidente da Fiocruz (1992-1996). Atualmente é diretor do Centro Colaborador em Saúde Global e Cooperação Sul-Sul da Organização Pan-americana (Opas/OMS). Atua nos campos da saúde pública, promoção da saúde, determinantes sociais da saúde, diplomacia da saúde e saúde global.
Link de transmissão: www.ini.fiocruz.br
5 de março – 9h
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) - A Pesquisa Clínica no INI
Palestrante: Rosely Zancopé, vice-diretora de Pesquisa Clínica do INI. Graduada em Ciências Biológicas, mestrado em Biologia Parasitária, doutorado em Ciências (Microbiologia) e pós-doutorado pelo Centers for Disease Control. Tem experiência na área de microbiologia, com ênfase em Micologia, atuando principalmente nos seguintes temas: histoplasmose, candidíase, esporotricose onde sua maior atuação se volta para o diagnóstico laboratorial e epidemiologia destas micoses.
Link de transmissão: http://www.ini.fiocruz.br
8 de março – 14h30
Escola de Governo Fiocruz - Brasília - Mulher, ciência e pandemia
Palestrante: Margareth Dalcolmo, médica pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)
Link de transmissão: Canal da Fiocruz Brasília no Youtube
11 de março – 14h
Instituto Oswaldo Cruz (IOC) - Fazendo ciência em tempos de sindemia
Palestrante: Miguel Nicolelis, professor titular de neurobiologia da Universidade Duke (EUA)
Link: Canal do IOC no Youtube
15 de março – 10h
Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) - Fake news e Covid-19
Palestrantes: Thaiane Moreira de Oliveira, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Dominique Brossard, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA).
Link de transmissão: Página da COC no Facebook
16 de março – 10h
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) - Nos tempos da espanhola: a gripe bailarina de 1918 e o Brasil de 2020
Palestrante: Lilia Schwarcz, professora titular no Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), Brasil: Uma biografia (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e Lima Barreto: Triste visionário (2017, prêmio Jabuti de Biografia).
Link de transmissão: Canal no Youtube da VideoSaude Distribuidora
17 de março – 9h
Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) - A produção científica sobre Covid-19 e as desigualdades sociais
Palestrante: Estela Aquino, professora titular aposentada e professora participante especial do Programa Especial de Participação de Professores Aposentados da UFBA. É membro titular da Academia de Ciências da Bahia. De 1990 a 2018, foi coordenadora do Musa – Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Cooperação Técnica em Gênero e Saúde, que integra a estrutura matricial do Instituto de Saúde Coletiva. Desde 2018, participa do Grupo de Pesquisa em Saúde Global sobre Políticas e Desigualdades em Saúde do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz). É pesquisadora do Elsa-Brasil: Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto. Atualmente, está na coordenação executiva da Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade, projeto de colaboração científica e multidisciplinar (Cidacs/Fiocruz Bahia/ UFBA) focado na pandemia de Covid-19. Em 2009, foi agraciada com a Homenagem 25 Anos da Saúde da Mulher e Cairo + 15, pelo Ministério da Saúde, por sua significativa contribuição aos últimos 25 anos de conquistas e avanços na Saúde da Mulher no Brasil e por sua iniciativa em defesa da equidade e respeito de gênero para os direitos humanos das mulheres. Atua na área de saúde coletiva, com ênfase em epidemiologia. Os termos que melhor definem sua produção são: gênero e saúde, saúde de adultos, saúde reprodutiva, saúde e trabalho, epidemiologia.
Link de transmissão: https://bit.ly/3buDrylhttps://bit.ly/3buDryl
19 de março – 14h
Casa de Oswaldo Cruz (COC) - Negacionismos e revisionismos ideológicos: o conhecimento histórico em xeque
Palestrante: Marcos Napolitano, da USP. Especialista no período do Brasil Republicano, com ênfase no regime militar, e na área de história da cultura, com ênfase nas relações entre história e música popular e história e cinema. Marcos Francisco Napolitano de Eugênio é doutor e mestre em História Social pela USP, instituição da qual é docente. Foi professor no Departamento de História da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entre 1994 e 2004 e professor visitante do Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL) da Universidade de Paris III, em 2009.
Link de transmissão: Página da COC no Facebook
Mulher, ciência e pandemia é o tema da aula de abertura do ano letivo da Escola de Governo Fiocruz Brasília, que será realizada online no dia 8 de março, a partir das 14h30, com transmissão pelo canal do Youtube. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Dalcolmo vai ministrar a aula. A médica pneumologista é uma das principais porta-vozes da Fiocruz na imprensa quando o tema é a pandemia de Covid-19. Ela é fundadora do ambulatório do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, ligado à Ensp, e uma das coordenadoras principais do estudo internacional que avalia o uso da vacina BCG para reduzir o impacto do novo coronavírus. Além da aula, acontecerá uma série de atividades voltada aos residentes, docentes e discentes. Confira.
Confira a programação
Para 1° de março, está previsto o Acolhimento dos Residentes, das 14h30 às 17h30, com encontro entre os ingressantes e os egressos dos cursos no painel “Potencial e desafio da residência para o fortalecimento do SUS”, com palestras da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado; da coordenadora adjunta das Residências em Saúde da Fiocruz, Adriana Coser; e da coordenadora geral dos Programas Integrados de Residência de Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família da Fesf-SUS, Grace Rosa. A Fiocruz Brasília conta hoje com um programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade, e outros quatro programas de Residência Multiprofissional em diferentes áreas: Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas; Saúde da Família com Ênfase em Saúde da População do Campo; Atenção Básica; e Gestão de Políticas Públicas para a Saúde. Os residentes também vão participar de atividade interativa, no dia 5 de março, às 9h.
No dia 9 de março, será realizado o Acolhimento Discente, por meio de uma roda de conversa sobre o Projeto Político Pedagógico da Escola de Governo Fiocruz Brasília, a partir das 9h. Encerrando a Semana Pedagógica, no dia 10, também a partir das 9h, o Acolhimento Docente vai contar com dois especialistas na área de metodologias ativas, o professor da Universidade de Brasília Ricardo Ramos Fragelli e a pesquisadora de estratégias de ensino-aprendizagem voltadas ao desenvolvimento de competências, neurociência e inovação, Thais Fragelli.
As aulas da Escola de Governo Fiocruz Brasília serão mantidas no formato online ao longo do primeiro semestre de 2021.
Caio Fernando Abreu faz falta. Em fevereiro, completa-se 25 anos de sua morte, mas sua poesia e memória seguem vivas, e a cada dia ele é mais lido e compartilhado por um público jovem. Poeta, jornalista e escritor, ele enfrentou seus medos, a ditadura, a luta pelo direito de ser o que quiser, de ter um lado, de fazer escolhas e de mudar. Como no poema que ilustra o 'Sextas de Poesia' desta semana, Caio Fernando Abreu reafirma: "Faz anos navego o incerto". Para ele não há respostas, roteiros nem portos. No entanto, nos deixou a palavra, pontes que atravessam rios e navegam mares.
Leia na íntegra o poema Faz anos navego o incerto.
A ONU Brasil promoverá um workshop de três dias sobre o sistema internacional de proteção de direitos humanos, focado nos direitos dos povos indígenas. O evento online é aberto a indígenas e não indígenas e será conduzido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Serão oito horas de capacitação nos dias 1°, 2 e 3 de março de 2021 e as inscrições podem ser feitas até sexta-feira, 26 de fevereiro.
O workshop visa oferecer um panorama sobre mecanismos internacionais de defesa dos direitos humanos. Para as pessoas indígenas, o objetivo é também proporcionar subsídios que permitam a essas populações acompanhar e dar apoio a suas comunidades e organizações na defesa de seus próprios direitos. A capacitação é liderada por Ro’otsitsina Xavante e Alceu Karipuna, bolsistas indígenas sênior da ONU Direitos Humanos no Brasil.
“Queremos promover atividades exemplares de advocacy (defesa) com a participação de lideranças indígenas, além de fortalecer a participação de indígenas e não indígenas no âmbito da defesa dos direitos humanos desses povos e ampliar as redes de apoio”, explicou Ro’otsitsina, responsável por um encontro com lideranças indígenas sob a mesma temática no final do ano passado.
O workshop tem como público-alvo pessoas indígenas que representam suas comunidades ou organizações; pessoas não indígenas que atuam com organizações indígenas ou indigenistas.
As aulas acontecerão nos dias 1°, 2 e 3 de março, 14h (horário de Brasília) por meio da Plataforma Zoom (o link será enviado por e-mail às pessoas inscritas). Portanto, é necessário ter acesso a uma conexão estável à internet para participar.
As inscrições devem ser feitas até as 12h (horário de Brasília) do dia 26 de fevereiro de 2021. Para participar, é preciso preencher e enviar uma ficha e a carta de apoio (no caso de indígenas) ou a carta de recomendação (no caso de não indígenas) para o e-mail fellow.alceukaripuna@ohchr.org com o assunto “[Inscrição] Nações Unidas e Povos Indígenas: Defendendo os direitos dos povos indígenas internacionalmente”. Inscrições com informações ou documentos faltantes não serão consideradas.
Para fazer o download da ficha de inscrição/carta, clique aqui (indígenas) ou aqui (não indígenas)
A Casa de Oswaldo Cruz recebe, em 19 de março, às 14h, o professor Marcos Napolitano, da Universidade de São Paulo (USP), para a aula inaugural Negacionismos e revisionismos ideológicos: o conhecimento histórico em xeque. A atividade, que abre o ano letivo dos cursos de pós-graduação das áreas de história, patrimônio cultural e divulgação científica da instituição, será transmitida ao vivo pela página da Casa no Facebook. O encontro é aberto a todos os interessados.
"Eu pretendo apresentar a discussão atual sobre o negacionismo, que é um fenômeno relativamente novo na conjuntura brasileira. [A aula vai abordar] não somente o negacionismo histórico, mas [também] os negacionismos científicos, que vêm tomando conta do debate público, e também discutir as fronteiras entre o revisionismo historiográfico e o revisionismo ideológico", afirma Marcos Napolitano, destacando a importância do tema no contexto atual.
Especialista no período do Brasil Republicano, com ênfase no regime militar, e na área de história da cultura, com ênfase nas relações entre história e música popular e história e cinema, Marcos Francisco Napolitano de Eugênio é doutor e mestre em História Social pela USP, instituição da qual é docente. Foi professor no Departamento de História da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entre 1994 e 2004 e professor visitante do Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL) da Universidade de Paris III, em 2009.
O British Council e o Imperial College London, em parceria, oferecem seis bolsas de mestrado nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês) para estudantes mulheres do Brasil, Argentina, Colômbia, Cuba, Jamaica, México, Peru ou Venezuela. As oportunidades são para as áreas de engenharia química; engenharia ambiental; mudanças climáticas; ecologia, evolução e conservação; aprendizado de máquina e dados ambientais; tecnologia ambiental; química verde; manejo de recursos hídricos; gerenciamento internacional de saúde; energias sustentáveis; transportes; taxonomia, biodiversidade e evolução.
As candidatas devem comprovar sua necessidade de apoio financeiro e como podem inspirar futuras gerações de meninas a escolherem carreiras nas áreas STEM.
O prazo para conseguir um convite das instituições parceiras no Reino Unido é 19 de março, podendo aplicar até o dia 26/3.
Imagem: Freepik
O curso de Formação de Educadores Populares para a Promoção da Economia Social e Solidária em Tempos Covid-19 recebe inscrições até 3 de março. Ele é oferecido pela Escola de Governo Fiocruz – Brasília, em parceria com o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece). As inscrições devem ser feitas por meio do Campus Virtual Fiocruz. Voltado a todos os interessados em multiplicar conceitos e práticas da economia solidária nos territórios, em especial no Distrito Federal (DF), a formação é online e as atividades incluem orientações para que os alunos viabilizem ações locais em suas comunidades. A aula inaugural do curso será realizada nesta terça-feira, 23 de fevereiro, a partir das 16h, no canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Na ocasião, haverá o lançamento do Fundo de Resiliência Solidária do DF e palestra do professor Ladislau Dowbor, com o tema “Economia solidária no enfrentamento das consequências socioeconômicas da Covid-19”. Acompanhe!
O curso é dividido em três módulos: “A pandemia de Covid-19 e os novos paradigmas da economia”; “Economia social e solidária: economia circular – autogestão e autonomia popular”; e “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2030 e a intersetorialidade entre as políticas públicas: não deixar ninguém para trás!”. As aulas online serão realizadas de 4 de março a 1º de abril, sempre às quintas-feiras, das 14h às 18h. Confira a programação aqui.
As crises sanitária e econômica ocasionadas pela Covid-19 revelaram ainda mais a necessidade de um modelo de gestão territorial que fortaleça as comunidades e sua resiliência, com inclusão social, cooperativismo e iniciativas a partir dos recursos existentes nos territórios. Nesse contexto, a economia solidária é uma alternativa que pode ampliar a estrutura para uma economia e um mercado de trabalho organizados a partir das necessidades locais, promovendo a coesão social e uma governança local participativa, com produção mais sustentável e melhor distribuição das riquezas. “O objetivo do curso é disseminar práticas de organização produtiva cooperativa e solidária em comunidades vulneráveis, para que tenhamos a população mobilizada e organizada em empreendimentos sociais que gerem trabalho e renda”, afirma o responsável pela iniciativa, o professor Wagner Martins, que também é o coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz Brasília.
Os princípios da economia solidária podem ampliar as oportunidades para o desenvolvimento local, por meio de uma economia mais justa e humanizada, com políticas que assegurem o bem-estar da comunidade, em especial das populações vulnerabilizadas. O curso abordará, ainda, alternativas de sistemas financeiros que ampliem as oportunidades de investimento e geração de renda para as comunidades, e visa apoiar projetos de implantação da Agenda 2030, voltados à construção de territórios mais saudáveis e sustentáveis.
O Curso integra um projeto desenvolvido pelo Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece), entidade gestora do Banco Comunitário da Estrutural, com alunas da Especialização em Governança Territorial para o Desenvolvimento Saudável e Sustentável, realizada pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) – Campus Estrutural e pela Fiocruz Brasília. Esse projeto foi um dos selecionados pelo Programa Inova Fiocruz.
Lançamento do curso e do Fundo de Resiliência Solidária do DF
A aula inaugural do Curso será realizada no dia 23 de fevereiro, das 16h às 18h, no no canal da Fiocruz Brasília no Youtube. Na ocasião, haverá o lançamento do Fundo de Resiliência Solidária do DF e palestra do professor Ladislau Dowbor, com o tema “Economia solidária no enfrentamento das consequências socioeconômicas da Covid-19”.
Participarão do lançamento: Flora Fonseca, gestora de comunicação do Comitê Estrutural; Leonora Mol, fundadora do Banco do Bem; Joaquim Melo, fundador do Banco Palmas; Abadia Teixeira, presidente do Mece e Banco Comunitário da Estrutural; Martin Hahn, diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil; Paloma Casero, diretora do Banco Mundial para o Brasil; Morgan Doyle, representante do Grupo BID no Brasil; André Clemente Lara de Oliveira, secretário de Economia do DF; Mayara Rocha, secretária de Desenvolvimento Social do DF; e Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.
Conheça o palestrante
Dowbor é formado em economia política pela Universidade de Lausanne (Suíça) e doutor em ciências econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia (Polônia). Atualmente, é professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi consultor de diversas agências das Nações Unidas e governos, além de Sebrae e outras organizações do sistema “S”. Atua como conselheiro no Instituto Polis, IDEC, Instituto Paulo Freire, Conselho da Cidade de São Paulo e outras instituições. Sua área principal de atuação é o ensino e a organização de sistemas de planejamento. É autor e coautor de cerca de 40 livros. Saiba mais sobre o palestrante em dowbor.org.
O Fundo de Resiliência Solidária (FRS) é uma das metas do projeto “A construção de capacidades sociais para o enfrentamento da Covid-19 e suas consequências nos territórios pós-pandemia”, financiado pelo Programa Ideias Inovadoras (Inova) da Fiocruz, por meio do edital “Ideias e Produtos Inovadores – Covid-19”. O edital foi criado para apoiar propostas que possam trazer ações, decisões e respostas rápidas, no contexto da pandemia de Covid-19.
O projeto é uma iniciativa de alunas do curso de especialização em Governança Territorial para o Desenvolvimento Saudável e Sustentável, realizado pela Fiocruz Brasília e pelo Instituto Federal de Brasília (IFB/Campus Estrutural), em parceria com o Movimento de Educação e Cultura da Estrutural (Mece), entidade gestora do Banco Comunitário da Estrutural.
O objetivo principal do Fundo é auxiliar pessoas de comunidades de maior vulnerabilidade social, severamente afetadas pelos impactos socioeconômicos da Covid-19. O FRS foi pensado como estratégia na forma de apoio a empreendimentos sociais e cooperativos que gerem renda e trabalho para fortalecer comunidades vulneráveis do DF, por meio da arrecadação de fundos a serem reinvestidos nas comunidades com foco na economia solidária.
O projeto Ecologia, História e Saúde: o desenvolvimento de conteúdos audiovisuais sobre a biodiversidade brasileira para instituições de ensino e pesquisa do estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), vai receber apoio financeiro da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) no âmbito do Programa Educação Digital Inclusiva – Apoio às Instituições Públicas de Educação Superior – 2020. O ponto de partida da proposta é a estruturação de um laboratório de produção e criação de conteúdos audiovisuais sobre a biodiversidade estadual e nacional e a produção de uma série de vídeos e programas de TV apresentando conceitos, experimentos e metodologias sobre Ecologia, Biologia da Conservação, História das Ciências, Saúde e Meio Ambiente.
+Leia também: Projeto de pesquisadora do Museu da Vida vence edital da Faperj
Para a produção desse material serão realizadas expedições no estado do Rio de Janeiro e em várias regiões do país. Além de estabelecer um processo de produção e criação, o projeto disponibilizará conteúdos audiovisuais, visuais e de áudio para estudantes de graduação e de pós-graduação através da web, TV, rádio, aplicativos para celulares. Os episódios também serão exibidos pela TV Brasil e pela Rede Nacional de Comunicação Pública. A iniciativa prevê também a realização de webinários no decorrer dos 18 meses de execução.
A coordenação da iniciativa está a cargo de Luciana Alvarenga, pesquisadora da COC/Fiocruz. O projeto receberá o montante de 478 mil reais que serão destinados a produção de uma série educativa inédita sobre Ecologia, História e Saúde, além da compra de equipamentos para a produção e a manipulação de imagens em 4K. O orçamento prevê também a reestruturação do site Curta Biodiversidade, espaço no qual serão disponibilizados os conteúdos produzidos.
O projeto é realizado no âmbito do Convênio e do Acordo de Cooperações Técnicas estabelecido entre a COC/Fiocruz, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e apresenta uma parceria inédita com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Federal do Rio de Janeiro.
Programa Educação Digital Inclusiva – Apoio às Instituições Públicas de Educação Superior – 2020
O programa visa a melhoria das práticas de ensino-aprendizagem; produção de conteúdo, metodologias de inclusão digital; infraestrutura de laboratórios e demais ambientes tecnológicos, com vistas à melhora do acesso ao ensino remoto de alunos de graduação e pós-graduação vinculados a estas instituições.