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Publicado em 19/04/2019

PrInt-Capes: conheça os candidatos selecionados para a próxima etapa do doutorado sanduíche

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Quer saber quem vai em frente em mais uma fase rumo ao doutorado sanduíche? Depois dos recursos, saiu a lista final das candidaturas homologadas às bolsas para doutorado sanduíche. A seleção faz parte do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes), que oferece 32 bolsas de estágio, com duração mínima de 6 meses, e máxima de 12 meses.

A Comissão de Avaliação seleciona candidatos distribuídos em três redes temáticas de pesquisa: a Rede Integrativa de Ciência e Tecnologia para o Enfrentamento de Doenças Infecciosas e Reemergentes (Ricei); a Rede Integrativa de Doenças Crônicas de Origem Não Infecciosas (Ricroni) e a Rede Integrativa para Enfrentamento das Desigualdades em Saúde (Rides).

Parabéns a todos que foram selecionados nesta fase! Acesse aqui a lista final das candidaturas homologadas.

Publicado em 17/04/2019

Conheça a lista de candidatos homologados no doutorado sanduíche pelo PrInt Fiocruz-Capes

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

A Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz) acaba de divulgar a lista dos candidatos homologados para bolsas na modalidade doutorado sanduíche, no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes). 

Fique atento: se a sua candidatura não estiver homologada, isso pode significar que um ou mais dos pré-requisitos não foram cumpridos. Nesse caso, os candidatos poderão entrar com recurso no dia 18 de abril. O resultado final dos selecionados será divulgado no dia 19 de abril, aqui no Campus Virtual Fiocruz.

Sobre o programa

Um dos objetivos do programa é fomentar a construção, a implementação e a consolidação de planos estratégicos de internacionalização de instituições de ensino superior (IES) ou institutos de pesquisa que possuam programas de pós-graduação Stricto sensu de excelência. Serão oferecidas até 32 bolsas.

Acesse aqui a lista das homologações. E boa sorte!

Publicado em 08/03/2019

Divulgado o resultado da seleção interna do PDSE, doutorado sanduíche da Capes

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Unsplash

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acaba de divulgar o resultado da seleção interna do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da Capes. Foram concedidas três bolsas de estágio em pesquisa no exterior para alunos da Fiocruz, de diferentes unidades e áreas do conhecimento.

Mas fique atento e não confunda: nesta lista, não são considerados os programas aprovados no Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PrInt).

Este programa tem o objetivo de oferecer cotas institucionais para doutorado no exterior, alinhadas com o Plano de Internacionalização da Instituição de Ensino Superior (IES), de forma a complementar os esforços despendidos pelos programas de pós-graduação no Brasil, na formação de recursos humanos de alto nível para inserção nos meios acadêmico, de ensino e de pesquisa no país.

Você está concorrendo? Então corra e confira a lista dos selecionados aqui.

Parabéns, bons estudos e uma ótima viagem!

Publicado em 18/02/2019

Fiocruz oferece 32 bolsas para doutorado sanduíche pelo Programa Institucional de Internacionalização da Capes

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Unsplash

Eu ouvi oportunidade de estudar no exterior? É isso mesmo. Estão abertas as inscrições para bolsas na modalidade Doutorado Sanduíche, no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes), através da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz).

O programa institucional tem como objetivo fomentar a construção, a implementação e a consolidação de planos estratégicos de internacionalização de Instituições de Ensino Superior (IES) ou Institutos de Pesquisa que possuam programas de pós-graduação Stricto sensu de excelência. O programa estimula a formação de redes de pesquisas internacionais, visando aprimorar a qualidade da produção acadêmica vinculadas à pós-graduação. Além disso, também promove e fortalece as cooperações internacionais e a mobilidade de docentes e discentes. 

Para se candidatar, é preciso ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no Brasil. Também pede-se que o aluno esteja regularmente matriculado em um dos programas vinculados ao PrInt Fiocruz-Capes e tenha fluência no idioma do país de destino. Confira as outras regras e pré-requisitos pelo edital.

Serão oferecidas até 32 bolsas, com duração máxima de doze meses. O envio das propostas deverá ser realizado pelo e-mail print.capes@fiocruz.br, no período de 18 de fevereiro a 15 de abril de 2019.

Confira o edital completo pelo Campus Virtual Fiocruz e inscreva-se já! Em relação às inscrições, confira também o edital retificado, já com a errata 1, a errata 2 e a errata 3*.

 

*Atualizado em 25/3/2019.

Publicado em 17/01/2019

Imunohistoquímica, patologia molecular e hispatologia são temas de curso internacional no INI

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações de Juana Portugal (INI/Fiocruz)

Até 25 de janeiro estão abertas as inscrições para o curso internacional Third international course on immunohistochemistry, molecular pathology and histopathology for the diagnosis of infectious diseases. Oferecido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), o curso conta com a participação de especialistas do Centers for Disease Control and Prevention (CDC). A iniciativa também é apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O objetivo do curso é consolidar conhecimentos sobre a incorporação de inovações tecnológicas. Para isso, haverá aulas teórico-práticas, com exposição do assunto, leitura de lâminas de microscopia usando microscópio óptico e discussão de casos clínicos com os alunos. Apenas as aulas do Dr. Sherif Zaki serão ministradas em inglês, sem tradução simultânea. As demais serão em português.

Podem se candidatar profissionais de nível superior da área de saúde que atuam ou desejam atuar em anatomia patológica. Quem já trabalha na área de diagnóstico histológico de doenças infecciosas humanas ou de animais ou está matriculado em cursos de pós-graduação terá prioridade na seleção. 

As aulas serão de 11 a 15 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Inscreva-se aqui.

Publicado em 11/12/2018

Farmanguinhos e Fiocruz PE têm propostas de doutorado profissional aprovadas pela Capes

Uma ótima notícia para a pós-graduação no Brasil. Foram aprovadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) duas propostas da Fiocruz para formação profissional a nível de doutorado. As propostas aceitas pela Capes foram o Doutorado Profissional em Gestão em Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), e o Doutorado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, que será ofertado pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos). Ambos planejam a abertura de turmas em 2019.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é pioneira na oferta de cursos de formação profissional na PG brasileira. Já existem, na fundação, diferentes programas de mestrado profissional que abrangem uma série de áreas da saúde. No entanto, não há ofertas para doutorado profissional. De acordo com Eduarda Cesse, coordenadora-geral adjunta da Coordenação-Geral de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), ainda há certa resistência no meio acadêmico com a formação profissional.

“Parte da comunidade científica ainda tem certas questões com a pertinência do doutorado profissional”, disse Eduarda. “No entanto, observamos uma demanda muito grande de estudantes que finalizam o mestrado profissional e querem dar seguimento à sua formação. Aí está a importância destas novas propostas”, completou.

Segundo a coordenadora geral adjunta, o papel da VPEIC vem sendo de apoiar as unidades da Fiocruz neste sentido. “Apoiamos o lançamento das propostas porque acreditamos no potencial que as unidades têm, justamente pelo ótimo trabalho que realizam com suas turmas de mestrado”, comentou Eduarda. Ela afirmou que o resultado é uma grande felicidade e também um desafio – é preciso, agora, dar seguimento à implementação dos cursos.

Gestão em Saúde na Fiocruz PE

O curso de Doutorado Profissional em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco (Fiocruz PE) está estruturado na área de concentração Gestão em Saúde já existente para o Mestrado Profissional, com disciplinas distribuídas em quatro eixos temáticos: Gestão e Avaliação de Serviços de Saúde; Gestão da Vigilância em Saúde; Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde; e Gestão de Ciência e Tecnologia em Saúde. 

A vice-diretora de Ensino e Informação Científica da Fiocruz PE, Ana Paula do Nascimento, destacou o apoio e o incentivo da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fundação Oswaldo Cruz ao longo de todo o processo. “Seremos pioneiros da oferta de cursos dessa natureza”, destacou.

Será exigência do programa que os trabalhos dos doutorandos estejam relacionados às suas práticas profissionais, o que reforça o papel institucional na formação de recursos humanos para a gestão pública e de C&T em saúde. Esse doutorado tem o objetivo geral de preparar profissionais para atuarem como formadores e indutores de processos de mudança em seus espaços de trabalho mediante a adoção de novos conceitos e práticas, desenvolvendo produtos de alta aplicabilidade ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS). 

O projeto pedagógico do curso foi elaborado pela coordenadora do Mestrado Profissional em Saúde Pública Idê Gurgel e por Ana Paula do Nascimento, com a colaboração dos docentes Constância Ayres; Eduarda Cesse; Garibaldi Gurgel; Kátia Medeiros e Pedro Miguel Neto. O documento foi analisado e homologado pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Saúde Pública.

Farmanguinhos e a indústria farmacêutica

Com a aprovação, Farmanguinhos passa a contar com um Programa de Pós-graduação em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutico que inclui o Mestrado Profissional e dois Doutorados nesse segmento (Profissional e Acadêmico). Trata-se do primeiro curso desta modalidade no Brasil voltado para a área farmacêutica.

A previsão é de que a primeira turma comece no segundo semestre de 2019. A unidade aguarda a publicação da portaria da Capes, prevista para o próximo dia 28, para providenciar a efetivação da proposta enviada à entidade, que incluem detalhes como regulamento interno, novos professores, grades das disciplinas para, enfim, elaborar o edital de chamada pública. “Agora somos um Programa de Pós-graduação, o único no Brasil na área de Farmácia. Temos Mestrado e Doutorados com as mesmas linhas de outrora: Gestão Tecnológica da Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica; Pesquisa e Desenvolvimento para Prospecção de Produtos Farmacêuticos”, explica o coordenador do curso Jorge Magalhães.

“Mais do que um curso, Farmanguinhos ganha um Programa de Pós-graduação, que inclui Mestrado e Doutorados Acadêmico e Profissional. Temos de valorizar essa conquista, porque estamos há muitos anos lutando por isso”, salienta a vice-diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto, Núbia Boechat. Ela argumenta que os cursos a serem oferecidos partem de uma abordagem translacional. “Significa que a estrutura do nosso Programa de Pós-graduação contempla toda a cadeia produtiva de um medicamento, desde a pesquisa básica até o produto final”, enfatiza.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, que tem uma relação íntima com a área de conhecimento (já atuou como professora e foi vice-presidente da Fundação na área de Educação), ressalta que o Doutorado Profissional vai ao encontro da missão institucional. Ela destaca que o curso é uma iniciativa inédita que se traduz na integração da gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. “Com caráter interdisciplinar e multiprofissional, seu objetivo é a formação de profissionais com um conjunto de habilidades que permitirá o desenvolvimento de competências que permeiam a cadeia da indústria farmacêutica e respectivas instituições de pesquisa”, observa.

Mariana Conceição, a coordenadora de Educação de Farmanguinhos, complementa: “Esse programa estava sendo preparado e esperado há muitos anos pelos pesquisadores de Farmanguinhos. Temos características únicas e estávamos formando nossos alunos em cursos do IOC (Instituto Oswaldo cruz) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Agora podemos formar um profissional completo, com o perfil único, que não será só especialista em sua área de atuação, mas que fará a integração entre as diversas áreas que compõem as etapas de descoberta e desenvolvimento de fármacos e medicamentos”.

 

Por Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz), com informações da Fiocruz Pernambuco e de Farmanguinhos

Publicado em 31/10/2018

Saiba o que foi debatido na Câmara Técnica de Educação

A Câmara Técnica de Educação da Fiocruz (CTE) se reuniu nos dias 16 e 17 de outubro. Este ano, o encontro com os representantes das unidades integrou a programação da Semana de Educação. O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral, lembrou que o objetivo da reunião era dar continuidade às discussões sobre o Planejamento Integrado da Educação na Fiocruz (Pief), definido como coletivamente como estratégia para a construção da Política Educacional da Fiocruz – recomendação do VIII Congresso Interno (2017).

Planejamento integrado

Em 2018, os trabalhos têm se concentrado no diagnóstico da oferta atual, a partir das discussões nas unidades, que organizaram e enviaram informações para Coordenação Geral de Educação (CGEd/Fiocruz) sobre: conteúdos das ofertas, duplicidades e possibilidades de compartilhar disciplinas. Foram realizadas reuniões com 21 unidades e escritórios da instituição, para trocar informações e esclarecer dúvidas sobre o material produzido.

O Pief tem como principais objetivos ampliar a integração das atividades de educação entre as unidades, avançar na gestão das informações e processos de comunicação, conhecer e melhor avaliar o trabalho desenvolvido pelos diversos agentes da área para avançar em formulações conjuntas, estimular cooperações e melhor aproveitar os recursos.

Temas estratégicos e formação para o SUS

No primeiro dia da Câmara Técnica (16/10), o debate se concentrou na definição de temas estratégicos considerando a formação para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Já no dia 17, a coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, abriu o encontro apresentando a equipe. Em seguida, o assessor da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Paulo Carvalho, fez uma síntese do dia anterior e comentou sobre como os trabalhos estavam organizados, destacando que o objetivo seria então alinhar propostas e fazer sugestões de melhoria.

Os membros da Câmara buscaram, primeiramente, compreender e definir o que é estratégico para a Fiocruz, debatendo sobre um grande tema que pudesse ser desenvolvido de modo a nortear os programas, considerando a Visão institucional. A coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, propôs que, após as discussões fosse elaborado um projeto piloto. Por sua vez, a assessora da Coordenação do Lato sensu, Tânia Celeste, sugeriu o tema “educação, saúde e sociedade”.

Avaliação da Capes, novo sistema para a educação e estudo de egressos

No encontro, também foi apresentada a proposta do grupo de trabalho da Fiocruz dedicado a encaminhar questões relacionadas à avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O GT é coordenado pela pesquisadora Dora Chor, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Depois, os participantes conheceram o novo sistema de gestão das informações acadêmicas, que está sendo desenvolvido pela Coordenação-Geral de Gestão de Tecnologia de Informação (Cogetic) junto com a CGEd. Neste ambiente único, será possível gerenciar as informações das modalidades Stricto sensu, Lato Sensu e do nível técnico de forma integrada e acompanhar a vida acadêmica dos estudantes desde a seleção até seu desligamento.

A trajetória dos alunos egressos também foi pauta da Câmara Técnica. Paula Xavier, coordenadora de Informação e Comunicação da VPEIC/Fiocruz e também do Observatório da Fiocruz em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Ela apresentou um estudo piloto com 1168 egressos, realizado a partir do pareamento de informações com bases oficiais do governo. O levantamento mostra que quase 50% dos egressos continuam trabalhando nas suas áreas de atuações na Fiocruz.

Ciência aberta e Programa de Internacionalização da Fiocruz

Paula comentou, ainda, sobre as ações adotadas para envolver os diversos atores da instituição, com o objetivo de formular e implantar uma política de ciência aberta. Considerando a importância de capacitar os alunos de pós-graduação, durante a CTE foi lançado um curso sobre o tema. Fruto de uma parceria entre a Vice-presidência e a Escola Corporativa Fiocruz, o curso será oferecido na modalidade de educação à distância (EAD), a partir de novembro.

Por fim, Milton Moraes, coordenador geral adjunto de Educação, falou sobre o Programa de Internacionalização da Fiocruz. Ele lembrou que as ações não se restringem apenas ao Programa Institucional de Internacionalização da Capes, mas envolvem a formação de diversas redes e parcerias. Segundo Milton, 63% dos pesquisadores brasileiros nunca saíram do Brasil. Ele acredita que, além de ampliar a mobilidade acadêmica, é preciso estimular diversas iniciativas para fomentar este ambiente, tais como: estimular a cooperação Sul-Sul e parcerias em cotutela, assim como promover o uso de ferramentas de informação e comunicação que facilitem o acesso e desenvolvimento de alunos estrangeiros, entre outras medidas.

Publicado em 14/09/2018

Cooperação internacional: universidades e instituições de pesquisa brasileiras buscam parcerias e divulgam oportunidades na Alemanha

Entre os dias 13 e 21 de setembro, representantes de universidades e instituições de pesquisa brasileiras participam do Roadshow Study and Research in Brazil. A iniciativa, organizada pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla em alemão), tem o objetivo de impulsionar a cooperação acadêmica entre os dois países. Em outras palavras, poderia ser descrita como uma espécie de “turnê”, uma apresentação itinerante. A delegação brasileira visitará cinco importantes cidades do cenário universitário alemão: Munique, Berlim, Münster, Bonn e Tübingen, onde poderão divulgar suas oportunidades de estudo e pesquisa para parceiros alemães.

Segundo a diretora do DAAD no Brasil, Martina Schulze, a missão busca reativar antigas parcerias, contribuindo para que acordos de cooperação já assinados saiam do papel. “Além disso, estimulamos uma nova geração de jovens na Alemanha a fazer doutorado e pesquisa no Brasil”.
 

Saiba como vai ser o roadshow

As atividades têm início em Munique com um seminário sobre a cooperação entre a Baviera e o Brasil, organizado em conjunto pelo Centro Universitário da Baviera para América Latina (Baylat) e pela Technische Universität München (TUM).

Já em Berlim, a delegação se juntará a colegas convidados pela Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai) para participar de um seminário promovido pela Embaixada do Brasil na Alemanha e pela própria Faubai. Eles debaterão na Freie Universität Berlin as possibilidades e desafios da cooperação acadêmica com representantes de cerca de 30 instituições de ensino superior alemãs.

No dia seguinte, o grupo estará na Technische Universität Berlin para a feira informativa Study and Research in Brazil, que contribuirá para o principal objetivo do roadshow: despertar o interesse de doutorandos por uma estadia de pesquisa no Brasil. O público poderá se atualizar sobre oportunidades de doutorado e pesquisa diretamente com os representantes das universidades brasileiras. A feira é aberta a estudantes, docentes, cientistas e demais interessados. Feiras similares serão realizadas no contexto do “Roadshow” também na Universität Münster (WWU) e na Universität Tübingen (EKUT).
 

Contexto: a internacionalização de programas institucionais

O DAAD vem acompanhando com interesse o Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O objetivo do PrInt é implementar e consolidar planos estratégicos de internacionalização das instituições brasileiras de ensino superior. O roteiro de visitas a instituições alemãs de ensino superior que possuem potencial para se tornarem parceiras estratégicas nessa iniciativa de internacionalização é parte da contribuição do DAAD para o novo programa da Capes.

Outra forma de apoio será a oferta de bolsas de estudos para doutorandos alemães interessados em desenvolver pesquisa numa instituição de ensino superior brasileira contemplada pelo PrInt. A condição para que a bolsa seja concedida será a existência de um acordo de parceria estratégica entre a universidade de origem do doutorando na Alemanha e a instituição brasileira.

A Fiocruz é uma das instituições contempladas pelo Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Capes.

Acesse aqui o Campus Virtual Fiocruz em inglês.



Fonte: Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla em alemão) | Foto: Unsplash

Publicado em 23/08/2018

Fiocruz é contemplada no Programa de Internacionalização da Capes

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma das 25 instituições de ensino superior e institutos de pesquisa selecionadas no Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) — iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O resultado do PrInt foi anunciado na última segunda-feira (20/8).

O programa foi concebido para desenvolver e implementar a internacionalização das áreas de conhecimento escolhidas pelas instituições selecionadas. O objetivo é estimular a formação de redes de pesquisas internacionais, ampliando as ações de apoio à internacionalização na pós-graduação e o aprimoramento da qualidade da produção acadêmica oriunda deste segmento da educação.

O escopo do Print também prevê a mobilidade de professores e alunos, a fim de incentivar a transformação das instituições participantes em um ambiente internacional.

Os projetos escolhidos terão início em novembro, com um prazo de duração de quatro anos. 

Saiba mais aqui.


Diretora de Relações Internacionais da Capes debate o tema na Fiocruz no dia 24/8

Nesta sexta-feira (24/8), às 10h, a diretora de Relações Internacionais da Capes, Connie McManus, vem à Fiocruz para debater este tema. O evento é uma iniciativa do Núcleo de Estudos Avançados do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e será realizado no Auditório Emmanuel Dias, no Pavilhão Arthur Neiva.

Mais informações na agenda do Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 01/08/2018

Avaliação da pós-graduação em saúde coletiva: que caminho seguir?

Um sistema de avaliação que não se repensa pode nortear os rumos da pós-graduação brasileira? Esta foi a tônica geral da crítica de três grandes pesquisadores sobre o assunto: Rita Barradas Barata, Maurício Barreto e Kenneth Camargo. Reunidos no 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão 2018), eles integraram a mesa redonda Avaliação da pós-graduação em saúde coletiva: que caminho seguir? O encontro, que aconteceu no dia 27 de julho, foi mediado por Guilherme Werneck, coordenador da área de Saúde Coletiva na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entre 2014 e 2018.

A professora Rita Barradas Barata, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa da Casa de São Paulo, presidente da Abrasco (1996-2000) e ex-diretora da Capes, abriu o debate, trazendo questões importantes sobre a Avaliação Quadrienal 2013-2016. Segundo ela, este modelo, utilizado desde 1998, sofreu poucos ajustes, impossibilitando à agência de fomento acompanhar o crescimento exponencial dos programas de pós-graduação (PPG), as mudanças no setor científico e os desafios contemporâneos da ciência.

O principal objetivo da pós-graduação, de acordo com Rita, deveria ser a busca por excelência e qualidade. “Mas o tempo exíguo para a avaliação e o predomínio de indicadores quantitativos fazem com que os coordenadores dos programas usem os indicadores de uma forma ineficiente”, afirmou.

Mais qualidade, menos regulação

Usando o lema “Menos pode ser mais”, Rita disse que a mudança no sistema avaliativo da Capes deve estar calcada em buscar um papel menos regulatório e mais avaliativo, de fato. Além disso, ela comentou questões como a formação insuficiente e deficiente dos doutores e o trabalho mecânico de publicação. A professora destacou, ainda, que a autoavaliação deve mostrar a relevância dos Programas para o campo científico e também sua inserção social. Ou seja: sua contribuição para a sociedade brasileira. “Precisamos de um parecer circunstanciado, contextualizado. A ficha de avaliação produziu um algoritmo, que não funcionou”, disse. 

Neste sentido, apontou para a definição de um conjunto de indicadores qualitativos para as áreas, para mudança de critérios para Programas de Excelência (a partir de candidaturas e com a participação de avaliadores internacionais de forma complementar) e transformações urgentes no Qualis Periódicos.

Criação de órgão multiagencial para transformar um sistema estagnado

Em seguida, o coordenador geral do Centro de Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Maurício Barreto, expandiu a discussão. Para ele, o sistema nacional de pós-graduação é parte do sistema científico e tecnológico do país, mas opera numa lógica invertida. “A avaliação da Capes passou a ser o instrumento para medir tudo”, criticou. 

Barreto acredita que o Brasil sofre as consequências de não produzir estudos de avaliação do próprio sistema, estagnado por décadas. Além disso, não há no país um plano de longo prazo para avaliar a pós-graduação – atualmente assentada na análise de cada curso. “O principal erro foi manter inalterado este sistema por 30 anos. Afinal, avaliar é uma ciência”, lembrou. Para ele, a mudança depende de modelos de avaliação aplicados aos seus contextos, isto é, capazes de entender como operam as estruturas de poder das comunidades científicas do país.

O coordenador do Cidacs também disse que é necessário criar estruturas para lidar com grandes volumes das avaliações, adotar sistemas que relacionem elementos quantitativos e qualitativos e avaliar o próprio sistema de avaliação da Capes. Para que isso aconteça, Barreto propôs a criação de um órgão multiagencial: “A Capes não comporta mais essa tarefa. A avaliação é autonomia, é independência. O sistema tem que ter a capacidade de se autotransformar”.

Ciência, um empreendimento coletivo

Destacando os pontos de contato de Barradas e Barreto, o professor do Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ), Kenneth Camargo iniciou sua apresentação dizendo que a avaliação não acompanhou as mudanças do contexto. “Hoje, a ciência está sob ataque e vivemos num momento de pós-verdade”, afirmou, citando os movimentos antivacinais e outros que questionam o conhecimento científico. O professor atentou para o fato de que o campo da ciência também é altamente influenciado por interesses econômicos, que acabam induzindo seus atores a só investirem na produção do que pode ser financiado e lucrativo, em detrimento de interesses coletivos.

Kenneth acredita que os cientistas precisam se articular politicamente para voltarem a ser legitimados pela sociedade. Para isso, segundo ele, é preciso promover os valores da Ciência, mostrar sua importância e a quem se destina, reduzir a ênfase no modelo de hipercompetição e atuar de forma mais colaborativa e solidária. “Temos que estimular o trabalho cooperativo para disseminar o conhecimento científico, e expressar nossa diversidade como cientistas”.

Debate

O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral, prestigiou o debate. Durante as intervenções do público, ele comentou sobre a necessidade de repensar o modelo de formação do cientista para que seu olhar seja também o de um cidadão capaz de fazer esta ponte com a sociedade.

Respondendo às perguntas dos participantes, a professora Rita Barradas lembrou que o modelo brasileiro é criticado por avaliadores internacionais. “Eles logo percebem que avaliamos a ciência, mas não a formação dos docentes. Este é um grande ponto de virada. E não se trata de abandonar a pesquisa, mas de agregar a formação para termos professores mais completos”.

Maurício Barreto, por sua vez, comentou a questão da complexidade e diversidade de perfis. “O cientista não é um super-homem”, resumiu. Fora do Brasil, segundo ele, há mais distinção entre os diferentes perfis (professor, pesquisador, profissional etc.), maior valorização da identidade de cada um e, portanto, menos hierarquização entre os diferentes papeis. Além disso, apontou para um componente muito importante: a valorização da missão das universidades. “A Capes pasteuriza as instituições”, criticou.

Outras questões foram levantadas: Como a comunidade da saúde coletiva pode contribuir para liderar a discussão na Capes junto a outras áreas? De que forma os alunos podem se envolver mais na discussão destas mudanças, para que o processo contemple também suas necessidades, já que são diretamente afetados pela avaliação? Como reduzir desigualdades regionais e promover maior articulação entre os programas?

Ao final, numa reflexão coletiva de excelente qualidade, ficou evidente que a avaliação não pode ser um fim em si mesma e que são necessárias mudanças urgentes no sistema da pós-graduação brasileira.


Por Flávia Lobato* (Campus Virtual Fiocruz)
*Com informações de Catarina Schneider, estudante do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/ ICICT/Fiocruz), que participou do projeto de cobertura colaborativa para o Abrascão 2018 – Edição Bruno C. Dias

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