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Publicado em 02/12/2019

Formação para o SUS: Fiocruz realiza seu 1º Seminário de Residências em Saúde nos dias 5/12 e 6/12

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Mudanças no perfil da população. Novas doenças. A reemergência de antigos agravos. Como formar, qualificar e atualizar estudantes e profissionais de saúde para que atendam a estas necessidades? Pensando nisso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza seu o 1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS. O evento acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, das 13h30 às 16h30, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro. Estarão reunidos residentes, docentes, preceptores, supervisores, gestores e profissionais dos Programas de Residência da Fiocruz.

Realizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o seminário contará com a participação da presidente Nísia Trindade Lima, na mesa de abertura, e representantes dos ministérios da Educação, da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Acesse a programação completa aqui. Haverá transmissão online, para que todos possam acompanhar à distância.

Residências: conhecimento teórico aliado à vivência em serviços de saúde

As residências em saúde são espaços de aprendizado, nos quais estudantes e profissionais de saúde têm a oportunidade de se especializar e de serem treinados, na prática, contando com a orientação de profissionais qualificados e de instituições reconhecidas na área. Atualmente, a Fiocruz tem 23 programas em curso e 1 já credenciado e aguardando a liberação de bolsas. Para 2020, a instituição aguarda o resultado de 5 novas submissões e de mais 2 novos programas em cooperação. (Conheça os cursos de residência médica e residência multiprofissional oferecidos pela Fiocruz).

Diante desta perspectiva, os participantes vão discutir como a Fiocruz pode ampliar sua contribuição com as políticas de formação para o SUS, em cenários cada vez mais desafiadores tanto do ponto de vista epidemiológico quanto político, econômico e social no Brasil. Para isso, além dos debates do primeiro dia, serão realizadas oficinas de trabalho, no dia 6, como explica a coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz e de seu respectivo Fórum, Adriana Coser. “Vamos abordar temas relacionados à atualização dos processos de qualificação dos programas, como: o novo perfil de competências de preceptores, a gestão dos programas e as diretrizes políticos- pedagógicas das residências da Fundação”.

Ela lembra que a iniciativa é um dos desdobramentos do trabalho que vem sendo realizado pelo Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz. Criado em junho de 2017, o coletivo agrega coordenadores e membros das diversas unidades, possibilitando que compartilhem experiências e proponham iniciativas de qualificação dos programas. O encontro é aberto convidados de programas de outras instituições.

1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS

Data: 5/12 e 6/12 (não é necessário se inscrever para o primeiro dia do evento).
Local: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Saiba mais, acessando a programação completa aqui.
Para mais informações sobre o seminário, envie um e-mail para: egf@fiocruz.br

  • Seminário_de_Resid_em_Saude_da_Fiocruz_dez2019.pdf

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Publicado em 27/11/2019

Encontro discute os desafios da relação entre alunos e orientadores

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

O Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Vice-Presidência de Educação e Informação (VPEIC/Fiocruz), promoveu na segunda-feira (25/11), na sala de treinamento da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), o encontro Caminhando juntos: uma conversa sobre a relação orientador-orientando. O evento contou com a participação das orientadoras Cristina Pessolani (IOC/Fiocruz) e Simone Oliveira (Ensp/Fiocruz), do aluno Rodrigo Ramos Lima (COC/Fiocruz) e da egressa Helena D’Anunciação (IOC/Fiocruz). O objetivo foi conversar sobre essa relação que é tão importante para a elaboração de uma dissertação ou tese e também abrir um espaço para compartilhar experiências, expectativas e desafios.

A roda de conversa foi aberta pela coordenadora-geral de Educação, Cristina Guilam. Ela afirmou que o tema do encontro é “sensível e tenso” e que necessita de muita solidariedade e companheirismo de ambas as partes (aluno e orientador). A coordenadora do CAD, Márcia Silveira, disse que a ideia de promover um evento como esse foi a de pensar formas de tornar essa relação favorável e frutífera. Comentou também que a intenção é repetir o encontro.

Segundo a pesquisadora Cristina Pessolani, que está na Fiocruz há 30 anos e orientou numerosas teses e dissertações, cerca de 80% delas ocorreram em uma relação harmoniosa. As restantes 20% se deram em um ambiente tumultuado. “Esse encontro é de fundamental importância, já que o tema é pouco explorado. Um aspecto importante é que os envolvidos saibam exatamente quais seus direitos e deveres, o que não está claro para alguns, sejam professores ou alunos”. De acordo com Cristina, citando Antonio Joaquim Severino, o “orientador deve ser um educador, dentro de um projeto conjunto de construção do conhecimento. Ele não é pai, analista ou advogado. Mas também não é feitor ou tutor. Esta relação precisa ser educativa e ambos precisam conhecer muito bem as regras e os prazos”.

Cristina disse que não existe formação para orientador, por isso muitos não conseguem desempenhar bem a função. Ela sugeriu a criação de uma disciplina específica para que futuros orientadores possam ter resultados melhores. “Nem todo doutor tem vocação para orientador. É necessário respeito, empatia, saber colocar-se no lugar do outro. No mestrado, por exemplo, em que o prazo é mais curto, é muito importante estabelecer cronograma e ter envolvimento e comprometimento”.

'Espaços de fala fundamentais'

Para a pesquisadora Simone Oliveira, da Ensp/Fiocruz, “espaços de fala como este são fundamentais para que possamos enfrentar, de forma potente, as situações difíceis que surgem na relação entre aluno e orientador”. Ela lembrou que “trabalho acadêmico é trabalho. O processo de orientação traz consequências que o trabalho requer. E temos que estar atentos à saúde mental dos envolvidos. Porque, além de estarmos em uma sociedade adoecida, essas relações acadêmicas são, muitas vezes, atravessadas por problemas maiores advindos das relações de poder, hierárquicas e abusivas que existem”.

Simone enfatizou que, para os orientandos, a vida continua. “A pessoa não é apenas aluno. Tem relações profissionais, afetivas, de família, amizades, questões existenciais. Tudo isso, somado a um relacionamento ruim com o orientador, muitas vezes desemboca em adoecimento. O contexto neoliberal em que vivemos, com relações individualizadas, solidariedade rompida e lógica produtivista, também entra na academia, com consequências nefastas”.

De acordo com Simone, os alunos têm acesso a tudo, mas são bastante desinformados quanto a regras acadêmicas. “Há uma dispersão grande e um limite menor para a frustração. No nosso mundo medicalizado, que não enfrenta os sofrimentos, a desinformação se dá em todos os níveis”. Ela também criticou o que chamou de “uberização” da sociedade. “Não existe mais separação entre as horas de trabalho e aquelas que não de trabalho. Estamos disponíveis o tempo todo e as consequências disso nós vemos nas relações sociais. É fundamental recuperar Paulo Freire, porque a tecnologia não resolve tudo”.

A egressa Helena D’Anunciação, que defendeu sua tese de doutorado em agosto, iniciou sua intervenção questionando o contexto político, econômico e acadêmico em que se vive hoje. Segundo ela, os critérios da Capes também interferem na relação aluno-orientador. “Estamos inseridos em uma lógica produtivista e tecnicista, na qual exige-se que o pesquisador tenha um número determinado de publicações e trabalhos para ser competitivo. Mas não se observa se o trabalho acadêmico atingiu e beneficiou a sociedade, que é um dos pilares do que a Fiocruz faz nas comunidades do seu entorno”.

Helena recordou que houve uma mudança positiva no perfil dos alunos de graduação e pós-graduação, com um grande número de alunos vindos da classe trabalhadora entrando no terceiro grau, devido às políticas sociais e de cotas. “No entanto, o atual contexto neoliberal enfraquece essa realidade. Vemos, por causa das pressões e problemas do país em que vivemos, um grande número de adoecimentos entre os orientandos”. Helena também sugeriu que haja investimento no processo de formação de novos orientadores e que os atuais passem por uma reciclagem. Ela pediu que encontros como o promovido pelo CAD sejam frequentes.

O último debatedor a intervir foi o aluno de doutorado Rodrigo Lima, da COC. Ele disse que muitas das questões que emperram a relação aluno-orientador têm a ver com a (falta de) comunicação. “São longos silêncios, uma demora incompreensível até que sejam respondidos, lacunas inexplicáveis. É um trabalho que requer uma responsabilidade afetiva, que, muitas vezes, inexiste”. Ele recomendou a leitura do artigo Orientação de mestrandos e doutorandos como atividade profissional, escrito pela pesquisadora Cecília Minayo e publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, que detalha de maneira bem acurada como deve ser a orientação de mestrandos e doutorandos. O artigo aborda o que é orientar e sobre o que esperar de um orientador e de um orientando. “Este artigo de Cecília Minayo deveria se tornar uma cartilha e circular maciçamente entre alunos e orientadores”. Rodrigo, que espera um dia se tornar ele próprio um orientador, sublinhou que pretende usar de muita sinceridade e objetividade com seus futuros orientandos.

Publicado em 24/10/2019

Livro amplia conhecimento sobre a Aprendizagem Baseada em Problemas

Autor(a): 
Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

O médico responsável pelo departamento de cardiologia de um grande hospital conduz um caso de difícil solução. Ele apresenta a um grupo de internos o histórico do paciente, seus sintomas e pede sugestões de diagnóstico. Para chegar a uma conclusão, os estudantes precisam pesquisar doenças relacionadas, propor exames, interpretar os resultados e os possíveis tratamentos para solucionar o caso. Poderia ser mais um episódio de uma série de TV, mas é apenas um exemplo de aplicação da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), uma estratégia de ensino e organização curricular que estimula a aquisição de novos conhecimentos a partir da resolução de problemas reais ou simulados.

A metodologia é tema central do livro Aprendizagem Baseada em Problemas: fundamentos para a aplicação no ensino médio e na formação de professores. A publicação foi organizada pelos pesquisadores Renato Matos Lopes, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Neila Guimarães Alves, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Moacelio Veranio Silva Filho (in memoriam), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). A obra pode ser acessada gratuitamente no Portal eduCapes.

“Além da aprendizagem de conceitos, a ABP desenvolve habilidades e competências que englobam, dentre outros aspectos, o trabalho em equipe, a cooperação, a aprendizagem autodirigida, a capacidade para síntese e apresentação de resultados, a liderança de grupos e a própria competência para resolução de problemas. Os alunos são desafiados a tomar decisões e selecionar as informações realmente relevantes para o objetivo de cada etapa da aprendizagem”, destacou Renato, que atua no Laboratório de Comunicação Celular do IOC.

Com linguagem simples e voltada diretamente para professores, o livro apresenta elementos fundamentais da Aprendizagem Baseada em Problemas, como a formulação do problema, os ciclos tutoriais, o estudo autodirigido e a organização de grupos para a resolução da situação apresentada. “O ensino que busque trabalhar com os fundamentos da ABP na formação de professores, em outros cursos do ensino superior, na educação básica e na educação profissional poderá contribuir significativamente para superar os problemas de modelos tradicionais no que diz respeito ao processo de formação dos alunos”, acrescenta. Entre os autores da obra, dividida em seis capítulos, estão especialistas de diversas áreas do conhecimento que atuam no desenvolvimento de estudos no contexto de estratégias de ensino e aprendizagem.

O primeiro capítulo reúne modelos de organização curricular e possibilidades de aplicação da Aprendizagem Baseada em Problemas. O conteúdo é uma tradução do capítulo Teaching and Learning Today (Ensinando e Aprendendo Hoje), do livro New Curriculum for New Times – A Guide to Student-Centered Problem-Based Learning (Um guia para a aprendizagem baseada em problemas centrada no aluno, em tradução livre), de Neal A. Glasgow, publicado em 1996.

A seguir, são apresentados materiais de apoio, em especial aos docentes da educação básica, para o conhecimento da ABP como estratégia instrucional. O texto inclui um panorama histórico da utilização da metodologia e tópicos relacionados como o ciclo de aprendizagem, papeis desempenhados por professores e alunos e as diferenças básicas do método em relação ao ensino tradicional.

O passo a passo para a construção dos problemas utilizados nos ciclos de aprendizagem pode ser encontrado no terceiro capítulo, que apresenta, de forma detalhada, a proposta de um modelo para elaboração de problemas. De forma complementar, o capítulo seguinte destaca a importância do papel do professor na formulação de metas e objetivos de aprendizagem que estejam alinhados aos componentes curriculares do curso. O texto ressalta, ainda, outros aspectos importantes da Aprendizagem Baseada em Problemas, como o estímulo à participação ativa dos estudantes e a avaliação do desempenho dos alunos.

A aplicação prática da ABP é retratada no quinto capítulo, que tem o objetivo de mostrar o potencial real de utilização do método em salas de aula, tanto na educação básica como no ensino superior. Já no capítulo de encerramento, o leitor encontra um referencial pedagógico, com ideias centrais de educadores e pensadores que dão suporte ao uso da ABP, como John Dewey, Jerome Bruner, Paulo Freire, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Carl Rogers e David Paul Ausubel.

Acesse o livro, gratuitamente, no Portal eduCapes.

Publicado em 21/10/2019

Entrega de prêmios marca Semana da Educação na Fiocruz

Autor(a): 
Gustavo Mendelsohn de Carvalho (AFN/Fiocruz)

A Semana da Educação na Fiocruz teve início no Dia do Mestre (15/10), em cerimônia realizada no auditório do Museu da Vida (RJ), dedicada à entrega da Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall, do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses de 2019, e a homenagens a alunos egressos de programas de doutorado da Fiocruz contemplados pelo Prêmio Capes de Tese. Participaram da mesa de abertura a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; a coordenadora-adjunta de Educação, Eduarda Cesse; a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves; e o coordenador da Associação de Pós-graduação da Fundação (APG), Richarlls Martins.

O representante da APG disse: “Em um momento de intenso ataque à educação pública, à pós-graduação e a ciência e tecnologia no país, celebrar a Semana da Educação na instituição é mais do que fortalecer nossa produção, é marcar nossa perspectiva de democracia”. Na mesma linha, Mychelle Alves defendeu "a educação pública, gratuita e de qualidade, para que a gente tenha um país mais justo e igualitário. Hoje estamos vivendo um processo em que tudo o que faz pensar criticamente está sendo atacado”.

Eduarda Cesse chamou atenção para o fato de que 75% dos trabalhos inscritos para o Prêmio Oswaldo Cruz deste ano foram mulheres, que receberam a maioria das premiações. Ela agradeceu às autoras e autores das teses “de elevado valor para o avanço do campo da saúde, assim como aos docentes que se dedicam ao ensino e à pesquisa na nossa instituição, com trajetórias acadêmicas de alto mérito”.

O simbolismo da cerimônia de entrega dos prêmios, em meio às dificuldades do contexto atual da educação pública e da ciência no país, foi ressaltado pela vice-presidente Cristiani Vieira Machado. "É importante que possamos coletivamente valorizar o tipo de pesquisa que fazemos aqui, o entendimento da indissociabilidade entre a pós-graduação e a pesquisa, e do quanto os alunos contribuem em produzir conhecimento e trazer soluções para os problemas da nossa sociedade”, afirmou.

Por sua vez, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, enfatizou o compromisso da instituição com iniciativas e movimentos “que têm hoje a ideia central de que ciência tecnologia e educação têm que ser vistos como investimentos no futuro do nosso país, não podem ser vistos por uma lógica contábil”. Nesse sentido, referiu-se ao engajamento da Fundação e outras instituições na campanha Ciência, pra que Ciência?, impulsionada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) contra o desmonte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela agradeceu ainda ao Conselho Deliberativo da Fiocruz pelo apoio a medida emergencial proposta pela presidência, garantindo recursos para manutenção de bolsas de pós-graduação.

Reconhecimento a professores e alunos

A primeira homenagem no evento foi a entrega da Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall à professora Cecília Minayo, somando-se a uma extensa série de títulos de reconhecimento a sua trajetória na área de saúde coletiva, particularmente em temas relacionados a violência e saúde. A ocasião trouxe uma inovação no formato do cerimonial: a professora foi entrevistada por Suely Deslandes, que foi sua orientanda e colaboradora muito próxima no Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp/Fiocruz).

Suely ressaltou a “generosidade e a postura ético-política de parceria e de respeito ao conhecimento do outro” da homenageada, perguntando sobre momentos de sua trajetória profissional de 63 anos como professora. “Comecei com 16 anos alfabetizando crianças, e desde o início, o meu grande norte foi a questão social”. A professora viveu fora do país “naquela época de trevas” da ditadura, ao lado marido Carlos Minayo, responsável por seu ingresso na Fiocruz. “Desde que entrei aqui me sinto como um peixe na água, tenho uma gratidão imensa à Fundação”, declarou.

Respondendo sobre sua análise da formação em saúde hoje em dia, Minayo disse que parte do Brasil está em um processo regressivo e pontuou: "Mas isso não significa que a ciência e a tecnologia aqui estejam regredindo. Quanto mais difícil, maior é nossa vontade de ultrapassar os desafios. Não comungo a ideia de abaixar a cabeça e achar que não tem nada pra fazer”. Perguntada sobre o que compartilharia com os que estão iniciando a trajetória profissional como educadores, afirmou: “A primeira coisa é amar o que faz. E sempre coloque um ponto de interrogação sobre o significado do seu trabalho para a sociedade e para a população”.

Na sequência, os homenageados foram chamados para receberem individualmente seus certificados, sempre antecedidos por depoimentos em vídeo sobre suas teses premiadas. Confira os depoimentos e a lista completa dos premiados e seus orientadores. Acesse, ainda, a gravação completa do evento.

Confira a nossa galeria de fotos para mais fotos do evento!*

 

*Atualizado em 22/10/2019.

Publicado em 27/09/2019

Campus Virtual Fiocruz completa 3 anos, expande serviços e apresenta novidades

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Da integração do ensino na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) às perspectivas da educação aberta: ao completar 3 anos, o Campus Virtual Fiocruz (CVF) confirma seu potencial para ampliar e fortalecer redes de educação em saúde.

Um dia depois do seu lançamento em 27 setembro de 2016, o Portal tinha 320 visitantes. Em um ano, eram mais de 154 mil. Só no último ano, registra mais de 375 mil pessoas e mais de 3,5 milhões de visitas em suas páginas. Ao longo destes três anos, recebeu 8,3 milhões de visitas. Sua página no Facebook, passou de 3.138 seguidores (no fim de setembro de 2018) para atuais 6.380, o que revela a grande adesão dos públicos nas redes sociais no último ano.

Números que expressam o interesse pelos diversos serviços oferecidos pelo CVF, como informações, inscrições e acesso a cursos em diferentes níveis e modalidades, videoaulas e recursos educacionais abertos (REA), oportunidades profissionais e de financiamento, como bolsas e editais de incentivo nacionais e internacionais.

O Campus Virtual desenvolveu um ambiente de aprendizagem para uso compartilhado pelas unidades, a Plataforma Moodle, e reúne cerca de 1.600 cursos da Fiocruz. Conta também com um acervo de 328 vídeos em sua página no Youtube  e acaba de lançar Educare, uma plataforma totalmente dedicada a REA.

Cursos para todos

Em 2018, foi lançado o sistema de cursos Latíssimo. Desenvolvido originariamente pela Fiocruz Bahia, o sistema foi customizado e ganhou novas funcionalidades agregadas pela equipe do Portal. A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, comenta os benefícios desta iniciativa. “Conseguimos organizar a gestão dos cursos livres e de qualificação profissional. Observamos que havia uma demanda reprimida neste sentido”. E completa com dados do último ano: “Hoje, são mais de 600 desses cursos e 74 mil alunos inscritos no Campus”.

Além das ofertas de unidades da Fiocruz em todo o Brasil, o CVF atua no desenvolvimento de iniciativas próprias da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), ou em articulação com parceiros. Assim, tem disponibilizado Massive Open Online Courses (MOOC) — ou seja, cursos online, autoinstrucionais, abertos e com amplo número de vagas. No último ano, uma série de cursos foram lançados, tais como: os microcursos sobre febre amarela, a formação modular em Ciência Aberta, os cursos de Divulgação Científica, Bases da vigilância e controle de mosquitos, Acessibilidade e os Princípios do SUS e Metodologia da Pesquisa Científica. Estão disponíveis na Plataforma de MOOC, mesmo os que estão fora de oferta no momento. “Dessa forma, qualquer usuário pode acessar o conteúdo, utilizar em outros materiais e avaliar o interesse para uma próxima oferta”, explica Ana.

Mais colaboração e novidades na agenda 2020

Toda essa expertise da equipe do Portal também tem sido importante para as ações de internacionalização do ensino na Fiocruz. Destacam-se o apoio ao Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes) e a participação em cooperações estratégicas. Os profissionais do Campus Virtual atuarão junto a Universidade de Oxford (Reino Unido) no acordo que prevê o desenvolvimento de uma plataforma conjunta de ensino e pesquisa e irão participar da cooperação com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), que visa a promoção da saúde de crianças e jovens, a saúde materna, o direito reprodutivo e o combate à violência de gênero.

Além disso, está prevista uma reformulação do Portal. “Já estamos preparando uma pesquisa com nossos públicos para avaliar o Campus Virtual e saber os pontos que podemos melhorar. A previsão é lançarmos uma nova versão em 2020, quando a Fiocruz comemora 120 anos”, finaliza a coordenadora Ana Furniel.

Publicado em 11/09/2019

Casa de Oswaldo Cruz inscreve para mestrado em divulgação da ciência, tecnologia e saúde

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações de COC/Fiocruz

Precisamos divulgar o conhecimento científico! A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) oferece qualificação na área: estão abertas as inscrições para o seu mestrado acadêmico em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde. É possível se candidatar à distância até o dia 4 de outubro. Já no caso de inscrições presenciais, o prazo é até o dia 18 de outubro.

O mestrado é uma parceria da COC/Fiocruz com o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), a Fundação Cecierj e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O curso tem o objetivo de formar pesquisadores qualificados para a produção de novos conhecimentos que visam incrementar o diálogo dos campos da saúde, da ciência e da tecnologia com a sociedade e que induzam o desenvolvimento de novas ações e estratégias de divulgação científica.

De caráter multidisciplinar, o mestrado é voltado a um público amplo: museólogos, comunicadores, jornalistas, educadores, sociólogos, cenógrafos, produtores culturais, professores de ciências licenciados, pesquisadores de distintas áreas e àqueles que atuam, seja no âmbito acadêmico ou prático, na área da divulgação da ciência, da tecnologia e da saúde.

Todos os candidatos precisam ter diploma de nível superior devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). As aulas têm início em março de 2020.

Acesse o edital e inscreva-se já, através do Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 25/07/2019

TIC Educação 2018: cresce interesse dos professores sobre o uso das tecnologias em atividades educacionais

Autor(a): 
Cetic

A busca de informações sobre como utilizar as tecnologias digitais em atividades educacionais é cada vez mais frequente entre os professores brasileiros. É o que aponta a pesquisa TIC Educação 2018, divulgada no dia 16 de julho pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). De acordo com o estudo, 76% dos docentes buscaram formas para desenvolver ou aprimorar seus conhecimentos sobre o uso destes recursos nos processos de ensino e de aprendizagem. 

Entre os temas de interesse entre os professores na busca por cursos e palestras, os mais citados são o uso de tecnologias em sua própria disciplina de atuação (65%), o uso de tecnologias em novas práticas de ensino (65%) e formas de orientar os alunos sobre o uso seguro do computador, da Internet e do celular (57%). De acordo com a TIC Educação, 90% dos professores afirmaram que aprenderam sozinhos a usar as tecnologias, 87% deles buscaram orientação dos parentes e familiares e 82% procuraram a ajuda dos pares. A busca por vídeos e tutoriais online sobre o uso das TIC nas práticas pedagógicas cresceu 16 pontos percentuais entre 2015 (59%) e 2018 (75%). 

Os cursos superiores de formação de professores também têm debatido o uso de tecnologias digitais em atividades pedagógicas. A TIC Educação revela que, em 2018, 64% dos professores até 30 anos tiveram a oportunidade de participar, durante a graduação, de cursos, debates e palestras sobre o uso de tecnologias e aprendizagem promovidos pela faculdade, assim como, 59% realizaram projetos e atividades para o seu curso sobre o tema. Porém, apenas 30% dos professores afirmaram ter participado de algum programa de formação continuada no último ano. Assim como, apenas 21% dos diretores de escolas públicas disseram que os professores da instituição participam de algum programa de formação de professores para o uso de tecnologias em atividades com os alunos. 

Cidadania digital na escola

“A formação permite que os professores estejam melhor preparados para apoiar e auxiliar os alunos na apropriação das tecnologias, enquanto recursos pedagógicos e no que diz respeito ao seu uso crítico, consciente e responsável”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), ligado Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Entre os professores, 38% afirmam já ter apoiado algum aluno a enfrentar situações incômodas na Internet, como, por exemplo, bullying, discriminação, assédio, disseminação de imagens sem consentimento, entre outras. 

Para 44% dos alunos de escolas urbanas, os professores são considerados fontes de informação sobre o uso de tecnologias. Ainda de acordo com a pesquisa, 48% deles afirmam que os professores os auxiliaram a utilizar a Internet de um jeito seguro e 39% que os professores falaram sobre o que fazer se alguma coisa os incomodar na Internet. “As dinâmicas de uso das tecnologias digitais vivenciadas por alunos e professores fora da escola ultrapassam os muros e emergem nas discussões ocorridas também em sala de aula”, reforça o gerente do Cetic.br. 

A TIC Educação 2018 revela ainda que 51% dos alunos afirmam que os professores os orientaram a comparar informações em sítios diferentes e 57% que os professores disseram quais sítios deveriam utilizar para fazer trabalhos escolares. “É importante que alunos e professores contem com formas de apoio e fontes de referência para a extração de mais e melhores oportunidades de utilização destes recursos. As políticas educacionais, especialmente públicas, são muito relevantes para a integração da educação para a cidadania digital ao currículo das escolas”, completa Barbosa. 

O NIC.br disponibiliza materiais gratuitos que podem auxiliar os educadores a orientarem seus alunos sobre o uso seguro da Internet, com o guia #Internet com Responsa na sua sala de aula e os slides dos fascículos do CERT.br, que também podem ser utilizados durante as aulas. Além disso, oferece em parceria com a SaferNet Brasil um curso de capacitação de educadores para o uso consciente e responsável da Internet. 

Proteção de dados

Outro tema que tem chamado a atenção da comunidade escolar é a proteção de dados pessoais on-line: 59% dos coordenadores pedagógicos buscaram cursos, palestras e fontes de informação sobre a disseminação de dados dos alunos e da escola na Internet – indicador coletado pela primeira vez pela pesquisa. 

A presença das escolas na Internet também foi investigada: 67% das escolas públicas possuíam perfil em redes sociais. Entre as escolas particulares essa proporção é de 76%, bem como 47% delas possuem ambiente virtual de aprendizagem. "Além de indicar uma presença significativa das escolas em plataformas online, os dados sugerem a relevância da inserção das tecnologias no currículo também como objeto de debate. O tema da proteção de dados é um exemplo. Embora já tenhamos uma Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entra em vigor no ano que vem, a sua disseminação e o seu conhecimento pelos atores escolares ainda representa um desafio a ser enfrentado pelas políticas educacionais", pontua Barbosa. 

Conectividade nas escolas

A TIC Educação 2018 também aponta que a infraestrutura de acesso às tecnologias ainda é um dos principais desafios enfrentados pelas escolas: 58% dos professores de escolas públicas urbanas utilizam o celular em atividades com os alunos, sendo que 51% deles fazem uso da própria rede 3G e 4G para realizar estas atividades. Já nas escolas rurais, 58% dos responsáveis pelas escolas utilizaram o telefone celular para atividades administrativas, sendo que 52% afirmaram que se tratava de um dispositivo próprio, não custeado pela escola. 

Sobre a pesquisa

Realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2018, a pesquisa TIC Educação investiga o acesso, o uso e a apropriação das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e particulares brasileiras de Ensino Fundamental e Médio, com enfoque no uso pessoal destes recursos pela comunidade escolar e em atividades de gestão e de ensino e aprendizagem. Em escolas urbanas, foram entrevistados presencialmente 11.142 alunos de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio; 1.807 professores de Língua Portuguesa, de Matemática e que lecionam múltiplas disciplinas (anos iniciais do Ensino Fundamental); 906 coordenadores pedagógicos e 979 diretores. Em escolas localizadas em áreas rurais, foram entrevistados 1.433 diretores ou responsáveis pela escola. 

Para acessar a TIC Educação 2018 na íntegra, assim como rever a série histórica, visite: http://cetic.br/. Compare a evolução dos indicadores a partir da visualização de dados disponível aqui.

Publicado em 04/07/2019

Inscrições prorrogadas! Fundação oferece bolsas para doutores e professores com experiência no exterior até 11/7

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Experiência internacional? Queremos! O Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes) está com duas chamadas abertas: uma para doutores com experiência no exterior, e a outra, para professores visitantes. É mais uma iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) para estimular Programas de Pós-Graduação da instituição que fazem parte do PrInt Fiocruz-Capes. As inscrições vão até o dia 11 de julho*.

A Chamada nº4/2019* é voltada para doutores com experiência no exterior. As bolsas são para jovens estrangeiros ou brasileiros que residam e tenham experiência no exterior, por pelo menos 12 meses. Os selecionados vão fazer pesquisas nas categorias de pós-doc ou jovem talento.

Já a Chamada nº5/2019* é destinada a professores de renome internacional que residam e trabalhem no exterior, e visam a realização de cursos e atividades que contribuam com a internacionalização da pós-graduação. 

Para saber mais sobre as chamadas, acesse a área de documentos do Campus Virtual Fiocruz.

Para conhecer melhor as ações do PrInt Fiocruz, acesse: https://print.campusvirtual.fiocruz.br/

 

Atualização em 4/7/2019.

Publicado em 18/06/2019

Publicada a lista dos aprovados na terceira chamada para cursos internacionais de curta duração

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Já está disponível no Campus Virtual Fiocruz a lista dos aprovados na terceira chamada para cursos de curta duração com abrangência internacional. A iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) faz parte do Programa de Excelência no Ensino. O objetivo é estimular a cooperação e o intercâmbio entre os Programas de Pós-Graduação da instituição e também com instituições estrangeiras.

O prazo para a realização dos cursos é até 31 de dezembro. Acesse o edital para mais informações.

Confira aqui a lista completa dos aprovados. Parabéns aos selecionados!

Publicado em 06/06/2019

6ª Roda de Conversa Universitárixs Faveladxs acontece no dia 8/6

Autor(a): 
Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

No dia 8 de junho (sábado), acontecerá a 6ª Roda de Conversa Universitárixs Faveladxs - Quais caminhos levam a universidade para a favela e a favela para a universidade?. Trata-se de uma iniciativa da Fiocruz em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e organizações dos territórios de Maré e Manguinhos e é um desdobramento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2018, cujo tema foi ciência para a redução das desigualdades.

O encontro reúne moradores das favelas de Manguinhos e Maré que concluíram ou estejam cursando o ensino superior (na graduação ou pós-graduação), alunos e professores de pré-vestibulares e trabalhadores que atuam nesses territórios.

Nesta edição será discutida a proposta de reconfiguração da roda de conversa para o formato de fórum permanente. Além disso, o grupo de trabalho de pesquisa vai apresentar a proposta de levantamento da produção acadêmica existente sobre os territórios de Maré e Manguinhos e da pesquisa sobre a trajetória dos universitários desses locais.
 
6ª Roda de Conversa Universitárixs Faveladxs
Data
: 8/6/2019 (sábado)
Horário: das 13h30 às 16h30
Local: Sala de Vídeo do Centro de Recepção do Museu da Vida/Fiocruz (Trenzinho)
Endereço: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos
Entrada franca

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