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Publicado em 02/07/2019

Jovem brasileiro tem interesse por temas de ciência e tecnologia, mas desconhece cientistas e instituições de pesquisa nacionais

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Casa de Oswaldo Cruz | Foto: Museu da Vida

Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro. A constatação é da pesquisa O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT).

Realizado pela primeira vez no Brasil, o estudo teve abrangência nacional e emprego da técnica de survey, para aplicação de questionário estruturado, presencial, junto a amostra da população brasileira de jovens entre 15 e 24 anos. A pesquisa quantitativa ouviu 2.206 pessoas e foi conduzida entre os dias 23 de março e 28 de abril deste ano. Envolveu também etapas cognitiva e qualitativa, para saber dos jovens suas opiniões e atitudes sobre ciência e tecnologia.

Novidades da pesquisa

Divulgado no dia 24 de junho na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo mensurou, pela primeira vez no Brasil, acesso ao conhecimento científico, desinformação e percepção sobre fake news. Buscou também medir a influência das trajetórias de vida e do posicionamento moral e político dos jovens sobre as atitudes relacionadas à ciência e tecnologia.

Os jovens manifestaram apoio e confiança na ciência e defenderam investimentos no setor. Em geral, eles possuem uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista e devem ter as mesmas oportunidades. Outro resultado diz respeito aos movimentos antivacina, que vêm gnhando repercussão. Segundo a pesquisa, 75% dos jovens defenderam que não é perigoso vacinar crianças.

A pesquisadora Luisa Massarani, que líder do INCT-CPCT e uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa, diz que ainda há poucos estudos nessa direção no Brasil. "É fundamental entender como os jovens interagem e se engajam em temas de ciência e tecnologia. Nosso objetivo com este estudo — que inclui survey de caráter nacional, entrevistas e grupos de discussão — é justamente trazer luzes para esta questão, o que pode gerar subsídios para desenhar políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinada aos jovens”.

O evento na Fiocruz contou com a presença de especialistas na área da percepção pública sobre ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Além da apresentação dos resultados da survey, foram discutidas as contribuições mais recentes do campo e possibilidades de uso dos dados gerados.

Para seleção dos entrevistados, foi utilizada amostra probabilística até o penúltimo estágio, com aplicação de cotas amostrais de sexo, idade e escolaridade no último estágio. O intervalo de confiança é de 95%. As entrevistas, realizadas por equipe treinada, foram feitas em domicílio entre março e abril de 2019.

Principais resultados

  • A maioria dos jovens brasileiros manifesta grande interesse para temas de ciência e tecnologia, tanto as mulheres quanto os homens, e em quase todos os grupos sociais.
  • O interesse por ciência e tecnologia, em geral, é maior que o por esportes, e comparável com o interesse por religião.
  • Os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista.
  • A maioria dos jovens acredita que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista, e devem ter as mesmas oportunidades.
  • A maioria dos jovens, até mesmo os que estão frequentando cursos superiores, não consegue mencionar o nome de sequer uma instituição brasileira que faça pesquisa, nem de algum(a) cientista brasileiro(a).
  • Os jovens manifestam dúvidas também sobre controvérsias sociais e políticas que atravessam a ciência, hoje: 25% acreditam que vacinar as crianças pode ser perigoso; 54% concordam que os cientistas possam estar “exagerando” sobre os efeitos das mudanças climáticas; 40% dos jovens dizem não concordar com a afirmação de que os seres humanos evoluíram ao longo do tempo e descendem de outros animais.

Entrevistas e grupos de discussão

Além da realização da survey, foram conduzidos grupos de discussão e entrevistas com jovens entre 18 e 24 anos, residentes nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA). A técnica de grupos de discussão foi selecionada para o estudo por permitir captar não apenas o que as pessoas pensam e expressam, mas também como elas pensam e o porquê. Um dos aspectos analisados foi a forma como os jovens lidam com as fake news (notícias falsas) em especial aquelas relacionadas à ciência e tecnologia. Destacam-se, entre os resultados:

  • O estudo sinaliza uma mudança no ecossistema de informações. A informação deixa de ser “buscada” e passa a ser “encontrada”: os jovens passam a “tropeçar” em vários conteúdos e a ciência e tecnologia se insere neste cenário.
  • Os jovens reclamam da dificuldade em identificar a veracidade das informações que circulam, tanto na grande mídia como na internet. Relatam angústia e insegurança em relação ao que acontece no mundo: é cada vez mais difícil identificar o que é verdadeiro.
  • Jovens mais engajados politicamente, com maior escolaridade, e que consomem mais frequentemente informação científica conseguem perceber melhor possíveis notícias falsas em ciência e tecnologia.
  • A confiança em conseguir identificar notícias falsas depende fortemente do grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais (visitação a museus, participação em eventos etc.).

O estudo contou com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Acesse aqui o resumo executivo da pesquisa.

Publicado em 04/06/2019

Castelo Mourisco ganha tour virtual

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

O Pavilhão Mourisco, mais conhecido pela população como "Castelo Fiocruz", é uma referência para quem passa pela Avenida Brasil, chegando ou saindo da cidade, indo ou voltando do trabalho. “Um castelo no meio da floresta”, dizem alguns. "Uma lembrança da infância", destacam outros. Ícone no imaginário carioca, o edifício é, também, um símbolo da ciência brasileira.

Nem todo mundo sabe, porém, que esse castelo guarda muitos tesouros. Mosaicos inspirados em tapeçaria árabe. Livros, fotos, documentos e objetos históricos. Coleções entomológicas que expõem insetos de várias regiões do Brasil. Detalhes arquitetônicos que, além de raros, testemunharam o nascimento e o desenvolvimento da saúde pública brasileira. Pois já é possível, mesmo a quem nunca pisou no Rio de Janeiro, fazer uma visita completa ao Castelo Mourisco. Tudo graças ao Tour 360, um passeio virtual desenvolvido pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com outras áreas da Fiocruz, como a Presidência, a Coordenação-Geral de Administração (Cogead), Bio-Manguinhos e Casa de Oswaldo Cruz (COC). O lançamento desse tour virtual ocorreu na sexta (31/5), durante as comemorações dos 119 anos da Fiocruz.

Acesse já o passeio virtual pelo Castelo Fiocruz.

Produto web que pode ser acessado em computadores, tablets e celulares, a visita virtual ao Castelo Mourisco é repleta de surpresas. À medida que avança pelas escadarias e corredores da edificação, os internautas encontram ícones que abrem janelas com informações históricas, curiosidades e a descrição de detalhes arquitetônicos. Além disso, podem acessar as exposições, de forma similar ao que já é feito em ambientes virtuais de museus ao redor do mundo.

O responsável técnico pela criação do Tour 360 é Leonardo Oliveira, analista de sistemas do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC), do Icict. Aficcionado por tecnologia, ele conta que sempre caminhou pelo campus de Manguinhos imaginando como poderia reproduzir, para o público online, as surpresas dessa caminhada. Queria fazer algo parecido aos tours virtuais de museus como o Louvre, na França, o de História Natural, nos Estados Unidos, o de Oscar Niemeyer, em Curitiba, o Museu Casa de Portinari, em São Paulo. O Castelo Mourisco já é aberto à visitação pública, e integra o roteiro de visitas guiadas que a Fiocruz oferece à população, de forma gratuita. O passeio virtual, porém, leva a um público ainda maior as belezas e histórias da construção. “O tour é um convite para que pessoas do Brasil e até do exterior conheçam melhor a história da Fiocruz. E uma forma, também, de aproximar ainda mais a população", afirma o analista.

Construção real

Além do CTIC, outros setores do Icict integram o projeto do passeio virtual: a Biblioteca de Manguinhos, a Seção de Obras Raras, o Multimeios e a VideoSaúde. Da Casa de Oswaldo Cruz (COC), participam o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e o Museu da Vida. Leonardo destaca o envolvimento de tantas equipes como o grande trunfo da empreitada: “O envolvimento de tantas áreas diferentes, da Fiocruz, foi essencial para a criação do tour”.

Diversidade e trabalho em equipe, afinal, são palavras-chave na trajetória do próprio castelo, que teve o esboço feito por Oswaldo Cruz, mas foi projetado pelo arquiteto Luiz Moraes Junior. Sua construção começou em 1905, e foi concluída em 1918. A inspiração neomourisca veio do Palácio de Alhambra, em Granada (Espanha), mas seu estilo é considerado eclético. Desde 1981, o conjunto arquitetônico do Castelo Mourisco é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico e, atualmente, é candidato a Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Para fazer jus a esse ícone que é o Castelo Fiocruz, Leonardo relata que foi preciso não apenas muito trabalho, mas também uma ajudinha da meteorologia. Usando um equipamento de última geração, a equipe precisou fazer inúmeras fotos não só do castelo, mas do campus. O que só teria o efeito desejado se a iluminação natural fosse a melhor possível. “Foram várias reuniões para definir o roteiro, os locais em que faríamos as fotos, o filtro de informações, a nossa adaptação à câmera de 360 graus. Fizemos muitos testes de iluminação, para que todos os detalhes ficassem nítidos o bastante. E tivemos que identificar os melhores horários do dia para os registros. Foram feitas mais de mil fotos", conta o analista. Parte dessas fotografias passou a integrar o Fiocruz Imagens, banco gratuito de registros visuais que é gerido pelo Multimeios, também do Icict. A recém-lançada galeria Castelo Mourisco oferece mais de 400 fotos.

O trabalho de costura de tantas informações foi meticuloso. A produção do Passeio Virtual em 360 graus do Castelo Fiocruz começou em outubro de 2018, e consumiu muitas horas de testes para que fosse acertada a viabilidade e a aplicabilidade do site. “O Tour Virtual (VT) em 360 graus do Castelo Fiocruz ficará ligado ao Portal Fiocruz”, explica Leonardo, acrescentando que a visita virtual é, também, uma forma de preservação histórica do Castelo.

Além do analista, integram diretamente o projeto a jornalista Daniele Souza, o webdesigner Bruno Oliveira, o fotógrafo Rodrigo Méxas. O projeto contou também com a colaboração da webdesigner Paloma Lima, no Multimeios/Icict, Marcelo Garcia, coordenador do Portal Fiocruz, e do desenvolvedor web Pedro Teixeira (CTIC/Icict). "Tivemos muito prazer em fazer esse trabalho, porque acabamos conhecendo, também nós, um pouco mais sobre a Fiocruz e o castelo”, festeja Leonardo.

Do mundo lá fora

Como as pessoas veem o Castelo da Fiocruz? O site do Icict colheu algumas impressões daqueles que passam pelo campus Manguinhos da Fiocruz e veem o castelo – seja da Avenida Brasil, seja de dentro da Fundação. Nessas impressões, o que se destaca é uma memória afetiva, tendo o castelo como referência. A essas impressões unimos fotos da nova galeria do Fiocruz Imagens, pondo em foco parte dos belos tesouros que integram a construção.

Publicado em 20/05/2019

Fiocruz comemora 119 anos: confira a programação de aniversário

Autor(a): 
Claudia Lima (CCS/Fiocruz)

A Fiocruz completa 119 anos no dia 25 de maio. Para comemorar o aniversário, está programada uma série de atividades para os trabalhadores, que acontecerão na última semana do mês, entre os dias 27/5 e 31/5. Faz parte da programação a conferência A Ciência do Futuro e o Futuro da Ciência na Fiocruz, seguida de roda de conversa, com o Professor Emérito do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Erney de Camargo, marcada para 27/5, das 14h às 17h, no auditório do Museu da Vida, no Campus Manguinhos. Na quarta-feira, 29/5, às 14h, a Presidência apresentará um balanço da gestão.    

Antes do início das comemorações, a bancada de parlamentares do Rio de Janeiro será recebida pela Presidência para um café da manhã na Residência Oficial. Na pauta, os 120 anos da Fiocruz e desafios para o futuro. A primeira atividade comemorativa aberta ao público será o Seminário Advocacy: O que é? Como se faz? Experiências na saúde pública e impactos no uso dos resultados das pesquisas científicas, dia 27/5, das 8h30 às 13h, no auditório do Museu da Vida, no Campus Manguinhos. Das 9h às 11h45 do mesmo dia, a Fiocruz Mata Atlântica promove em sua sede a mesa redonda O sertão carioca de Armando Magalhães Correa.

Feira Fiocruz Saudável

Na terça-feira, 28/5 às 9h, também no auditório do Museu da Vida, será lançada a reedição do livro O massacre de Manguinhos, da Coleção Memória Viva do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e um documentário sobre a reintegração dos pesquisadores cassados durante a ditadura militar. O evento será seguido de uma roda de conversa. Às 13h30, está prevista a abertura da Feira Fiocruz Saudável, na Praça Pasteur, próxima ao Castelo.
 
A Feira promove diversas apresentações e atividades para o público interno e durante toda a semana. Os trabalhadores com 30 anos de atividade serão homenageados com placas e certificados pela presidente Nísia Trindade Lima às 14h, também na Praça Pasteur. O dia termina com apresentação do coral, às 16h30.

Balanço da gestão
 
Na tarde de quarta-feira, 29/5, a Presidência apresentará um balanço da gestão no auditório do Museu da Vida. Às 14h30, na Praça Pasteur, os trabalhadores poderão assistir à apresentação do Balé de Manguinhos. No dia 30/5, quinta-feira, o Projeto Social Casa Viva apresenta o Música na Calçada, às 15h, também na praça, onde, às 16h, a Editora Fiocruz promove uma tarde de autógrafos de livros da Coleção Fazer Saúde.
 
As comemorações terminam na sexta-feira, 31/5. De manhã, na Tenda da Ciência Virgínia Schall, será apresentada a comissão responsável pela preparação das comemorações do próximo aniversário da Fundação, que completará 120 anos em 2020. Na cerimônia, será apresentado vídeo do Tour Virtual ao Castelo e será dada posse aos novos concursados.
 
O encerramento ocorre às 14h, também na Tenda, com a entrega de diploma de Pesquisador Emérito aos pesquisadores Euzenir Nunes Sarno; Renato Sergio baião Cordeiro; maria Cecília de Souza Minayo; e Paulo Marcos Zech Coelho.
 
Confira a programação!

Publicado em 14/05/2019

Bora celebrar a educação e a cultura com todo mundo? Museu da Vida participa da Museum Week

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz (com informações do Museu da Vida)

Entre os dias 14 e 18 de março, o Museu da Vida participa da #MuseumWeek, uma ação internacional que reúne atividades diversas, gratuitas e abertas ao público em museus de todo o mundo. O evento visa estimular experiências lúdicas em museus, e divulgá-las nas redes sociais, por meio da produção e do compartilhamento de conteúdos com hashtags previamente combinadas entre museus e seus públicos. A ideia é promover uma mobilização em torno da cultura, aumentando a visibilidade dos museus e o diálogo com os visitantes. Acesse a programação completa.

Este ano, em sua 6ª edição, a Museum Week está compartilhando as seguintes hashtags: #WomenInCulture (segunda), #SecretsMW (terça), #PlayMW (quarta), #RainbowMW (quinta), #ExploreMW (sexta), #PhotoMW (sábado) e #FriendsMW (domingo).

Fala que eu te escuto! 

E se o assunto é educação, conhecimento, cidadania e abertura, a gente participa, claro! A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, é uma das convidadas das ações da semana. Ela comenta, num vídeo de um minuto, a importância do acesso aberto ao conhecimento e fala sobre como os museus promovem o diálogo entre a ciência e a sociedade. Assista ao vídeo aqui.

Quer participar também? Então se liga no recado do Museu da Vida: "É pesquisador e tá nas redes? É hora de mostrar suas produções! Vale Instagram, Facebook, pode ser pesquisa encerrada ou a atual, só não vale ficar de fora. Faça um vídeo e explique a importância do trabalho em um minuto em linguagem simples e acessível. Tem gente por aí que acha que pesquisa só serve para o cientista... É hora de mostrar que quem produz ciência, produz para todos!"

Valorizando nossos museus

Também esta semana, até 19 de maio, está acontecendo a Semana Nacional de Museus. Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), é uma temporada cultural que promove, divulga e valoriza museus brasileiros, intensificando a relação dessas instituições com a sociedade. Em 2019, a Semana chega à 17ª edição com o tema Museus como Núcleos Culturais: o futuro das tradições.

Já nos dias 24 e 25 de maio, será comemorado do 20º aniversário do Museu da Vida. Dentre as atividades previstas para o dia 24, está a apresentação de um espetáculo, o lançamento de um livro e uma roda de conversa sobre teatro. Para o dia 25, está programado um piquenique científico com várias peças teatrais e muitas outras atrações.

Participe! Acesse todas as ações aqui.

Publicado em 03/05/2019

Museu da Vida conquista o principal prêmio de divulgação científica da América Latina e Caribe

Autor(a): 
Museu da Vida/Fiocruz

O Museu da Vida, departamento da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), foi premiado no 16° Congresso da RedPOP (Red de Popularización de la Ciencia y la Tecnología en América Latina y el Caribe), realizado de 22 a 25 de abril no Panamá, com o tema Viva a ciência!. Esse é o mais importante prêmio oferecido a pessoas e instituições que se dedicam à popularização da ciência na América Latina e Caribe. Na cerimônia de premiação, o Museu da Vida foi representado por Marina Ramalho, coordenadora do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica (NEDC), e Diego Bevilaqua, ex-chefe do Museu e atual assessor em divulgação científica da COC.

A cada dois anos, em seus congressos, a RedPOP premia aqueles que se destacam por suas contribuições à divulgação científica na região. Em 2019, além do Museu da Vida (na categoria Centros e Programas), também foi premiada Elaine Reynoso, da Universidad Nacional Autónoma de México (na categoria Especialistas).

A RedPOP tem como objetivo contribuir para o fortalecimento, o intercâmbio e a cooperação entre grupos, programas e centros de divulgação científica na América Latina e Caribe, bem como estimular novas iniciativas de popularização da ciência e tecnologia na região. Ao oferecer o prêmio, a RedPOP busca reconhecer iniciativas que se sobressaem por sua criatividade, originalidade, rigor e impacto.

Os candidatos inscritos para concorrer à premiação são avaliados por um júri independente, formado por três especialistas de renome no campo, indicados pela direção executiva da RedPOP. 

A candidatura do Museu da Vida

A candidatura do Museu da Vida ao prêmio aconteceu em um momento bastante significativo de sua trajetória. Ao mesmo tempo em que celebrava as conquistas alcançadas em 2018, o Museu se preparava para desafios ainda mais expressivos em 2019, ano em que comemora seu 20º aniversário. Essas conquistas e desafios exemplificam como, ao longo de duas décadas, o Museu da Vida não só se consolidou como um equipamento científico-cultural de referência na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, como também expandiu seu alcance e impacto para outros bairros e municípios, com uma atuação marcada pela promoção da inclusão social e da participação cidadã.

Em 2018, o Museu da Vida recebeu mais de 65 mil visitantes no campus Manguinhos, um recorde de público desde sua criação, em 1999. Se somarmos os visitantes das exposições itinerantes e do Ciência Móvel, esse número ultrapassa 300 mil. Mais do que um destaque em termos quantitativos, esse recorde adquire outro significado se considerarmos a desigualdade em todas as escalas que temos no Brasil: ele representa o resultado de um compromisso com a acessibilidade plena, visando à inclusão social de públicos historicamente excluídos e sem acesso a equipamentos de cultura.

O compromisso com a acessibilidade plena se torna ainda mais expressivo à luz da iminente ampliação das atividades do Museu da Vida, em razão do Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM), em curso desde 2014 e, atualmente, já em fase de implantação – em acordo assinado em dezembro do ano passado, recebeu apoio financeiro de R$ 10 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Plano propõe novos usos e ocupações para a área histórica da Fiocruz, que remonta ao início do século 20, à atuação de Oswaldo Cruz e a capítulos importantes da história da saúde no Brasil. Essa área compreende não só o Castelo Mourisco, mas também outras edificações centenárias, como a Cavalariça, o Pavilhão do Relógio e o Pombal, além de outros espaços, como a Praça Pasteur e o Caminho Oswaldo Cruz.

O Plano do NAHM não só amplia o acesso do público ao patrimônio arquitetônico e aos acervos culturais da saúde pública brasileira, como também representa uma nova dinâmica de visitação ao Museu da Vida, expandindo suas áreas de exposição de longa duração e intensificando sua relação com o território. O Plano transforma o campus Manguinhos da Fiocruz em um "campus parque", a ser apropriado pelas comunidades interna e externa, agregando as dimensões institucionais, da divulgação científica e cultural, do patrimônio cultural e do lazer.

Essa visão ampliada está refletida no primeiro Plano Museológico do Museu da Vida (2017-2021), fruto de um trabalho coletivo de planejamento e gestão com o objetivo de dar a dimensão e o sentido do papel deste Museu: servir à sociedade e agir como elemento do Estado para a melhoria da qualidade de vida da população e a transformação da realidade social. Hoje, às vésperas de completar seu 20º aniversário - foi fundado em 25 de maio de 1999 -, o Museu da Vida comemora sua maturidade institucional, reconhecida pelo prêmio recebido nesta edição 2019 do Congresso da RedPOP.

Publicado em 24/04/2019

Conheça dois cursos livres da COC sobre memória, documentação e patrimônio cultural

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) oferece diversos cursos livres a profissionais graduados e estudantes de graduação das áreas das ciências humanas, ciências sociais aplicadas e ciências da saúde. Dentre eles, estão os cursos Instituições de Memória e Documentação e Patrimônio Cultural Imaterial. Saiba mais abaixo.

Instituições de Memória e Documentação

De memória a Fiocruz entende. Neste curso, os alunos irão conhecer diferentes projetos de constituição de centros de documentação e memória, buscando compreender os aspectos históricos, políticos e técnico-científicos que fornecem as bases para a atuação destas instituições nas atividades de custódia e difusão de acervos e informações.

O curso é ministrado pelo professor do Programa de Pós-graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, Paulo Roberto Elian dos Santos. As atividades acontecerão de 13 a 17 de maio, no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS). A carga horária é de 20 horas.

Inscreva-se aqui até o dia 29 de abril.

Patrimônio Cultural Imaterial

Este curso visa proporcionar uma visão ampla e integrada da preservação do patrimônio cultural, com foco nos inventários culturais e nas questões relacionadas à salvaguarda dos saberes e práticas de saúde. Para isso, o projeto da Casa da Memória da Rede Fitovida será tratado como um estudo de caso do pós-doutorado.

A Casa da Memória da Rede Fitovida é um centro de referência para os grupos comunitários de saúde articularem ações de salvaguarda sobre seus conhecimentos e práticas relacionados ao uso tradicional das plantas medicinais. As aulas serão ministradas de 15 de maio a 26 de junho, na Oficina Escola de Manguinhos (OEM). A carga horária é de 28 horas.

Inscreva-se aqui até o dia 7 de maio.

Publicado em 08/04/2019

Fiocruz lança Dicionário de Favelas Marielle Franco

Autor(a): 
Graça Portela (Icict/Fiocruz)

No dia 16 de abril*, a Fiocruz lançará o WikiFavelas - Dicionário de Favelas Marielle Franco. A iniciativa teve o apoio e a participação da vereadora assassinada que escreveu uma ementa e uma proposta de verbete sobre a sua monografia UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da Política de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que consta no dicionário.

“Marielle estava realmente muito envolvida e entusiasmada com o projeto. Com o seu assassinato, decidimos colocar o seu nome no dicionário, que passou de Dicionário Carioca de Favelas para Dicionário de Favelas Marielle Franco”, informou a pesquisadora da Fiocruz Sônia Fleury, que coordenou o projeto.  

O dicionário já conta com 258 verbetes e 67 colaboradores, entre pesquisadores acadêmicos e intelectuais da favela e população em geral. Além de contribuir para o resgate da memória das favelas e da cidade do Rio, a iniciativa é um espaço virtual para congregar o conhecimento sobre as favelas de forma interdisciplinar e interinstitucional. A sua plataforma é baseada em wiki - o que deu origem ao nome WikiFavelas -  e pode ser acessada aqui.

Os verbetes são os mais variados. Por exemplo, é possível saber um pouco da história dos bailes funk, no verbete ‘baile funk’, ou saber o significado das Aeis (‘Área Especial de Interesse Social’), ‘Carnaval de rua na Maré’, ‘Guerra ao crime organizado? Favelas e intervenção militar’, ‘Projeto Vamos Desenrolar: Produção de Conhecimento e Memórias’, exemplificou a pesquisadora.

No lançamento do Dicionário de Favelas Marielle Franco haverá apresentações culturais, mesa de abertura e  roda de conversa. O evento será realizado a partir das 13h30, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. A entrada é franca, mas é necessária a inscrição aqui.

Confira a programação aqui no Campus Virtual Fiocruz.

*O evento, que estava agendado para 10/4/2019, foi adiado para 16/4/2019, em virtude dos transtornos causados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro.

Publicado em 28/03/2019

Exposições celebram o legado de Oswaldo Cruz, dialogando com novas formas de comunicação

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz*, com informações da Casa de Oswaldo Cruz e do Museu da Vida

Duas exposições, um grande homenageado. A partir de hoje (28/3), o público poderá conhecer mais de perto o legado do cientista Oswaldo Cruz, em duas belas mostras. Enquanto Castelo de Inspirações traz os visitantes para dentro do Castelo Mourisco, para que conheçam o espaço de uma forma lúdica e interativa, a mostra Do teu saudoso Oswaldo apresenta correspondências que aproximam os visitantes da vida privada do patrono da Fundação, dialogando com as novas formas de comunicação. Venha conferir, veja mais:

Castelo de Inspirações

A exposição Castelo de Inspirações conta a história do Pavilhão Mourisco, conhecido como Castelo da Fiocruz. O edifício foi idealizado por Oswaldo Cruz para se tornar um monumento à ciência e à saúde pública no Brasil.

A mostra está em cartaz na sala 307 do próprio Castelo — que completou 100 anos em 2018. Assim, os visitantes conhecem a história do edifício – um ícone da ciência no Brasil, ao mesmo tempo em que exploram seus simbolismos e curiosidades no próprio espaço. É o que destaca a coordenadora executiva da exposição, Rita Alcântara. “O público poderá contemplar a beleza de seus ornamentos, a arquitetura em estilo neomourisco, os azulejos portugueses e os mosaicos coloridos inspirados em tapeçaria árabe, por exemplo”.

Composta por módulos temáticos sobre arte e ciência, memória e história, matemática e personagens que se relacionam com o Castelo, a exposição tem uma proposta lúdica e educativa. Os visitantes vão mergulhar no mundo dos formatos e cores do Castelo, entender como a matemática está presente na sua construção, e participar de pequenos desafios para aprender brincando. Vídeos, quebra-cabeça, jogos e atividades com espelhos garantem a diversão.

Mais informações aqui na agenda de eventos do Campus Virtual Fiocruz.

Do teu saudoso Oswaldo

Um pai e marido amoroso. Um viajante fascinado pela modernidade das metrópoles europeias e norte-americanas, em flagrante contraste com um Brasil assolado pela pobreza e por epidemias. Um homem que não hesita em expor seus ódios e paixões, angústias e fragilidades. As linhas traçadas por Oswaldo Cruz em papéis de carta com timbres de hotéis e navios revelam uma faceta pouco conhecida do pesquisador. A coletânea que compõe a exposição Do teu saudoso Oswaldo abrange um período que se inicia em 1889 e se estende após a sua morte, em 1917, aos 44 anos. 

Em uma série de filmetes em formato de stories – narrativas audiovisuais curtas e fragmentadas, hoje populares nas redes digitais – três atores (Bruno Quixotte, João Velho e Rafael Mannheimer) dirigidos por Sura Berditchevsky interpretam trechos das cartas de Oswaldo Cruz. Nessa correspondência, estão eternizadas as experiências cotidianas do cientista, suas observações atentas sobre os locais aos quais viaja, suas impressões sobre o trabalho e a troca de afetos com a família. As cartas são um testemunho das viagens do cientista pelo Brasil, a Europa e a América do Norte.

A exposição é um instrumento para rememorar a cultura das cartas, que Oswaldo Cruz utilizava quase como um diário. Com o avanço das novas tecnologias e a disseminação das redes digitais, esse meio de comunicação pessoal perdeu relevância. A sobreposição de meios e linguagens para reviver a figura de Oswaldo proposta por essa exposição incita um questionamento: com o domínio da comunicação por mensagens instantâneas, que testemunhos deixaremos às gerações futuras?

Mais informações aqui na agenda de eventos do Campus Virtual Fiocruz.

 

*Foto: Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Publicado em 26/03/2019

Encontro Favela-Universidade apresentará 27 trabalhos da Fiocruz em cooperação social

Autor(a): 
Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

Nos dias 27, 28 e 29 de março, o Encontro Favela-Universidade: caminhos, encontros, interseções apresentará experiências de extensão realizadas pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PR5/UFRJ), projetos em cooperação social desenvolvidos pela Fundação Oswaldo Cruz e iniciativas dos territórios de Maré e Manguinhos. As inscrições para ouvintes serão feitas no local do evento, que ocorrerá na Cidade Universitária (Fundão), no Rio de Janeiro.

A abertura do Seminário Favela-Universidade no dia 27 de março contará com o professor Clyde Morgan ministrando a aula inaugural O corpo negro como protagonista nos espaços de formação, de 9h às 11h, no Auditório Horácio Macedo (Roxinho CCMN), no campus Fundão da UFRJ. A programação completa conta com encontros, oficinas e apresentações culturais no dia 28, das 9h às 20h, e no dia 29 de março, das 9h às 17h. O evento é um desdobramento da parceria entre as instituições e coletivos iniciada com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018, que trabalhou com o mote Ciência e tecnologia para redução das desigualdades.

Na Fiocruz, a articulação é coordenada pela Cooperação Social da Presidência e pelo Museu da Vida da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e conta com apoio dos setores de Cooperação Social de Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), de Responsabilidade Socioambiental de Bio-Manguinhos (Somar), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz), e representações da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Confira a programação dos dias 28 e 29/3 abaixo ou acesse o evento no Facebook

Programação do dia 28 de março

Programação do dia 29 de março

Publicado em 11/03/2019

Inscreva-se para o Programa de Iniciação à Produção Cultural até o dia 15/3

Autor(a): 
Museu da Vida

O Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com inscrições abertas para o Programa de Iniciação à Produção Cultural. O programa é uma ação de educação não formal voltada para estudantes entre 16 e 19 anos, que sejam alunos do 2º e 3º anos do ensino médio em escolas da rede pública, localizadas nas proximidades de Manguinhos, Maré e Alemão. São 25 vagas disponíveis.

O Programa oferece atividades educativas variadas, como filmes, palestras, oficinas, debates, visitas a museus e centros culturais, buscando promover a inserção dos jovens no mundo do fazer cultural, em diferentes pontos da cidade do Rio de Janeiro. No total, tem duração de 8 meses e os participantes contam com bolsa-auxílio.

O objetivo é estimular a reflexão e discussão sobre a cultura e a realidade socioambiental do território onde está inserida a Fiocruz, além de possibilitar a aquisição de experiências na organização, planejamento e realização de atividades culturais.

As inscrições para a turma de 2019 estão abertas de 11 a 15 de março, nos horários de 10h às 12h e de 14h às 16h. Para se inscrever, é necessário levar RG, CPF, comprovante de escolaridade e comprovante de residência. O local é a sala de aula da sede do Museu da Vida (Av. Brasil, nº 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro).

Para mais informações, ligue para: (21) 3865-2130 e 3865-2102.

Você não vai ficar de fora dessa, né?! Participe!

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