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Publicado em 30/01/2025

Coordenação-Geral de Educação da Fiocruz realiza pesquisa para qualificação de processos de trabalho

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A comunicação desempenha um papel central na gestão da informação. Por meio dela, fluxos de trabalho e produção de dados são gerenciados, disseminados e utilizados para alcançar determinados objetivos. Em instituições públicas, onde a transparência e a prestação de contas já são aspectos fundamentais na relação com o cidadão, a comunicação também vem sendo priorizada no âmbito interno das organizações. Buscando mais eficiência e confiança nos processos de trabalho, a Coordenação-Geral de Educação, instância ligada à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (CGE/VPEIC) vem realizando uma pesquisa, cujo objetivo é criar soluções que facilitem a comunicação entre a equipe CGE e a comunidade educacional da Fiocruz. 

Atualizações e principais canais de comunicação utilizados

A pesquisa é desenvolvida no âmbito do projeto "Modernidade e tradição: criação de soluções para gestão do conhecimento na CGE". Nesta etapa, ela foi aplicada para dois públicos-alvo diferentes: trabalhadores da CGE e a comunidade educacional da Fiocruz, ambos no mesmo período, durante o mês de setembro de 2024. O preenchimento dos questionários foi anônimo, garantindo que os todos pudessem avaliar de forma confidencial as questões propostas. A pesquisa propôs questões quantitativas e qualitativas: 16 voltadas aos trabalhadores da CGE e 13 aos profissionais das áreas educacionais das unidades e escritórios da Fiocruz: secretários acadêmicos/escolar, chefes de secretaria, coordenadores de programa de pós-graduação ou curso, chefes de departamento, vice-diretores de ensino/educação e outros profissionais da área.

Entre os respondentes da CGE, mais de 93% afirmam que o e-mail é o canal mais utilizado para compartilhar informações e orientações, seguido da utilização de grupos de WhatsApp (81%). Nesse perfil, a pesquisa recebeu diversas sugestões de melhorias que incluem: criação de um ambiente compartilhado de informações; elaboração de uma área com 'Perguntas Frequentes' (Faqs) e orientações que facilitem a busca de documentos importantes; necessidade de padronização de processos nas unidades; garantia da inclusão das ações afirmativas em todos os editais; implementação de um sistema de gestão acadêmica que apoie de forma ágil as políticas internas, abarcando a complexidade das informações, considerando desde a educação técnica até a formação stricto sensu, bem como possibilite a busca por informações que já estão compartilhadas em outros espaços institucionais, evitando retrabalho.

Já a pesquisa voltada ao perfil dos profissionais da Educação, os principais resultados mostram que 90% dos participantes consideram a CGE como "essencial para a implementação e monitoramento das políticas educacionais", além de ser considerada por 81,5%, como "Acessível ou Muito acessível”. Sobre o acesso a informações, mais de 90% dos respondentes disseram que obtém acesso às informações via e-mail e consideram o canal relevante para que a CGE continue realizando seus comunicados. Quando questionados sobre possíveis melhorias no acesso às informações e orientações compartilhadas, em pergunta aberta, diversos profissionais sugeriram aprimoramentos dos processos, como, por exemplo, a criação de boletim informativo; implementação de calendário compartilhado; criação de repositório com tags e fontes de busca de fácil acesso; disponibilização de dados para relatórios em dashboards; entre outros. 

Modernidade e tradição

A pesquisa está sendo desenvolvida no âmbito do Programa de Aceleração da Inovação Tecnológica na Gestão da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) - Edital Pólen 03/2024, e vai até julho/2025. O projeto "Modernidade e tradição: criação de soluções para gestão do conhecimento na CGE" é orientado pelo Laboratório de Inovação em Gestão Pública (Pólen) em parceria com o Serviço de Gestão do Trabalho e a Coordenação de Desenvolvimento Institucional da Vice-Diretoria de Desenvolvimento Institucional e Gestão da Ensp. 

A pesquisa da CGE tem como líder Monique Brandão, que divide a responsabilidade de seu desenvolvimento com Alaine Santos da Costa, Lucas Matos de Oliveira e Marianna Araújo da Silva. Segundo Monique, a expectativa é que, apoiada nos resultados da pesquisa, seja possível promover o acesso pleno à informação e também fomentar a integração entre os profissionais da área de Educação da Fiocruz”. Para a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, a pesquisa se reveste de importância na medida em que seus resultados irão colaborar com a modernização das atividades do setor. Ela comentou ainda que, previamente a realização da pesquisa, foi realizado um levantamento dos processos de trabalho, que também serão utilizados para melhorar os fluxos de informações e do trabalho realizado na equipe.

Publicado em 23/01/2025

Curso de Atualidades em Saúde Global e Diplomacia da Saúde 2025: últimos dias de inscrições, até 24/1

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Fatos políticos, sociais, econômicos e ambientais impactam fortemente a saúde humana e planetária porque são determinantes da saúde. Estas questões serão discutidas em profundidade no Curso de Atualidades em Saúde Global e Diplomacia da Saúde. A primeira edição atraiu mais de 800 inscrições com participantes da América Latina, Caribe, países de língua portuguesa, e mais sete participações de países de língua francesa da África que acompanham o curso em Inglês, que foi possibilitada graças à tradução simultânea para espanhol e inglês.

O Curso será realizado de forma online e é organizado em aulas-painel, chamados Seminários Avançados (22 no total), quinzenais, com debates entre professores e participantes. O curso é oferecido por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem do Campus Virtual, que permite a interação síncrona entre os alunos.

Por meio destes Seminários Avançados, pretende-se que os participantes observem de maneira sistemática o cenário global da saúde, com análise dos principais espaços políticos da governança global e regional, da governança da saúde global e organizações de territórios geopolíticos. Os painelistas, líderes e especialistas globais e nacionais nos respectivos temas abordados apresentarão temas transversais de interesse da saúde global e cooperação em saúde. Os conteúdos são variados e relacionados com a política e Agenda Global da Saúde.

Os conteúdos são variados e relacionados com a política e Agenda Global da Saúde, tais como:

  • Assembleia Mundial da Saúde (19 a 25 de maio de 2025)
  • High-level Political Forum on Sustainable Development (HLPF), 2024 (14 a 18 de julho de 2025)
  • Assembleia Geral da ONU (9 a 23 de setembro de 2025)
  • Comitês Regionais da OMS
  • Cúpula dos BRICS+
  • COP30 (10 a 21 de novembro de 2025)
  • Entre outros.

A carga horária do curso é de 140h, sempre de 15 em 15 dias, às quartas-feiras, das 10h às 13h, na modalidade à distância. Haverá tradução simultânea para PortuguêsEspanhol e Inglês. O início está previsto para 12 de fevereiro de 2025 com encerramento em 17 de dezembro de 2025.

Inscreva-se já!

 

 

 

 

*Com informações da Agência Fiocruz de Notícias.

Publicado em 22/01/2025

Fiocruz debaterá desafios dos sistema de saúde da AL em seminário internacional: últimas vagas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

As inscrições para o Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia seguem abertas até o dia 31 de janeiro. O encontro, marcado para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, pretende analisar o contexto e os processos recentes de reforma de sistemas da região e os entraves globais colocados para as políticas de saúde nesse cenário de novas realidades. O Seminário integra uma disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz neste ano de 2025. No entanto, as inscrições para o seminário são diferenciadas e devem ser realizadas por meio do Campus Virtual Fiocruz, com vagas para participação presencial e à distância, valendo crédito acadêmico para os estudantes de pós-graduação. Ademais, o Seminário também será transmitido ao vivo para interessados no tema de maneira ampla pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube, em português e em espanhol. Restam poucas vagas! Acompanhe e inscreva-se!

Organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), o Seminário terá 15h, equivalente a um crédito acadêmico, e faz parte da disciplina de verão “Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional”. A iniciativa está sob a responsabilidade da docente permanente do PPGSP e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e conta com palestrantes nacionais e internacionais.

O Seminário é uma realização do PPGSP da Ensp/Fiocruz, em parceria com o Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) e o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiore (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da plataforma The Global Health Network - Latin America and the Caribbean (TGHN/LAC). 

Conjunturas, políticas, modelos, características e cobertura

Como é sabido, os países da América Latina são marcados por profundas desigualdades histórico-estruturais, que se expressam nas condições de saúde das populações. Além disso, os sistemas de saúde da região são caracterizados, em sua maioria, por segmentação e fragmentação institucional, por financiamento público insuficiente e por dificuldades em efetivar a saúde como direito de cidadania. Desde os anos 1990, reformas ampliaram a participação do setor privado nos sistemas de saúde da região. Em alguns países, houve aumento de gastos privados por desembolso direto das famílias ou por meio de empresas de planos e seguros de saúde, acentuando as iniquidades. 

A partir desse pano de fundo, o Seminário pretende analisar casos do Chile, Colômbia, Argentina e do México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. Para os debates, são considerados elementos relevantes as características estruturais dos sistemas de saúde, as conjunturas e orientações dos governos nacionais, as políticas e os processos recentes de reforma nos sistemas de saúde, os elementos de continuidade e mudança em dimensões críticas como o financiamento, as relações público privadas, o modelo de atenção, a cobertura e o acesso da população; e desafios para a vigilância em saúde, especialmente em regiões de fronteiras.
 
Para Cristiani, a "análise dos casos desses países em perspectiva comparada é importante para a formação de estudantes de pós-graduação em Saúde Coletiva e profissionais do SUS, ao permitir a compreensão das dificuldades enfrentadas para fortalecer os sistemas públicos de saúde e assegurar o direito à saúde na América Latina, trazendo lições para o Brasil e outros países da região. Além disso, provoca reflexões sobre desafios que transcendem as fronteiras nacionais, como as repercussões da dinâmica capitalista na saúde, as mudanças na geopolítica mundial, as assimetrias entre países, e os limites da governança global em saúde, que ficaram evidentes no período da pandemia de Covid-19", detalhou ela. 

Seminário internacional: público-alvo, inscrições e certificados

As inscrições para o Seminário são voltadas especialmente aos estudantes de pós-graduação da Fiocruz interessados na temática e sua participação valerá crédito, mas elas também estão abertas a alunos de outras instituições; docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e outros. A prioridade de inscrição é para estudantes e docentes de programas de pós-graduação da Fiocruz, seguida de PPG externos, e depois demais interessados.

Vale ressaltar que o estudante de pós-graduação inscrito na disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz - Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional - estará automaticamente inscrito no Seminário Internacional, não sendo necessário realizar a  inscrição nas duas plataformas ou duas vezes. Tais estudantes participarão de maneira presencial e, durante o evento, deverão assinar a lista de presença da Disciplina em cada turno para receberem o certificado de participação e o crédito acadêmico.

Para os demais interessados, a inscrição isolada no Seminário Internacional deve ser realizada até 31 de janeiro de 2025, por meio do Campus Virtual Fiocruz, escolhendo a modalidade de participação: presencial ou à distância. A carga horária de 15 horas corresponde a um crédito acadêmico, mas também haverá emissão de certificado de participação, desde que os inscritos cumpram no mínimo 75% da carga horária. Alunos inscritos online participarão pela plataforma zoom, com controle de frequência e conta com tradução português-espanhol-português. 

A transmissão via Youtube é aberta para o público amplo, e também conta com transmissão em português e espanhol. No entanto, nesse formato, não haverá certificação para o público participante.

Inscreva-se já no Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia!

Publicado em 21/01/2025

IST: Ministério da Saúde e Fiocruz lançam nova edição de curso sobre teste rápido

Autor(a): 
Isabela Schincariol

As infecções sexualmente transmissíveis têm um importante impacto na saúde sexual e reprodutiva da população. Por outro lado, o diagnóstico precoce e preciso, além do tratamento adequado e oportuno, melhoram a qualidade de vida, interrompem a cadeia de transmissão e são instrumentos essenciais de prevenção de complicações decorrentes dessas infecções. Para orientar e sensibilizar profissionais de saúde que lidam diretamente com a realização de testes rápidos — procedimentos pré-teste, durante a testagem e pós-teste —, o Ministério da Saúde, em parceria com a Fiocruz, lançam a segunda edição do curso Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C. A formação — online, gratuita e autoinstrucional — já foi realizada por quase 40 mil estudantes! Conheça o curso e participe você também! 

Inscreva-se já!

A nova edição, agora revista e ampliada, foi desenvolvida no âmbito do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS). Ela está com novos conteúdos e também teve a carga horária ampliada para 20h. A formação é especialmente voltada a profissionais de saúde, mas aberta a todos os interessados em saber mais sobre as diretrizes de diagnóstico da infecção pelo HIV, Sífilis e Hepatites Virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na utilização de testes rápidos (TR).

Os módulos apresentam orientações e metodologias adequadas acerca dos procedimentos pré-teste, durante a testagem e para o pós-teste, passando por informações mais básicas acerca da importância dos TR, a composição dos kits, a forma de organização e armazenamento dos mesmos até a interpretação de seus resultados, o encaminhamento dentro da rede de atenção à saúde do território, entre outros. A formação engloba a apresentação de manuais e guias oficiais do Ministério da Saúde e ações preconizadas pelos fabricantes para a execução dos testes rápidos.

Para o DCCI/SVS/MS, o curso é extremamente relevante, pois qualifica profissionais envolvidos na testagem rápida no âmbito do SUS. O Departamento destaca que conhecer documentos básicos, como o Guia Prático para Execução de Testes Rápidos, os Manuais de Diagnóstico e suas recomendações permite que os profissionais entendam a relevância desses testes na ampliação do diagnóstico do HIV, da sífilis e das hepatites virais; bem como realizem a sua oferta e aplicação com maior segurança e garantia de qualidade.

A coordenadora da formação pela Fiocruz, Tânia Fonseca, que atua como assessoria técnica da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da instituição, aponta que "estar atualizado sobre os testes disponíveis é de extrema importância, pois não apenas garante que os exames sejam feitos da mesma forma, independentemente do local do país no qual o paciente se encontra, mas, sobretudo, propicia que os profissionais estejam sempre sendo atualizados e mantendo o padrão de qualidade e realização de exames". 

Conheça a estrutura do curso Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C. Ele está estruturado em 6 módulos, com carga horária total de 20 horas

  • Módulo 1: Guia prático para execução de testes rápidos da infecção pelo HIV, Sífilis, Hepatites B e C
  • Módulo 2: Testes rápidos para Infecção pelo HIV
  • Módulo 3: Testes rápidos para Sífilis
  • Módulo 4: Testes rápidos para Hepatite B
  • Módulo 5: Testes rápidos para Hepatite C
  • Módulo 6: Testes rápidos para detecção simultânea de anticorpos anti-HIV-1/2 e anticorpos treponêmicos (TR Duo HIV/Sífilis)

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo branco, no canto superior esquerdo há uma faixa azul, onde está escrito "curso". No centro do banner, está o nome do curso: Utilização dos testes rápidos no diagnóstico da infecção pelo HIV, da Sífilis e das Hepatites B e C, 2ª edição.

Publicado em 14/01/2025

Fiocruz debaterá desafios dos sistema de saúde da AL em seminário internacional

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Estão abertas as inscrições para o Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia. O encontro, marcado para os dias 19, 20 e 21 de fevereiro, pretende analisar o contexto e os processos recentes de reforma de sistemas da região e os entraves globais colocados para as políticas de saúde nesse cenário de novas realidades. O Seminário integra uma disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz neste ano de 2025. No entanto, as inscrições para o seminário são diferenciadas e devem ser realizadas por meio do Campus Virtual Fiocruz, com vagas para participação presencial e à distância, valendo crédito acadêmico para os estudantes de pós-graduação. Ademais, o Seminário também será transmitido ao vivo para interessados no tema de maneira ampla pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube, em português e em espanhol. Acompanhe e inscreva-se!

Organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), o Seminário terá 15h, equivalente a um crédito acadêmico, e faz parte da disciplina de verão “Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional”. A iniciativa está sob a responsabilidade da docente permanente do PPGSP e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e conta com palestrantes nacionais e internacionais.

O Seminário é uma realização do PPGSP da Ensp/Fiocruz, em parceria com o Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) e o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiore (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da plataforma The Global Health Network - Latin America and the Caribbean (TGHN/LAC). 

Conjunturas, políticas, modelos, características e cobertura

Como é sabido, os países da América Latina são marcados por profundas desigualdades histórico-estruturais, que se expressam nas condições de saúde das populações. Além disso, os sistemas de saúde da região são caracterizados, em sua maioria, por segmentação e fragmentação institucional, por financiamento público insuficiente e por dificuldades em efetivar a saúde como direito de cidadania. Desde os anos 1990, reformas ampliaram a participação do setor privado nos sistemas de saúde da região. Em alguns países, houve aumento de gastos privados por desembolso direto das famílias ou por meio de empresas de planos e seguros de saúde, acentuando as iniquidades. 

A partir desse pano de fundo, o Seminário pretende analisar casos do Chile, Colômbia, Argentina e do México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. Para os debates, são considerados elementos relevantes as características estruturais dos sistemas de saúde, as conjunturas e orientações dos governos nacionais, as políticas e os processos recentes de reforma nos sistemas de saúde, os elementos de continuidade e mudança em dimensões críticas como o financiamento, as relações público privadas, o modelo de atenção, a cobertura e o acesso da população; e desafios para a vigilância em saúde, especialmente em regiões de fronteiras.
 
Para Cristiani, a "análise dos casos desses países em perspectiva comparada é importante para a formação de estudantes de pós-graduação em Saúde Coletiva e profissionais do SUS, ao permitir a compreensão das dificuldades enfrentadas para fortalecer os sistemas públicos de saúde e assegurar o direito à saúde na América Latina, trazendo lições para o Brasil e outros países da região. Além disso, provoca reflexões sobre desafios que transcendem as fronteiras nacionais, como as repercussões da dinâmica capitalista na saúde, as mudanças na geopolítica mundial, as assimetrias entre países, e os limites da governança global em saúde, que ficaram evidentes no período da pandemia de Covid-19", detalhou ela. 

Seminário internacional: público-alvo, inscrições e certificados

As inscrições para o Seminário são voltadas especialmente aos estudantes de pós-graduação da Fiocruz interessados na temática e sua participação valerá crédito, mas elas também estão abertas a alunos de outras instituições; docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde e outros. A prioridade de inscrição é para estudantes e docentes de programas de pós-graduação da Fiocruz, seguida de PPG externos, e depois demais interessados.

Vale ressaltar que o estudante de pós-graduação inscrito na disciplina de verão oferecida pela Ensp/Fiocruz - Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional - estará automaticamente inscrito no Seminário Internacional, não sendo necessário realizar a  inscrição nas duas plataformas ou duas vezes. Tais estudantes participarão de maneira presencial e, durante o evento, deverão assinar a lista de presença da Disciplina em cada turno para receberem o certificado de participação e o crédito acadêmico.

Para os demais interessados, a inscrição isolada no Seminário Internacional deve ser realizada de 14 a 31 de janeiro de 2025, por meio do Campus Virtual Fiocruz, escolhendo a modalidade de participação: presencial ou à distância. A carga horária de 15 horas corresponde a um crédito acadêmico, mas também haverá emissão de certificado de participação, desde que os inscritos cumpram no mínimo 75% da carga horária. Alunos inscritos online participarão pela plataforma zoom, com controle de frequência e conta com tradução português-espanhol-português. 

A transmissão via Youtube é aberta para o público amplo, e também conta com transmissão em português e espanhol. No entanto, nesse formato, não haverá certificação para o público participante.

Publicado em 08/01/2025

Disciplinas de verão da Ensp: Inscreva-se até 6ª-feira

Inscreva-se nas Disciplinas de Verão 2025 oferecidas pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). As oportunidades são ligadas aos Programas de Pós-Graduação em Saúde Pública e de Saúde Pública e Meio Ambiente. Ao todo, estão disponíveis seis disciplinas, voltadas não apenas a alunos de mestrado e doutorado da Escola, mas também abertas a estudantes de outros Programas Stricto Sensu da Fiocruz e de outras instituições. As inscrições vão até sexta-feira, 10 de janeiro. Para acessar as chamadas é preciso ter cadastro no 'Acesso Fiocruz', no endereço acesso.fiocruz.br. Na página, após se cadastrar ou se logar, clique na opção 'Serviços Fiocruz', disponível no menu à esquerda, em seguida em 'Ensino' e depois em 'Inscrição em Disciplina Isolada' e encontre a disciplina que deseja. Clicando nos editais, o usuário terá delhes, bem como instruções para realizar a inscrição. Em caso de dúvidas ou outras informações, entre em contato com a Secretaria Acadêmica da Ensp pelo e-mail: secaexterno.ensp@fiocruz.br

Confira as disciplinas de verão disponíveis em 2025:

Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - acesse a chamada geral

Análise de Políticas e Sistemas de Saúde em Perspectiva Comparada Internacional 

A disciplina ‘Análise de Políticas e Sistemas de Saúde em Perspectiva Comparada Internacional' é coordenada pela docente permanente do PPG em Saúde Pública da Ensp/Fiocruz, Cristiani Machado, que é vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, em parceria com as professoras Ligia Giovanella, Isabela Santos e Adelyne Pereira, todas do mesmo programa. A disciplina tem por objetivo analisar sistemas de saúde em diferentes países, e conta ainda com um seminário internacional sobre a América Latina, com convidados do Chile, Colômbia, Argentina e México. Mais informações sobre o evento serão divulgadas em breve! Acompanhe! 

  • Início: 10/02/2025 Término: 21/02/2025
  • Público: alunos de mestrado e doutorado da Ensp, outros PPG Stricto Sensu da Fiocruz e de fora da instituição
  • Professora responsável: Cristiani Vieira Machado

Avaliação: Métodos, Modelos e práticas

  • Início: 10/02/2025 Término: 14/02/2025
  • Público: alunos de Mestrado e Doutorado da ENSP, de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora da instituição.
  • Professora responsável: Gisela Cordeiro Pereira Cardoso

Desastres e Emergências em Saúde Pública

  • Início: 17/02/2025 Término: 28/02/2025
  • Público: alunos de Mestrado e Doutorado da ENSP, de outros Programas de Stricto Sensu e Lato Sensu da Fiocruz e de fora da instituição.
  • Professor responsável: Carlos Machado de Freitas

Encontros de Saberes e Diálogos Interculturais na Saúde Coletiva

  • Início: 17/02/2025 Término: 21/02/2025
  • Público: alunos de Mestrado e Doutorado da ENSP, de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora da instituição. O curso também é voltado a docentes e discentes de cursos de outros programas da Fiocruz e de fora, além de alunos com graduação vinculados a movimentos sociais relacionados à temática. 
  • Professor responsável: Marcelo Firpo de Souza Porto

OBS: Será solicitada uma carta de intenção para a seleção explicando o motivo para realizar o curso.

Práticas de Pesquisa em Saúde Coletiva

  • Início: 06/02/2025 Término: 14/02/2025
  • Público: alunos de Mestrado e Doutorado da ENSP, de outros Programas de Stricto Sensu e Lato Sensu da Fiocruz e de fora da instituição. 
  • Professora responsável: Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro

OBS: esta disciplina é direcionada prioritariamente a candidatos qualificados, que iniciam o 2º ano de Mestrado ou o 3º ano de Doutorado.

Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente - acesse a chamada geral

Zoonoses relevantes em saúde pública e meio ambiente 

  • Público: alunos de Mestrado e Doutorado da ENSP, de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora, alunos de cursos de Lato Sensu e graduados.
  • Início: 10/02/2025 Término: 14/02/2025
  • Professora responsável: Joseli Maria da Rocha Nogueira

Atenção! Esse curso aceita graduandos, que devem se inscrever na plataforma do Campus Virtual Fiocruz

+Saiba mais: A Ensp/Fiocruz também está com inscrições abertas para disciplinas do primeiro semestre que aceitam alunos externos. Leia mais em: Ensp abre inscrições para disciplinas do primeiro semestre de 2025  

Publicado em 26/12/2024

PrInt: Programa de Internacionalização da Capes fortalece a educação da Fiocruz

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Após cinco anos, o Programa Institucional de Internacionalização (Capes PrInt-Fiocruz) encerrou suas atividades atingindo avanços expressivos na internacionalização do campo educacional da Fiocruz. Lançado em 2018 pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o projeto buscou internacionalizar programas de pós-graduação estabelecendo parcerias acadêmicas e fomentando pesquisas ao redor do mundo.  A iniciativa, que recebeu o fomento de R$ 2.644.750,00, envolveu 16 programas de pós-graduação da Fiocruz e financiou diversas atividades acadêmico-científicas, como: pagamento de 130 publicações; 104 bolsas de doutorado sanduíche no exterior; 61 bolsas de Pesquisador Visitante no Exterior, sendo 51 para Sênior e 10 para Júnior; 31 bolsas para Pesquisador Visitante no Brasil; 8 bolsas de Doutor com Experiência no Exterior na modalidade de pós-doutorado; e 2 bolsas de capacitação no exterior. Também foram realizadas 2 missões de pesquisadores de instituições estrangeiras ao Brasil para Seminário PrInt, e 9missões ao exterior, totalizando 12 países visitados -   Suécia, Holanda, Reino Unido, Alemanha, França, Estados Unidos, Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Bélgica e Portugal -, sempre fortalecendo a troca de conhecimento entre países. 

Ao final do ciclo de cinco anos, os integrantes do projeto – incluindo coordenadores das Redes, equipe executora, a coordenadora-geral de Educação (CGE/VPEIC), Eduarda Cesse, e a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado - reuniram-se para um encontro de balanço do PrInt Fiocruz, mas também para celebrar as valiosas conquistas obtidas ao longo do projeto. 

A coordenadora do projeto Capes PrInt-Fiocruz, Cristina Guilam, que compartilha essa liderança com Vinicius Cotta, coordenador-adjunto de Educação Internacional, enfatizou os grandes avanços para a área da educação, como o aumento de iniciativas de cotutela e dupla titulação, o incentivo à formulação de planos estratégicos de internacionalização, a criação e implementação de uma equipe de gestão da internacionalização no âmbito da Coordenação-Geral de Educação (CGE/VPEIC), além do fortalecimento das colaborações internacionais no campo educacional.

Segundo Cristina, muitas foram as lições aprendidas ao longo do processo, com destaque para o aprofundamento da relação cooperativa entre os PPGs participantes, e o incremento da colaboração internacional e da mobilidade de estudantes e docentes. Como questões que merecem ser melhores trabalhadas, ela apontou o mapeamento de parceiros internacionais estratégicos, a construção de indicadores da internacionalização, o posicionamento da Fiocruz no que se refere ao papel que a instituição ocupa no Sul Global e o aprofundamento da já excelente interlocução entre a  Educação Internacional e o  Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz). Destaque também deve ser dado à necessidade de revisão da política de internacionalização da área da Educação, processo  que, para ela, deve ser um componente dentro da reorganização da política geral de internacionalização da Fiocruz. "A política específica da educação tem que ser revista à luz da política geral e da experiência obtida até o momento", explicou Cristina. 

O projeto teve sua base estabelecidas em três grandes Redes, compostas cada uma por três projetos, a partir dos quais os programas de pós-graduação desenvolveram diversas atividades de internacionalização no âmbito do PrInt. As redes estimularam o avanço científico em temas essenciais de saúde pública e também consolidaram cooperações com instituições de ponta, especialmente na Europa, América do Norte e Cone Sul.
Para conhecer as redes e outros aspectos do programa,  acesse a página do PrInt.  

Educação como base da internacionalização

Os programas de pós-graduação envolvidos no PrInt Fiocruz-Capes estão ligados a diferentes Unidades, sendo: 6 do Instituto Oswaldo Cruz (Biodiversidade e Saúde, Biologia Celular e Molecular, Biologia Computacional e Sistemas, Biologia Parasitária, Ensino em Biociências e Saúde, e Medicina Tropical), 3 da EScola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública, e Saúde Pública e Meio Ambiente), 1 do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Informação e Comunicação em Saúde), 1 do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (Saúde da Criança e da Mulher), 1 do Instituto Gonçalo Moniz, Fiocruz Bahia (Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa), 1 do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (Vigilância Sanitária), 1 do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas), 1 da Casa de Oswaldo Cruz (História das Ciências e da Saúde) e 1 do Instituto René Rachou, Fiocruz Minas (Ciências da Saúde).

O projeto estabeleceu parcerias com renomadas instituições proporcionando intercâmbios e capacitações que expandiram o alcance dos programas de pós-graduação da Fiocruz. As missões internacionais foram fundamentais para consolidar redes de colaboração educacional e científica, promovendo eventos e seminários que ampliaram o impacto acadêmico e social da Fiocruz. Cristina Guilam salientou que a educação tem função estruturante na cooperação internacional e a internacionalização dos programas de pós-graduação deve ser vista como uma diretriz do Programa Nacional de Pós-Graduação. As instituições com mais colaborações estabelecidas no âmbito do PrInt foram: Universidade do Porto, Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa e Universidade Nova de Lisboa, em Portugal; University of California e National Institutes of Health, nos Estados Unidos, University of Toronto, no Canadá; e Institut Pasteur, na França. Para além disso, foram realizadas missões ao Instituto Karolinska, Estocolmo, Suécia, em 2019; à Holanda, em 2020; missão à Londres em 2022; missão à Alemanha e França, em 2023; e missões aos Estados Unidos, Bélgica, Portugal e ao Cone Sul (Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile), em 2024.

A coordenadora do programa destacou ainda que o PrInt representou um marco na área, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e cooperação internacional. Os avanços na internacionalização e na qualificação de pesquisadores colocam a Fiocruz em posição de liderança no cenário acadêmico global, com um legado que continuará inspirando novas iniciativas educacionais e científicas. "O PrInt Fiocruz reafirma a importância da educação como pilar para o desenvolvimento científico, mostrando que a formação de excelência e as parcerias globais são caminhos indispensáveis para enfrentar os desafios contemporâneos em saúde pública e ciência", defendeu Cristina.

Publicado em 19/12/2024

Painel e-SUS APS é apresentado em Comissão Intergestores Tripartite do Ministério da Saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Nesta quinta-feira, 19/12, aconteceu em Brasília, a 12ª reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do Ministério da Saúde. A CTI é um fórum permanente de negociação, articulação e decisão entre os gestores nos aspectos operacionais e na construção de pactos nacionais, estaduais e regionais no Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta ocasião, o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS), Felipe Proenço de Oliveira, apresentou as novas funcionalidades e ferramentas do Painel e-SUS APS Fiocruz que estão sendo implementadas nas Unidades Básicas de Saúde com o objetivo de melhorar a assistência à população. A ministra da Saúde e ex-presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, também participou do encontro.

Durante sua fala, Proenço, em vídeo sobre o Painel e-SUS, explicou que o software - que é livre e colaborativo -, reúne dados populacionais e de saúde, permitindo a compreensão atualizada das condições do território, além de um acompanhamento longitudinal e integrado dos cidadãos cadastrados. A iniciativa é destinada principalmente a profissionais da assistência e da gestão em saúde, e aperfeiçoa o monitoramento da saúde da família, a gestão do cuidado e a implementação de boas práticas. A ideia é que a ferramenta seja implementada de forma gradual, com funcionalidades que irão ampliar o cuidado para grupos essenciais, como crianças, gestantes, mulheres e pessoas idosas. A informatização das UBS e a implantação do prontuário eletrônico do cidadão em mais de 4 mil municípios também são pilares essenciais para ampliar a cobertura e qualificar o atendimento por meio de uma gestão conectada e inovadora. 

O painel é um software livre e gratuito, integrado à base de dados local do sistema e-SUS APS. Elaborado na Fiocruz durante cinco anos, é fruto de três projetos do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde do Instituto Gonçalo Moniz (Cidacs/IGM/Fiocruz Bahia): Edital Produtos Inovadores do Programa Inova Fiocruz (2018); Vigilância Digital da Covid-19 (2020); e Prêmio MIT Solve 2022 (Massachusetts Institute of Technology). O Painel é implementado para a  Saps/MS por meio do Campus Virtual Fiocruz e conta com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), da Fiocruz Brasília e das Universidades Federais de Ouro Preto e Minas Gerais. 

Todas essas novidades estão integradas ao programa Brasil Bem Cuidado - um novo modelo de financiamento da APS que garante um melhor atendimento para todos os brasileiros, com foco na ampliação de atendimentos, monitoramento de qualidade e foco na equidade. A apresentação mostrou ainda que uma parte do painel é dedicada aos dados sociodemográficos, com visualização da pirâmide etária e de gênero, além da classificação entre zona urbana e rural. No entanto, o maior destaque está nos painéis temáticos, que incluem inicialmente duas condições crônicas, diabetes e hipertensão, sendo possível visualizar o número de atendimentos e exames realizados pelos cidadãos acompanhados pelas equipes, a frequência de complicações como AVC e infarto, entre outras informações. Ainda permite visualizar dados por meio de listas nominais, permitindo o cuidado individualizado, além de alertas a situações específicas no território. 

"Para desenvolver o componente vínculo e, posteriormente, o componente qualidade, é fundamental ter informação, oferecer acesso a essa informações para gestores e profissionais de saúde. Destaco ainda a importância das equipes de saúde da família reunirem-se com a gestão e outros trabalhadores para discutir os indicadores, eu acho isso fundamental nesse processo de planejamento e aprimoramento da saúde da família", defendeu o secretário da Saps/MS.

Atualiza e-SUS APS promove webnário sobre o Painel e-SUS

No dia 20 de dezembro, às 15h30, será realizado o 10º Webinário da série Atualiza e-SUS APS, que terá como tema o Novo Painel e-SUS APS. O evento abordará as funcionalidades e benefícios dessa ferramenta para a gestão da Atenção Primária à Saúde (APS). Participe e conheça as potencialidades desse software gratuito! O webnário será transmitido ao vivo pelo canal do DataSUS no Youtube. Acesse o link e ativar o lembrete em: www.youtube.com/live/AUFgp1pPY64
 

Publicado em 17/12/2024

Fiocruz lança curso sobre HTLV. Formação, online e gratuita, busca conscientizar profissionais e população em geral

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Romper o ciclo de desconhecimento, capacitar profissionais de saúde e conscientizar a sociedade como um todo. Esse é o objetivo do novo curso, online e gratuito, Estratégias de eliminação da transmissão vertical do HTLV no Brasil, que acaba de ser lançado. Com foco na eliminação da transmissão vertical, sendo ela a principal via de disseminação do HTLV-1 no país por meio do aleitamento materno, o curso representa uma oportunidade valiosa para compreender o cenário atual e as iniciativas de enfrentamento desse desafio de saúde pública. A formação foi desenvolvida em uma parceria entre o grupo de pesquisa HTLV Brasil, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), o Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e o Campus Virtual Fiocruz, com o financiamento da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz.

O Vírus Linfotrópico da Célula T Humana, conhecido como HTLV (Human T-cell Lymphotropic Vírus, na sigla em inglês), é um retrovírus semelhante ao HIV. Sua transmissão se dá por meio de relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue contaminado, através da mãe infectada para o recém-nascido (transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno, e ainda o compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas. Por isso, as estratégias de prevenção incluem o uso de preservativos em todas as relações sexuais, a triagem de doadores de sangue e a orientação para que mães portadoras evitem o aleitamento materno. Por isso a disseminação de informações, além de campanhas de educação e conscientização sobre a doença, são essenciais para reduzir a transmissão e aumentar o diagnóstico.

A pesquisadora do Laboratório de Virologia e Terapia Experimental (Lavite), do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), Clarice Neuenschwander, e uma das coordenadoras da nova formação apontou que o curso é mais um passo dado para informar a sociedade e capacitar profissionais de saúde e gestores a implementar estratégias eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e cuidado integral às pessoas que vivem com o vírus. 

"Este curso simboliza um movimento pela saúde, pelo futuro e pelo direito de nascer livre da infecção pelo HTLV", defendeu ela. Clarice destacou ainda que, além dela, que é da Fiocruz Pernambuco, o curso teve a coordenação adjunta de Fernanda Grassi, da Fiocruz Bahia, reforçando o papel fundamental dessas unidades no enfrentamento ao vírus, especialmente no Nordeste, região que concentra o maior número de pessoas vivendo com HTLV no Brasil. E a formação contou ainda contou com a coordenação pedagógica de Christian Reis e Evania Galindo, ambos da Fiocruz Pernambuco, e Heytor Neco, do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau PE). O curso é fruto de uma construção coletiva, marcada por grande dedicação, tendo a vasta colaboração de especialistas do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde e diversas instituições de todo o país, todos com ampla experiência na área", detalhou Clarice. 

Segundo o Ministério da Saúde, embora conhecido desde a década de 1980, O HTLV ainda é um desafio para a saúde pública e não tem cura. Esse vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico (LTCD4+), e possui a capacidade de imortaliza-las, fazendo assim com que essas percam sua função de defender nosso organismo. Ele possui quatro subtipos: HTLV-1 (subtipo que mais causa doenças associadas), HTLV-2, 3 e 4. Estima-se que milhões de pessoas em todo o mundo sejam portadoras do HTLV, e muitas nem saibam disso devido à baixa conscientização e testagem limitada. A infecção pode estar associada a condições graves, como a leucemia de células T e a paraparesia espástica tropical, mas a maioria dos infectados permanecem assintomáticos ao longo da vida.

Conheça a estrutura da formação de 45h, dividida em 3 módulos e 11 aulas: Estratégias de eliminação da transmissão vertical do HTLV no Brasil

Módulo 1: Introdução ao HTLV: Dos aspectos biológicos e epidemiológicos às doenças
associadas e diagnóstico 

  1. Introdução ao HTLV: Histórico, Transmissão, Aspectos Virais, Epidemiologia e Prevenção da Transmissão
  2. Doenças associadas ao HTLV-1 e coinfecções relevantes
  3. Diagnóstico Laboratorial da Infecção pelo HTLV

Módulo 2: Políticas Públicas para o Enfrentamento do HTLV

  1. Política Nacional de HIV/AIDS, tuberculose, hepatites virais e IST: onde o HTLV se insere?
  2. Cenários da transmissão do HTLV em populações vulneráveis: Indígenas e Quilombolas
  3. Políticas de prevenção da transmissão vertical do HTLV
  4. O Papel das Organizações da Sociedade Civil no Enfrentamento ao HTLV

Módulo 3: Ações de prevenção a transmissão vertical do HTLV: o que se pode fazer?

  1. Fluxos, portarias e protocolos estabelecidos para a linha de cuidado da Transmissão Vertical do HTLV no Brasil
  2. Abordagem da infecção na atenção primária e nos demais níveis da Rede de Atenção
  3. Cuidado Integral às Pessoas Vivendo com HTLV: experiência da Bahia
  4. Construção Coletiva para implantar ações de controle da transmissão do HTLV

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Imagem com um desenho representando o vírus do HTLV dentro de uma corrente sanguínea. O vírus é azul, com duas pernas e diversas anteninhas vermelhas pelo corpo, ele está dentro de um túnel de paredes vermelhas. Na parte superior, está o nome do curso "Estratégias de eliminação da transmissão vertical do HTLV no Brasil". Inscrições abertas.

Publicado em 16/12/2024

Painel e-SUS APS: projeto de software para o SUS traça novo cronograma e é apresentado em fórum de inovação da gestão

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O projeto Painel e-SUS APS, desenvolvido pela Fiocruz em parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/MS), foi apresentado num fórum de inovação voltado à gestão da saúde. O encontro, realizado em Brasília, reuniu experts da área e, a convite da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), ofereceu o minicurso "Painel e-SUS APS: Uma ferramenta de apoio à gestão da clínica", que contou com cerca de 30 participantes. Na mesma semana, integrantes da equipe Fiocruz do Painel reuniram-se com o secretário da Saps/MS, Felipe Proenço de Oliveira, o secretário adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo, e outros integrantes para apresentarem a conjuntura atual do projeto, definirem os próximos passos e traçarem o cronograma 2025 da iniciativa. 

O 7° Fórum dos Gestores dos Serviços de Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal foi realizado em 6/12 e teve como objetivo trocar experiências, conhecer os desafios cotidianos dos que trabalham na ponta do sistema e apresentar ferramentas e soluções inovadoras buscando, assim, fortalecer a Atenção Primária. A integrante do Painel e-SUS APS, Renata David conduziu o minicurso e destacou a rica oportunidade de maior aproximação com os trabalhadores da rede. 

"Foi incrível ter esse momento de troca, abrir um canal de diálogo e poder ouvir as experiências e contextos do dia a dia do serviço de saúde dos usuários que queremos alcançar e, consequentemente, beneficiar com o Painel. A iniciativa foi muito bem recebida pelos profissionais e percebemos que de fato existe a demanda por essa ferramenta de análise da situação no território dos profissionais da APS para o aprimoramento do trabalho", comentou ela, destacando a profícua parceria com a Gerência de Qualidade na Atenção Primária da SES-DF, sob a responsabilidade de Lídia Glasielle Silva. 

O Painel e-SUS APS da Fiocruz é um software livre e colaborativo, disponibilizado hoje pelo Campus Virtual Fiocruz como recurso educacional aberto, e conta com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), da Fiocruz Brasília e das Universidades Federais de Ouro Preto e Minas Gerais. O Painel lança mão de uma estratégia de desenvolvimento colaborativo, ancorada na Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz para disseminação de Recursos Educacionais Abertos (REA). 

Análise, planejamento, metas e lançamento de novo curso sobre saúde digital

No dia 13 de dezembro, ainda em Brasília, a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, e a coordenadora de Produção de Cursos do CVF, Renata David, ambas integrantes da equipe de gerência do Painel e-SUS APS, reuniram-se com a equipe o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (SAPS/MS), Felipe Proenço de Oliveira, para desenharem conjuntamente a trajetória 2025 da iniciativa. Na ocasião, foram apresentados o andamento e progressos da ferramenta, bem como traçados os cronogramas de entrega e próximos passos. 

Entre as frentes de trabalho do Painel e-SUS APS está o compromisso com a integração e sustentabilidade da própria ferramenta. Dessa forma, várias ações estão sendo planejadas e desenvolvidas, como a criação de uma comunidade no GitHub - uma rede social para desenvolvedores que permite explorar, compartilhar e armazenar projetos de código aberto - com implantação e validação do fluxo de desenvolvimento colaborativo do software e painéis; o lançamento de recursos educacionais abertos integrados aos painéis de indicadores; bem como a disponibilização de REAs de feedback para a continuidade e qualificação do cuidado visando a integração ao Prontuário Eletrônico do Cidadão. 

Segundo Ana Furniel, esta reunião foi muito relevante no que diz respeito ao futuro do projeto, considerando o enorme impacto do painel para os municípios e o SUS. Na ocasião, Felipe Proenço destacou que o Painel traz questões centrais para o modelo que está sendo priorizado. Para ele, é interessante que as equipes possam se apropriar das informações oferecidas, enxergarem o valor de uso nisso, e, assim, sua implementação ser um motivador de mudança de processos de trabalho, depois de anos muito difíceis para a Saúde da Família e a Atenção Primária.

Além de Felipe, Ana e Renata, também estavam presentes na reunião o secretário adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo, o coordenador-geral de Inovação e Aceleração Digital da Atenção Primária (CGIAD/Saps/MS), Rodrigo Gaete, o coordenador da CGIAD/Saps/MS, Webster Pereira, o coordenador-geral de Saúde da Família e Comunidade, José Eudes Barroso, o Coordenador-Geral de Monitoramento, Avaliação e Inteligência Analítica (CGMAIA/Saps/MS), Vinicius Oliveira, e, pelo Campus Virtual, a coordenadora adjunta do Campus Virtual Fiocruz, Rosane Mendes. 

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